O PSL-PI tem por objetivo incentivar o uso e a produção de software livre no Piauí como política de combate à exclusão digital. Acreditamos que a distribuição de conhecimentos proporcionada pelo Open Source/Software Livre tornará nossa sociedade mais justa e próspera, exatamente por dar a todos as mesmas condições de conhecimento e desenvolvimento.
Software Livre é uma grande oportunidade de construirmos uma sociedade produtora de ciência, independente e efetivamente competitiva. Estamos reconstruindo as bases da nossa sociedade, não mais calcados nos braços do Estado, mas sim, amparados pela iniciativa própria, pela auto-determinação. Nós somos capazes de nos auto-governar. Somos capazes de construir uma sociedade efetivamente Livre. Esta é a essência do PSL-PI.
O PSL-PI é formado pela articulação de indivíduos que atuam em instituições publicas e privadas, grupos de usuários e desenvolvedores de software livre, empresas, governos ou ONGs, e demais setores da sociedade. O importante é a consciência e disposição para propagar o uso de software livre e a cultura colaborativa nas diferentes esferas da sociedade.
Workshop de Software Livre 2016 – chamada de artigos e ferramentas
26 de Março de 2016, 16:55 - sem comentários aindaEstá aberta a chamada de trabalhos do Workshop de Software Livre (WSL), o evento acadêmico irmão do Fórum Internacional de Software Livre (FISL). Esse ano temos uma interessante novidade: além da já usual chamada de artigos, há também uma chamada específica para ferramentas livres.
O WSL publica artigos científicos com os mais variados temas de interesse das comunidades de software livre, como dinâmica social, gerenciamento, processos de desenvolvimento e motivações de contribuidores em comunidades, adoção e estudos de caso sobre software livre, aspectos jurídicos e econômicos, estudos sociais e históricos sobre o tema, e muito mais.
Esse ano, com a chamada de ferramentas, iremos publicar artigos que descrevem software, garantindo que o programa descrito atende a diversos critérios de qualidade e de adequação quanto a ser software livre.
Todos os artigos serão publicados no repositório de acesso aberto do WSL. Esse ano estamos trabalhando forte para termos um ISSN e DOI para as publicações.
O deadline é dia 10 de abril. Os artigos podem ser submetidos em português, inglês ou espanhol.
Saiba mais na página oficial do WSL.
Cantor migrando para o Phabricator: que ferramentas nossos contribuidores devem usar
10 de Fevereiro de 2016, 16:16 - sem comentários aindaProjetos e softwares desenvolvidos pela comunidade KDE estão migrando para uma nova ferramenta que irá gerenciar nossos códigos, commits, revisões, tarefas, e mais. Esta ferramenta é o Phabricator e você pode visitar a instância dela para os projetos do KDE neste endereço.
Desde novembro de 2015 estamos migrando o Cantor para o Phabricator. Após nossa primeira revisão de código finalizada com sucesso alguns dias atrás, decidi escrever um post sobre que ferramentas nossos contribuidores devem utilizar enquanto o processo de migração não é finalizado.
Projeto
Phabricator tem uma aplicação para gerenciamento de projetos onde podemos colocar algumas informações úteis e coordenar a execução de tarefas. A página de projeto do Cantor está online e configurada.
Outra interessante funcionalidade é a possibilidade de ingressar em um projeto ou apenas acompanhar suas atividades. Se você tiver uma KDE Identity, faça o login no KDE Phabricator e siga-nos!
Workboard
O KDE oferece uma aplicação para gerenciamento da execução de tarefas utilizando um quadro estilo kanban, o KDE TODO. Apesar dela ser uma excelente ferramenta, nós nunca a utilizamos para o Cantor.
A aplicação Projects no Phabricator tem uma funcionalidade com este mesmo objetivo, o Workboard. Atualmente a estamos utilizando para acompanhar as tarefas do estudante Fernando Telles durante o SoK. A partir dessa experiência, pretendo utilizar o Workboard para gerenciar o desenvolvimento do Cantor.
Tarefas, bugs, desejos
A aplicação do Phabricator chamada Maniphest é uma ferramenta para criação e acompanhamento de bugs, tarefas e desejos (sugestões de funcionalidades).
Entretanto no KDE temos um Bugzilla pesadamente customizado, fazendo com que para o momento não tenhamos uma decisão sobre como migrar nossa ferramenta de relatórios de bugs.
Portanto, KDE Bugzilla ainda é nossa ferramenta para relatórios de bugs. Apesar disso, convido os contribuidores para que usem o Maniphest para submissão de desejos de novas funcionalidades. Nós nunca utilizamos o Bugzilla para este último objetivo, então não haverá problemas se começarmos a utilizar essa nova ferramenta para isso.
