Ir para o conteúdo
ou

Software livre Brasil

Tela cheia Sugerir um artigo
 Feed RSS

Projeto Software Livre - Piauí

15 de Janeiro de 2010, 0:00 , por Software Livre Brasil - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.

O PSL-PI tem por objetivo incentivar o uso e a produção de software livre no Piauí como política de combate à exclusão digital. Acreditamos que a distribuição de conhecimentos proporcionada pelo Open Source/Software Livre tornará nossa sociedade mais justa e próspera, exatamente por dar a todos as mesmas condições de conhecimento e desenvolvimento.

Software Livre é uma grande oportunidade de construirmos uma sociedade produtora de ciência, independente e efetivamente competitiva. Estamos reconstruindo as bases da nossa sociedade, não mais calcados nos braços do Estado, mas sim, amparados pela iniciativa própria, pela auto-determinação. Nós somos capazes de nos auto-governar. Somos capazes de construir uma sociedade efetivamente Livre. Esta é a essência do PSL-PI.

O PSL-PI é formado pela articulação de indivíduos que atuam em instituições publicas e privadas, grupos de usuários e desenvolvedores de software livre, empresas, governos ou ONGs, e demais setores da sociedade. O importante é a consciência e disposição para propagar o uso de software livre e a cultura colaborativa nas diferentes esferas da sociedade.


Filipe Saraiva: I Fórum de Internet no Brasil

27 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

O I Fórum da Internet no Brasil, promovido pelo Comitê Gestor da Internet,  visa reunir representantes da comunidade acadêmica, do terceiro setor, do segmento empresarial e do governo para discutir os desafios atuais e futuros da Internet.

Em um momento em que o ciberespaço, mais do que nunca, se configurou como um espaço de disputas políticas – exemplificado pelas censura de governos ao acesso à rede, ou quando a web é palco de atividades ciberativistas como a do Anonymous ou quando serve de suporte para manifestações no “espaço real”, nas ruas -, espaço de disputas econômicas – quando a tecnologia aponta para uma sociedade onde os bens culturais são passíveis de livre distribuição e a baixo custo, implodindo o modelo de negócios dos mediadores como livrarias e gravadoras – e espaço de sociabilidade – com a rápida comunicação entre os internautas -, a sociedade civil brasileira tem um interessante espaço para debates e articulação de uma política para a internet condizente com o atual status tecnológico da rede, e que demonstre nossa paixão pela internet e todas as suas possibilidades, muitas ainda inexploradas.

O evento ocorrerá nos dias 13 e 14 de outubro, no 2º Andar do Centro de Convenções Expo Center Norte, em São Paulo. As trilhas do evento, bem como sua programação, já estão disponíveis. Para participar é necessário fazer inscrição, através de um formulário online de rápido preenchimento.

Espero tod@s lá para darmos continuidade a estas discussões de importância para o futuro da maneira como o Brasil enxerga o ciberespaço.



Lucas M.A.C.: Software Freedom Day em Parnaíba-PI

19 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda
Caros,

Durante os dias 14, 15, 16 e 17, aconteceu o ENUCOMP - Encontro Unificado de Computação em Parnaíba. Um evento gigante, onde participaram alunos das principais instituições de ensino do Piauí. 

E, atrelado a programação, foi organizado o Software Freedom Day, onde tive o prazer de ministrar uma Oficina sobre 'Soluções FLOSS no mundo corporativo', e o Install Fest.

SUCESSO TOTAL!!!

Mais de 100 participantes. Foram distribuídos CD's e DVD's com as distros mais utilizadas, onde foram instaladas em VM's (Virtual Machines) e Máquinas em Produção.

Agradeço à galera presente, em especial ao Prof. Rodrigo Baluz (FAP) e ao Prof. Francisco Marcelino (IFPI), que me apoiaram e deram suporte durante todo o evento!

É sempre bom reencontrar velhos amigos e, principalmente, fazer novas amizades: Denia Elice, Marcio Brito, Thais Lima, Inessa Araújo, Thiago Santos... =D

Obrigado!




Aracele Torres: Occupy Wall Street: podemos na esquerda aprender alguns truques novos?

