A Revista Espírito Livre é uma iniciativa que reune colaboradores, técnicos, profissionais liberais, entusiastas, estudantes, empresário e funcionários públicos, e tem como objetivos estreitar os laços do software livre e outras iniciativas e vertentes sócio-culturais de cunho similar para com a sociedade de um modo geral, está com um novo projeto neste ano de 2009.
A Revista Espírito Livre visa ser uma publicação em formato digital, a ser distribuída em PDF, gratuita e com foco em tecnologia, mas sempre tendo como plano de fundo o software livre. A publicação já se encontra na terceira edição. A periodicidade da Revista Espírito Livre é mensal.
Marco da internet é urgente
18 de Agosto de 2013, 18:35 - sem comentários aindaAs revelações feitas por um ex-agente de inteligência norte-americano, Edward Snowden, geraram no Brasil surpresa e indignação e despertaram o governo para a necessidade de aprovação do Marco Civil da Internet. A “surpresa” é pouco justificável. Afinal, não é de hoje que os meios de telecomunicação são “acompanhados” sob os mais diversos pretextos, entre eles a prevenção de ações terroristas. Claro que, com a internet e o uso extensivo da “nuvem”, tanto na guarda de dados pessoais e correspondências como no próprio processamento da informação, aumenta a possibilidade de “acompanhamento”, especialmente quando há a colaboração de empresas do setor ou quando se exploram facilidades eventualmente embutidas em roteadores e equipamentos de comutação críticos – as chamadas backdoors.
Já a indignação procede totalmente, e cabe aos governos buscar a melhor forma de proteger seus cidadãos contra o acesso indevido a seus dados pessoais e sua navegação, expostos à bisbilhotice internacional. Enquanto isso, o projeto do Marco Civil, originário do trabalho pioneiro do Comitê Gestor da Internet (CGI) no Brasil – que em 2009 havia aprovado e publicado os Princípios para a governança e uso da internet, um decálogo elogiado pela comunidade internacional –, está há anos no Congresso, à espera de aprovação.
Apesar de o projeto ter sido discutido durante anos, obtendo o consenso dos usuários, há quem adie sua análise em plenário sob o argumento de que existe “algo a consertar ou melhorar que ajudaria sua aprovação final”. Enquanto outras leis criminalizando ações na rede passam olimpicamente, o Marco Civil marca passo. Mesmo que os que propõem “acréscimos” ou “melhorias” em seu texto o façam de boa-fé, esquecem-se eles de que o Marco Civil define princípios, não dispondo sobre modelos econômicos ou sobre tarifas e qualidade da internet. Os pilares do projeto do Marco Civil são a proteção à privacidade, a manutenção da neutralidade da rede e a correta responsabilização da cadeia de atores, eximindo a rede em si dos malfeitos que nela acontecem.
Sem deformações
É uma falácia atribuir ao Marco Civil o condão de impedir a “bisbilhotice” na rede. É o equivalente a imaginar que uma lei sobre roubos fará com que eles inexistam. Ora, o Marco Civil serve essencialmente para balizar os direitos e deveres dos partícipes da rede e identificar ações potencialmente danosas. O Marco não impedirá que os espiões espionem, mas deixará mais claro quais direitos foram violados, além de garantir, ao cidadão, a liberdade de expressão e, à iniciativa privada, a possibilidade de competir no cenário de rede sem estar exposta a riscos de interpretação legal que a coloquem como corresponsável por eventuais abusos dos usuários finais da internet.
O segundo ponto diz respeito ao próprio CGI, cuja estrutura multissetorial e caráter não regulatório sempre mereceram reconhecimento como paradigma de uma gestão adequada da rede. O Brasil marcou, com a criação do CGI, em 1995, seu protagonismo na proposição de um modelo de governança da internet. A gestão multissetorial (multistakeholder) é vista como a única adequada a um ambiente tão diverso, rico e aberto à participação de todos como é a internet.
As ações do CGI para aumentar a segurança do tráfego de dados e reunir estatísticas sobre a tecnologia de informação tornaram-se “termômetro” no ambiente da internet e na difícil tarefa de tentar entender o que as redes sociais representam – sua forma de atuação que, cada vez mais, surpreende, estimula, engaja, potencializa e, eventualmente, atemoriza.
A proteção desse ambiente e de seus habitantes se torna cada vez mais importante. A privacidade do indivíduo, a neutralidade da internet e a responsabilização adequada da cadeia produtiva, que não iniba a criatividade e o empreendedorismo, precisam ser consolidadas. O Marco Civil é a forma de consolidar os princípios que ordenam a internet.
Urge, portanto, a aprovação do Marco Civil, sem deformações casuísticas e não pertinentes a uma carta de princípios.
Com informações de Observatório da Imprensa.