Repositório
A exemplo da maioria dos projetos do KDE, Cantor tem seu código fonte gerenciado pelo git. Phabricator tem uma aplicação chamada Diffusion que permite navegar e ver uma variedade de dados a partir de um repositório de código fonte.
Esta aplicação está configurada para o Cantor e pode ser visitada neste link.
Revisão de código
A aplicação do Phabricator para revisão de código é chamada Differential e também está disponível para o Cantor.
Entretanto ainda não há uma decisão sobre a migração definitiva e desativação da ferramenta atual de revisão de código usada pelo KDE, o Reviewboard. Portanto, nossos colaboradores podem utilizar uma ou outra ferramenta (mas por favor nunca as duas ao mesmo tempo!). Ainda assim, fica a recomendação para que deem prioridade e comecem a utilizar o Differential.
Wiki
Sim, Phabricator também tem sua própria aplicação para páginas wiki, chamada Phriction. Atualmente o Cantor só tem uma página na wiki Userbase. Como nós não utilizamos wiki no momento, só decidiremos se iremos utilizar o Phriction em algum momento no futuro.
Comunicação
Ok, o Phabricator também tem uma ferramenta própria para comunicação, Conpherence. Entretanto, os colaboradores do Cantor devem continuar a usar nossas atuais ferramentas de comunicação providas pelo KDE Edu, o canal IRC #kde-edu na rede Freenode e a lista de e-mail do KDE Edu.
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Apesar de eu ter algumas críticas sobre o Phabricator (por exemplo, eu não gosto da arquitetura Aplicações -> Projeto; prefiro Projeto -> Aplicações), ela é uma ferramenta muito interessante para o gerenciamento de projetos e tem uma ampla gama de aplicações para trabalhos específicos. Neste texto eu listei várias delas, mas ainda há muitas outras para serem exploradas e avaliadas.
Espero que este post possa ajudar os colaboradores do Cantor sobre qual ferramenta deve ser utilizada para desempenhar algum trabalho do projeto. Talvez o texto também sirva para apresentar algumas novidades para futuros usuários do Phabricator e ajude desenvolvedores do KDE durante o processo de migração. Por último, principalmente para o público de não colaboradores, o texto apresenta algumas das ferramentas que usamos no KDE.
O impacto do Phabricator na comunidade KDE é algo que deverá ser analisado no futuro próximo. Essa ferramenta e suas diversas aplicações poderão mudar consideravelmente como os subprojetos no KDE são organizados. Vamos ver o que o futuro revelará para nós.
Perspectivas de passatempos para 2016
4 de Janeiro de 2016, 11:43 - sem comentários aindaBom antes de falar sobre 2016, vamos relembrar um pouco 2015?
O ano que passou foi bem especial para mim. Fui pai pela primeira vez aos 38 anos. Pai de uma bela garotinha chamada Eloá. Espero ter energia para criá-la e cuidá-la como deve ser cuidada alguém que colocamos no mundo.
Sou uma pessoa com poucas ambições. Pode ser um defeito. Tenho apenas um trabalho, ao qual dedico um terço do dia e o resto do tempo fico em casa, me dedicando à minha esposa (e agora à minha filha), à casa, e aos meus passatempos.
Por falar em passatempos, em 2015, vi um novo despertar do RPG em minha vida. Veio de carona, de certa forma, com os board games. Esse é um passatempo recente em minha, se deixarmos de considerar o xadrez que, acho, está em outro nível. Em 2014, acho que joguei mais vezes jogos de tabuleiro que em 2015, ao mesmo tempo que retomava o RPG devagarzinho. No ano passado foi diferente. Joguei menos tabuleiros e me dediquei a ler, comprar, jogar e publicar coisas sobre RPG (você pode encontrar o que escrevi sobre esse passatempo no blog Jogatinas em Teresina, ex-De Olho em Jogos de Tabuleiro).
Com o nascimento de minha filha, parei de jogar RPG e quase não apareci nas jogatinas de jogos de tabuleiro. Ainda assim, continuei lendo bastante. Minha meta é continuar fazendo isso em 2016. E jogar um pouco. Convidar amigos para algumas pequenas aventuras, apresentar e conhecer novos jogos. Na prática, veremos como isso se dará.
Tomei outra decisão, acho que entre o Natal e o Ano Novo, sei lá. Jogar o jogo de miniaturas Star Wars X-Wing. Foi culpa do filme. Quer dizer, não só isso. Foi ver que um grupo razoável de pessoas o está jogando. Passei um tempo jogando o card game Vampire: The Eternal Struggle com o grupo limitado de pessoas, na maioria das vezes apenas quatro ou cinco jogadores. Senti falta de um maior leque de adversários. Diferente do xadrez e do Magic: The Gathering (mas esse não volto mais a jogar, por favor), onde havia vários jogadores. Outro fator: o jogo é lindo.
