O Projeto Software Livre Bahia (PSL-BA) é um movimento aberto que busca, através da força cooperativa, disseminar na esfera estadual os ideais de liberdade difundidos pela Fundação Software Livre (FSF), possibilitando assim a democratização do acesso a informação, através dos recursos oferecidos pelo Software Livre. Esta busca tem seus alicerces fundados na colaboração de todos, formando um movimento sinérgico que converge na efetivação dos ideais de Liberdade, Igualdade, Cooperação e Fraternidade.
O Projeto Software Live Bahia é formado pela articulação de indivíduos que atuam em instituições publicas e privadas, empresas, governos ou ONGs, e demais setores da sociedade. Além disso o projeto não é subordinado a qualquer entidade ou grupo social, e não estabelece nenhuma hierarquia formal na sua estrutura interna.
Valessio Soares de Brito: Existe um mundo onde é possível exercer a democracia?
9 de Outubro de 2009, 0:00 - sem comentários aindaDepois de sofrer (ou estar sofrendo) durante muito tempo com problemas de como funciona as decisões atuais dentro de um processo democrático, seja ela dentro das empresas, instituições, comunidades, cidades, governos ou nações. Cada dia mais acredito que a liberdade do uso consciente da internet (e por isso não podemos deixar que crie leis para vetar essa liberdade) e na democratização dos meios tecnológicos e do acesso ao conhecimento levaram uma sociedade a soluções muito mais rápidas e eficazes para erradicação da pobreza, fome e da desigualdade, promovendo uma melhor assistência a qualquer nível da população. Sei que todo esse meu papo possa parecer um pouco ou tanto utópico, porém se você pesquisar na internet vai encontrar diversos movimentos (zeitgeist, us now, software livre, partido pirata, etc…) que já levam essas afirmativas a sério e um dos maiores exemplos são as comunidade de Software Livre.
A maioria das comunidades de software livre (principalmente Debian e Inkscape, quais participo ativamente) atuam sobre meritocracia, onde quem faz as coisas (tradução, desenvolvimento, participação na comunidade ajudando novos membros…) acontecer é que ganha o mérito (não o poder de decisão), o poder de decidir o que modifica e para onde avança não se dá somente através de votações democráticas, muita das vezes alguém que fez algo e esta propondo é questionado por diversos outros membros que por fim pode gerar uma enquete, a que se a maioria concorda ou não do caminho qual deve seguir (mas também nem sempre é assim). Em outras palavras, não basta apenas ter as opções A, B e C, qualquer individuo pode participar sugerindo (enviando) melhorias ou modificações no projeto proposto.
Dito tudo isso, não é bem assim que acontece em nossa sociedade, onde dezenas ou melhor, centenas de políticos dizem decidir o melhor para garantir o bem-estar de toda sociedade, o curta “a história das coisas” mostra bem para quem os políticos estão preocupados. Então, onde queria chegar é como podemos participar do que esta sendo decidido e desenvolvido para definir os avanços de uma cidade, estado ou pais, como poderia reportar problemas ou sugestões, de uma forma simples e rápida, acompanhar e participar da solução para esse problemas Bem, o que descobrir alguns meses atrás quando entrei para comunidade do Partido Pirata é que o Governo dos Estados Unidos já adotou/desenvolveu um sistema tipo Ouvidoria transparente e participativa onde presumo que as pessoas participam das decisões adotada pelo atual Governo de Obama. Agora vamos imaginar/começar pequeno, que software como esse seja utilizado por padrão para decisões dentro das empresas públicas ou instituições de ensino… ou que a prefeitura adote um mesmo modelo participativo e transparente com seus munícipes, ou que todo o governo de um estado seja gerido a discussão sobre distribuição de renda, impostos, educação, etc… tudo através de um sistema similar a este. Esta pode ser uma das possíveis bandeiras do Partido Pirata, transformar com ajuda da tecnologia, horizontalidade no poder decisório de uma população sobre os investimentos e gastos realizado pelos seus representantes.
Atualmente eu estou bem crente desse sistema de Ouvidoria transparente e participativa, até estou sugerindo para que minha instituição de ensino pública (UFRB) utilize como parte da Política de Atendimento aos Discentes, por se tratar de um Órgão Federal e pela necessidade de envolver todo movimento estudantil na participação da construção de uma universidade melhor cada dia mais, enfim, logo que tiver algo no AR, no futuro não muito distante poderei esta aqui comentando os resultados para vocês.
