O PSL-PI tem por objetivo incentivar o uso e a produção de software livre no Piauí como política de combate à exclusão digital. Acreditamos que a distribuição de conhecimentos proporcionada pelo Open Source/Software Livre tornará nossa sociedade mais justa e próspera, exatamente por dar a todos as mesmas condições de conhecimento e desenvolvimento.
Software Livre é uma grande oportunidade de construirmos uma sociedade produtora de ciência, independente e efetivamente competitiva. Estamos reconstruindo as bases da nossa sociedade, não mais calcados nos braços do Estado, mas sim, amparados pela iniciativa própria, pela auto-determinação. Nós somos capazes de nos auto-governar. Somos capazes de construir uma sociedade efetivamente Livre. Esta é a essência do PSL-PI.
O PSL-PI é formado pela articulação de indivíduos que atuam em instituições publicas e privadas, grupos de usuários e desenvolvedores de software livre, empresas, governos ou ONGs, e demais setores da sociedade. O importante é a consciência e disposição para propagar o uso de software livre e a cultura colaborativa nas diferentes esferas da sociedade.
Seminário na UNICAMP: “Tecnologias livres para o futuro”
26 de Junho de 2014, 16:37 - sem comentários aindaAmanhã teremos um seminário legal reunindo uma galera legal discutindo um tema legal e espinhoso.
Quem não puder ir na Unicamp, vai ter transmissão via stream (o endereço será divulgado em breve).
Esperamos vocês heim!
Tecnologias livres para o futuro
Depois de anos de lutas e sucessos, as tecnologias livres, especialmente o movimento software livre, vivem um momento singular. Em paralelo à crescente adoção por pessoas, governos, empresas e coletivos, surge um sentimento de que o próprio movimento está morrendo, diluído em estratégias corporativas, utopias sobre a comunicação em rede, dispositivos móveis e novas travas tecnológicas. A proposta desse debate é reunir pesquisadores interessados em aspectos técnicos, sociais, políticos, comportamentais e produtivos das tecnologias livres e, a partir de investigações sobre a história, as ideias e prática dessas tecnologias, buscar traçar questões e princípios que orientem reflexões sobre cenários futuros. Por que caminhos os movimentos em torno de tecnologias livres devem orientar suas lutas cotidianas de modo a fortalecer a igualdade de oportunidades, a colaboração e a justiça que fundamentam esses movimentos? A estrutura do evento privilegiará a conversa e a livre troca de ideias, com falas curtas de alguns participantes seguidas de um debate aberto.
Local: Labjor – Unicamp
Horário: das 10h às 13h e das 14h às 17h
Manhã
Rafael Evangelista: As ideologias free e open: a questão da igualdade
Miguel Said Vieira: Governança, estratégias e conflitos de interesse
A apresentação tratará de questões ligadas a governança e conflitos de interesse (entre empresas e usuários caseiros) em dois casos de software livre: o Android (e sua relação com as estratégias comerciais da Google); e os patches “ck” do kernel.
Filipe Saraiva: Software Livre – Tensões entre Movimento e Mercado
Discussão sobre as contradições de um movimento apropriado tanto por coletivos de ativistas sociais quanto por grandes empresas. A exposição se baseará principalmente na ideia da diluição de alguns aspectos ideológicos do movimento com o crescente número de usuários de software livre, e a relação entre empresas e software livre. Em seguida serão comentados alguns desafios do movimento, com foco principal na computação ubíqua.
Bruno Buys: O Movimento Software Livre no Brasil morreu? Que desafios se colocam no presente e o que podemos inferir para o futuro?
Tarde
Aracele Torres: Como a indústria do software adotou o padrão de código fechado
Uma breve história da indústria do software e como foi seu processo de inclusão no circuito de propriedade intelectual e o papel do Projeto GNU em se contrapor a isso. A ideia aqui seria discutir um pouco dessas tensões entre as demandas do mercado e as demandas sociais por acesso ao conhecimento.
Tiago Chagas Soares: Política e comunidade na emergência da Cibercultura
Um breve ensaio sobre algumas das proposições políticas e comunitárias presentes na emergência da Cibercultura. Como as noções de comunidade e autonomia individual na Cibercultura entrelaçariam distintos vetores do pensamento político e cultural? – e como isso se manifestaria em conflitos intra e entre correntes ciberculturais? Neste debate, traremos à discussão o Forum Internacional de Software Livre (Fisl) como espaço a ilustrar esse panorama de pensamentos diversos, bem como seus componentes.
