O presidente do PT de Conceição do Coité, Francisco de Assis Alves dos Santos, ou simplesmente Assis, é direto e franco ao falar sobre adversários e aliados. Nem o governador Jaques Wagner escapa da língua afiada e certeira desse petista legítimo, filiado desde 1989. “Sou vítima dos acordos políticos feitos por Wagner”, diz , referindo-se à aliança entre o governador e o PP do prefeito Renato Souza, que derrotou Assis nas eleições de 2008. Nessa entrevista concedida no último domingo (02) ao Sisal Notícias, Assis não poupa o prefeito de duríssimas críticas. Mas rejeita o rótulo de radical ao afirmar que aceitaria o apoio de Hamilton Rios, presidente municipal do DEM e maior liderança política de Coité, em 2012, quando pretende disputar novamente a prefeitura. Atualmente com 45 anos, ou “44 mais um”, como prefere dizer, o petista formado em Letras e fucionário da Caixa Econômica Federal fala ainda sobre as eleições deste ano, o cenário nacional e a relação com o PMDB. Uma conversa que durou 50 minutos e que foi resumida na longa entrevista que vai abaixo.
Sisal Notícias – Durante algum tempo, o seu nome chegou a ser cogitado como candidato a deputado estadual nas eleições deste ano. Agora, essa possibilidade está descartada. Por que?
Assis – Principalmente por razões financeiras. Eu não teria condição de enfrentar uma nova disputa, a não ser que fosse um chamamento geral do partido, o que eu certamente acataria. Não houve esse chamamento porque havia divergências em torno da melhor tática de campanha. Existem (no PT de Coité) aqueles que pensam que é melhor apoiar alguém com chances reais (de vitória), como (o deputado) Zé Neto (do PT de Feira de Santana), que poderão, na campanha para prefeito, estar mais presentes e conseguir angariar recursos.
SN – Quem serão seus candidatos a deputado estadual e federal?
Assis –Vou apoiar os mesmos da eleição passada (2006): Emiliano José para federal e Urbano para estadual.
SN – O PT não está fechado com a candidatura de Zé Neto?
Assis – Não, o diretório não fechou questão nem sobre a candidatura a estadual nem a federal. O deputado Zé Neto é a minha segunda opção. Urbano está mais próximo de mim, é do diretório de Coité, de modo que eu teria extremas dificuldades em explicar ao meu eleitorado e aos meus companheiros do PT porque apoiaria Zé Neto sendo Urbano candidato. Mas Danilo (vereador pelo PT) fecha com Zé Neto. Acredito que Betão (vereador pelo PT) também fecha com Zé Neto, que terá uma ótima votação em Coité. Ele teve muito presente na campanha para prefeito, conquistou a simpatia e o reconhecimento de um monte de companheiros aqui, inclusive o meu.
SN – Qual é a sua estimativa sobre a votação que Urbano pode alcançar?
Assis – Ele teve na última eleição (em 2006) mais de 7,5 mil votos. Acho que, se ele não repetir essa votação, vai chegar bem perto. Além disso, Zé Neto vai ser bem votado, como falei.
SN – A eleição para federal vai ser mais pulverizada?
Assis – Sim, até porque não teremos candidato local. A gente vai ter voto para Emiliano José, para Afonso Florence (que terá o apoio de Walter Pinheiro, se o partido apoiar a indicação dele para o Senado), para Zé Paulo, que é radicado em Santa Luz.
SN – Você acha que o bom desempenho que você alcançou nas eleições municipais de 2008 terá influência no pleito deste ano?
Assis – Acho que terá peso, porque o PT hoje é uma força em Coité. A gente conquistou um público, principalmente das classes C, D e E, fruto das ações do governo Lula e isso repercute favoravelmente para nós.
SN – Mas agora o PT não terá mais, como em 2006, a candidatura de Lula para ajudar e carregar muita gente no colo, afinal o presidente não é mais candidato.
Assis – Não acredito que isso vá diminuir a força do PT. Acho que quem não vota em Dilma (Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência) não votou ou votaria em Lula. A militância do PT é aguerrida. Se não fosse, Dima não estaria hoje com algo em torno de 30% das intenções de voto no Brasil. E Lula estará presente na campanha.
SN – Dilma é o melhor nome do PT para a sucessão de Lula?
Assis – Sendo muito realista, acho que a Dilma foi a escolhida de Lula e não houve questionamentos maiores. Foi uma surpresa para todos nós porque Dilma não tem a caminhada que muitos outros petistas têm, a exemplo de Aloísio Mercadante e Eduardo Suplicy (senadores pelo PT de São Paulo), de Patrus Ananias (do PT mineiro). De modo que prevaleceu a força e vontade do presidente Lula. Não foi sempre assim. Em 2002, o PT teve prévias entre Lula e Suplicy. Mas dessa vez o partido deu um voto de confiança ao companheiro Lula.