Sugiro vocês tentarem o mesmo dentro de suas comunidades ou instituições públicas, não é apenas para reportar problemas; Acredito que seja um excelente canal de comunicação do que chamamos Web 2.0 para prover uma funcionalidade de Ouvidoria, com resultados em tempos hábeis.
Alexandro Silva: Postfix: Habilite o Auto-Reply/Vacation usando o Autoresponse
9 de Outubro de 2009, 0:00 - sem comentários aindaQual o Sysadmin que nunca se deparou com seu chefe informando numa sexta-feira perto do final do expediente que entrará de férias na segunda. Informando que precisa que seus emails sejam respondidos automaticamente avisando suas férias?
Foi para resolver está situação que o Charles criou o Autoresponse. Este script foi criado para auxiliar o postfix na tarefa de responder automaticamente a mensagens.
Sua instalação é muito mas muito simples e o troço funciona que é uma beleza.
Agora vamos por a mão na massa!!!
Baixe e descompacte o Autoresponse
mkdir ~/tmp
cd ~/tmp
wget -c http://www.nefaria.com/scriptz/autoresponse-1.6.3.tar.gz
tar -xvf autoresponse-1.6.3.tar.gz
Acesse o diretório criado e execute os comandos para a instalação
cd autoresponse
useradd -d /var/spool/autoresponse -s ‘which nologin’ autoresponse
mkdir -p /var/spool/autoresponse/log /var/spool/autoresponse/responses
cp ./autoresponse /usr/local/sbin/
chown -R autoresponse.autoresponse /var/spool/autoresponse
chmod -R 0770 /var/spool/autoresponse
Faça uma cópia de segurança do arquivo /etc/postfix/master.cf
cd /etc/postfix
cp master.cf master.cf.ORIG
Edite o master.cf e localize a seguinte linha
smtp inet n – n – – smtpd
Adicione a seguinte linha, abaixo da informada anteriormente
-o content_filter=autoresponder:dummy
A linha ficará assim:
smtp inet n – n – – smtpd
-o content_filter=autoresponder:dummy
Adicione a linha abaixo no final da seção “# Other external delivery methods.“:
autoresponder unix – n n - - pipe
flags=Fq user=autoresponse argv=/usr/local/sbin/autoresponse -s ${sender} -r ${original_recipient} -S ${sasl_username} -C ${client_address}
Saia salvando o arquivo e execute o seguinte comando:
postconf -e ‘autoresponder_destination_recipient_limit = 1′
Reinicie o postfix
/etc/init.d/postfix restart
Feito. Apartir de agora o postfix responderá automaticamente os emails quando necessário.
Para autocriar uma mensagem de resposta automática via email:
Envie um e-mail para [usuário]+autoresponse@seudominio.com.br onde “usuário” é a conta de e-mail para o usuário que você está definindo a mensagem de resposta automática. A mensagem deve ser proveniente da conta de email do próprio usuário (por razões de segurança), caso contrário uma resposta automática não será criada.
Se você tem uma mensagem pré-existente, será excluída e o usuário será notificado por e-mail que a mensagem de resposta automática foi desativada. Pense nisso como um interruptor. Se você não tiver um pré-existente mensagem de resposta automática, a mensagem que você enviar passará a ser a sua resposta automática. Você deseja formatar a mensagem exatamente como você gostaria que ela aparecesse.
Você também poderá criar uma mensagem automática através da console:
Para habilitar a autoresposta digite:
autoresponse -e usuário@seudominio.com.br
O VI será aberto para que você possa digitar a mensagem que será exibida no corpo do email.
Para desabilitar a autoresposta
autoresponse -d usuário@seudominio.com.br
Para habilitar novamente:
autoresponse -E usuário@seudominio.com.br
Para deletar a autoresposta
autoresponse -D usuário@seudominio.com.br
NOTA: Em alguns momentos ao desativar, reativar ou mudar a mensagem tive que apagar o diretório do usuário que foi criado em /var/spool/autoresponse/responses/[usuario@dominio.com.br] e em [/var/spool/autoresponse/logs/[usuario@dominio.com.br] para que o autoresponse voltasse a funcionar para esse usuário.
Fonte: Nefaria
Nelson Pretto: Ética Hacker e Sociedade Livre
8 de Outubro de 2009, 0:00 - sem comentários aindaEste é o tema da atividade que vamos realizar em Cachoeira, na Universidade Federal do Recôncavo, em Salvador, na Faculdade de Educação da UFBA e em Campinas, na Faculdade de Educação da Unicamp, como parte da disciplina minha e de Sérgio Amaral denominada Ética Hacker e Educação. Esta atividade é um trabalho academico dos alunos da disciplina e integra a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
Um primeira versão do cartaz.