Email: 15 dicas para usá-lo melhor
18 de Agosto de 2013, 18:34 - sem comentários aindaEmbora o uso de e-mail entre pessoas físicas esteja caindo em desuso, o uso da ferramenta continua em alta nas empresas, de acordo com um estudo feito pelo Radicati Group. Enquanto a troca de e-mails pessoais cai de 3% a 4% ao ano, o número de mensagens eletrônicas corporativas deve crescer, em média, 13% ao ano até 2016. E por mais que enviar ou receber um e-mail, hoje em dia, seja uma tarefa banal na rotina de trabalho, essa atividade requer cuidados. “O e-mail é, sem dúvidas, uma ferramenta sensacional. Mas virou um remédio para todos os males. Especialmente entre os profissionais mais jovens, que, em muitos casos, usam o e-mail até como escudo, para não precisar tratar ao vivo de assuntos desagradáveis ou comprometedores”, afirma Sergio Guimarães, autor do e-book E-mail eficaz e consultor da Academia do Tempo, empresa especializada em administração de tempo, produtividade e qualidade de vida.
Guimarães ressalta que o e-mail costuma ser eficaz quando o assunto não for urgente e os envolvidos não estiverem disponíveis; para tratar de assuntos simples, como agendar uma reunião, enviar arquivos ou informações, atualizar um relatório ou plano de ação; quando for indispensável formalizar a troca ou a solicitação de informações; nos processos que envolvem responsabilidades compartilhadas e quando for necessário enviar arquivos ou links. Mas é melhor não utilizar o e-mail quando o assunto for pontual ou urgente e demandar uma resposta imediata; quando for preciso negociar, influenciar pessoas ou partilhar informações confidenciais; quando o assunto demandar a participação intensa de várias pessoas; e em discussões delicadas que possam gerar algum conflito, desconforto ou constrangimento para os envolvidos.
Veja algumas dicas do autor para utilizar o e-mail de forma mais efetiva e eficaz no trabalho.
1. Pense antes de enviar
Lembre-se de que o e-mail não é uma ferramenta segura, confidencial e sigilosa. Depois de enviado, você perde totalmente o controle sobre a mensagem, que pode ser encaminhada para muitas pessoas e lidas por pessoas impróprias – ou, ainda, publicada no Facebook ou em outras redes sociais. Antes de enviar, procure se perguntar “O que aconteceria se o meu chefe lesse esse e-mail?” ou “O que aconteceria se toda a empresa tivesse acesso a este email?” Na dúvida, é melhor não mandar.
2. Menos cópias
Evite copiar suas mensagens para vários destinatários. A quantidade de e-mails que você recebe é diretamente proporcional à quantidade de e-mails que você envia. Em média, para cada cinco e-mails que você envia, três são respondidos. Logo quanto menos e-mails e cópias dos seus e-mails você enviar menos respostas vai receber. Quando for inevitável, prefira utilizar a opção cópia oculta (Cco), o que impede que os destinatários respondam a mensagem para todos, iniciando uma infindável progressão geométrica de e-mails.
3. Clareza
Informe com clareza o conteúdo do e-mail no campo assunto. E-mails com assuntos vagos ou com o título em branco são facilmente deletados ou ignorados.
4. Contato
Forneça informações completas de contato. Nunca deixe de enviar um e-mail com seu telefone e endereço, já que o destinatário pode preferir ligar ou enviar um material pelo correio – sem precisar enviar mais um e-mail pedindo as informações de contato.
5. Leveza
Evite anexar arquivos muitos pesados. Serviços como Sendspace ou o Dropbox facilitam no envio e compartilhamento sem lotar ou travar a caixa postal do destinatário.
6. Confirmação
Desabilite a opção de solicitação automática de confirmação de leitura, disponível em programas como o Outlook. Quando necessário solicite a confirmação de recebimento diretamente no texto do e-mail.
7. Objetividade
Ganhe tempo e poupe seu destinatário de abrir alguns e-mails inserindo respostas breves e objetivas no campo assunto. Evite também encaminhar um novo e-mail se a resposta for apenas um “Ok” ou “Obrigado”.
8. Resposta automática
Mensagens automáticas como “Recebemos seu e-mail. Em breve entraremos em contato” são dispensáveis. Já o uso do assistente de ausência temporária é recomendado em períodos de férias ou afastamentos mais longos: a mensagem deve informar o período de ausência e oferecer um ou mais contatos alternativos.
9. E-mails impróprios
Não faça contatos profissionais com e-mails impróprios tais como fabiojunioreuteamo@xxx.com.br ou batatinha123@yyy.com. Também não se deve usar o e-mail corporativo para enviar seu currículo para outras empresas.
10. Telefone
Se tiver pressa para resolver um assunto, telefone. Não mande um e-mail para, logo em seguida, ligar para cobrar um retorno. Por mais que o e-mail seja entregue imediatamente, ele não precisa ser lido e nem respondido no mesmo minuto.
11. Histórico
Se a conversa por e-mail for longa, pode preservar apenas as últimas três mensagens.
12. Respostas. Se a mensagem não precisa ser respondida, finalize o e-mail com “não é preciso responder”. Evite abusar da opção responder a todos. Quando possível, escreva no final da mensagem: “Por favor, respondam somente para mim.”
13. Anexos
Substitua os anexos por links sempre que enviar e-mails sempre que possível.
