A Revista Espírito Livre é uma iniciativa que reune colaboradores, técnicos, profissionais liberais, entusiastas, estudantes, empresário e funcionários públicos, e tem como objetivos estreitar os laços do software livre e outras iniciativas e vertentes sócio-culturais de cunho similar para com a sociedade de um modo geral, está com um novo projeto neste ano de 2009.
A Revista Espírito Livre visa ser uma publicação em formato digital, a ser distribuída em PDF, gratuita e com foco em tecnologia, mas sempre tendo como plano de fundo o software livre. A publicação já se encontra na terceira edição. A periodicidade da Revista Espírito Livre é mensal.
Estônia vira modelo de país movido a tecnologia
16 de Agosto de 2013, 10:00 - sem comentários aindaA pequena Estônia, um dos menores países da Europa, pode servir de modelo de como seria um país completamente movido pela tecnologia no século 21. A Estônia, que tem uma população de apenas 1,29 milhão de habitantes, é famosa por ter um número desproporcional de novas empresas de tecnologia – foi lá, por exemplo, que nasceu o Skype. Mas seu vínculo com a tecnologia vai muito além de empresários de 20 e poucos anos desenvolvendo aplicativos para iPhones; ela está inserida na própria estrutura do Estado.
E isso começa no topo. O presidente, Toomas Hendrik Ilves, eleito em 2006, é um defensor apaixonado da tecnologia. Ele aprendeu a programar aos 13 anos e é provavelmente o único chefe de Estado que já escreveu código usando o programa Assembler em um microcomputador PDP-8. As reuniões ministeriais do país têm sido realizadas eletronicamente desde 2000. E, desde 2005, os cidadãos podem votar pela internet. Na eleição parlamentar de 2011, 24,3% dos eleitores optar por votar dessa forma. O software utilizado foi recentemente publicado no site GitHub como um programa de código aberto para que possa ser usado por outros países.
As declarações de imposto de renda são feitas eletronicamente desde 2000, boletins e outras informações escolares são divulgados online desde 2002; os registros de imóveis são feitos na Web, sem cópia em papel, desde 2005; os históricos da saúde e vigilância sanitária, desde 2008; e as receitas médicas, desde 2010. Você pode até registrar o seu filho recém-nascido eletronicamente. Tudo isso permite que a Estônia empregue apenas 1,9% de sua população como funcionários públicos (comparado com 3,8% na França e 3,8% no Chipre).
Driblar o Big Brother
Levando-se em consideração as revelações feitas pelo ex-consultor da Agência de Segurança Nacional do governo americano Edward Snowden, sobre o escopo dos programas de vigilância dos Estados Unidos e outros países, é de surpreender o nível de confiança que a população tem no governo online da Estônia. “Aqui na Estônia, as pessoas se queixam de que o Estado é muito pequeno, minimalista, o que realmente é. Mas por outro lado, as pessoas devem ficar tranquilas por não termos esse tipo de aparato [de espionagem]”, diz Ilves.
No coração da revolução tecnológica da Estônia está o cartão inteligente de identidade fornecido pelo Estado. O cartão abre as portas a todos os serviços eletrônicos do governo, que permitem a todos os cidadãos da Estônia enviar e receber e-mails criptografados. O governo fornece a infraestrutura para o sistema, mas a autenticação ocorre de maneira independente.
Embora o sistema não esteja autorizado a lidar com informação confidencial, Ilves admite que já o usou no exterior. “Se mando algo para a nossa embaixada em Moscou, uma coisa corriqueira, como ‘Venha a minha casa’”, diz ele, “eu criptografo para que o FSB [o serviço de inteligência russo] tenha alguma coisa para fazer.” “Fico surpreso quando ouço as pessoas dizendo ‘nós nunca teríamos um carteira de identidade porque a consideramos como um Big Brother’. Eu diria o contrário. Utilizar o sistema que temos é uma forma de driblar o Big Brother.”
“Eu não sou um cidadão dos EUA”
Mas como um país que foi anexado à União Soviética em 1940 consegue ter um nível tão alto de confiança em seu próprio governo, a ponto de seus cidadãos aceitarem com entusiasmo o governo eletrônico e estarem dispostos a compartilhar seus dados? Para Ilves, não foi muito difícil conseguir que os estonianos aderissem à tecnologia. “O elemento crucial aqui é a psicologia [de um país] que foi oprimido. A pessoa [está mais aberta] a se livrar de tudo o que tinha antes e está muito mais disposta a adotar uma tecnologia nova. Pouca gente na Estônia via qualquer valor em manter as tradições do sistema soviético.”
