O PSL-PI tem por objetivo incentivar o uso e a produção de software livre no Piauí como política de combate à exclusão digital. Acreditamos que a distribuição de conhecimentos proporcionada pelo Open Source/Software Livre tornará nossa sociedade mais justa e próspera, exatamente por dar a todos as mesmas condições de conhecimento e desenvolvimento.
Software Livre é uma grande oportunidade de construirmos uma sociedade produtora de ciência, independente e efetivamente competitiva. Estamos reconstruindo as bases da nossa sociedade, não mais calcados nos braços do Estado, mas sim, amparados pela iniciativa própria, pela auto-determinação. Nós somos capazes de nos auto-governar. Somos capazes de construir uma sociedade efetivamente Livre. Esta é a essência do PSL-PI.
O PSL-PI é formado pela articulação de indivíduos que atuam em instituições publicas e privadas, grupos de usuários e desenvolvedores de software livre, empresas, governos ou ONGs, e demais setores da sociedade. O importante é a consciência e disposição para propagar o uso de software livre e a cultura colaborativa nas diferentes esferas da sociedade.
Filipe Saraiva: Mageia – Fork do Mandriva Linux
18 de Setembro de 2010, 0:00 - sem comentários aindaAlguns desenvolvedores e contribuidores do Mandriva estão fazendo um fork da distribuição: o nome dela é Mageia. A maioria dos empregados da Mandriva que trabalhavam na distribuição Linux foram demitidos após a liquidação da Edge-IT, uma subsidiária da Mandriva SA; entretanto, eles se propuseram a criar um fork da distribuição a tocar o desenvolvimento de forma comunitária. A nova distribuição Linux, Mageia, será gerida por uma organização sem fins lucrativos que será regularizada em alguns dias. Já há muitas pessoas que decidiram seguir o fork, e toda a ajuda será bem vinda para a execução de tarefas típicas da criação e estabelecimento de uma nova distribuição.
Algumas frases que me chamaram a atenção no anúncio oficial foram:
“Nós não confiamos mais nos planos da Mandriva SA e não acreditamos que a empresa (ou qualquer outra empresa) seja um porto seguro para tal projeto.”
e
“As pessoas que trabalham nisto apenas não querem ser dependentes da economia flutuante e errática, e os inexplicáveis movimentos estratégicos de uma empresa.”
Bem punk, não?
As discussões estão acontecendo no canal IRC #mageia (em inglês), na rede Freenode. Há um canal específico para o KDE em #mageia-kde e um canal cuja língua é o português brasileiro em #mageia-br. As listas de discussão pode ser encontrada em https://www.mageia.org/mailman/listinfo.
A página do website em pt-br foi traduzida por mim e pela Aracele. A página pode ser visitada aqui.
Filipe Saraiva: Mageia – Forking Mandriva Linux? Yes.
18 de Setembro de 2010, 0:00 - sem comentários aindaSome Mandriva developers and contributors are forking Mandriva; the new distribution is named Mageia. As most of the Mandriva employees working on the Linux distribution were laid off due to the liquidation of Edge-IT (a subsidiary of Mandriva SA) and trust in the company has diminished, the development community (including the core developers) has decided to fork the project. The new Linux distribution, named Mageia, will be managed by a not-for-profit organization that will be set up in the coming days. There are already many people that have decided to follow the fork, but the people behind it are still welcoming any help offered in the various tasks related to establishing the new distribution.
Some phrases that caught my attention the official announcement:
“We do not trust the plans of Mandriva SA anymore and we don’t think the company (or any company) is a safe host for such a project.”
and
“People working on it just do not want to be dependent on the economic fluctuations and erratic, unexplained strategic moves of the company.”
Discussions are going on right now in the IRC channel #mageia on freenode network. There is also a specific channel for KDE on #mageia-kde.
The official announcement and homepage of Mageia project can be viewed here.
Source: Slashdot
Isaque Alves: Software Freedom Day 2010 em Parnaíba Adiado para 30 de Outubro
18 de Setembro de 2010, 0:00 - sem comentários aindaO título já diz tudo, então, resta apenas apresentar o motivo plausível: Um dos palestrantes chave não poderá comparecer, então optou-se por adiar o evento, o que irá proporcionar também, uma possibilidade de maior participação da comunidade, uma vez que em Outubro, nos dias 27 a 29 acontecerá o III Enucomp – Encontro Unificado de Computação em Parnaíba (veja mais no site do evento: www.enucomp.com.br ).
Convido a comunidade de Teresina, e do restante do Piauí e Brasil, a participar do Enucomp. Todos serão bem-vindos a Parnaíba, e claro, poderão contar com um evento de qualidade (senão não estaria em sua 3ª edição).
Agradecemos a compreensão pelo adiamento, e aguardamos vocês aqui!!
Aracele Torres: Wu Ming e a defesa da gênese social do saber – Parte 1
14 de Setembro de 2010, 0:00 - sem comentários aindaHá muito tempo que vinha prometendo a mim mesma a escrita de algo, mesmo que superficial, sobre o afamado coletivo Wu Ming. Eis que a oportunidade surgiu agora, depois que o tempo, então menos aperreado, me permitiu reler os textos entusiasmantes destes rapazes italianos. Devo confessar que sempre me encantou, desde a primeira vez que me deparei com eles, a sua postura emblemática de defesa dos direitos de acesso ao saber, defesa daquilo que a gente pode chamar de uma cultura livre. E por isso fazem parte do meu projeto de mestrado, encontram-se lá enquanto representantes de uma nova forma de produzir e de consumir o conhecimento relacionada à emergência da cibercultura. Quem se interessa pelo tema da cultura livre, se ainda não conhece, deveria dar uma olhada no site do Wu Ming e ler seus textos, como disse, eles são bem emblemáticos do assunto, discutem pontos fundamentais.