14. Saudações
Tenha cuidado com o tom do texto. “Prezado senhor” pode soar formal demais, enquanto “meu grande amigo” ou “minha querida” podem constranger o destinatário. Um simples “olá” atende bem na maioria das vezes. Para encerrar o e-mail use “atenciosamente”,“obrigado” ou “um abraço”. Por via das dúvidas evite encerrar seus e-mails com “beijos” ou “saudades”.
15. Seja sucinto
Evite escrever e-mails com mais de três parágrafos, já que, normalmente, textos longos não são lidos – ou causam irritação no destinatário. Se o assunto demanda muito texto, prefira telefonar ou conversar pessoalmente. Fique de olho na barra de rolagem lateral. Se ela for acionada é mau sinal.
Por Maíra Amorim.
Com informações de Observatório da Imprensa
Tizen: mais um concorrente do Android pode chegar em outubro
18 de Agosto de 2013, 18:24 - sem comentários aindaQue precisamos de alternativas ao Android ninguém dúvida, ainda mais depois de novas denúncias de espionagem. Mas desenvolver e manter um sistema operacional não é nada fácil, vide o que aconteceu com Maemo, Moblin, Meego e Bada.
Mesmo o lançamento do Firefox OS e o Ubuntu Touch/Phone crescendo a passos largos, Samsung, Intel e Linux Foundation não se intimidaram e passaram a desenvolver seu próprio sistema operacional Mobile, o Tizen.
Criou-se expectativa de que o Tizen seria lançado ainda em 2012, chegando primeiro que as alternativas da Canonical e da Mozilla, mas ao que tudo indica, a Samsung poderá lançar o primeiro gadget oficial agora em Outubro em pelo menos 5 países (e não, o Brasil não consta nessa lista).
Maiores detalhes e a relação dos primeiros países que receberão o Tizen você pode conferir em no site OpenApps.
Dotcom prepara e-mail criptografado
16 de Agosto de 2013, 15:43 - sem comentários aindaO criador do site de compartilhamento de arquivos Megaupload e atual dono do Mega, Kim Dotcom, anunciou em sua conta no Twitter que pretende lançar em 2014 um serviço de e-mail antiespionagem como alternativa ao Silent Mail e ao Lavabit – serviço que supostamente teria sido usado por Edward Snowden –, que foram fechados recentemente e tinham foco na privacidade.
O novo serviço de e-mail planejado por Dotcom será criptografado para impedir ações de programas de espionagem do governo norte-americano, como o Prism.
“O serviço de e-mail criptografado da Mega e fora do alcança da NSA (sigla em inglês para Agência de Segurança Nacional) vai mudar para sempre a maneira que as pessoas usam o e-mail. Vocês vão ver. Chega em 2014″, disse Dotcom no Twitter.
O plano de Dotcom pode ser afetado por um detalhe: o dono do Mega revelou recentemente que considera a possibilidade de retirar seus servidores da Nova Zelândia, onde o Mega é armazenado atualmente, já que uma nova legislação de acesso à informação está sendo analisada no país. Segundo ele, se aprovada, pode tornar a Nova Zelândia sujeita ao mesmo tipo de vigilância que os Estados Unidos.
Por Ligia Aguilhar.
Com informações do Estadão.
“Espionagem não se resolve apenas com construção de datacenters”, defende Brasscom
16 de Agosto de 2013, 14:48 - sem comentários aindaA espionagem dos dados dos brasileiros foi o ‘estopim’ para o debate sobre a construção de datacenters localmente para ‘assegurar’ que os dados dos brasileiros estejam armazenados no Brasil, e não em outros países.
Durante o o 5º congresso de crimes eletrônicos e formas de proteção, da Fecomercio, em São Paulo, Nelson Wotsman, diretor da Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação) disse que é preciso sim, investir em datacenters localmente, mas que o investimento, sozinho não garante a segurança de dados.
“É preciso tratar o assunto datacenters com uma visão mais tecnológica. A espionagem sempre aconteceu, mas agora acontece através da internet. O que temos que fazer é desenvolver ferramentas, sofwares, criptografias, ou seja, ter em nossa defesa inteligência para que isso não aconteça”, afirmou Wortsman.
Na apresentação, o diretor ressaltou os custos de uma operação local como a principal barreira para a construção de centros de dados. Baseado em um estudo da Frost&Sullivan, o gestor comentou que a construção de um datacenter de médio porte no Brasil custaria US$ 60 milhões, enquanto nos EUA, US$ 43 milhões; e a manutenção mensal seria em torno de US$ 950 mil, e nos EUA, US$ 510 mil. “Os deputados dizem que é preciso conversar e chegar a uma solução, mas quando se trata de desoneração a gente se arrasta”, pontuou.
O diretor da Brasscom afirmou que o Brasil, portanto, precisa fazer acordos bilaterais com outros países para acessar dados ‘fora de casa’, e avaliou a capacidade do país em se tornar um hub natural de datacenters na América Latina, mas lembrou que é preciso resolver o custo da operação localmente. “Temos a maior carga tributária do mundo para consolidação de datacenters”.
Por Mayra Feitosa.
Com informações da IPNews.