Rafael Gomes: DISI 2009 em Salvador
8 de Outubro de 2009, 0:00 - sem comentários aindaO Dia Internacional de Segurança em Informática (DISI) é um evento comemorado no mundo inteiro desde 1988, ano em que foi realizado o CSD (Computer Security Day). O objetivo é educar e conscientizar os usuários sobre segurança na Internet e em outros ambientes informatizados.
A RNP participa do DISI desde 2005, promovendo palestras e outras ações que visam a conscientizar os usuários para as questões relacionadas à segurança em redes e equipamentos de informática.
DISI 2009
Neste ano, o DISI acontecerá na Universidade Federal da Bahia (UFBA), em 2 de dezembro de 2009. Pelo segundo ano consecutivo, o CAIS contará com a parceria do Centro de Tratamento de Incidentes de Segurança em Redes de Computadores da Administração Pública Federal (CTIR Gov) na organização do DISI.
O tema do DISI 2009 é Redes Sociais, um tipo de aplicação web para relacionamento muito popular há pelo menos quatro anos e que tem diversas implicações em segurança e privacidade.
Temos um comunidade no Orkut, venha participar dela também.
Acompanhe esta página para mais informações sobre o DISI 2009.
Quando: 2 de dezembro de 2009
Local: Universidade Federal da Bahia (UFBA) - Salvador/BA
Informações sobre o evento e contato com a organização podem ser feitos através do endereço disi@cais.rnp.br.
Oportunidade de Patrocínio DISI 2009
Apoie o DISI e seja reconhecido como um promotor das melhores práticas de segurança na Internet. Sua marca estará associada a um evento de cunho social e presente em todo o material gráfico do DISI, além de exposta no Brasil e no mundo como uma parceira do CAIS, da RNP e do CTIR Gov.
Saiba como patrocinar o DISI - Documento
Fonte : RNP
Nelson Pretto: A nudez explicita do ensino do país
7 de Outubro de 2009, 0:00 - sem comentários aindaA nudez explicita do ensino do país
Nelson Pretto - professor da Faculdade de Educação da UFBA - nelson@pretto.info - www.pretto.infoA labuta diária dos professores é algo que praticamente todos acompanham. Não tem aquele que não se lembre de uma vizinha, amigo ou conhecido professor. Os mais velhos que tiveram o privilégio de passar pela escola - e, lamentavelmente, sabemos que em torno de 20% da população do Nordeste assim não o fez, contribuindo para engordar as estatísticas do analfabetismo no país - seguramente tem algum tipo de lembrança de seus mestres.
Outubro é o mês em que celebramos o dia do professor. A cada ano, e em cada lugar, essa comemoração é realizada de maneira diversa, umas mais festivas, outras mais reivindicatórias e, outras ainda, como simples celebração interior, com cada mestre refletindo sobre o seu cotidiano, tão pouco valorizado.
Nós, da Faculdade de Educação da UFBA, cujo trabalho maior é contribuir com a formação dos futuros professores e dos pesquisadores no campo da educação, celebramos o dia do professor cotidianamente em nossas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Este ano, além disso, comemoramos 40 anos de vida. Dura vida também para nós, que lidamos com enormes desafios para manter viva a universidade pública em nosso país, lutando contra os processos de privatização - externa e interna - que vão solapando as bases da educação, em todo o mundo. Educação que vai se tornando mercadoria, portanto, objeto de compra e venda. Educação que deixa de ser um patrimônio público, um bem da humanidade, para se tornar um mero serviço. Nesse negócio, estudantes passam a ser clientes e professores lutam cotidianamente para garantir a sua dignidade. Sem tempo para o estudo, sem tempo para o lazer, com dificuldades de todas as ordens, os trabalhadores da educação vivem tormentosas angústias. Acrescente-se a isso o fato de que a vida do professor passa a ser controlada em todos os sentidos, agora também pelas câmaras nas escolas e nos celulares dos alunos. Controle dentro da escola e fora, como foi o caso da professora que dançou numa folia de fim de semana, mostrando suas qualidades de dançarina e terminou crucificada publicamente. Entretanto, pouco se comentou acerca da qualidade do seu trabalho de professora; nada se falou da mídia que, com total naturalidade, expõe as mulheres como mercadorias, no carnaval, nas festas e em seus programas dominicais, em danças e posturas muito próximas àquelas da professora na sua folia. E isso, desembocou num segundo ato: a tal professora deixou o magistério, passou a dançar profissionalmente e, dizem, ganha por apresentação, mais do que 30 vezes o salário mensal de mais de 50% dos professores do Nordeste brasileiro, conforme recente estudo da UNESCO.
