Durante a abertura da segunda Conferência Mundial da Internet na China, o presidente Xi Jinping defendeu a soberania de cada país na web. Para ele, cada nação deve ter autoridade para regular a atividade online como achar melhor.
A regulação interna proposta por Jinping visa delinear um futuro digital em que os governos poderiam fixar normas online e desafiar o livre fluxo de informações e conteúdo através de suas fronteiras. Os demais Estados deveriam então respeitar o direito de um país regular a internet do jeito que quiser.
Ele também disse que nenhum país deve dominar o ciberespaço, um aceno para o argumento da China de que os Estados Unidos têm muita influência sobre a forma como a internet é executada atualmente. “Nenhum país deve perseguir a hegemonia cibernética, interferir em assuntos internos ou apoiar as atividades cibernéticas que prejudicam a ‘segurança nacional’ de outros países”, disse Jinping.
Os críticos da política de censura pedem às empresas tecnológicas estrangeiras que não cedam às exigências da China. No entanto, o governo chinês argumenta de forma eficaz que os seus esforços para gerir a Internet – incluindo a apuração de sites com conteúdo envolvendo críticas à política local ou processos criminais contra blogueiros dissidentes – são tão legítimos quanto os regulamentos de outros países para proibir a pornografia infantil online.
O discurso de Jinping segue outra declaração polêmica relacionada à web. Na noite desta terça-feira (15), o pré-candidato à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, propôs uma estratégia incomum para lutar contra o Estado Islâmico: proibir o acesso a determinadas “áreas” da internet em locais que estão em guerra.
Ambas as propostas, de Jinping e Trump, ferem a neutralidade da rede que diversas organizações têm lutado para alcançar e vai contra a maré da tão discutida liberdade de expressão na internet.
Com informações de The Wall Street Journal e Canaltech.
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