A Revista Espírito Livre é uma iniciativa que reune colaboradores, técnicos, profissionais liberais, entusiastas, estudantes, empresário e funcionários públicos, e tem como objetivos estreitar os laços do software livre e outras iniciativas e vertentes sócio-culturais de cunho similar para com a sociedade de um modo geral, está com um novo projeto neste ano de 2009.
A Revista Espírito Livre visa ser uma publicação em formato digital, a ser distribuída em PDF, gratuita e com foco em tecnologia, mas sempre tendo como plano de fundo o software livre. A publicação já se encontra na terceira edição. A periodicidade da Revista Espírito Livre é mensal.
Com o fim do Windows XP, China deve mudar para Ubuntu
18 de Fevereiro de 2014, 12:59 - sem comentários aindaDepois de 13 anos de suporte oficial, o Windows XP vai finalmente “aposentar-se”. Apesar das inúmeros promoções de atualizações para as novos sistemas da Microsoft, as empresas e serviços públicos procuram manter o mesmo hardware, escolhendo o Ubuntu como a solução mais adequada. Na Espanha e na Alemanha há já vários exemplos destas decisões.
Tendo em vista esta oportunidade, a Canonical investiu num “sabor” alternativo, chamado Ubuntu Kylin, que está adaptado à cultura Chinesa. Este já teve mais de 1.000.000 de downloads em menos de meio ano e é desenvolvido em parceria com Ministério da Indústria Chinês, o que torna cada vez mais evidente que isto é uma aposta ganha para a Canonical.
Tudo começou em 2013 quando a Canonical conseguiu chegar a um acordo com o Ministério da Indústria Chinês (Ministry of Industry and Information Technology of the People’s Republic of China) para desenvolver uma versão Chinesa do Ubuntu. Nessa altura, tal decisão da Canonical foi criticada por vários motivos, dos quais se destaca o facto de estarem a adaptar um sistema livre a uma filosofia distorcida que o Governo Chinês exige. Falo claro da Censura.
Apesar de tudo isso, o projeto continuou e em apenas 6 meses alcançou um número redondo de 1 milhão de downloads. Num mundo 7 mil vezes maior, é óbvio que este número é irrisório. No entanto, é um valor impressionante para um projeto tão recente como é o Ubuntu Kylin. Aliás, por conhecerem tal potencial, atualmente no site do Ubuntu só há um sabor que é publicitado para além da versão principal, é o Ubuntu Kylin.
Não é de surpreender porque, em princípio, será o [ou um dos] sistema oficial chinês visto que está a ser desenvolvido por uma entidade oficial do governo Chinês. Para além disso, toda esta questão da falta de privacidade faz com que sistemas fechados (e norte americanos) como o Windows se tornem menos atrativos para a China, dando prioridade clara a sistemas abertos como o Ubuntu.
Tudo isto são factos misturados com suposições, no entanto, tudo isto torna-se ainda mais evidente quando se começa a ter noção do momento que a China está a passar. Segundo estatísticas do StatCounter, metade da população chinesa que acede à internet ainda usa o Windows XP. Para além disso, o pedido das entidades Chinesas à Microsoft para estender o prazo de suporte do Windows XP foi recusado, o que tornou o clima entre a Microsoft e a China ainda mais complicado.
Para finalizar, e aqui temos que admitir que é um ponto negativo para a liberdade, o facto do Governo Chinês ser conhecido pela sua Censura e o facto de estar a desenvolver a versão do Ubuntu Kylin em parceria com a Canonical, torna o produto mais adaptado às necessidades que achem mais importantes. Isto é claramente uma vantagem que será considerada em momentos de decisão.
Assim, nos próximos tempos poderemos ver uma viragem muito grande em termos de números de utilização do Ubuntu. Não só o Ubuntu poderá ter números impressionantes de utilizadores, como a versão principal poderá ser uma pequena parte dos utilizadores, visto que a China é um país com uma população muito grande.
Com informações de ZDNet e Ubuntued.
ZTE vai mostrar smartphone com Firefox OS na MWC 2014
18 de Fevereiro de 2014, 12:01 - sem comentários aindaNão são todas as empresas que costumam fazer isso, mas a ZTE já revelou quais serão as grandes novidades a serem apresentadas durante a MWC 2014 — evento que acontece em Barcelona entre os dias 24 e 27 deste mês. Em vez de guardar os segredos a sete chaves, a empresa chinesa revelou que há dois aparelhos para serem mostrados no evento, sendo que um deles é um smartphone com Firefox OS.
