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Comunidade da Revista Espírito Livre

20 de Junho de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.

A Revista Espírito Livre é uma iniciativa que reune colaboradores, técnicos, profissionais liberais, entusiastas, estudantes, empresário e funcionários públicos, e tem como objetivos estreitar os laços do software livre e outras iniciativas e vertentes sócio-culturais de cunho similar para com a sociedade de um modo geral, está com um novo projeto neste ano de 2009.

A Revista Espírito Livre visa ser uma publicação em formato digital, a ser distribuída em PDF, gratuita e com foco em tecnologia, mas sempre tendo como plano de fundo o software livre. A publicação já se encontra na terceira edição. A periodicidade da Revista Espírito Livre é mensal.


Termina o estoque de endereços IPv4 na América Latina

11 de Junho de 2014, 9:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

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Ontem, dia 10 de junho de 2014, três anos após a Ásia e quase dois anos após a Europa, o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), responsável pelo registro nacional de endereços IP para o Brasil, em conjunto com o Registro de Endereçamento da Internet para a América Latina e o Caribe (LACNIC), declararam que o estoque de endereços IPv4 atinge o limite previsto, considerando o determinado pela política regional para a fase de esgotamento deste recurso. Isso representa o início da fase de “terminação gradual”, após mais de duas décadas de alocações de endereços IPv4 no país.

Demi Getschko, diretor-presidente do NIC.br, ressalta que as políticas de distribuição de IPs no Brasil sempre foram consonantes às adotadas internacionalmente e na região. “A partir do momento em que o estoque IPv4 chegou perto do esgotamento na região, adotou-se um estoque único. Com isso, houve aumento da transparência na atribuição de recursos. Quando o estoque da região termina, o estoque do Brasil também chega ao fim”, relata.

A partir deste momento, organizações no Brasil poderão receber, no máximo, 1024 endereços IP (equivalente a um prefixo /22) a cada seis meses, mesmo que justifiquem a necessidade de blocos maiores. Para esse processo de terminação gradual foi reservado o equivalente a dois milhões de endereços IPv4 através de uma política proposta e aprovada pela própria comunidade Internet.

Uma vez acabado este estoque, existirão ainda dois milhões de endereços IPv4 que serão distribuídos somente para novos solicitantes, limitados a uma única alocação por solicitante de, no máximo, 1024 endereços.

É importante destacar que esse momento já vinha sendo anunciado e esperado há bastante tempo, mas não deixa de ser um marco importante. O estoque de endereços IP é um recurso finito, limitado a quatro bilhões de endereços na versão 4, e o crescimento de usuários e serviços na Internet implicou naturalmente em um consumo mais rápido desses recursos, mesmo com todas as medidas técnicas paliativas adotadas desde 1996. A solução para o contínuo crescimento da rede é o uso do protocolo IP na versão 6 (IPv6), que tem um enorme espaço de endereçamento, de tamanho adequado para atender por muito tempo as necessidades futuras da Internet.

“É sempre válido salientar que nada de errado aconteceu com o IPv4. O esgotamento de endereços nessa versão do protocolo faz parte do crescimento da Internet, e no Brasil seu crescimento é notavelmente grande. Nesse momento, a preocupação principal é estimular a adoção do IPv6”, complementa Getschko.

Atualmente, no Brasil, 68% das organizações que fazem parte da Internet como Sistemas Autônomos já se conscientizaram e alocaram blocos IPv6. Neste momento, é muito importante intensificar o esforço para a adoção do novo protocolo.

O NIC.br vem promovendo palestras e treinamentos sobre IPv6 há mais de 10 anos, com o objetivo de divulgar a tecnologia e preparar as empresas e os profissionais da área. Nesse período, já foram treinados mais de quatro mil técnicos.

Com informações do NIC.Br.



O Movimento Software Livre Morreu. Longa Vida ao Movimento Software Livre!

11 de Junho de 2014, 9:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

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Assistindo ao debate “Morreu o Movimento Software Livre no Brasil?”, do FISL15, resolvi compilar diversos pontos que foram marginalmente abordados no debate e que flutuam na minha cabeça há algum tempo, merecendo um aprofundamento nesse contexto.

