Um dos maiores nomes do ciberativismo atual, Julian Assange deverá ser interrogado nesta quinta-feira (17). Isso acontecerá porque a Suécia e o Equador assinaram na última sexta-feira (11) um acordo que autoriza o interrogatório de Assange na embaixada do Equador na cidade de Londres, onde o australiano está exilado desde 2012. O fundador do WikiLeaks está sendo acusado pelas autoridades suecas de estupro contra uma ativista.
O governo equatoriano se pronunciou sobre o acordo afirmando que “é uma ferramenta que fortalece relações bilaterais e facilita, por exemplo, a execução de ações legais como o questionamento do Sr. Assange, isolado na embaixada equatoriana na Inglaterra”. As negociações envolvendo o acordo estavam em andamento desde o mês de junho.
“Ele também assegura a implementação e o reforço da legislação nacional e os princípios da lei internacional, particularmente aquelas relacionadas aos direitos humanos, para o pleno exercício da soberania nacional em qualquer evento de assistência legal que pode ser requerido entre Equador e Suécia”, diz a nota emitida pelo país sul-americano.
Desde 2010 as autoridades suecas estão tentando questionar Assange. Naquele ano, duas mulheres suecas acusaram o ativista de abuso sexual. Assange negou de imediato as queixas realizadas e não compareceu à Suécia para um interrogatório sobre o caso. O receio de Assange é que ele seja extraditado para os Estados Unidos, onde poderia ser condenado a prisão perpétua ou até mesmo a morte por ter vazado centenas de informações confidenciais do governo do país e de grandes empresas.
Com informações de Opera Mundi e Canaltech.
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