E há níveis muito elevados de prestação de contas. Qualquer pessoa que acesse o sistema deixa um registro, algo que pode ser monitorado pelos cidadãos. “Tivemos um caso em que houve alguém que abusou, era uma policial vigiando o namorado dela.”
Ilves espera que a liderança da Estônia em tecnologia seja seguida por outros países na Europa. Ele lidera o grupo de orientação sobre computação em nuvem criado pela Comissão Europeia e está fazendo campanha pela criação de uma “nuvem” europeia que esteja fora do alcance dos EUA. “A questão principal é que esteja resguardada pela legislação da UE. O problema agora é que todas essas empresas que são bastante usadas, Google, Amazon, os outros provedores de nuvem, estão sujeitas à lei dos EUA. O presidente Barack Obama disse que, se você é um cidadão dos EUA, não tem nada com que se preocupar. Bem, eu não sou um cidadão dos EUA.”
Pior desempenho econômico em 2012
Ele também espera convencer outros países a adotar um programa de “embaixada virtual”, com o qual os governos poderiam armazenar dados nacionais em servidores fora do seu próprio país. “Começamos a pensar nisso depois [do desastre] de Fukushima, quando todos os tipos de dados foram perdidos. Se o epicentro de um terremoto é o lugar onde você mantém todas as informações do governo, isso acarretará um monte de problemas. Países como a Estônia teriam dados armazenados em algum outro país. Nosso registro de imóveis poderia ser guardado em um servidor, por exemplo, na França, que, por sua vez, faria o mesmo [com outro país].”
Há o risco de chegar a conclusões falsas. A pequena população da Estônia e a falta de um legado de sistemas lhe dá uma agilidade que os grandes governos não podem equiparar. A pergunta óbvia, porém, é: se a Estônia foi tão bem-sucedida na sua adoção da tecnologia, por que o mesmo não aconteceu em outros países bálticos, como a Lituânia e a Letônia, cuja história está tão ligada à dela?
E embora a Estônia certamente se destaque como um líder global em sua adoção da tecnologia, isso não tem se traduzido em sucesso econômico. De acordo com dados da União Europeia, o país está entre os dois com o pior desempenho econômico em 2012. Seu PIB per capita foi de apenas 68% da média dos membros da UE. O país também está às voltas com um problema migratório, tendo perdido cerca de 5% de sua população desde 2004.
Por Ben Rooney, do Wall Street Journal
Com informações de Observatório da Imprensa.
Idec cobra do governo uma resposta sobre o Marco Civil
16 de Agosto de 2013, 9:56 - sem comentários aindaO Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) enviou ontem (13) carta à secretária de Relações Institucionais da Presidência da República, ministra Ideli Salvatti sobre o Marco Civil da Internet. No documento, defende a aprovação do projeto de lei (número 2.126/2011), sem alterações nos trechos que dizem respeito à neutralidade da rede e franquia de dados.
Diante das discussões de alteração do PL, o Idec cobra uma resposta do Governo Federal quanto a notícias sobre proposta de modificação do texto para atender os interesses das empresas de telecomunicações. A proposta do governo é a inclusão no Marco Civil da previsão de franquias de dados nos planos de serviço de Internet.
Em trecho da carta, o Idec defende que: “O modelo de franquias de dados atualmente vem acompanhado de uma série de ofertas que prometem conexões ilimitadas, mas que são reduzidas a velocidades pífias após o consumo do limite contratado. Tal estratégia comercial privilegia a restrição aos usuários em detrimento de necessários investimentos na rede e não se coaduna com a natureza de um Marco Civil”.
O Idec ainda afirma que não é o Marco Civil o espaço adequado para essa discussão, devendo ser afastada qualquer possibilidade de seu texto consagrar modelos de negócios abusivos em prejuízo dos usuários da rede.
Ainda com relação à neutralidade da rede, o Idec se opõe ao pedido das operadoras de telefonia em retirar do texto a proibição de oferecerem planos que privilegiem ou bloqueiem determinados serviços (por exemplo, planos em que só seria possível acessar e-mail e redes sociais). ”Certamente esse fracionamento terá relação direta com a capacidade financeira dos consumidores, inaugurando uma dupla exclusão digital. Trata-se de interferência inaceitável no acesso e no livre fluxo de informações na internet”, argumenta a advogada do Idec Veridiana Alimonti.
Segundo nota divulgada à imprensa, o Idec preocupa-se com pedidos de alterações neste projeto de lei uma vez que o texto é fruto de construção coletiva, colaborativa e democrática proporcionada pela consulta pública conduzida pelo Ministério da Justiça e, posteriormente, pela série de audiências e consulta públicas realizadas pelo relator do projeto na Câmara dos Deputados. ”O Marco Civil é antes de tudo uma Carta de Princípios e não deve privilegiar modelos de negócios das empresas”, conclui Alimonti.