SN – Isso se deve ao fato de Lula ser maior que o PT?
Assis – Acho que Lula e o PT são uma coisa só, um não vive sem o outro. Se não fosse o PT, Lula teria caído em 2005 porque a mídia o teria derrubado. Mas o PT, ao lado dos velhos aliados, o PCdoB e o PSB, foi às ruas e as elites ficaram com medo de um acirramento maior, de uma guerra civil.
SN – E o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, é um bom adversário?
Assis – O Serra é o candidato da mídia, não tem ideia, não tem projeto. O governo do PSDB foi uma tragédia nacional, foi um governo entreguista, que tirava o sapato para entrar em solo americano e que foi três vezes ao FMI (Fundo Monetário Internacional). Serra é um sujeito que nem o que assina vale. Ele assinou um documento num debate da Folha de S. Paulo dizendo que não renunciaria à prefeitura de São Paulo e renunciou (para disputar o governo de São Paulo em 2006). Então, acho que a Dilma ganha no primeiro turno, porque vamos dizer que ela é o mesmo que um terceiro mandato para Lula.
SN – Mas nem Lula, com toda popularidade, conseguiu ganhar uma eleição no primeiro turno…
Assis – O projeto de sociedade que Dilma defende está de acordo com o sentimento da população. Até os empresários, que tinham uma resistência ao PT e que agora estão ganhando muito dinheiro, pensam que a volta do PSDB, que “planejou” o apagão, é um risco para o Brasil.
SN – Você era a favor de um terceiro mandato para Lula?
Assis – Não. Acho que o PT acertou quando pediu o arquivamento da emenda do terceiro mandato, o que foi um fato histórico. A reeleição foi um golpe que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso aplicou, com o apoio da mídia. Defendo um mandato de cinco ou seis anos, o que seria melhor que a reeleição. De modo que o presidente Lula agiu como um democrata nessa questão.
SN – O presidente também atua como um democrata ao defender o governo de Hugo Chávez na Venezuela?
Assis – Mas Chávez é um democrata. Álvaro Uribe fez coisa muito pior na Colômbia e ninguém fala. Chávez fez mais plebiscitos do que qualquer governante. O problema é que ele faz um governo mais à esquerda, e a mídia brasileira condena isso.
SN – Mas Chávez quer se perpetuar no poder, e isso é golpe, não democracia. Democracia representa renovação também.
Assis – Não vejo diferença entre isso e o que FHC fez quando comprou deputados para aprovar a proposta de reeleição.
SN – O presidente Lula também foi acusado de comprar deputados, no escândalo do mensalão…
Assis – Mas jamais provaram. A tese do mensalão é ridícula. O que aconteceu foi caixa dois de campanha.
SN – Também não se provou nada sobre compra de votos no governo de FHC. E o escândalo do mensalão está no Supremo Tribunal Federal (STF), onde vários petistas ilustres são réus.
Assis – Mas não vai dar em nada. Não há prova material. Por que Lula compraria deputados do PT para votar num projeto do PT? E o que 18 deputados representam num universo de 513? Houve caixa dois de campanha, isso sim, como sempre houve no Brasil. A mídia é que apresentou isso como se fosse algo inédito na tentativa de dar o golpe.
SN – Como você observa o fato de que petistas que são réus no processo do mensalão no Supremo estarem hoje na linha de frente da campanha de Dilma? Um exemplo disso é o do ex-deputado e ex-ministro da Casa Civil do presidente Lula, José Dirceu, que manda e desmanda no PT.
Assis – Veja, falam que a sobra de campanha de FHC foi algo em torno de US$52 milhões. Por que não se fala nos “sérgios” de FHC, que nunca foram investigados pela mídia? Para a mídia não importa se Dirceu é inocente, porque já colocaram o rótulo de culpado nele. Mas o PT não pode fazer concessões à mídia destruindo biografias. Somos vítima do denuncismo golpista. Se alguém tem telhado de vidro esse alguém é o PSDB.
SN – Outro réu do processo do mensalão é o deputado federal José Genoíno (PT-SP), que tem se colocado frontalmente contra o projeto dos Ficha Limpa na Câmara Federal, a proposta que impede que políticos condenados na Justiça possam disputar eleições. Você é a favor desse projeto?
Assis - Veja, não é que o PT seja contra. A gente precisa ver que tipo de projeto Ficha Limpa vai ser aprovado e se esse projeto serve ao interesse profundo da nação ou se serve apenas a um grupo que quer criar manchetes. Muitas vezes se condena inocentes no Brasil. Claro que sou a favor de qualquer projeto Ficha Limpa, mas preciso ver o teor.
SN – Vamos voltar para a nossa terrinha, a Bahia. Qual a sua avaliação do governo Jaques Wagner (PT)?