Em São Paulo, professores da rede estadual também pensam em botar o corpo de fora, só que agora não numa festa, mas na rua, num protesto denominado de "dia do nu pedagógico", para mostrar a nudez do governo em relação à educação.
Fatos como esses alimentam o cotidiano dos 40 anos de vida da Faculdade de Educação/UFBA. Aqui, para formar os professores, lutamos diariamente para desnudar as teorias pedagógicas e, num esforço muito grande, tentar mostrar aos nossos alunos que a formação profissional de um mestre vai muito além dessas importantes teorias. Exige uma formação ética e solidária que não se resume às aulas, provas ou trabalhos. Demanda um pensar mais amplo, que lhes possibilitem, de fato, compreender o mundo com todos esses desafios e dele participar de forma ativa, na busca de transformá-lo. Com os nossos alunos temos que aprender o jeito ativista de ser da juventude, que não se conforma e não se acomoda. Uma juventude que muitas vezes é empurrada para fora da escola, por absoluta falta de compreensão das políticas públicas e, lamentavelmente, de muitos mestres. Por isso, insisto que não se trata só de organizar a escola e o sistema. O que precisamos, com urgência, é fortalecer os professores. Com salários dignos, escolas bem construídas, bibliotecas e equipamentos de qualidade, espaço para lazer e estudo, com integração com a comunidade e com a implantação de redes de comunicação e solidariedade. Tudo isso é importante, mas nada se concretizará se não tivermos professores fortalecidos enquanto lideranças intelectuais e acadêmicas.
Publicado hoje, 07.10.2009, no jornal A Tarde de Salvador, pagina 02.
.Net e as Patentes Esquecidas
5 de Outubro de 2009, 0:00 - sem comentários aindaNo post ".Net e o open source" nosso colega Rodrigo fez uma importante apresentação do discurso da Microsoft sobre o conflito acalmando entre o Mono e as patentes da MS. É importante dizer isso, pois alguns leitores talvez não conheçam o caso, mas é importante deixar claro: A MS não disse tudo.
A pregunta base nesse texto é: De que vale a patente se a MS não pretende usa-la? É só para fazer coleção?
Relacione isso com os EUA, o dono do maior arsenal atômico do mundo (faço essa analogia porque existe uma gerra fria na industria de TI — FLOSS está incluso — e as patentes são a maior arma). Quando vamos para o Software Livre, vamos para um país fora do alcance dos misseis norte americanos (como se fosse possível...), ou ao menos para onde o efeito deles é menor. Usar .NET, Mono no caso, é ir para perto e ter um míssil apontado para você. Sua única garantia é a promessa dele de não atirar em você.
Mas eu volto a perguntar: de que vale a patente se a MS não pretende usa-la? Acho que é muita bondade achar que a carta de compromisso realmente valerá para sempre ou para qualquer caso. É comum aos de boa vontade presumir honestidade a quem não merece e tem histórico para não merecer.
Não precisamos relembrar de tudo que a MS fez e o que falam seus membros, não é mesmo? Então vamos só avaliar uma condição inerente as empresas S.A.: <ATENÇÂO> isso não é um texto anarquista ou socialista, é uma analise lógica </ATENÇÂO> Quando uma empresa abre seu capital (torna-se S.A.) ela perde o pouco de moral e ética que tinha por reflexo do dono (ou pequeno grupo de donos). Uma S.A. não representa absolutamente nada mais do que um número na bolsa de valores e é o capital especulativo uma das maiores influências nas suas atitudes. Se ela gerar menos lucro seus papeis são vendidos, seu valor cai e ela sofre duas vezes. É obrigação dela fazer seus papeis valerem e realmente é sua principal preocupação. Desde que a maioria não se sinta mal com uma atitude da empresa, ela pode toma-la e pode fazer mal a quem quer que seja em prol do lucro e valorização dos papeis. A ética está totalmente morta nesse ponto e seu único limite é a lei. (Não entendeu ou não levou a sério, veja os dados no documentário The Corporation)
Sendo assim, o que a impede de dizer "não foi bem isso que eu disse no documento..." e pronto, você está na mira.
Stallman disse:
"don't depend on C#, because Microsoft may set its patent lawyers on you someday. Does that strike you as radical? To tell people to watch out for patents? Your lawyer would tell you no different."
