A América Latina deverá contar com 885 milhões de usuários de telefonia móvel até 2020, de acordo com um estudo divulgado na última quarta-feira (15) pela Pyramid Research. Também estima-se que, até o final deste ano, serão 757,2 milhões de usuários, sendo 4,2% usando rede 4G (LTE).
Ainda segundo o levantamento, o tráfego de dados será o responsável por 40% da receita das operadoras na região. Em dezembro, a América Latina vai representar 10% do mercado mundial de acessos móveis.
Caso a projeção seja confirmada, a região irá contabilizar uma penetração de 122% na região, porém com o crescimento composto (CAGR) mais baixo, estimado em 3,2% ao ano. Para o mesmo período, 2015 a 2020, o Oriente Médio e a África vão crescer 5,9%, Ásia-Pacífico 5,3% e América do Norte 3,4%.
“A expansão se dará principalmente por causa da expansão da cobertura a áreas pouco ou não iluminadas, da atuação dos reguladores para promover maior concorrência, como regulamentos que fomentem MVNOs, e pelo M2M e Internet das Coisas”, afirma o analista sênior da Pyramid Research, Guillermo Hurtado.
O executivo também comenta que o mercado da telefonia móvel da América Latina movimentará US$ 80,3 bilhões: “Os dados móveis estão se tornando, rapidamente, a pedra fundamental para os negócios das operadoras móveis”, diz. Ele ainda acredita que o faturamento com dados das teles vai crescer 10% ao ano até 2020 e, ao final, o consumo de dados será 60% da receita na região.
“As operadoras locais estão preocupadas em vender cada vez mais serviços de dados e de valor adicionado, uma vez que os reguladores têm adotado medidas que reduzem os ganhos com a terminação e interconexão de chamadas de voz e os aplicativos OTT de comunicação pressionam os ganhos com voz”, afirma Hurtado.
O estudo também mostra que as conexões LTE registravam apenas 1,9% dos acessos móveis no final de 2014, mas que ao final deste ano deve chegar a 4,2%. O crescimento, no entanto, é considerado bem abaixo do desejado. A culpa, segundo o analista, é das agências reguladoras, pois algumas têm demorado para leiloar ou oferecer o necessário para o uso do 4G.
Hurtado admite que o preço ainda é uma barreira e que a migração do 2G para o 3G é a maior prioridade estratégica das operadoras da América Latina. A região tem feito a maior parte dos investimentos de ampliação da cobertura, qualidade e capacidade destas redes. Somente em 2014, o 3G chegou a superar o número de usuários de 2G e, ao final do ano, a Pyramid espera que o 3G represente cerca de 62% dos acessos móveis.
Com informações de Convergência Digital.
0sem comentários ainda