A Revista Espírito Livre é uma iniciativa que reune colaboradores, técnicos, profissionais liberais, entusiastas, estudantes, empresário e funcionários públicos, e tem como objetivos estreitar os laços do software livre e outras iniciativas e vertentes sócio-culturais de cunho similar para com a sociedade de um modo geral, está com um novo projeto neste ano de 2009.
A Revista Espírito Livre visa ser uma publicação em formato digital, a ser distribuída em PDF, gratuita e com foco em tecnologia, mas sempre tendo como plano de fundo o software livre. A publicação já se encontra na terceira edição. A periodicidade da Revista Espírito Livre é mensal.
Lançada LibreOffice Magazine 8
19 de Dezembro de 2013, 12:54 - sem comentários aindaÉ com grande satisfação que a Comunidade LibreOffice Brasil lança a edição 8 da revista eletrônica LibreOffice Magazine. Esta edição de natal é dedicada a todos os usuários adoradores do LibreOffice e do Software Livre.
O download desta edição de natal pode ser conferida aqui.
Outras edições podem ser vistas Blog LibreOffice Brasil.
Cresce número de usuários de banda larga no Brasil
19 de Dezembro de 2013, 12:37 - sem comentários aindaO número de brasileiros que moram em domicílios com acesso à internet chegou a 76,6 milhões em outubro de 2013, dos quais 55%, ou 42,6 milhões, já têm conexão com mais de 2 Mb. Em um ano, o aumento do número de pessoas com acesso residencial nessa faixa foi de 30%. Em quatro anos, o crescimento foi de mais de 2.000%, segundo o estudo NetSpeed Report, com base na pesquisa NetView, da Nielsen IBOPE.
O NetSpeed Report é elaborado mensalmente pela Nielsen com informações sobre a navegação na internet por diferentes faixas de velocidade em domicílios do Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália, França e Austrália.
A faixa entre 512 Kb e 2 Mb vem se mantendo com cerca de 25 milhões de pessoas com acesso, enquanto diminui a quantidade dos que têm conexão abaixo de 512 Kb. De um total de cerca de 30 milhões de pessoas com acesso em 2009, o grupo com menos de 512 Kb caiu para quase 5 milhões em 2013.
Do total de 76,6 milhões de pessoas que moram em domicílios com acesso, 46,7 milhões foram usuários ativos em outubro. Dos usuários ativos, 17%, ou 8,1 milhões, usaram conexões com mais de 8 Mb. Os usuários com mais banda larga consomem maior tempo de computador com internet e maior média de páginas de internet. Em outubro, um usuário com mais de 8 Mb abriu, em média, 1.465 páginas de internet por um tempo total conectado de mais de 40 horas no mês.
A comparação do consumo de internet entre usuários de diferentes tipos de conexão mostra que o uso de diversos conteúdos e serviços também é desigual. Por exemplo, sites da subcategoria Vídeos e Filmes foram visitados por apenas 35,1% dos usuários ativos domiciliares com até 128 Kb e por 71,4% dos usuários ativos com mais de 8 Mb. A diferença do tempo de uso nos sites de vídeos também foi bastante expressiva entre os usuários dos dois tipos de banda larga. Entre os internautas com menor banda, o tempo ficou em 52 minutos por pessoa no mês. Já entre os commaior banda, o tempo chegou a 3 horas e 47 minutos.
“O aumento do grupo de domicílios com mais de 2Mb, observado desde o ano passado, demonstra a evolução da banda larga no Brasil e permite o acesso a serviços mais avançados, como Streaming de áudio e vídeo” comenta Thiago Moreira, diretor de Digital da Nielsen Brasil.
Com informações de Nielsen Brasil.
Brasil comemora aprovação na ONU de documento contra a espionagem eletrônica
18 de Dezembro de 2013, 22:34 - sem comentários aindaO Itamaraty manifestou hoje (18) à noite “grande satisfação” pela decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas que aprovou, por unanimidade, o projeto de resolução O Direito à Privacidade na Era Digital, apresentado por Brasil e Alemanha como reação às denúncias de espionagem internacional praticada pelos Estados Unidos em meios eletrônicos e digitais.
O documento, que trata de ações “extraterritoriais de Estados em matéria de coleta de dados, monitoramento e interceptação de comunicações” foi aprovado pelos 193 Estados-Membros das Nações Unidas na tarde de hoje. Brasil e Alemanha apresentaram a proposta no dia 1º de novembro passado.