Movimento Software Livre e Ideologias Alienígenas

O Movimento Software Livre é uma expressão, no âmbito técnico, do anseio natural de liberdade do ser humano. Foi o precursor de diversos movimentos de cultura livre que, de certa forma são mais antigos ainda que o próprio Software Livre, mas que até então não possuiam ferramentas coerentes para se desenvolver. No entanto, como todo movimento, é habitado por pessoas que têm aspirações diferentes e muitas vezes essas pessoas confundem suas próprias e particulares aspirações com as do movimento, levando a uma “identificação ideológica cruzada”, que acaba associando ao movimento Software Livre diversas outras ideologias de maneira até equivocada.

Embora o próprio Stallman não seja um comunista (expresso por suas ações ao longo da vida, mas literalmente também (escrito por ele mesmo), o Movimento Software Livre acabou, em diversos lugares – inclusive o Brasil – sendo capturado pelo espectro da esquerda política. E isso só fez mal ao Software Livre. (Seria igualmente ruim se fosse capturado pela direita política, veja bem.) Isso fica amplamente evidente quando fazemos o contraponto entre Open Source e Free Software e identificamos isso como um embate entre capitalismo e comunismo, como foi feito no debate em questão. Nenhuma discussão poderia ser menos produtiva e mais equivocada do que essa! Especialmente porque não existe nenhuma incompatibilidade entre as 4 liberdades que definem um Software Livre e os 10 pontos da definição de Software de Código Aberto.

Exatamente. Para que fique bastante claro vou colocar em um parágrafo separado: não existe nenhuma incompatibilidade entre as 4 liberdades que definem um Software Livre e os 10 pontos da definição de Software de Código Aberto. Portanto, não há um conflito conceitual entre Software Livre e Software de Código Aberto, muito menos um conflito semelhante ao embate capitalismo versus comunismo.

A Catedral e o Bazar

Então, acredito que a percepção de que o Movimento Software Livre no Brasil esteja morrendo está associada a perda de tempo imposta por um debate entre capitalismo e comunismo enquanto o próprio Software Livre não tem identificação com nenhuma dessas ideologias da maneira como elas são entendidas atualmente. Se tivermos que caracterizar o Software Livre ele é muito mais libertário (e portanto capitalista clássico ou paleocapitalista), com seu estilo Bazar e com sua organização emergente de-baixo-para-cima do que comunista, com seu estilo Catedral e sua organização positivista de-cima-para-baixo.

Uma pequena digressão oportuna mas que preciso incluir nesse texto é que, no arcabouço legal atual, o Software Livre é um Software Proprietário. Ele é propriedade de seu autor, que nos autoriza o seu uso de acordo com uma licença. Assim, não existe um antagonismo entre Software Livre e Software Proprietário, como uma debatedora do público (que infelizmente não se identificou) parece não entender. O antagonismo é entre Software Livre (com as 4 liberdades) e Software não-Livre (sem alguma das 4 liberdades). O antagonista do Software Proprietário é o Software de Domínio Público, cujo autor abre mão da propriedade de forma explícita. Observe, no entanto, que se tornou corriqueiro tratar por “Software Proprietário” o Software não-Livre, provavelmente levando a confusão da debatedora. E é importante ressaltar essa confusão por que o termo “Propriedade” sempre remete ao contraproducente debate comunismo versus capitalismo que referi acima.

Nesse contexto, como acertadamente colocou o Frederico Guimarães no debate: a evolução natural dessas “espécies” de Software (Livre e não-Livre) vai levar a um equilíbrio ecológico na existência entre elas e esse panorama misto é o que podemos esperar. Enquanto proponentes do Software Livre temos de compreender que nosso papel é “hackear” o status quo de forma a fazer esse equilíbrio pender para o nosso lado. Por exemplo, não devemos atribuir mais importância à GPL do que ela de fato tem: hackear o sistema de direito autoral para fazê-lo trabalhar em prol do Software Livre. A GPL é um hack, não um fim em si mesma. O que gostaríamos de ver é a abolição desses sistemas artificiais que transformam bens intangíveis em tangíveis. Enquanto não conseguimos isso, vamos usando a GPL. Mas não percamos de vista o objetivo: a liberdade. Não dá para sacrificar a liberdade em prol do “bem comum”. Especialmente quando “bem comum” assume a forma que o interlocutor quiser.