Segundo a empresa, este aparelho vai ser chamado de Open C e ele vai contar com o sistema operacional desenvolvido pela Mozilla Foundation — sendo uma parceria entre a ZTE, a Mozilla e a operadora Telefônica. Outros detalhes sobre o hardware e também sobre o design dos smartphones devem ser mostrados apenas na próxima semana, durante as apresentações da ZTE no próprio evento.
Outra novidade deve ser um phablet com tela de seis polegadas. Trata-se do ZTE Grand Memo II LTE, que a fabricante chinesa promete lançar com hardware poderoso para competir com os grandes aparelhos do mercado. Assim como acontece com o celular que chegará com Firefox OS, o Grand Memo II só terá o hardware e o design confirmados na MWC 2014.
Segundo o CEO da ZTE, Adam Zeng, a empresa chinesa está com grandes expectativas para 2014, ano que pode ser o “mais forte até agora” para a ZTE. Ele afirma que a empresa “está colocando os consumidores no coração de tudo que é feito”. Será que esses aparelhos terão chance contra os principais smartphones do mercado, produzidos pelas fabricantes que já estão mais consolidadas em todo o mundo?
Com informações de PhoneArena, Engadget e TecMundo.
Engenheiro e inventor da Google diz que filme “Ela” será realidade em 2030
18 de Fevereiro de 2014, 11:59 - sem comentários aindaO filme “Ela”, com Joaquin Phoenix e Scarlett Johansson, ganhou uma crítica de um especialista no assunto abordado. O inventor e engenheiro Raymond Kurzweil, que trabalha para a Google e é conhecido pela publicação de livros de temática futurista, postou um longo texto em seu blog pessoal sobre a obra.
Cheio de elogios ao longa-metragem, Kurzweil acredita que, sim, sistemas operacionais serão humanos e amáveis no futuro, exatamente como o filme mostra. Em meados de 2030, segundo ele, nanorrobôs serão testados em nosso cérebro, permitindo que alguém experimente a realidade pelos olhos e ouvidos de outra pessoa – sensação parecida com o “desenvolvimento” da inteligência artificial Samantha, dublada por Johansson.
O sistema operacional em si passaria a existir por volta de 2029, quando haverá um salto na inteligência artificial, mas algumas tecnologias podem surgir uma década antes, como o personagem de video-game desbocado que interage com Theodore e as pequenas câmeras que podem ser acopladas ao rosto da pessoa.
O próprio Kurzweil afirma ter registrado patentes que poderiam ser usados na composição de um serviço assim, como tecnologias de percepção tátil para que você aperte as mãos ou até beije outra pessoa remotamente.
Ele faz algumas críticas pontuais sobre algumas limitações e evoluções demonstradas por Samantha durante o filme, mas o resultado geral é positivo – para ele, a revolução de “Ela” em filmes sobre tecnologia é tão grande quanto o impacto causado pelo primeiro “Matrix”, em 1999.
Com informações de Kurzweil e TecMundo.
Marco civil pode ir a voto hoje mesmo sem acordo
18 de Fevereiro de 2014, 11:33 - sem comentários aindaA votação da proposta do marco civil da internet (PL 2126/11, do Executivo) é o destaque do Plenário hoje, com sessão marcada para as 14 horas. A pauta de votações da semana será definida em reunião de líderes, às 14h30, no gabinete da Presidência.
Na semana passada, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, afirmou que a proposta do marco civil seria votada nesta semana de qualquer maneira, já que o texto está trancando a pauta de votações do Plenário há quatro meses, por estar tramitando com urgência constitucional.
Na última quarta-feira (12), o relator do marco civil da internet, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), leu a última versão do seu parecer, no qual manteve pontos polêmicos que vinham impedindo a votação da matéria. Entre eles, a neutralidade de rede e a possibilidade de o Poder Executivo obrigar, por decreto, as empresas de internet estrangeiras a instalar datar centers no Brasil para armazenamento de dados dos usuários brasileiros em território nacional.
Molon está confiante na aprovação e destaca que a proposta tem amplo apoio, na Câmara, de partidos da base e da oposição. A exceção ficaria por conta do PMDB, que diverge do artigo referente à neutralidade de rede. Além da divergência específica, no último dia 12, a bancada do PMDB na Câmara também decidiu votar contra todos os projetos que tramitam em regime de urgência constitucional e trancam a pauta da Casa, com a intenção de limpar a pauta.
Alguns parlamentares, de diferentes partidos, também discordam da obrigatoriedade de empresas de internet manterem data centers no Brasil. De acordo com o relator, esse ponto deverá ser votado em separado. Ele salienta ainda que essa obrigação também deverá ser instituída apenas para os grandes provedores, já que o decreto do Poder Executivo terá de levar em conta o faturamento da empresa no País, o número de brasileiros atendidos e o porte da empresa.