Até agora o que disse foram suposições (sóbrias) sobre um futuro infeliz na popularização do Mono, caso a MS tenha mais uma atitude anti-ética. Mas há mais com que se preocupar: A promessa da MS engloba apenas o ECMA-334 e ECMA-335, porem o Mono tem muitas peças fora do ECMA e sob patente da MS (como ASP.Net e ADO.Net). Se até o paragrafo anterior você não tinha se preocupado, preocupe-se.
Quem acredita no que diz a MS ou qualquer outra S.A. erra como quem acredita em notícias da guerra. Erra como quem acreditou nos "mísseis cirúrgicos" dos EUA ou nos seus motivos para atacar o Iraque.
Note que não corrigi Rodrigo até o momento, porque ele replicou corretamente o discurso da MS eu mostrei o buraco no discurso dela, mas, em prol da boa informação, faço uma pequena correção na frase de seu post que diz: "O Debian incluiu o Mono como seu principal meio de instalar o GNOME por razões do Tomboy...". O Debian (quase) sempre é citado quando queremos reforçar o quanto algo é próximo da liberdade, pela seriedade e independência deste projeto, mas na realidade o Mono não é dependência do GNOME no Debian. O Debian recomenda o Tomboy para o pacote GNOME, que por sua vez traria o Mono, mas o pacote GNOME não depende dele e portanto instalar GNOME no Debian, por padrão, não instala Mono. E ter dito que o Mono é o principal meio de instalar o GNOME é um tanto exagerado :-) ... é até um certo desrespeito ao projeto GNOME que não aceitou colocar Mono em sua infraestrutura.
Concluindo... De qualquer forma, mesmo se pudermos confiar em uma mudança de postura da MS (hã!?) temos que levar a sério a garantia de nossa liberdade e patentes são as únicas armas mais fortes que o licenciamento livre. Se uma empresa diz apoiar um projeto e ao mesmo tempo deixa claro que tem patentes sobre ele, afaste-se. Não perdemos nada! Existem tantas outras ferramentas... Permitir que esse modelo dê certo é um enorme risco a tudo o que construímos até hoje. É preciso combater o patenteamento de software e não buscar um tratado de paz, assim como com as armas nucleares.
Aurelio A. Heckert: .Net e as Patentes Esquecidas
3 de Outubro de 2009, 0:00 - sem comentários aindaNo post ".Net e o open source" nosso colega Rodrigo fez uma importante apresentação do discurso da Microsoft sobre o conflito acalmando entre o Mono e as patentes da MS. É importante dizer isso, pois alguns leitores talvez não conheçam o caso, mas é importante deixar claro: A MS não disse tudo.
A pregunta base nesse texto é: De que vale a patente se a MS não pretende usa-la? É só para fazer coleção?
Relacione isso com os EUA, o dono do maior arsenal atômico do mundo (faço essa analogia porque existe uma gerra fria na industria de TI — FLOSS está incluso — e as patentes são a maior arma). Quando vamos para o Software Livre, vamos para um país fora do alcance dos misseis norte americanos (como se fosse possível...), ou ao menos para onde o efeito deles é menor. Usar .NET, Mono no caso, é ir para perto e ter um míssil apontado para você. Sua única garantia é a promessa dele de não atirar em você.
Mas eu volto a perguntar: de que vale a patente se a MS não pretende usa-la? Acho que é muita bondade achar que a carta de compromisso realmente valerá para sempre ou para qualquer caso. É comum aos de boa vontade presumir honestidade a quem não merece e tem histórico para não merecer.
Não precisamos relembrar de tudo que a MS fez e o que falam seus membros, não é mesmo? Então vamos só avaliar uma condição inerente as empresas S.A.: <ATENÇÂO> isso não é um texto anarquista ou socialista, é uma analise lógica </ATENÇÂO> Quando uma empresa abre seu capital (torna-se S.A.) ela perde o pouco de moral e ética que tinha por reflexo do dono (ou pequeno grupo de donos). Uma S.A. não representa absolutamente nada mais do que um número na bolsa de valores e é o capital especulativo uma das maiores influências nas suas atitudes. Se ela gerar menos lucro seus papeis são vendidos, seu valor cai e ela sofre duas vezes. É obrigação dela fazer seus papeis valerem e realmente é sua principal preocupação. Desde que a maioria não se sinta mal com uma atitude da empresa, ela pode toma-la e pode fazer mal a quem quer que seja em prol do lucro e valorização dos papeis. A ética está totalmente morta nesse ponto e seu único limite é a lei. (Não entendeu ou não levou a sério, veja os dados no documentário The Corporation)
Sendo assim, o que a impede de dizer "não foi bem isso que eu disse no documento..." e pronto, você está na mira.