Assis – Wagner administrativamente é bom, mas politicamente não foi. Sou vítima dos acordos políticos feitos por Wagner. Nunca escondi isso e não vou esconder agora.
SN – Engraçado você falar isso, porque a oposição diz justamente o contrário: que Wagner sabe muito bem fazer política, mas não sabe administrar…
Assis – A oposição está fazendo o seu papel. É importante que haja oposição, que tem de criticar mesmo. Mas acho que Wagner faz um governo melhor do que a média dos governos que tivemos no passado.
SN – Ele não conseguiria governar sem alianças…
Assis – Primeiro que o sistema político brasileiro é caótico. Não deveríamos ter 28 partidos, mas no máximo uns quatro. E, na realidade, não temos 28 partidos. Temos muitas sub-legendas. Dizem agora, por exemplo, que Geddel (Vieira Lima) conta com o apoio de 13 partidos na disputa pelo governo da Bahia. Mas que partidos são esses? Que teses eles defendem? Se tivéssemos menos partidos, não precisaríamos fazer alianças que causassem tanta dor e sofrimento aos aliados históricos para garantir a governabilidade. Compreendo que um sujeito como Wagner, que foi eleito com apenas dez deputados do PT na Assembléia, tenha mesmo que fazer alianças.
SN – Sim, e depois que o governador perdeu o apoio do PMDB, a aliança com o PP do prefeito Renato Souza foi fundamental para garantir a governabilidade. Se com as alianças Wagner enfrenta dificuldades na Assembléia, imagina sem elas…
Assis – E você acha que eu, um socialista, um petista, fico satisfeito com essa aliança com o PP? Acho é que a gente não poderia ter perdido o PMDB. Entendo que Geddel queimou etapas no seu projeto pessoal de ser candidato a governador, mas, se ele tivesse esperado, se tivesse preservado a aliança e fosse candidato ao Senado com nosso apoio, estaríamos mais confortáveis.
SN – O PT apoiaria uma candidatura de Geddel ao governo em 2014? Talvez o PMDB tenha se antecipado por conhecer o perfil do PT de gostar de apoio, mas não de apoiar…
Assis – Discordo. Isso é uma injustiça que fazem com o PT. Aqui em Coité, o PT sempre apoiou, e nunca foi apoiado. Em 2004, nós apoiamos o PMDB. Em 2008, quando o PT tinha mais chances de vitória, não recebemos a contrapartida.
SN – O que você destaca de positivo, administrativamente falando, no governo Wagner?
Assis – Acho que o governo tem feito um grande esforço na área da educação…
SN – Mas não construiu nenhuma escola nova em quase quatro anos…
Assis – Não precisa construir escola. Isso hoje não é mais necessário. A sociedade está crescendo num ritmo mais lento e hoje as escolas estão fechando por falta de estudante. O desafio hoje é garantir o ensino de qualidade.
SN – E o ponto negativo do governo Wagner?
Assis – A gente reconhece que a segurança pública não melhorou…
SN – Piorou até…
Assis – Estatisticamente falando, piorou sim. Então a gente tem que enxergar os fatos, ser honesto nas análises para não perder a credibilidade.
SN – Como vai ser o palanque de Wagner em Coité? Você está pronto para subir no mesmo palanque do prefeito, como aconteceu durante a inauguração da estrada de Salgadália?
Assis – Nunca subi no palanque do prefeito de Coité e do grupo dele. Subi foi no palanque do governador, que é do PT. Votei em Wagner para deputado federal, em 2004, e subi no palanque dele em Salgadália. Se tem alguém que está subindo no palanque errado, não sou eu. Eles que subiram. Fico até feliz que a turma do PP esteja reconhecendo que o PT é o melhor. Isso é até bom.
SN – Mas o prefeito vai, como você, pedir voto para Wagner. Ou você não acredita na sinceridade dessa relação?
Assis - Sinceramente acho isso irrelevante. Renato não tem luz própria. Ele é o resultado da força de um grupo. Qual a liderança que Renato exerce para dizer que vai apoiar Wagner? Que diferença isso vai fazer? Ele é um prefeito refém de um grupo. Se ele resolver romper com esse grupo, ele não terá na próxima eleição a votação que o candidato do PMDB em Coité teve em 2008. Tanto que Renato é o prefeito de um mandato só. Por mais que ele faça, não vai ser sequer candidato à reeleição. Coité inteira sabe disso. E tem mais: o prefeito diz que está com Wagner mas seu estadual, Tom, é do DEM. Ou seja, ele apóia um candidato que, se eleito, fará oposição ao governo do PT, embora tenho certeza que ele não tem condições de ser eleito. Isso é esquizofrenia política. E é algo que precisa ser melhor discutido no PT.
SN – Então, em termos práticos, Wagner terá o palanque do PT e o do PP em Coité?