Portanto, todo o debate sobre a utilização do Facebook e do Gmail e de qualquer outro produto “dos malvados capitalistas” serve apenas como um espantalho. O que um ativista da liberdade deveria estar fazendo é criar maneiras para que, mesmo que o Gmail seja utilizado, os seus usuários tenham a possibilidade de criptografar a mensagem e, portanto, escondê-la do Google (e da NSA e de quem quer que seja). Uma solução tão simples quanto esta também para a questão do Facebook não está no horizonte (ou talvez o Diaspora seja uma solução), mas deveria estar sendo perseguida por esses ativistas. Enquanto isso, como todos os debatedores disseram, simplesmente não utilize o Facebook se as consequências de sua utilização o incomodam – como também é o meu caso.

Só por Prazer

A segunda coisa que quero considerar é que, no fim das contas, a questão é simples: as pessoas vão fazer seja o que for que fizerem que, na sua percepção temporal individual, as levam de um estado de menor satisfação para um de maior satisfação. Enquanto hackear era algo legal e prazeroso, as pessoas o estavam fazendo simplesmente porque as levavam a um estado de maior satisfação. Quando isso deixou de ser prazeroso (e acredito que isso ocorra em grande parte porque os desenvolvedores passaram a ter de se embrenhar em debates infrutíferos enquanto tudo o que queriam era escrever código), as pessoas resolveram fazer outras coisas. Da mesma forma, pode voltar a ser prazeroso para aquele indivíduo em particular. Não é nenhuma surpresa que o livro que conta os bastidores do surgimento do Linux tenha o título de “Só por prazer” (ou “Just for fun” em seu original em inglês).

Sumarizar esses grandes movimentos da ação humana em uma dicotomia entre Open Source e Free Software é um falso dilema, especialmente se essa dicotomia é utilizada para explicar a suposta morte do Movimento Software Livre. O ponto de atrito entre Open Source e Free Software é um de valores: para o primeiro, um Software não-Livre é uma solução sub-ótima; para o segundo, um problema social (como pode ser lido aqui). Do ponto de vista prático, eles são aliados e é isso que importa, porque o inimigo é outro, está na outra trincheira e só ganha com esse falso dilema.

Facebook, esse vilão execrável

A terceira coisa que quero chamar atenção é um ponto levantado pelo Frederico Guimarães na seção de respostas referindo-se a uma palestra do Alexandre Oliva sobre o uso de drogas: o entendimento de Frederico e de Alexandre é que o problema das drogas não é resolvido atacando o usuário, mas que o problema são as empresas que lucram com isso (aqui provavelmente se referiu aos traficantes) e que essas sim devem ser atacadas.

No entanto, por mais impopular que isso possa parecer, não existe fornecimento do que quer que seja para o qual não exista demanda. Então, sendo puramente pragmático, o problema é sim o usuário (no caso de drogas). Caso não houvesse demanda, não haveria oferta. No caso das drogas, todo o tipo de consideração sobre o caráter viciante da substância pode ser feita, mas nada disso é desculpa para tirar do sujeito usuário de drogas (e usuário do Facebook, que era o contexto da afirmação do Frederico) a responsabilidade por usá-la. Só existe Facebook porque as pessoas demandam a sua existência. Esse processo de culpabilização do produtor (sim, o Facebook produz algo que as pessoas querem consumir) é uma confusão entre causa e consequência, com a qual não compactuo.

Acho que isso merece uma analogia para que fique bem claro. Da mesma forma como o Facebook é “viciante”, podemos dizer que a Internet é “viciante” (como qualquer mãe com um filho pré-adolescente pode atestar), ou que (em seu glorioso tempo) as BBSs eram viciantes (como a minha mãe pode atestar). Isso era verdade antes do Facebook! Se a culpa desse vício passa do viciado (no caso o adolescente) para o produtor (no caso o provedor de Internet), onde isso vai parar? Uma “guerra ao Facebook” é tão legítima quanto uma “guerra à Internet” (ou uma “guerra às drogas”). Toda a situação ética da utilização dos dados dos seus clientes da maneira como o Facebook faz pode ser considerada, mas ninguém é obrigado a usar o Facebook. O mesmo vale para a Internet (e para as drogas).