Stallman disse:
"don't depend on C#, because Microsoft may set its patent lawyers on you someday. Does that strike you as radical? To tell people to watch out for patents? Your lawyer would tell you no different."
Até agora o que disse foram suposições (sóbrias) sobre um futuro infeliz na popularização do Mono, caso a MS tenha mais uma atitude anti-ética. Mas há mais com que se preocupar: A promessa da MS engloba apenas o ECMA-334 e ECMA-335, porem o Mono tem muitas peças fora do ECMA e sob patente da MS (como ASP.Net e ADO.Net). Se até o paragrafo anterior você não tinha se preocupado, preocupe-se.
Quem acredita no que diz a MS ou qualquer outra S.A. erra como quem acredita em notícias da guerra. Erra como quem acreditou nos "mísseis cirúrgicos" dos EUA ou nos seus motivos para atacar o Iraque.
Note que não corrigi Rodrigo até o momento, porque ele replicou corretamente o discurso da MS eu mostrei o buraco no discurso dela, mas, em prol da boa informação, faço uma pequena correção na frase de seu post que diz: "O Debian incluiu o Mono como seu principal meio de instalar o GNOME por razões do Tomboy...". O Debian (quase) sempre é citado quando queremos reforçar o quanto algo é próximo da liberdade, pela seriedade e independência deste projeto, mas na realidade o Mono não é dependência do GNOME no Debian. O Debian recomenda o Tomboy para o pacote GNOME, que por sua vez traria o Mono, mas o pacote GNOME não depende dele e portanto instalar GNOME no Debian, por padrão, não instala Mono. E ter dito que o Mono é o principal meio de instalar o GNOME é um tanto exagerado :-) ... é até um certo desrespeito ao projeto GNOME que não aceitou colocar Mono em sua infraestrutura.
Concluindo... De qualquer forma, mesmo se pudermos confiar em uma mudança de postura da MS (hã!?) temos que levar a sério a garantia de nossa liberdade e patentes são as únicas armas mais fortes que o licenciamento livre. Se uma empresa diz apoiar um projeto e ao mesmo tempo deixa claro que tem patentes sobre ele, afaste-se. Não perdemos nada! Existem tantas outras ferramentas... Permitir que esse modelo dê certo é um enorme risco a tudo o que construímos até hoje. É preciso combater o patenteamento de software e não buscar um tratado de paz, assim como com as armas nucleares.
Tiago Bortoletto Vaz: Big Jay McNeely playing on his back, Los Angeles, 1951
3 de Outubro de 2009, 0:00 - sem comentários aindaBig Jay McNeely playing on his back, Los Angeles, 1951
Upload feito originalmente por Bob Willoughby
Great moments should be shared.
Tiago Bortoletto Vaz: Agência Senado é uma onda…
3 de Outubro de 2009, 0:00 - sem comentários ainda“Magno Malta também acolheu sugestão apresentada pelo diretor de Pesquisa e Inovação da SaferNet Brasil, Tiago Bortoletto Vaz, de se elaborar um projeto para criar uma “lei de responsabilidade humana” destinada a punir o gestor público que deixar de cumprir o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”
Embora seja interessante a sugestão, tenho que abrir mão dos créditos
Posted in portuguêsRafael Gomes: Adicionando nome do autor nos texto do Wordpress
3 de Outubro de 2009, 0:00 - sem comentários aindaQuando mudei tema, o mesmo mostrava quem era o autor dos posts, como somos vários autores, é interessante que o público saiba quem está escrevendo os textos.
Por conta do tema ser muito elegante e foi fortemente aceito pelos leitores, resolvi buscar uma solução para o caso.
Veja como é simples.
Abra o arquivo wp-content/themes/<nome do seu tema aqui>/index.php
Coloque a linha abaixo onde desejar, mas cuidado para não adicionar a linha dentro de alguma condição ou laço:
Escrito por
Pronto! Salve o arquivo e veja como ficou!
Fonte : Codex Wordpress
Rafael Gomes: .NET e o open source
3 de Outubro de 2009, 0:00 - sem comentários aindaOlá!
O Post de hoje é inspirado no comentário feito pelo Aurium no post do Rafael, que me apresenta e fala um pouco sobre o que eu estaria escrevendo por aqui. Considero a preocupação dele bastante pertinente e por isso resolvi trazer algumas informações pra enriquecer o debate, cujas referências estarão no fim do post para leitura mais aprofundada.
