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Projeto Software Livre - Piauí

15 de Janeiro de 2010, 0:00 , por Software Livre Brasil - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.

O PSL-PI tem por objetivo incentivar o uso e a produção de software livre no Piauí como política de combate à exclusão digital. Acreditamos que a distribuição de conhecimentos proporcionada pelo Open Source/Software Livre tornará nossa sociedade mais justa e próspera, exatamente por dar a todos as mesmas condições de conhecimento e desenvolvimento.

Software Livre é uma grande oportunidade de construirmos uma sociedade produtora de ciência, independente e efetivamente competitiva. Estamos reconstruindo as bases da nossa sociedade, não mais calcados nos braços do Estado, mas sim, amparados pela iniciativa própria, pela auto-determinação. Nós somos capazes de nos auto-governar. Somos capazes de construir uma sociedade efetivamente Livre. Esta é a essência do PSL-PI.

O PSL-PI é formado pela articulação de indivíduos que atuam em instituições publicas e privadas, grupos de usuários e desenvolvedores de software livre, empresas, governos ou ONGs, e demais setores da sociedade. O importante é a consciência e disposição para propagar o uso de software livre e a cultura colaborativa nas diferentes esferas da sociedade.


Privacidade e interesse comum – o caso do (quase) bloqueio ao WhatsApp

10 de Março de 2015, 13:29, por Planeta PSL-PI - 0sem comentários ainda

given how much cypherpunks love math & games, it’s remarkable how poor their game-theoretic analysis of the crypto situation is

— David Golumbia (@dgolumbia) February 19, 2015

O recente caso do pedido de bloqueio ao WhatsApp no Brasil – que não chegou a cabo pois foi declarado desproporcional por instância jurídica superior – é uma ótima oportunidade para fazermos o debate sobre o quão estamos dispostos a permitir, enquanto sociedade, que a criptografia e a privacidade do indivíduo estejam acima dos limites que estabelecemos para investigação de crimes e justiça, ou interesse comum da sociedade.

O bloqueio ao WhatsApp foi requisitado após a empresa se recusar a cooperar em uma investigação que corre em sigilo desde 2013. Há fortes indícios de que esse processo tem relação com casos de pedofilia. Apesar do bloqueio ter tentado forçar a empresa a auxiliar na investigação, imagino que realmente o WhatsApp não teria muito o que fazer se o pedido referia-se à disponibilização dos logs das conversas de algum usuário.

Isso porque o aplicativo funciona com uma arquitetura peer-2-peer: não deve haver outro armazenamento das mensagens que não o do próprio celular dos usuários. Não há uma nuvem com o histórico das conversas, como ocorre em aplicativos tais como o Telegram, Skype, Facebook Messenger, ou os servidores de e-mail convencionais. Inclusive esse é o motivo para o WhatsApp desktop ter como requisito que o celular do usuário esteja conectado à internet – ele acessa as conversas no celular para poder funcionar, pois elas não estão em outro lugar.

Nesse caso, como proceder a investigação? O próprio juiz empenhado no caso comentou o quão difícil é prosseguir nessa tarefa diante da popularização da tecnologia de aplicativos de mensagens:

Até pouco tempo atrás nós fazíamos interceptações telefônicas, mas hoje ninguém usa telefone [para falar], usa o WhatsApp.

O que mais me preocupa nesse tópico é encontrar manifestações de especialistas comentando que o bloqueio ao WhatsApp fere o direito de liberdade de expressão. Em que pese, de fato, ter sido desproporcional, qual seria a alternativa adequada na investigação de crime tão perverso? E se pensarmos em ferramentas ainda mais direcionadas para prover ampla e forte criptografia, como o aplicativo de mensagem TextSecure, as chaves PGP, e os codificadores de HD, como o utilizado pelo Daniel Dantas que nem o FBI descriptografou, quanto estamos propensos a permitir o direito sem limites à privacidade?

Outra análise recorrente que também me chama atenção é a que diz que a lei avança mais devagar que a tecnologia e por isso está sempre defasada. Por acaso isso seria então motivo para não regulamentá-la, e deixar que usos nocivos à sociedade, como os investigados, proliferem e nos reste apenas lamentar pelo inevitável?

Acredito que todos nós já passamos pela experiência de sentar no sofá da sala para assistir o jornal e, durante reportagem sobre investigação do escândalo de corrupção da semana, sermos testemunhas de uma conversa privada que revela o esquema. Por que os meios digitais de comunicação deveriam ser uma exceção a esse tipo de monitoramento, fundamentado e autorizado, que busca identificar criminosos de verdade?

Minha proposta aqui é apenas chamar atenção para essa questão, e que consigamos fazer um debate sério e elaborado sobre o tema. Talvez seja interessante darmos uma olhada sobre como era o debate da privacidade quando as primeiras linhas telefônicas começaram a se estender sobre as cidades. É uma ideia.

Infelizmente, os governos e as grandes empresas de tecnologia tornaram esse tipo de debate bastante complicado quando passaram a monitorar todos os cidadãos indiscriminadamente, tendo os passos de nossas vidas, contatos e interações armazenados em grandes data centers, mastigados, processados e correlacionados por avançados algoritmos. De repente o cenário tornou-se um jogo extremo, de tudo ou nada. Temos que nos ocultar ao máximo pois o governo e as empresas estão monitorando tudo, sejamos inocentes ou não.