Ao vencedor, as batatas

A quarta coisa que gostaria de considerar é se essa percebida morte do Movimento Software Livre não é simplesmente um reflexo do momento em que nos encontramos. Uma enorme variedade de dispositivos roda Software Livre. ODesktop, que sempre foi a “fronteira final”, está lentamente morrendo, ficando cada vez mais irrelevante. As tecnologias que emergiram executam Software Livre em um nível sem precedentes. Mais do que isso, os programas que rodam sobre essa plataforma são atualmente desenvolvidos em linguagens livres, com compiladores livres e muitas pessoas (em uma proporção muito maior do que no passado) publicam seu código sob licenças livres. Bom, falta muito para um mundo totalmente livre… sem dúvida. Eu concordo com um dos debatedores do público (Marcel, de Natal, um rapaz que trabalha com imagens médicas) quando ele diz que a coisa como um todo está melhor e que sempre existirão novas batalhas. Mais ainda: não pode restar dúvida de que esse é historicamente o melhor momento que vivemos. E de certa forma parece que tem gente achando que isso é uma derrota!

Acho que talvez sim, o movimento como o conhecemos tenha de fato morrido, mas simplesmente como resultado de termos atingido nosso objetivo (ou o mais próximo disso). Muita coisa precisa ser feita ainda, mas nada tão urgente que necessite de uma “evangelização” como nos primeiros anos. O que precisa ser feito, no entanto, é compreender esse momento e pensar no “E agora?”.

Por fim, me alio os que querem uma disseminação maciça do Software Livre, e não àqueles que gostariam que o Software Livre ficasse uma “coisa de geek“. E penso dessa forma por perceber que o Software Livre é uma oportunidade de recuperar aquilo que o Software não-Livre nos tirou: a possibilidade de entender como um computador funciona e se comunicar com ele. E daí que existam pessoas que não valorizam a filosofia por trás do que está na máquina? Apenas ao utilizar Software Livre ele já contribuiu, tornando-se mais um para formar a massa crítica que ajuda a disseminá-lo. E quem sabe aonde isso vai levar?

Fonte: nardol.org



Cursos gratuitos do Codecademy ganham versão em português

11 de Junho de 2014, 8:30, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

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Os responsáveis pela escola online de linguagens de programação e marcação Codecademy deram uma ótima notícia para os brasileiros nesta última quinta-feira.

Depois de três anos de espera, a plataforma finalmente ganhou uma versão em português, com cursos gratuitos de HTML, CSS, JavaScript, jQuery, PHP, Python e Ruby já totalmente traduzidos para nosso idioma.

A notícia foi dada por Zach Sims, fundador da empresa, no blog oficial do Codecademy.

No texto, o executivo afirma que a adaptação do site para o Brasil – que ainda não foi totalmente concluída, vale dizer – está sendo feita em parceira com a Fundação Lemann.

Fundado em 2002, o grupo tem a intenção de estimular a educação por aqui, sendo ainda o responsável também por trazer a Khan Academy ao país e por fazer a curadoria do YouTube Edu.

Por parte da plataforma de cursos, um acordo para tradução de conteúdo ainda foi fechado com uma organização francesa, a fim de traduzir o site para o idioma local.

Parcerias também foram feitas com os governos britânico, argentino e estoniano – mas nesses casos, não para adaptação do site, e sim para estimular o ensino de programação.

Segundo escreveu Sims no comunicado, cerca de 70% dos 24 milhões de usuários do Codecademy já vêm de fora dos Estados Unidos.

Então, nada mais natural do que uma expansão do tipo, que ainda deve incluir, posteriormente, mais idiomas além de inglês, espanhol e português.

Se quiser saber mais e começar as aulas, acesse o site da plataforma por aqui. O cadastro é gratuito, assim como todos os cursos disponíveis.

Por ora, os seis de linguagem de programação e marcação (HTML/CSS, JavaScript, jQuery, PHP, Python e Ruby) estão traduzidos, mas é de se esperar que os exercícios de projetos, APIs e criação de websites logo apareçam em português.