Assis – O PP está dividido. Parte dele vai votar com Paulo Souto (DEM).
SN – E Wagner sabe?
Assis - Sabe. Wagner sabe, por exemplo, que o deputado estadual Emério Resedá (PDT) leva Tom para inaugurações de obras que governo realizou. Wagner não é bobo.
SN – Você acha que Emério foi mais privilegiado pelo governador com cargos do que o PT de Coité?
Assis - Não tenho dúvida. Isso aconteceu porque ele tinha o voto. Então, na condição de dono do voto de deputado, muitas vezes ele foi decisivo na Assembléia e acabou tendo privilégios que, pela história política dele, não merecia. Emério tem o DNA governista. Ele não sabe fazer oposição. Está acostumado a fazer política apenas com as benesses do poder. E isso é muito ruim, porque as pessoas precisam ter um lado.
SN – Que avaliação você faz do governo municipal em Coité?
Assis – O prefeito Renato fez promessas impossíveis de cumprir na campanha e o resultado é que têm muita gente insatisfeita. Além disso, acho que o Ministério Público deveria investigar a questão do patrimônio de Renato, que não é aquele declarado à Justiça Eleitoral. Ele praticou estelionato eleitoral ao omitir seu patrimônio real, que é de milhões de reais.
SN – E como você vê o trabalho da Câmara Municipal de Coité, você que esteve lá por quatro anos?
Assis – A Câmara não tem independência. A Câmara é uma extensão da prefeitura. Só se vota os projetos de iniciativa do prefeito. Nos quatro anos que passei como vereador, nunca se votou um projeto do Executivo sem que a tramitação fosse em regime de urgência. Com isso, os projetos não passavam pelas comissões, o que é uma afronta jurídica, uma loucura. A Câmara de Coité não legisla e nem fiscaliza.
SN – Você é o candidato natural do PT a prefeito em 2012?
Assis – Acho que sim. Vai ficar difícil para qualquer outro companheiro justificar para a sociedade coiteense porque alguém teve a votação que eu tive em 2008 não ter o direito de disputar novamente a prefeitura.
SN – Você espera contar com o apoio do PMDB, numa tentativa de unir as oposições no município?
Assis – Espero que o PMDB nos dê a contrapartida. Como presidente do PT, estou à disposição para sentar com PMDB de Coité e conversar sobre política. Quem sabe não podemos construir um projeto conjunto, aproveitando sugestões um do outro. Afinal, o presidente do PMDB de Coité (Alex da Piatã) é um empresário bem sucedido. Em 2008, ele errou muito. Apostou demais no marketing e no dinheiro. Todo mundo sabe que marketing é importante, mas ele só ganha eleição em cidades com mais de um milhão de eleitores. Em Coité, a gente tem que ir para a rua, para o contato permanente com o eleitor.
SN – Você se considera um político profissional?
Assis – Não, me considero um peão que todos os dias bate ponto na Caixa Econômica. Se quiserem me pegar numa arapuca, sabem exatamente onde estou todos os dias.
SN – Você já foi vítima de arapucas?
Assis – Não, nunca fui.
SN – Você ganhou o rótulo de radical. Por que?
Assis – Não sou radical. Agora, tenho posições e não negocio princípios. Nunca trocaria de partido, por exemplo. Se eu sair do PT, deixo a política.
SN – Aceitaria o apoio do PP e do grupo dominante da política em Coité?
Assis – Sim, aceitaria. Aceitaria o apoio de Hamilton Rios, por exemplo, mas não mudaria a minha linha de pensamento ou de governo para que isso se concretizasse.
SN – Negociaria cargos?
Assis – A gente teria que ver os indicados, para saber a qualificação deles. Além disso, os indicados teriam que estar adequados ao projeto político de quem ganhou a eleição. Não transformaria a prefeitura em ilhas. Veja que eu posso dialogar com qualquer um, desde que não seja para fazer acordos espúrios. O problema é que muitas vezes as pessoas não me conhecem porque não me deixam falar. Nunca falei na imprensa oficial de Coité, por exemplo. E muita gente fala de mim sem me conhecer.
99 comentários
Enviar um comentárioAssis é o cara de Coité
politica
verdade ou mentira
em coite vai ficar fazendo vista grossa
com os candidato Amilto Rius
esse e o cara
Coerencia é pra quem tem capacidade.
Mandou muito bem.
Admiradora política
A politica de coite que é uma porcaria ....
amigo
PT em Coité
Não podemos admitir que uma cidade considerada referencia regional de empreendorismo possa ter uma administração pública baseada no clientelismo a cerca de 40 anos.
Na minha visão as pessoas mais preparadas para liderar essa revolução são Assis e Alex, o primeiro pela luta e conhecimento que vem demonstrando do município e o segundo pela prática e referência administrativa. Acho que juntos esses podem mudar Coité pra valer.