Campanha pela Aprovação do Marco Civil
Em campanha ainda no ar, “Marco Civil Já” (http://www.idec.org.br/mobilize-se/campanhas/marcocivil#3 , cerca de seis mil pessoas já manifestaram seu interesse na aprovação do PL, que foi adiado seis vezes. Para que mais pessoas entendam o que é a neutralidade da rede, princípio do livre acesso na Internet, sem bloqueios ou privilégios a serviços e conteúdos, site da campanha traz um vídeo que exemplifica os possíveis problemas dos consumidores, elaborado no projeto Freenet [http://freenetfilm.org.br/], desenvolvido conjuntamente pelo Idec, Centro de Tecnologia e Sociedade, Intervozes e Instituto Nupef.
Com informações de ARede.
Ministério das Relações Exteriores critica posição de Minicom e Anatel sobre governança da internet
16 de Agosto de 2013, 9:53 - sem comentários aindaA alteração do modelo de governança da internet não será suficiente para reduzir o déficit da balança comercial referente ao tráfego na internet entre Brasil e Estados Unidos, em torno de US$ 600 milhões anuais. Essa é a posição do Ministério das Relações Exteriores sobre a questão, apresentada ontem (14) na discussão sobre o Marco Civil da Internet, promovida pelo Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara.
De acordo com o ministro-conselheiro do Itamaraty, Rômulo Neves, o descompasso em produção de conteúdo e de tecnologia entre os dois países é a principal causa desse déficit. “Ao fazer uma busca no Google ou no Yahoo! de um conteúdo, mesmo que seja nacional, é claro que esta passará pelos EUA, mas se colocar o endereço direto de um site nacional, o ponto de troca de tráfego do Comitê Gestor da Internet do Brasil encaminhará diretamente para a página, sem precisar passar pelos PTTs internacionais”, explicou.
Neves afirmou que o Itamaraty considera que, além da desigualdade de produção de conteúdo e da barreira da língua, a internet brasileira sofre com a falta de tecnologia nacional, o que impacta no baixo desenvolvimento da rede brasileira. E o remédio para isso depende das universidades do país. “Só as deficiências da infraestrutura estão ligadas diretamente ao modelo de governança da internet, mas aumentar a capacidade e alternativas de fluxos de informação não são capazes de superar a dependência do país com os EUA observada hoje”, ressaltou.
A posição do Itamaraty, defendida pelo ministro-conselheiro, se contrapôs à apresentação da Anatel sobre o tema no mesmo debate. Para a agência, a alteração do modelo de governança reduzirá os custos de conexão no país e preservará o interesse de diferentes nações. Para a agência, a internet não pode ficar atrelada a um só país, como é agora.
Neves, entretanto, afirma que a internet cresceu por meio de muito investimento de empresas dos Estados Unidos e esse quadro é muito difícil de ser alterado por normas. “Essas companhias vêm, ao longo dos anos, acumulando conhecimento e poder e acabam ditando regras na rede”, ressalta. Ele exemplificou o caso da IATF, congregação de engenheiros de todo o mundo que, informalmente, acaba ditando padrões e protocolos da internet. “Dos dois mil engenheiros desse organismo, mais de 1.200 são norte-americanos ou trabalham em empresas de lá, enquanto apenas 25 são brasileiros”, citou.
Neutralidade
Novamente Itamaraty e Anatel divergiram sobre o artigo da neutralidade de rede da proposta do Marco Civil da Internet. Para a agência é preciso ampliar as exceções de intervenções das teles no tráfego da infraestrutura. “É preciso garantir a neutralidade dos negócios na rede”, defendeu o vice-presidente da Anatel, Jarbas Valente.
Já para o ministro do Itamaraty, o texto da forma como está favorece o desenvolvimento da rede no país porque garante o acesso de todos aos mesmos conteúdos. Rômulo Neves afirmou que, mesmo sem ter sido aprovado, o Marco Civil da Internet tem rendido capital político nas negociações do Itamaraty sobre a rede. Assim como o Comitê Gestor da Internet (CGI) no Brasil que, segundo ele, serve de modelo para muitos países. “Sem essa norma, a rede será comandada pelo mercado”, afirmou.
O relator do Marco Civil da Internet, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), reafirmou sua defesa à neutralidade da rede na forma como está e disse que depende apenas do presidente da Câmara, a votação do projeto. “Não vi necessidade de mudanças no texto apresentado no ano passado. Ele é baseado em princípios que, um ano depois, continuam atuais”, afirmou.
Com informações do Tele.Síntese.