18 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Em tempos de grave crise financeira os EUA virou palco de um movimento inspirado nas revoltas pró-democracia do Oriente Médio. O Occupy Wall Street é um movimento sem líderes que pretende repetir Tahrir na terra do Tio Sam. A ideia é reunir, pelo menos, 20 mil pessoas acampadas em Manhattan, onde está localizado o centro financeiro do país, Wall Street, para protestarem, de forma não violenta, contra o sistema capitalista, a corrupção e a favor da democracia e da liberdade. A ocupação começou ontem, 17 de setembro, e não tem data para terminar. Ela foi convocada em julho deste ano através do site da, já conhecida, organização anti-consumista Adbusters.

No trecho abaixo podemos entender melhor quais são as principais motivações do protesto:

As pessoas que vêm para Wall Street em 17 de setembro, vêm por várias razões, mas o que une todos elas é a oposição ao princípio que passou a dominar não só a nossa vida econômica, mas a nossa vida inteira: o lucro acima de tudo. (…) O mundo não tem que ser dessa maneira. Uma sociedade de crueldade e isolamento pode ser confrontada e substituída por uma sociedade de cooperação e comunidade. Os cínicos dirão que este mundo não é possível. Que as forças dispostas contra nós ganharam e sempre vencerão e, talvez, devam sempre ganhar. Mas eles não são deuses. Eles são seres humanos, como nós. Eles são um produto de uma sociedade que recompensa o comportamento que nos trouxe para onde estamos hoje. Eles podem ser confrontados. E mais, eles podem ser alcançados. Eles só precisam nos ver. Ver além das etiquetas de preços que levamos. E se eles são deuses? Então seremos Prometeu. E vamos rir pois estamos amarrados à pedra para esperar a águia.

O movimento está envolto pela pretensão de criar novas estratégias para que, enquanto esquerda, consiga se articular em torno de soluções, digamos, menos utópicas e mais pragmáticas:

Podemos na esquerda aprender alguns truques novos? Podemos partir para Manhattan com uma mentalidade nova e uma reivindicação nova e poderosa? Estrategicamente falando, há um perigo muito real de que se nós ingenuamente colocarmos as cartas na mesa e nos reunirmos em torno da “derrocada do capitalismo” ou algum utópico slogan igualmente desgastado, então o nosso momento Tahrir irá rapidamente fracassar como um outro espetáculo ultra-esquerdista inconseqüente logo esquecido.

Occupy Wall Street busca se diferenciar do que chama de espetáculo ultra-esquerdista inconsequente através, por exemplo, de proposições como a do retorno da Lei Glass-Steagall, criada nos EUA durante a crise de 29 para conter os seus efeitos e revogada em 1999, depois de anos de pressão do setor bancário. Essa lei pretendia evitar, entre outras coisas, a especulação financeira e um novo colapso bancário, principalmente através da proibição de bancos comerciais exercerem atividades de bancos de investimento. Uma outra proposta encarada por eles como viável e simples seria exigir um imposto de %1 sobre as transações financeiras. Ambas as propostas teriam, assim como outras que podem surgir, de emergir de assembleias populares convocadas durante a ocupação.

Neste exercício de repensar as práticas de uma esquerda desgastada, o movimento aponta para o que considera ser os tipos de práticas adequadas para o sucesso do seu protesto e, consequentemente, dos protestos da esquerda em geral. Há um destaque para a ausência de partidos políticos, para a importância das assembleias populares e para a construção de um movimento pacífico:

Então, vamos aprender as lições estratégicas de Tahrir (não-violência), Syntagma (tenacidade), Puerta del Sol (assembleias populares) e deixar de lado a adesão a partidos políticos e dogmas desgastados da esquerda. Em 17 de setembro, vamos plantar as sementes de uma nova cultura de resistência na América que inicia um despertar democrático permanente.

E como em tempos de movimentos em rede nada (ou quase nada) escapa de cair no ciberespaço, o Occupy Wall Street já começa a ultrapassar as fronteiras norte-americanas e se espalhar pelo resto do mundo. Um movimento de proporções internacionais convoca à todos para ocuparem o centro financeiros de suas cidades imediatamente, é o September 17th EVERYWHERE! Nessa página você encontrará informações sobre todos os focos do movimento em diversas partes do mundo.