Fabrício Solagna: (vídeo) Movimento software livre, Propriedade Intelectual e direitos de internet
A exposição pretende trazer os conceitos de Kelty e Coleman sobre o movimento software livre global. Para analisar o caso brasileiro é usado Shaw e seu conceito de insurgent expertise relacionando a sua interface com a mobilização em torno do Marco Civil da Internet. O objetivo é discutir questões peculiares do Brasil onde a ascensão de quadros envolvidos com o movimento software livre dentro do Estado trazem uma nova agenda do software livre.
KDE passando o chapéu para realização do Randa Meeting 2014
19 de Junho de 2014, 12:26 - sem comentários aindaDesde 2009 o KDE reúne durante alguns dias diversos desenvolvedores na cidade suíça de Randa para trabalharem em projetos chave da comunidade. Esses sprints já resultaram em importantes avanços para os usuários das tecnologias desenvolvidas pelo KDE, como o KDE Frameworks 5, o Plasma Next, melhorias no Qt, diversos softwares do KDE Edu, e mais.
Em 2014 haverá uma nova edição desse encontro, o Randa Meeting 2014, e a comunidade iniciou uma campanha de arrecadação para custear essa atividade.
Visite a página da campanha ou a versão que o KDE Brasil traduziu e saiba mais sobre os projetos desenvolvidos nas edições anteriores, quais os planos para a edição de 2014, quem deverá participar, quais os tipos de despesas, e mais.
Eu já fiz minha contribuição, agora é com você – seja usuário, desenvolvedor, ou simpatizante do KDE ou das comunidades e ideias do software livre em geral, contribua! Toda ajuda é bem-vinda.
Complementação de código no editor de scripts do Cantor
1 de Junho de 2014, 17:33 - sem comentários aindaAlguns meses atrás escrevi sobre as novas funcionalidades disponíveis no Cantor a partir do lançamento do KDE 4.13. Entretanto, eu acabei não escrevendo sobre uma nova e bastante útil funcionalidade também disponível naquele lançamento – a nova complementação de código disponível no editor de scripts do Cantor.
Eu havia desenvolvido o destaque de sintaxe padrão para cada backend que suporta o editor de scripts. Esse editor é baseado em KatePart/KTextEditor, uma impressionante biblioteca da KDE libs utilizada em vários softwares do KDE, como o KWrite, Kate, Kile, KDevelop, e mais.
Os desenvolvedores do Kate lançaram uma nova funcionalidade no KDE 4.13, uma versão melhorada da complementação de código para todas as linguagens suportadas pelo KTextEditor. Essa funcionalidade utiliza os mesmos arquivos XML usados no destaque de sintaxe de cada linguagem para disponibilizar a nova complementação de código.
Como eu desenvolvi o destaque de sintaxe padrão para o editor de scripts, essa nova complementação de código foi habilitada por padrão também. Fantástico!
Então, vamos ver algumas imagens dessa nova funcionalidade em ação:
Complementação de código para Scilab
Na figura acima a complementação de código foi utilizada para escrever um comando plot no editor de scripts para a interface com o Scilab.
Complementação de código para Maxima
No backend do Maxima backend podemos ver a complementação de código funcionando não apenas com os comandos que iniciam com o fragmento de texto digitado: por exemplo, contour_plot apareceu na lista de sugestões.
Esta nova complementação de código está disponível para todos os backends que implementam o suporte ao editor de scripts. Para utilizá-la basta digitar Ctrl+Espaço no editor.
Existem algumas melhorias para esta funcionalidade a serem implementadas no futuro. Por exemplo, seria interessante carregar funções dos módulos/pacotes importados no editor – em Python, eu poderia executar um import numpy e as funções do numpy poderiam estar disponíveis na complementação de código também. E seria bom se as variáveis na área de trabalho do Cantor estivessem disponíveis no editor de scripts.
Mas isto é um trabalho para o futuro. Por agora, você pode se divertir com essa nova complementação de código. E obrigado a todos os desenvolvedores do Kate por esta funcionalidade!