Fonte: Exame



O Coursera e a chave para a nova economia

11 de Junho de 2014, 8:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

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Dois anos após terminar a faculdade, Andy estava trabalhando para um centro de estudos em Washington, nos EUA. Ele tinha se formado em ciência política na universidade de Amherst e, na graduação, tinha recebido a bolsa de pesquisa Fulbright. Ele era inteligente e tinha muita habilidade em pesquisa qualitativa. Mas estava frustrado. O “cara da análise quantitativa” no trabalho “tinha que fazer um monte de coisa engraçadinha”. Andy simplesmente queria apontar sua carreira para essa direção.

Procurando uma solução, ele encontrou um curso on-line gratuito de análise de dados no Coursera dado pelo professor Jeff Leek, da Universidade Johns Hopkins. Ele imediatamente se inscreveu, mergulhou no curso de cabeça e, nas manhãs dos oito sábados seguintes, encontrou-se com um colega para revisar as tarefas e trabalhar com problemas desafiadores propostos nas aulas.

Andy passou no curso, buscando o que ele se referia como “o ponto crítico de conhecimento autossustentável”. Alguns meses mais tarde, ele se candidatou a um cargo de analista quantitativo em uma empresa diferente. Ele falou sobre o curso em sua carta de apresentação e em sua entrevista. E quando ele começou o trabalho, ele tuitou: “Consegui um trabalho novo porque eu fiz a aula de @jtleek”. Foi assim que eu conheci o Andy.

A história do Andy é uma história comum
Nem todos os jovens de 18 anos de idade sabem o que querem fazer da sua vida. São poucos os que compreendem perfeitamente a demanda do mercado por diferentes habilidades e competências. E ninguém sabe exatamente como indústrias e suas futuras carreiras vão evoluir.

Nosso modelo de educação tradicional tem muitas virtudes, ele não foi concebido para acomodar a volatilidade das aspirações individuais de carreiras ou as do mercado.

Uma grande parte do desafio é que o ciclo de vida dos conhecimentos e habilidades está diminuindo. Olho para nossos engenheiros do Coursera, a maior parte deles nos seus 20 e poucos anos, e fico impressionada com todos os códigos que eles estão construindo em linguagens de programação que literalmente não existiam quando eles estavam na escola.

O modelo tradicional também sofre com a falta de sincronia com a atual geração Y, que, em média, muda de emprego a cada 3,2 anos nos Estados Unidos, de acordo com as estatísticas do Ministério do Trabalho.

Um modelo inicial com foco em transmissão de conhecimentos gerais ainda tem sua relevância, mas está cada vez mais claro que ele precisa ser complementado com um treinamento que seja mais atual e dinâmico.

Preenchendo vagas com mão de obra qualificada
Em uma economia com níveis elevados de qualificação, o mercado de trabalho requer uma infusão constante de habilidades atualizadas para funcionar bem. Neste momento temos um problema um tanto paradoxal: altas taxas de desemprego e altos índices de empregos não preenchidos. Várias teorias tentam explicar isso, muitas citando indústrias específicas, como engenharia de software, vinculadas a esse paradoxo. Mas o que realmente fica claro é a evidência de que há déficits reais em mão de obra qualificada.

Os EUA não estão sozinhos. De acordo com um relatório da Comissão Europeia citado recentemente no The New York Times, até 2015 aproximadamente 900 mil postos de trabalho de informação e tecnologia de comunicação podem ficar vagos na União Europeia.

O desafio em mercados emergentes pode ser ainda maior. Segundo um estudo da Aspiring Minds, 47% dos universitários indianos recém-formados são considerados não aptos ​​pelos empregadores. Precisamos de um modelo de educação mais ágil, acessível, que permita aos indivíduos se reequiparem e adquirirem as habilidades necessárias para competir na economia atual.

Um despertar urgente
Mais e mais pessoas estão acordando para a percepção de que esses jovens não estão contentes com o que aprenderam na escola, e eles não podem confiar inteiramente em seus empregadores para a educação continuada ao longo de suas carreiras. Como Andy, eles veem o borbulhar de novas oportunidades de carreira, mas também veem a ameaça de ficar para trás se não mantiverem suas habilidades atualizadas.