Cenas de nudez e sexo
Na nova versão do texto, Molon fez apenas uma mudança em relação ao substitutivo apresentado em dezembro, no artigo que prevê que o provedor de aplicações retire imagens e vídeos com cenas de nudez ou de ato sexual sem a autorização das pessoas envolvidas, apenas com uma notificação do ofendido. No novo texto, o relator deixa claro que essa notificação deverá ser apresentada pela pessoa retratada no material divulgado.
A mudança visou atender à reivindicação de entidades da sociedade civil, que temiam que o termo ofendido pudesse abranger, na interpretação da lei, qualquer um que assim se qualificasse por causa de valores morais ou religiosos.
Em carta divulgada em dezembro do ano passado, as entidades criticaram também a obrigatoriedade de provedores de aplicações (como Google e Facebook, por exemplo) guardarem os dados de acesso de internautas a aplicações de internet pelo prazo de seis meses. Para as entidades, isso pode ferir a privacidade dos usuários. Essa obrigação foi inserida no texto por Molon por demanda da Polícia Federal, como forma de facilitar a investigação criminal.
Pacotes com velocidades diferentes
Molon acredita que as resistências contra o princípio da neutralidade de rede, especialmente por parte das empresas telefônicas, foram abrandadas, quando ele inseriu na proposta, ainda na versão apresentada em dezembro, a garantia da liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet, “desde que não conflitem com os demais princípios estabelecidos na lei”.
Conforme o deputado, isso significa que os provedores poderão vender pacotes com velocidades diferentes, porém não poderão oferecer pacotes restringindo o acesso a serviços – só com e-mail ou só com acesso a redes sociais, por exemplo.
O Sinditelebrasil (Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviços Móvel Celular e Pessoal), que representa as principais empresas de telecomunicações do País, informa que não tem posição institucional sobre a proposta e ainda analisa o último parecer apresentado.
Outros projetos
Além do marco civil da internet, trancam a pauta do Plenário os projetos sobre a destinação da multa extra do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o programa Minha Casa, Minha Vida (PLP 328/13); o que concede porte de arma para agentes penitenciários (PL 6565/13); a criação de cotas para negros em concursos públicos (PL 6738/13); e a criação de cargos no Ministério da Cultura (PL 6655/13).
Relator inclui neutralidade de rede em PEC sobre direito de acesso à internet
18 de Fevereiro de 2014, 11:31 - sem comentários aindaO relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 479/10) que torna o acesso à internet em alta velocidade (banda larga) direito fundamental do cidadão, deputado Amauri Teixeira (PT-BA), incluiu no texto a garantia de que o serviço seja ofertado com neutralidade aos usuários.
Ou seja, as operadoras não poderiam discriminar dados por conteúdo, emissor ou destinatário. A previsão é que o relatório do deputado Amauri Teixeira (PT-BA) seja votado nesta terça (18) na comissão especial sobre o tema. A reunião será realizada às 15h30, no Plenário 16.
O deputado reconhece que a chamada neutralidade de rede é um dos pontos que dificultam a votação em Plenário do projeto do marco civil da internet (PL 2126/11, do Executivo).
Teixeira considera, no entanto, que a inclusão desse item na PEC do acesso à internet aos cidadãos não deve causar a mesma resistência ao texto. “O grande problema do marco civil é a pressão das operadoras de telefonia sobre determinados parlamentares”, diz. “Como a PEC é uma norma que não teria aplicação imediata, acredita que não terá a mesma resistência enfrentada pelo marco civil”, completa.
Confira a íntegra do relatório de Amauri Teixeira.
Ampliação da cobertura
O relator explica que, uma vez garantido na Constituição, o direito à internet em alta velocidade deverá aumentar a pressão para a ampliação da cobertura, a melhoria do serviço e a redução dos preços cobrados pela conexão.
Na avaliação do deputado, a mudança constitucional abriria espaço, inclusive, para a diminuição da carga tributária incidente sobre o setor. “A Carta Magna diz que, quanto mais essencial o produto ou o serviço, menor a tributação. A redução dos impostos barateia a banda larga e possibilita um maior acesso.”
Em seu relatório, Amauri Teixeira destaca que os tributos representam hoje 1/3 do valor pago pelos usuários da internet de banda larga.
Recomendação
A votação da PEC 479/10, do deputado Sebastião Bala Rocha (SDD-AP), está entre as recomendações da subcomissão que estudou, no âmbito da Comissão de Ciência e Tecnologia, as ações do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL).
Se aprovado na comissão especial, o texto ainda dependerá da aprovação, em dois turnos, pelo Plenário da Câmara antes de seguir para o Senado.
Íntegra da proposta:
Com informações da ’Agência Câmara Notícias.