Mas, será que para fugir dessa vigilância massiva, estamos propensos até mesmo a impedir que investigações de crimes que afetam a sociedade consigam avançar?



Privacidade e interesse comum – o caso do (quase) bloqueio ao WhatsApp

10 de Março de 2015, 10:29, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

given how much cypherpunks love math & games, it’s remarkable how poor their game-theoretic analysis of the crypto situation is

— David Golumbia (@dgolumbia) February 19, 2015

O recente caso do pedido de bloqueio ao WhatsApp no Brasil – que não chegou a cabo pois foi declarado desproporcional por instância jurídica superior – é uma ótima oportunidade para fazermos o debate sobre o quão estamos dispostos a permitir, enquanto sociedade, que a criptografia e a privacidade do indivíduo estejam acima dos limites que estabelecemos para investigação de crimes e justiça, ou interesse comum da sociedade.

O bloqueio ao WhatsApp foi requisitado após a empresa se recusar a cooperar em uma investigação que corre em sigilo desde 2013. Há fortes indícios de que esse processo tem relação com casos de pedofilia. Apesar do bloqueio ter tentado forçar a empresa a auxiliar na investigação, imagino que realmente o WhatsApp não teria muito o que fazer se o pedido referia-se à disponibilização dos logs das conversas de algum usuário.

Isso porque o aplicativo funciona com uma arquitetura peer-2-peer: não deve haver outro armazenamento das mensagens que não o do próprio celular dos usuários. Não há uma nuvem com o histórico das conversas, como ocorre em aplicativos tais como o Telegram, Skype, Facebook Messenger, ou os servidores de e-mail convencionais. Inclusive esse é o motivo para o WhatsApp desktop ter como requisito que o celular do usuário esteja conectado à internet – ele acessa as conversas no celular para poder funcionar, pois elas não estão em outro lugar.

Nesse caso, como proceder a investigação? O próprio juiz empenhado no caso comentou o quão difícil é prosseguir nessa tarefa diante da popularização da tecnologia de aplicativos de mensagens:

Até pouco tempo atrás nós fazíamos interceptações telefônicas, mas hoje ninguém usa telefone [para falar], usa o WhatsApp.

O que mais me preocupa nesse tópico é encontrar manifestações de especialistas comentando que o bloqueio ao WhatsApp fere o direito de liberdade de expressão. Em que pese, de fato, ter sido desproporcional, qual seria a alternativa adequada na investigação de crime tão perverso? E se pensarmos em ferramentas ainda mais direcionadas para prover ampla e forte criptografia, como o aplicativo de mensagem TextSecure, as chaves PGP, e os codificadores de HD, como o utilizado pelo Daniel Dantas que nem o FBI descriptografou, quanto estamos propensos a permitir o direito sem limites à privacidade?

Outra análise recorrente que também me chama atenção é a que diz que a lei avança mais devagar que a tecnologia e por isso está sempre defasada. Por acaso isso seria então motivo para não regulamentá-la, e deixar que usos nocivos à sociedade, como os investigados, proliferem e nos reste apenas lamentar pelo inevitável?

Acredito que todos nós já passamos pela experiência de sentar no sofá da sala para assistir o jornal e, durante reportagem sobre investigação do escândalo de corrupção da semana, sermos testemunhas de uma conversa privada que revela o esquema. Por que os meios digitais de comunicação deveriam ser uma exceção a esse tipo de monitoramento, fundamentado e autorizado, que busca identificar criminosos de verdade?

Minha proposta aqui é apenas chamar atenção para essa questão, e que consigamos fazer um debate sério e elaborado sobre o tema. Talvez seja interessante darmos uma olhada sobre como era o debate da privacidade quando as primeiras linhas telefônicas começaram a se estender sobre as cidades. É uma ideia.

Infelizmente, os governos e as grandes empresas de tecnologia tornaram esse tipo de debate bastante complicado quando passaram a monitorar todos os cidadãos indiscriminadamente, tendo os passos de nossas vidas, contatos e interações armazenados em grandes data centers, mastigados, processados e correlacionados por avançados algoritmos. De repente o cenário tornou-se um jogo extremo, de tudo ou nada. Temos que nos ocultar ao máximo pois o governo e as empresas estão monitorando tudo, sejamos inocentes ou não.

Mas, será que para fugir dessa vigilância massiva, estamos propensos até mesmo a impedir que investigações de crimes que afetam a sociedade consigam avançar?



Repositório de Acesso Aberto do WSL – Workshop de Software Livre

9 de Março de 2015, 14:00, por Planeta PSL-PI - 0sem comentários ainda

Tenho muito orgulho de, junto com o Terceiro, termos trabalhado durante o último ano na criação de um repositório de acesso aberto para o Workshop de Software Livre – WSL. Segue abaixo a nota oficial de divulgação, e prometo que após o FISL 16 escreverei um texto com o making-of desse projeto

wsl-coverPágina inicial do repositório do Workshop de Software Livre

É com grande satisfação que anunciamos a versão beta do repositório de artigos do Workshop de Software Livre (WSL).