Segundo a resolução adotada pela ONU, as pessoas devem ter garantidos, no ambiente digital, os mesmos direitos que têm fora dele. As normas internacionais que fundamentaram a proposta conjunta são o Artigo 12 da Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Artigo 17 do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos – que mencionam o direito à privacidade, a inviolabilidade de correspondência e a proteção contra ofensas.
Para o Ministério das Relações Exteriores, a decisão da Assembleia Geral da ONU “demonstra o reconhecimento, pela comunidade internacional, de princípios universais defendidos pelo Brasil, como a proteção do direito à privacidade e à liberdade de expressão”.
De acordo com o Itamaraty, outra inovação da proposta adotada pela ONU é o reconhecimento dos direitos dos dados dos cidadãos tanto offline (fora da internet) como online. “Prevê, ainda, passos para dar continuidade ao diálogo e aprofundar discussões ao longo dos próximos meses, no âmbito das Nações Unidas, sobre o direito à privacidade nas comunicações eletrônicas”, informa a nota.
Com informações da Agência Brasil.
Liberdade para os robôs
18 de Dezembro de 2013, 22:33 - sem comentários aindaNa semana passada [retrasada], o fundador da Amazon, Jeff Bezos, foi à TV americana anunciar seus planos para o futuro. Drones. Robôs com oito hélices, voadores, que poderão fazer entregas de produtos para a maior loja eletrônica do planeta. Se depender das ideias que passam pela cabeça de Bezos, este futuro chega nuns cinco anos. Já Andy Rubin, um dos principais engenheiros do Google, estava nas páginas do New York Times falando também de um novo projeto. Robôs. A princípio, não são robôs domésticos. Ainda. Ponha-se na lista os carros que dirigem por conta própria e que o mesmo Google testa desde 2009 e nos quais empresas como a Volvo estão igualmente empenhadas. Periga que 2020 tenha muito mais cara de futuro do que nos parece hoje, tão pouco que falta para ele chegar.
Robôs já existem. Nenhum tem o charme dum R2D2, tampouco avisa “Perigo, Will Robinson”, mas já existem. Estão nas fábricas. Braços mecânicos montam carros, placas de computador, lapidam e moldam lentes delicadas. As grandes indústrias estão já há vários anos robotizadas. Poupa trabalho manual e aumenta a precisão. O que não existe de fato são robôs domésticos. Os do Japão não contam: são brinquedos caros, talvez divertidos, mas pouco úteis. Não estamos habituados a robôs no cotidiano. É o que, parece, está para mudar.
Andy Rubin não é qualquer um. Sua carreira começou na fábrica de lentes Carl Zeiss, onde construía robôs de manufatura. De lá seguiu para a Apple onde, por sua obsessão pelos autômatos, ganhou o apelido Android. Androide em inglês. O mesmo apelido com o qual batizou o sistema operacional para celulares que desenvolveu. Quando este mesmo sistema foi comprado pelo Google, Andy foi junto. Até princípios de 2013, era lá que estava. Até convencer Larry Page e Sergey Brin de que valia a pena investir neste outro projeto.
China já usa muitos robôs
O Google está mergulhando de cabeça. Ao longo do ano, comprou sete empresas de robótica diferentes entre EUA e Japão. Uma é especializada em produzir lentes que se portam como olhos. Outra faz braços capazes de movimentos sutis, utilizadas hoje para guiar câmeras de cinema. Uma terceira faz rodas de transporte pesado. Tem até uma cuja intenção é produzir robôs com aparência humanoide.
Antes de ser anunciado, o projeto que Rubin toca se chamava Replicante. É uma referência ao filme Blade Runner e ao nome que levam, lá, os androides que anseiam por liberdade. O antigo sonho de Rubin, que ele possivelmente está buscando realizar, é construir robôs capazes de ajudar pessoas em seu dia a dia. Talvez não apareçam nas residências no primeiro momento, mas quem sabe no supermercado da esquina, ajudando a organizar as prateleiras e indicando aos clientes onde está o quê.
Robôs, hoje, são caros. Coisa para indústria pesada. Mas se baratearem, mudam por completo a dinâmica econômica corrente. Se tanto trabalho migrou para países onde existe mão de obra quase escrava, este processo pode terminar reversível. A China, aliás, já usa muitos robôs na indústria de ponta.