Por conta do X-Wing, jogarei menos outros jogos de tabuleiro. Meu tempo será bem curto para as jogatinas realmente.
Ler livros de ficção teve uma queda bem grande em relação à uma boa parte de minha vida. Li menos. Até hoje estou por terminar Shogun de James Clavell. Guerra e Paz, então, nem se fala. Tem sagas que não continuei: Crônicas Saxônicas (parei no sexto livro), trilogia A Passagem (li apenas o primeiro), 1Q84 (li os dois primeiros, falta o último). Tem Musashi também. Bom, são vários. Um passo de cada vez, vamos terminar Shogun que tá uma leitura bem agradável.
2015 foi o ano das séries para mim. Netflix ajudou muito nisso. Esse ano deve seguir num ritmo parecido.
Programar foi o passatempo que ficou relegado à poeira e às traças. Tem meses que não escrevo uma linha de código em Python, minha linguagem de programação favorita. Se um ideia que eu tenho da cabeça for para as linhas de código, então 2016, teremos a volta desse maravilhoso passatempo.
Então, para 2016 temos as seguintes coisas:
- Participar dos cuidados e da criação da Eloá;
- Terminar os livros e séries que comecei;
- Narrar e jogar algumas aventuras de RPG;
- Participar do grupo de X-Wing da cidade;
- Assistir algumas séries;
- Escrever uma aplicação que tenho em mente;
- Manter as atualizações de notícias do grupo do Facebook Teresina Jogos de Mesa;
- Escrever para o blog Jogatinas em Teresina;
- Escrever esporadicamente neste blog;
Concluo dizendo que essas coisas a fazer é uma meta e que, ao final do ano, saberemos como se deu. Seja bem vindo Ano Novo.
Convite para defesa da minha tese
17 de Novembro de 2015, 14:35 - sem comentários aindaApós 5 anos (mestrado + doutorado) de muito trabalho e altas confusões, é chegada a hora de colocar em prova tudo que pesquisei nesse tempo.
Minha tese é uma continuação direta da minha dissertação de mestrado e trata da utilização de sistemas multiagentes e diferentes técnicas de inteligência artificial para modelar e implementar funcionalidades para os smart grids, as redes elétricas inteligentes, no nível da distribuição de energia. A escolha pelo uso de sistemas multiagentes é baseada na conceituação dos smart grids como um grande sistema distribuído.
A maior parte das pesquisas presentes na tese já foram publicadas, como o método para minimização das perdas elétricas apresentado na conferência IJCNN, ou a técnica para classificação de cargas não-lineares, disponível no periódico Neurocomputing. Apesar desses exemplos, por enquanto ainda há material inédito no texto do trabalho.
A defesa será em sessão pública, como de costume, e quem quiser assistir é só aparecer. Preparei esse arquivo de calendário com maiores informações caso queira adicionar à sua agenda.
Após a defesa adicionarei os slides da apresentação nesse post. Quanto ao texto em si, disponibilizarei o link da versão final apenas quando a mesma for publicada no Repositório Digital de Teses e Dissertações da USP.
Desejem-me sorte!
Hello Planet THC!
9 de Novembro de 2015, 19:33 - sem comentários aindaO THC no título bem poderia ser uma alusão à cultura canábica, mas na verdade é a sigla para Teresina Hacker Clube – um “laboratório comunitário” sediado em Teresina, capital piauiense, tocado pelos mais diversos adeptos da cultura hacker com suporte da APISoL.
O THC nasceu por volta de março de 2014, diretamente inspirado pelo movimento de hackerspaces que nos últimos anos ganhou força no Brasil e no mundo. Apesar de recente quando comparado a outros hackerspaces brasileiros como o Garoa, o THC já fez algum barulho através de projetos como o Peba, indexador de gastos da Câmara Federal, ou o Mão Amiga, que pretende produzir uma prótese funcional de mão criada via impressora 3D.
Sob o escaldante sol teresinense, que inspirou o belo emblema do grupo, diversas outras iniciativas e atividades são tocadas pelos participantes do THC. Além dos projetos citados há outros mais, bem como eventos relacionados ao software livre (como o Debian Day e o Software Freedom Day), dados abertos (Open Data Day), cultura hacker (recentemente fizeram parte do evento em rede homenageando Aaron Swartz), até atividades menos voltadas à computação, como observações astronômicas. Eu mesmo já fiz um bate-papo lá sobre contribuições com grandes comunidades de software livre.
Para quem mora em Teresina fica a dica para visitar a sede física do THC, ali por trás da biblioteca do Fripisa. Mas fique ligado no site para saber que dia haverá atividades por lá.
Para quem mora fora, a ideia é acompanhar o recém criado Planet THC, um agregador de blogs dos participantes e simpatizantes do grupo, ou adicionar o canal do THC no Telegram.
Happy hacking!