Bem, de qualquer forma, enquanto narradora desta história sobre o Wu Ming, cabe a mim fazer uma mesmo que breve apresentação sobre ele(s). O coletivo Wu Ming foi formado em 2000 por cinco autores italianos. Este nome escolhido pelo grupo refere-se a uma expressão chinesa que pode significar tanto sem nome quanto cinco nomes. A intenção, como eles próprios explicam, era tanto homenagear a dissidência (“Wu Ming” é uma assinatura muito comum entre os cidadãos chineses que pedem democracia e liberdade de expressão) quanto de rejeitar a máquina de fabricar celebridades cuja linha de montagem transforma o autor em astro.
Como se pode ver, a alcunha do grupo já carrega em si as suas bandeiras. O que Wu Ming pretende enquanto coletivo é antes de tudo ser libertário, dissidente, defensor da democracia. E esta liberdade se encontra ligada, entre outras coisas, na rejeição de uma imagem construída do autor enquanto uma celebridade. Isso se reflete inclusive no modo como eles se identificam, os membros do coletivo fazem uso, cada um, de um nome artístico que é composto pelo nome do grupo mais um número, que segue a ordem alfabética dos sobrenomes. Os nomes verdadeiros não são um segredo, compõem o coletivo: Roberto Bui, conhecido como Wu Ming 1, Giovanni Cattabriga, Wu Ming 2, Luca Di Meo, Wu Ming 3, Federico Guglielmi, Wu Ming 4, e Riccardo Pedrini, Wu Ming 5.
A ideia do coletivo não é de anonimato, apesar do nome Wu Ming sugerí-lo, mas a ideia de um nome assim sugere mais, sugere, como disse, um protesto ao “estrelato”, à figura do autor como possuidora de importância demasiada. A ideia que circunda a formação e a atuação do Wu Ming é a ideia de uma revolução sem rosto ou the revolution is faceless:
Wu Ming se auto-define como um laboratório de design literário, que trabalha com os mais variados meios de comunicação, como uma empresa independente de serviços narrativos. A sua produção cultural ocorre de maneira coletiva, eles acreditam que a criação individual, a figura do autor reduz criativamente a complexidade de informações de uma obra. Não acreditam na ideia de uma inspiração individual, mas na ideia de que toda criação individual tem uma dimensão coletiva:
Um autor é uma espécie de terminal que reduz criativamente uma complexidade de informações e de imagens, estabelecendo uma síntese provisória. Quando um escritor escreve, todo o mundo escreve com ele. Não somos contra o ato individual de escrever. Mas fazemos questão de dizer que quem escreve, sozinho, escreve junto com todo o mundo que o circunda. Esse é um obstáculo ideológico porque a indústria cultural tem necessidade de alimentar essa superstição do gênio, da inspiração individual. Tem a necessidade disso para organizar estratégias de marketing em torno de indivíduos, supostamente, de inteligência superior aos demais, de indivíduos a serem adorados. Essa é a finalidade da indústria cultural. O que combatemos é o culto autoritário do autor. Isso pode ser superado se compreendermos que, mesmo o autor singular, escreve coletivamente.
Essa fala faz o jogo semiótico do sem nome e cinco nomes, que o termo chinês Wu Ming produz, possuir muito mais sentido. Sem nome, por não alimentar o marketing em torno de um individuo, que no final das contas produziu seu trabalho em função de um conhecimento coletivo. E cinco nomes, por que o autor ao produzir um conhecimento representa ali vários autores, uma coletividade. Portanto, se deve existir algum tipo de culto, que este seja um culto à inteligência coletiva, para usar aqui um termo de Pierre Lévy.
Como defensores da democratização do saber, Wu Ming publicam seus livros sob copyleft, todos podem copiar e distribuir suas obras, contanto que seja para uso sem fins lucrativos. Dois de seus livros, 54 e New thing, foram publicados aqui no Brasil pela Conrad. A bibliografia completa dele pode ser vista aqui. Você também pode encontrar as obras para baixar no site deles.
Por enquanto, vou ficando por aqui, o post foi crescendo além do planejado e pelo visto terei que dividi-lo em, pelo menos, duas partes. No próximo post falarei mais sobre a ideia da gênese social do saber, defendida pelo coletivo, e sobre seus discursos em relação à pirataria e ao copyright. Acompanhem!
To be continued…
Cinco autores italianos que se coadunaram em 2000 para formar o coletivo conhecido mundialmente como Wu Ming. Wu Ming é uma expressão chinesa que pode significar tanto “sem nome” quanto “cinco nomes”. Como o próprio coletivo explica em seu site,
PSL-PI: IV Encontro Nordestino de Software Livre – Datas Importantes
14 de Setembro de 2010, 0:00 - sem comentários aindaA organização do IV Encontro Nordestino de Software Livre & IV Encontro Potiguar de Software Livre (IV ENSL) divulga as datas importantes para os interessados em participar desse evento. Pedimos que prestem atenção à alteração da data de finalização da chamada de trabalhos e à mudança no valor das inscrições, de acordo com o período em que forem realizadas.
- Primeiro período de inscrições (promocional): até 07 de outubro (Abertura em breve)
- Prazo limite para submissões de palestras: 20 de setembro ( ATENÇÃO! )
- Prazo limite para submissões de artigos para o I WPeDSL: 27 de setembro
- Divulgação dos resultados das palestras aceitas: 28 de setembro
- Segundo período de inscrições: 08 a 31 de outubro
- Divulgação dos resultados dos artigos aceitos: 17 de outubro
Viste http://www.ensl.org.br/