Problemas éticos
Nem todo robô tenta emular a aparência de seres humanos. Robôs são, essencialmente, máquinas autônomas capazes de executar atividades específicas. Entregar uma caixa, por exemplo, como os drones de entrega da Amazon. Ou os carros nos quais o sujeito entra, digita o endereço para o qual se destina, e abre seu jornal tranquilo enquanto o automóvel segue. (Com alguma sorte, ele de repente até encontra vaga por conta própria.) Robôs podem ser, até, coisas tão simples quanto o aspirador em pó Roomba, que se parece com um disco e, uma vez ligado, sai deslizando pelo chão enquanto limpa tudo.
Boa parte da tecnologia já existe. Faltam os sensores capazes de avaliar distância entre objetos para evitar colisões ou distinguir formas através de visão artificial, outros tantos. O que não está resolvido são os problemas éticos. De quem é a culpa se um robô matar alguém? E, quando ficarem perfeitos e desejarem liberdade, será que nos descobriremos novamente senhores de escravos? Replicantes, pois é.
Por Pedro Doria.
Com informações do Observatório da Imprensa.
NSA, ‘drones’ e a dupla moral americana
18 de Dezembro de 2013, 22:29 - sem comentários aindaDuas das mais controvertidas ações dos Estados Unidos em tempos recentes estão marcadas pela expressão double standard, o equivalente em inglês do coloquial “dois pesos e duas medidas”, ou do pouco utilizado “dupla moral”. Qualquer que seja a tradução, o espírito da coisa está presente na coleta indiscriminada de dados em escala global pela agência de espionagem americana, a NSA, e no uso de drones para matar por controle remoto supostos terroristas no Oriente Médio.
Sei que o double standard americano não é nenhuma novidade, mas é chocante ver de perto o argumento de que espionar e assassinar pessoas com aviões não tripulados são atividades legais desde que conduzidas contra cidadãos de outros países. A posição é repetida por autoridades americanas – e reproduzida pelos meios de comunicação do país – sempre que surge mais uma revelação de Edward Snowden sobre os inúmeros tentáculos da NSA.
O discurso é proferido pelo mesmo país que prega o caráter universal dos direitos humanos e usa a sua defesa como justificativa para interferir em assuntos internos de outras nações. A privacidade devassada pelos arapongas americanos está entre eles. Mais ainda, o direito à vida e a um julgamento que obedeça ao devido processo legal, dizimados cada vez que um drone executa sua missão.
Os argumentos de Pequim
Mas a posição americana de prezar a aplicação da lei apenas para seus cidadãos ameaça ter consequências econômicas. No dia 9 de dezembro, oito das grandes empresas de tecnologia do país pediram ao governo e ao Congresso que limitem a ação da NSA e estabeleçam processos transparentes para sua atuação. Entre elas estavam Google, Twitter, Facebook e Yahoo, companhias de alcance global transformadas em cúmplices da agência de espionagem dos EUA, para a qual foram obrigadas a entregar dados relativos a milhões de seus usuários ao redor do mundo. Agora, enfrentam a reação de clientes ressabiados e de governos que pretendem restringir sua capacidade de atender às demandas da NSA. “As pessoas não vão usar tecnologias nas quais elas não confiram. Os governos colocaram essa confiança em risco e os governos precisam ajudar a restaurá-la”, escreveu Brad Smith, vice-presidente-executivo da Microsoft, outra empresa signatária do documento enviado ao governo e ao Congresso dos EUA. Não ficou claro a qual outros governos ele se referia além do seu próprio.
É impossível não pensar na China e nas recorrentes acusações de Washington de ataques cibernéticos destinados ao roubo de segredos industriais ou à perseguição de ativistas políticos. Na semana, o Congresso americano levantou objeções ao fato de que a Coreia do Sul poderá comprar equipamentos da chinesa Huawei para sua rede de telefones celulares. Na visão de parlamentares em Washington, a operação é uma potencial ameaça à segurança dos EUA, que têm 28 mil soldados na Coreia do Sul.
Dada a amplitude das ações da NSA, é legítimo esperar que o governo de Pequim use argumentos semelhantes quando estiver, por exemplo, diante de produtos da Microsoft, uma das poucas das oito signatárias do documento com forte presença na China. Twitter e Facebook são bloqueados no país e a presença do Google diminuiu desde 2010, quando a empresa fechou sua operação local. Com a decisão, o Google deixou o país, em parte pelo desconforto de ter que se autocensurar e bloquear buscas vetadas pelo governo de Pequim.
Por Claudia Trevisan.
Com informações do Blog da Claudia Trevisan.