Você também pode acompanhar as notícias sobre os protestos nas redes sociais:

Twitter: @OccupyWallSt  Hashtags usadas no twitter: #OccupyWallStreet #TakeWallStreet #sep17 #ows

Live stream: http://www.livestream.com/globalrevolution

Facebook: https://www.facebook.com/event.php?eid=144937025580428

Tumblr: http://occupywallstreet.tumblr.com/




Filipe Saraiva: Indo para São João del-Rei – SBAI 2011

17 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Logo mais estarei saindo para Sâo João del-Rei, cidade histórica no interior de Minas Gerais. Irei participar do X Simpósio Brasileiro do Automação Inteligente – X SBAI, promovido pela Sociedade Brasileira de Automática – SBA.

No evento, apresentarei o artigo Implementação Distribuída do Algoritmo de Dijkstra através de Sistemas Multiagentes, uma variação do clássico algoritmo computacional mas agora utilizando uma sociedade de agentes que o resolve de forma distribuída e coordenada, em contraponto a maneira centralizada tradicional.

A apresentação será às 10:30h da segunda-feira. Quem puder aparecer no evento, vamos lá! Alguns dias após eu voltar, disponibilizarei os PDFs do artigo e da apresentação.

Além do SBAI, tenho mais dois objetivos em São João del-Rei.

O primeiro, e inevitável, é conhecer a cidade, sua história e arquitetura. Sou fascinado por cidades e suas histórias, a maneira como elas surgiram, e coisas assim. E uma cidade histórica mineira, com grande influência colonial e que serviu de base para a exploração das “minas gerais”, tem muito a revelar para olhos curiosos como os que carrego. Espero trazer várias fotos para vocês.

A segunda: eu gostaria de ter contato com o DCE UFSJ. Lá aconteceu algo que gostaríamos muito que tivesse acontecido em Teresina, na UFPI – a mudança da organização do DCE, que passa a ser exercida pelos CA’s coordenados entre si.

Muitos sabem, eu tenho especial interesse em modelos organizacionais e experiências descentralizadas, sejam elas autogestionárias, democracia direta, ou mesmo as menos radicais como revogabilidade de mandatos, delegações direcionadas a objetivos, etc.

Saber como o movimento estudantil lá está se articulando não é uma tentativa de exportá-lo para outros lugares ou algo que valha. É um sincero desejo de saber como essa galera está se articulando, e o que podemos aprender com eles para amadurecermos nossas próprias ideias de sociedade e organizações mais livres, não doutrinadas e que, em especial, dá voz para todos os que delas participam e por elas são influenciados.

Outra coisa que quero perceber por lá também é como a ideia do comunismo de conselhos é colocada em prática pelas entidades estudantis. O pessoal da esquerda que tem proximidade com todos os tipos de “socialismos” derivados do leninismo, imaginam que tudo que é relacionado à autogestão é baseado em princípios anarquistas. Nem todos eles sabem, mas houve um tipo de socialismo muito combatido dentro da 3ª Internacional, que propunha uma gestão mais libertária e que lutasse para impedir a formação de uma nova burocracia partidária, que foi o que aconteceu na URSS. Em suma, os militantes dessa linha davam maior destaque ao papel dos trabalhadores e das pessoas na revolução russa, em detrimento do partido.

É deles o original sentido da frase “todo poder aos sovietes”. E é deles que Lenin trata no livro “Esquerdismo: Doença Infantil do Comunismo”, chamando-os de esquerdistas. A luta ideológica dentro das vertentes socialistas levou este grupo à derrocada, com perseguições de todos os tipos aos seus militantes. Como era de se imaginar.

Engraçado ver como meu interesse acadêmico de pesquisa, no campo das exatas, é de alguma forma próximo dos meus interesses pessoais e políticos. :-D

Espero vê-los logo!