Divirta-se no GNU/Linux com Poker Online
12 de Agosto de 2013, 11:42 - sem comentários aindaQuantos jogos realmente divertidos você conhece? Muitos, aposto. Agora vamos fechando o espaço amostral; Quantos desses são jogados no computador? Menos ainda, certamente. Agora vamos reduzir o espaço amostral a praticamente zero: quantos jogos divertidos são gratuitos no seu computador e quantos podem ser executados no GNU/Linux?
Pois é. Pouquíssimas são as opções gratuitas quando o assunto é entretenimento no PC. Todavia, uma dessas opções se destaca ante as demais. E essa opção acaba por ser o poker online. Os primeiros sistemas de poker pelo computador foram inventados de modo semelhante a um RPG no mIRC (se você nasceu depois de 1990 provavelmente nunca ouviu falar nele). Um usuário do bate-papo dava as cartas e dizia quais seriam as 5 cartas que apareceriam na “mesa”. Ao final da década de 1990, porém, alguns softwares começaram a aparecer. O primeiro jogo online de poker valendo dinheiro, num software gratuito e próprio, data do ano de 1998. Em meados da década de 2000, a Poker Stars assumiu a liderança do mercado; Na virada da década, a Full Tilt Poker – seus ativos e passivos – foram compradas pela empresa controladora da Poker Stars, a Rational Group.
Desde então tal mercado é um dos que mais movimentam dinheiro ao redor do globo. O Poker online passou a ser um passatempo mais comum na vida das pessoas. Seja em casa, para combater o tédio, ou na fila do dentista ou do banco por exemplo. Hoje em dia, acaba por ser até mesmo profissão para alguns; há pessoas que se especializam no esporte e fazem dele uma forma de vida.
Por mais que o jogador tenha a opção de jogar valendo dinheiro real, vale lembrar, sempre existiu e sempre existirá a opção do jogador jogar com dinheiro fictício. Mais importante do que isso: não se cobra nada para tanto. Em todas suas versões de download o software é gratuito, haja vista que não é cobrado nenhum centavo para sua utilização.
O lucro de tais empresas advém completamente de uma porcentagem dos ganhos – e não das perdas – dos jogadores. Como os bancos, por exemplo; A cada pot, uma porcentagem fica com a sala de poker em questão. Isso permite uma maneira democrática das empresas continuarem custeando o fornecimento gratuito dos softwares aos jogadores.
É importante destacar que existem as mais diversas opções de plataformas para o jogo. Neste caso, além do PC, a Poker Stars, Full Tilt e 888, por exemplo, possuem plataformas de software para Mac OS (computadores da Apple), iOS (iPhone, iPad, iPod Touch) e Android. Também é possível jogar no GNU/Linux por meio do WINE (emulador que simula outro sistema operacional no Linux). Vale lembrar que mesmo não sendo opensource, todas as opções são gratuitas.
O contraste, portanto, dessa forma de entretenimento com as demais é justamente este: caso o usuário queira jogar inteiramente de graça – do download à partida em si – lhe é permitido. A beleza – e democracia, por que não – da coisa é justamente esta. Caso queira lucrar com dinheiro real (no caso dos profissionais do esporte, por exemplo), o jogador tem de colaborar com o custeio daqueles que somente querem praticar de modo gratuito.
Lançado Managana 1.6.0
12 de Agosto de 2013, 10:24 - sem comentários aindaA equipe de desenvolvimento do Managana acaba de informar que uma nova versão do Managana que acabou de sair do forno, a 1.6.0. Fora acertos de bugs existe uma única (e grande) novidade: agora o player funciona em HTML5, dispensando o uso do Flash caso ele não seja encontrado, aumentando drasticamente o número de plataformas suportadas pelo software.
Até agora o Managana exigia a instalação do Adobe Flash Player para a exibição de conteúdo em navegadores. Para levar criações a dispositivos móveis era necessário criar aplicativos usando o Appwizard.
O Appwizard ainda está aqui e traz opções avançadas, mas agora há uma segunda opção. Caso o Adobe Flash Player não seja encontrado no computador/dispositivo, o Managana tenta usar o canvas HTML5 para exibir o conteúdo. Isso significa que você cria o conteúdo apenas uma vez e o exibe em ainda mais locais sem trabalho extra!
Para saber mais a respeito do player HTML5 confira o novo documento Getting started with Managana: creating for HTML5 disponível na seção de downloads (apenas em inglês). Todo o software e código fonte estão disponíveis aqui: http://www.managana.art.br/downloads/
Quer conferir um pouco do novo player HTML5? Que tal conferir uma apresentação sobre o próprio Managana nele? Veja: http://www.managana.org/editor/?render=5&community=managanaintropt
Com informações de Managana.