O primeiro WSL ocorreu junto com o primeiro Fórum Internacional de Software Livre (FISL) em 2000. Desde então foram 15 edições anuais onde diversos pesquisadores brasileiros e do exterior apresentaram resultados de trabalhos e estudos sobre software livre nos mais diversos campos, desde relatórios de adoção e migração, até o desenvolvimento de novas ferramentas cujo código fonte está disponível, lista de boas práticas para desenvolvimento, estudos de caso, inovações, estudos sociológicos sobre as dinâmicas das comunidades de desenvolvedores, e muito mais.

Os artigos destas 15 edições estavam espalhados em livros e diferentes repositórios provisórios na internet. Agora todos os trabalhos estão reunidos em um só lugar, com modernas funcionalidades para compartilhamento e referências aos autores, além de métricas para acompanhamento da difusão dos artigos.

Gostaríamos de convidar toda a comunidade com interesse no WSL para revisar o conteúdo, como nome dos autores e artigos, afim de corrigirmos qualquer incosistência. Esse passo é importante pois, com os dados estabilizados, partiremos para a fase de indexação do repositório em diferentes serviços acadêmicos, como os repositórios DBLP, BDBComp, Google Scholar, além de adicionarmos um ISSN e, provavelmente, DOI.

Sejam bem-vindos ao repositório do WSL! Andar por ele significa, além de permitir encontrar interessantes artigos sobre o tema, é também promover uma visita à história do software livre no Brasil.

O repositório do WSL está em http://wsl.softwarelivre.org/ – e no rodapé da página há um link para o código-fonte do repositório, disponibilizado como software livre sob a licença GPLv3.

E lembrem-se: o WSL 2015 está com chamada de trabalhos aberta até dia 22 de março. Mais infos em: http://softwarelivre.org/wsl



Repositório de Acesso Aberto do WSL – Workshop de Software Livre

9 de Março de 2015, 11:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Tenho muito orgulho de, junto com o Terceiro, termos trabalhado durante o último ano na criação de um repositório de acesso aberto para o Workshop de Software Livre – WSL. Segue abaixo a nota oficial de divulgação, e prometo que após o FISL 16 escreverei um texto com o making-of desse projeto

wsl-coverPágina inicial do repositório do Workshop de Software Livre

É com grande satisfação que anunciamos a versão beta do repositório de artigos do Workshop de Software Livre (WSL).

O primeiro WSL ocorreu junto com o primeiro Fórum Internacional de Software Livre (FISL) em 2000. Desde então foram 15 edições anuais onde diversos pesquisadores brasileiros e do exterior apresentaram resultados de trabalhos e estudos sobre software livre nos mais diversos campos, desde relatórios de adoção e migração, até o desenvolvimento de novas ferramentas cujo código fonte está disponível, lista de boas práticas para desenvolvimento, estudos de caso, inovações, estudos sociológicos sobre as dinâmicas das comunidades de desenvolvedores, e muito mais.

Os artigos destas 15 edições estavam espalhados em livros e diferentes repositórios provisórios na internet. Agora todos os trabalhos estão reunidos em um só lugar, com modernas funcionalidades para compartilhamento e referências aos autores, além de métricas para acompanhamento da difusão dos artigos.

Gostaríamos de convidar toda a comunidade com interesse no WSL para revisar o conteúdo, como nome dos autores e artigos, afim de corrigirmos qualquer incosistência. Esse passo é importante pois, com os dados estabilizados, partiremos para a fase de indexação do repositório em diferentes serviços acadêmicos, como os repositórios DBLP, BDBComp, Google Scholar, além de adicionarmos um ISSN e, provavelmente, DOI.

Sejam bem-vindos ao repositório do WSL! Andar por ele significa, além de permitir encontrar interessantes artigos sobre o tema, é também promover uma visita à história do software livre no Brasil.

O repositório do WSL está em http://wsl.softwarelivre.org/ – e no rodapé da página há um link para o código-fonte do repositório, disponibilizado como software livre sob a licença GPLv3.

E lembrem-se: o WSL 2015 está com chamada de trabalhos aberta até dia 22 de março. Mais infos em: http://softwarelivre.org/wsl



SciPy Latin America 2015 – Inscrições e Chamada de Trabalhos

2 de Março de 2015, 14:49, por Planeta PSL-PI - 0sem comentários ainda

O evento latinoamericano sobre aplicações de Python nos mais diferentes campos das ciências, engenharias e afins, está com as inscrições e chamadas para submissão de trabalhos aberta!

Há 4 tipos diferentes de propostas de trabalho que podem ser submetidas: Palestras, Tutoriais, Pôsteres e Palestras relâmpago, e podem ser submetidos trabalhos em inglês, espanhol ou português. O deadline é dia 6 de abril. Para mais detalhes confira a página da chamada de trabalhos.

O evento ocorrerá em Posadas, Misiones, Argentina, de 20 à 22 de maio e as inscrições são gratuitas. Para maiores informações, mantenha os olhos na página do evento.



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