Aracele Torres: Da rede para as ruas

3 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Junho de 2009: suspeitas de fraldes na eleições presidenciais que reelejeram Mahmoud Ahmadinejad leva milhares de iranianos às ruas para protestarem. Dezembro de 2010/Janeiro de 2011: tem inicio uma série de protestos que se espalham por todo o Oriente Médio, com o objetivo de lutar por democracia, direitos humanos, liberdade de expressão, entre outras coisas.  Janeiro de 2011: mais de três mil pessoas se reúnem no centro de São Paulo para protestar contra o aumento do preço de passagens dos transportes públicos da capital. Abril de 2011: tem inicio em Toronto, no Canadá, o movimento internacional conhecido como a Marcha das Vadias, onde manifestantes, sobretudo do sexo feminino, saíram às ruas de diversos países do mundo para defender os direitos das mulheres. Maio de 2011: milhares de pessoas ocupam ruas das principais cidades espanholas para protestarem contra política econômica do governo. Junho de 2011: manifestantes protestam contra a repressão policial em mais de quarenta cidades do Brasil, é a chamada Marcha da Liberdade. Junho de 2011: estudantes inciam protestos no Chile por melhorias no sistema educacional do país. Agosto de 2011: protestos na ruas de Londres contra a violência policial e problemas sociais causados pela crise. Agosto de 2011: estudantes saem às ruas de Teresina para protestar contra as péssimas condições no transporte público da capital.

O que todos esses protestos têm em comum, além do desejo de mudanças sociais? O fato de que eles foram todos articulados, catalizados, disseminados, pela internet. A internet, esta ferramenta que para muitos é responsável também por uma certa inércia que teria tomado de conta dos movimentos sociais nos últimos anos, tem mostrado todo o seu potencial articulador e aglutinador.

Fonte da imagem: http://www.numclique.net/wp-content/uploads/2009/06/iran.jpg

O espaço comunicacional criado pela emergência dela tem possibilitado aos movimentos sociais contemporâneos novas formas de contestação política, novas formas de agregação social, novas formas de construir e coordenar as suas ações, uma outra possibilidade do exercício de solidariedade. A própria noção do estar junto ganha novos significados. Podemos não estar diretamente envolvidos nos protestos no Oriente Médio, lado a lado com os manifestantes, mas podemos estar junto com os manifestantes num espaço virtual, onde as ações políticas também acontecem: em comunidades, fóruns, redes sociais onde se articulam e divulgam os protestos. Podemos estar juntos se, por exemplo, ajudamos em boicotes promovidos pelo movimento, como boicotes a determinados produtos ou sites de empresas/instituições contrárias  aos manifestantes.

Como bem lembra o antropólogo Gustavo Lins Ribeiro, a internet inaugura um novo domínio de contestação política. Em primeiro lugar, pode-se fazer política internamente ao ciberespaço, política na realidade virtual. Em segundo lugar, desde o ciberespaço a comunidade virtual pode influenciar a política no mundo real*. O próprio uso da rede pelos movimentos traz implicações para a nossa forma de fazer política, alargamos a prática política para um terreno virtual. Mas este terreno não deverá ser desimportante ou inválido para a prática política por não permitir encontros físicos. É preciso pensar, tal como nos sugere Gustavo Lins através da evocação das palavras de Jean-Loius Weissberg, que o virtual não substitui o real, não é essa a sua intenção e função, mas ele é uma das formas de percebê-lo. Percebemos o real, percebemos a realidade de todos esses movimentos políticos acima citados, também através de sua atuação no espaço virtual. O virtual não deve ser percebido como oposto ao real, mas como seu terreno auxiliar.

O ativismo político virtual não pode, assim, ser tratado como um ativismo menor, indigno de consideração, pois ele tem suas ressonâncias no mundo real e não se desliga deste. Basta ver a repercussão de um WikiLeaks no mundo hoje ou que os hackers fazem na base de dados de sites mundo afora.

A rede expande as possibilidades de atuação do sujeito. É uma ferramenta como outra qualquer, e é claro, como toda ferramenta, ela não faz nada sozinha se você não souber usá-la. E as funções que você pode dar a ela são variadas.

*Trecho retirado do livro Cultura e Política no mundo contemporâneo, publicado pela editora da UnB em 2000.




Tags deste artigo: projeto software livre - piauí psl-pi piauí psl-nordeste