O governo brasileiro assinou na última quinta-feira (8) um memorando de entendimento com a Qualcomm Serviços de Telecomunicações, subsidiária da empresa que é uma das líderes mundiais na fabricação de semicondutores para dispositivos portáteis, como tablets e smartphones. O objetivo do acordo é acelerar a produção de uma nova tecnologia de “alta performance” para celulares inteligentes no país. As informações são do G1.
De acordo com Rafael Steinhauser, presidente da Qualcomm para a América Latina, o acordo prevê que a produção do novo recurso tenha início entre o final de 2014 e começo de 2015. O executivo afirma que a tecnologia não existe em nenhum outro mercado e será produzida por duas empresas instaladas no Brasil, que não tiveram seus nomes revelados. “Não existe comercialmente ainda, mas não é um semicondutor novo. Pode ter impacto na performance, no tamanho, na velocidade e no custo [dos aparelhos]“, declarou.
Steinhauser também afirma que a Qualcomm empresta apenas seu modelo de negócios às companhias, já que não tem fábricas próprias. “Desenhamos e contratamos uma rede de parceiros que fabricam estes produtos e depois comercializamos. Como não fabricamos, temos uma grande quantidade de empresas que fazem esses dispositivos. A Qualcomm conhece profundamente a cadeia de valor, empresas e países onde estão assentados e sabemos quais são as condições mínimas para atrair investimentos”, disse.
Segundo Ricardo Schaefer, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, também foi assinado um outro memorando de entendimentos com a Qualcomm para identificar as condições que o Brasil precisa ofertar para atrair mais investimentos no setor de semicondutores, que mundialmente movimenta US$ 351 bilhões todos os anos. A grande dificuldade, como informa Schaefer, está no fato dessa indústria ser “muito complexa”, o que atrasa sua implementação em outros países.
“O Brasil conseguiu criar um pequeno ecossistema de semicondutores, fruto desse esforço que o governo realizou nos últimos anos. Agora vamos dar um salto de qualidade junto com a Qualcomm, que vai nos ajudar a definir quais são nossos alvos de adensamento da cadeira de semicondutores e quais condições exatas precisamos criar para que esses investimentos venham para o Brasil”, acrescentou o secretário.
Fonte: CanalTech
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