Com relação a dúvida sobre patentes, referente ao .NET Framework, existe o seguinte fato:
A MS submeteu as especificações do C# e do CLI(Common Language Infrastructure), ECMA-334 e ECMA-335, respectivamente, ao Community Promise, que protege qualquer implementação feita por qualquer pessoa em qualquer linguagem de ser processada pela Microsoft, por conta de infração de leis de propriedade intelectual ou patentes relacionadas. Atitude ligada, basicamente, ao Projeto Mono, a implementação open source do .Net.
O Community Promise especifica:
Microsoft promete de maneira irrevogável não declarar qualquer Microsoft Necessary Claims (declarações de direito de posse e direito de controle da Microsoft) contra você por fazer uso, vender, oferecer para venda, importar ou distribuir qualquer implementação.
…O CP é imediatamente aplicável a todas as pessoas ou entidades que fazem, usam, vendem, oferecem para venda, importam e/ou distribuem uma implementação de uma Especificação Coberta. Isto tudo com a intenção de permitir implementações open source.
Implicações do Community Promise:
- É importante notar que, sob o Community Promise, qualquer um pode livremente implementar aquelas especificações com sua própria tecnologia, código e soluções.
- Você não precisa entrar em acordo com a licença, ou mesmo comunicar para a Microsoft como você irá implementar as especificações.
- O Promise provê a desenvolvedores, distribuidores e usuários das Implementações Cobertas sem fins lucrativos, os tipos de licenças de cópia sob qual este é distribuído um modelo de negócio associado.
- O Community Promise é menos permissivo que o Open Specification Promise pois o CP “requer que as implementações estejam em conforme com todas as partes requeridas das clausulas obrigatórias da especificação” mas os desenvolvedores continuam não precisando entrar em acordo com qualquer licença com a Microsoft ou informar a Microsoft sobre seu trabalho na implementação das especificações do C# ou CLI.
Sobre o CLI:
- O Common Language Infrastructure (CLI) é a especificação dos principais serviços do .NET Framework e que implementa a tecnologia que permite que um aplicativo seja desenvolvido em diversas linguagens de programação e executados num mesmo ambiente de execução.
- Para acelerar a adoção destes padrões pelo mercado, a Microsoft, que já possui o código utilizado no .NET Framework comercial, realizou duas implementações do CLI, uma delas para Windows XP e outra para FreeBSD, versão de Unix de código aberto muito utilizada pelo mundo acadêmico.
- O Debian incluiu o Mono como seu principal meio de instalar o GNOME por razões do Tomboy, que é uma aplicação escrita em C#.
Concluindo, acredito que essas informações podem nos deixar mais tranquilos com relação a patentes e demais tipos de controles, no que se refere ao CLI e o C#.
Referências:
http://www.infoq.com/br/news/2009/08/Microsoft-Community-Promise
http://www.microsoft.com/brasil/msdn/colunas/batepapo/col_batepapo_6.aspx
http://www.ecma-international.org/
Tiago Bortoletto Vaz: WSJ e Veja a serviço do Brasil
2 de Outubro de 2009, 0:00 - sem comentários aindaNada novo, mas vale recordar…
Em 7 de maio de 2007 o grandão ianque Wall Street Journal publicou um editorial dedicado a criticar a medida do presidente Lula no licenciamento compulsório do Efavirenz (medicamento utilizado no tratamento da AIDS). Com a seguinte pérola o editorial é finalizado:
“Sem uma resistência vigorosa na reunião da OMS em Genebra, na semana que vem, mais países poderão logo seguir os exemplos da Tailândia e do Brasil. Isso seria ruim para os direitos de propriedade em todo o mundo, e seria um desastre para os pobres do mundo.”
Será que foi mesmo ruim? Os neo-capitalistazinhos-de-plantão sugerem que as próximas gerações serão prejudicadas, com a bela retórica de que as empresas que perdem (???) o monopólio pelo licenciamento compulsório (ou “quebra de patentes”, como querem) não investirão mais em pesquisa para evoluir tais medicamentos (a concorrência agradece).
Pra finalizar este post com maestria, vale citar a Revista Veja, que não fica pra trás nessas questões e obviamente meteria o bedelho, conseguindo até mesmo ofuscar o brilho do WSJ. Foi eleito então um bundãozinho portavoz da elite branca paulista pra completar as bobagens do jornalzão americano:
“Solenidade para quê? Para anunciar ao mundo que o Brasil não respeita a propriedade intelectual? E o que disse Lula? “Hoje é o Efavirenz, mas, amanhã, pode ser qualquer outro comprimido, ou seja, se não tiver com os preços que são justos, não apenas para nós, mas para todo ser humano no planeta que está infectado, nós temos que tomar essa decisão. Afinal de contas, entre o nosso comércio e a nossa saúde, nós vamos cuidar da nossa saúde“, afirmou o presidente.” (…) Trata-se de uma presepada (…) “Não é possível alguém ficar rico com a desgraça dos outros“, disse ainda Lula na solenidade. Tá certo. Vamos deixar as doenças a cargo de iluminados como este senhor. Ele ainda não conseguiu fazer a Funsa [sic] entregar remédio para salvar meia-dúzia de indiozinhos. Mas se oferece para salvar o mundo inteiro. Muito típico.