O esvaziamento da classe média faz parte desta dinâmica. A renda média ajustada de um trabalhador do sexo masculino em tempo integral com apenas um grau do ensino médio caiu 47% nos últimos 40 anos nos EUA. E até mesmo o aumento da diferença de salário entre as pessoas com o ensino médio completo das com um diploma universitário diminuiu nos últimos 10 anos.

Para chegar e ficar à frente, os indivíduos devem assumir a responsabilidade por seu futuro com investimentos contínuos em educação. E novas possibilidades estão surgindo.

Opções de aprendizagem mais acessíveis e dinâmicas estão se abrindo – há uma série de Moocs; oportunidades para aprender programação, como o Centro de Treinamento Dev; lugares como Udemy, Codecademy e Treehouse; e um vasto conteúdo no YouTube EDU ao seu alcance.

A educação informal é cada vez mais relevante para os indivíduos que procuram diferenciar-se no mercado de trabalho, avançar em suas empresas ou buscar uma nova carreira. E já estamos começando a ver que os empregadores estão prestando atenção nessa proatividade.

Agora, possibilitado pelas mesmas tecnologias que estão acelerando a mudança no mercado de trabalho, Andy e toda uma geração de trabalhadores estão moldando uma nova realidade para a educação, para diplomas e para a aprendizagem ao longo da vida no mundo real. No que isso vai se transformar em cinco anos poderia ser muito diferente de onde estamos agora, na encruzilhada entre as fundações tradicionais e modelos alternativos de aprendizado.

Para muitos estudantes, as instituições de educação tradicional não serão suficientes para garantir um bom lugar no mercado de trabalho para sempre e nem será possível voltar para a escola ao longo da vida. É por essas razões que eu sou otimista sobre as possibilidades dessas novas formas de educação. Elas permitem que indivíduos tenham acesso às habilidades de que precisam para dar uma vida nova a suas carreiras, acabar com a falta de qualificações e construir um futuro econômico mais forte.

Fonte: Porvir.org



Como usar o GNU/Linux para saber se seu computador tem uma porta USB 3.0

10 de Junho de 2014, 15:52, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

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Se você tem um computador recente, e quer ter certeza se ele tem realmente uma porta USB 3.0, use o Linux para descobrir isso.

Atualmente a maioria dos computadores novos vêm com portas USB 3.0. Mas mesmo que a cor diferente possa servir como identificação, como você pode saber se seu computador possui realmente um porta USB 3.0 ou não? Não é tão complicado descobrir isso, e com essa dica rápida, você irá usar o próprio Linux para descobrir rapidamente se seu sistema tem uma porta USB 3.0. Vale lembrar que essa dica irá funcionar em todos os sistemas Linux, seja ele o Ubuntu, Linux Mint, Fedora e etc.

USB 3.0 é a terceira versão do Universal Serial Bus (USB), padrão para conectividade de computadores. Entre outras melhorias, o USB 3.0 adiciona um novo modo de transferência chamado de “SuperSpeed​​” (SS), capaz de transferir dados a até 5 Gbit/s (625 MB/s), o que é mais de dez vezes mais rápido que o 480 Mbit/s (60 MB/s) de alta velocidade do USB 2.0.

Geralmente portas USB 3.0 são marcadas com um “SS” (abreviação de “SuperSpeed​​” ou super velocidade). Mas se nenhuma das portas USB está identificada como “SS” ou “USB 3″, basta olhar para dentro delas e verificar a cor da parte plástica onde ficam os contatos. No caso do padrão USB 3.0, essa parte será da cor azul. A cor azul da USB 3.0 é obrigatória pela especificação, mas nada impede que um fabricante falsifique isso, por isso, o procedimento abaixo pode ser bem mais confiável para ter certeza que a porta realmente é uma USB 3.0

Veja como usar o Linux para saber se seu computador tem uma porta USB 3.0

Para usar o Linux para saber se seu computador tem uma porta USB 3.0, faça o seguinte:

Passo 1. Abra um terminal;

Passo 2. Para listar as portas USB do seu computador, use o seguinte comando:

lsusb

Passo 3. Este comando exibe informações sobre o barramento USB do seu sistema. Confira o resultado e se você tiver algo como “3.0 root hub”, isso significa que seu sistema tem a porta USB 3.0.

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Com informações de It’s F.O.S.S e Blog do Edivaldo Brito.



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