Se você quer se orgulhar um pouco do seu presidente (afinal, não é sempre que ele dá essa chance) e ao mesmo tempo se perguntar como uma imprensa ridícula como esta ainda sobrevive, leia a matéria completa.
Posted in portuguêsRafael Gomes: ReportViewer .NET renderizando corretamente no Firefox? Sim! The power of the JQuery
2 de Outubro de 2009, 0:00 - sem comentários aindaOlá Pessoal! Eu sou Rodrigo, conforme foi apresentado pelo Rafael no post anterior. Espero contribuir e interagir com toda a comunidade frequentadora desse espaço e, principalmente, aprender mais e mais.
Quem já precisou fazer relatórios pra aplicações web com .NET, deve ter sofrido muito com o suporte insuficiente dado pela MS aos outros navegadores, sobretudo, quando o servidor de relatórios(Report Services) é baseado no SQL Server 2005 (no SQL Server 2008 isso já melhorou bastante).
Percorri muitos fóruns, blogs e não consegui encontrar solução. Inspecionando a página com o excelente Firebug do Firefox, percebi que no html gerado pelo componente, era criada uma table com duas td's, sendo que na primeira estava o relatório e a outra ficava vazia, mas com largura 100% (parece sabotagem), que fazia com que o relatório ficasse todo no canto esquerdo da página. O curioso desse fato é que o código html gerado no IE é completamente diferente, coisas da MS. Verificando isso resolvi usar o JQuery. E em uma única linha de código na página aspx, que contém o controle ReportViewer, resolvi o problema:
<script src="http://code.jquery.com/jquery-latest.js"></script>
<script>
$(function() { $("td[id$='ReportCell']").next("td").remove(); } );
</script>
Pronto! Renderizando perfeitamente no Firefox, no Google Chrome, Safari, etc.
Até o próximo post!
Rafael Gomes: Novo colaborador
1 de Outubro de 2009, 0:00 - sem comentários aindaDepois de algum tempo pensando, resolvi convidar alguns amigos para se juntarem a mim em portagens no Techfree.
Depois de alguma análise, percebi que Rodrigo seria uma boa pessoa a colaborar com o Techfree, por ter uma visão diferente da minha, acredito que ele trará informações que eu nunca escreveria no blog, não que elas vão de encontro ao proposito do blog, mas são coisas que não estou em meu cotidiano.
Rodrigo Anjos é bacharelando em Informática pela Universidade Católica do Salvador, atuando
na área de TI desde 2004. Inicialmente trabalhou com infra-estrutura e
administração de redes Windows e suporte a usuários em grandes empresas como
Monsanto e Sonda Procwork, onde eu o conheci.
Já como desenvolvedor, trabalhou na CPM Braxis, com análise e
desenvolvimento de sistemas web na plataforma .NET da Microsoft, sim iremos falar um pouco sobre desenvolvimento e .NET estará incluso, pois a linguagem é livre, lembrem-se disso!.
Atualmente é desenvolvedor web na Agência Shop Delivery, empresa renomada no segmento
de E-Commerce e Marketing Web, atuando com .NET, web standards e diversas tecnologias relacionadas.
Seus interesses são : Metodologia ágil, Padrões de Projeto, SEO e Web Standards.
Rodrigo, seja bem vindo amigo!
Antonio Terceiro: Encontro Ágil 2009
1 de Outubro de 2009, 0:00 - sem comentários aindaO Encontro Ágil é um dos principais eventos de métodos ágeis do Brasil.
No ano passado eu fiquei com vontade de ir, mas não deu. Esse ano não só eu vou, como vou fazer uma palestra sobre a experiência da Colivre com métodos ágeis, em especial no Noosfero. Na palestra eu vou descrever como é o processo de desenvolvimento na Colivre, como ele é diferente do processo ágil tradicional em função de várias peculiaridades nossas, do produto e dos clientes, e quais medidas a gente tomou e está tomando pra atenuar as dificuldades que essas peculiaridades trazem para um processo ágil. No site do evento tem um resumo da palestra, dê uma olhada. ;-)