O plano do Facebook, Internet.org, em parceria com as operadoras de telecomunicações globais é oferecer aos pobres dos países em desenvolvimento uma Internet sem o acesso universal. Uma Internet onde a corporação e o governo nacional escolhem por onde os pobres poderão navegar. Em outras palavras, é a quebra da neutralidade da rede. Alguns governos seduzidos pela proposta, chamam isso de inclusão digital.
Além disso, não podemos esquecer as denúncias de Edward Snowden e Julian Assange, em que a plataforma do Facebook é uma das principais portas de entrada para a espionagem em massa da #NSA.
O recente anúncio, durante 7ª Cúpula das Américas, de um acordo do governo brasileiro com o Facebook, deixou ativistas do mundo todo com os cabelos em pé e mobilizados priorizando a batalha que está aberta aqui no Brasil. Numa entrevista a blogueiros no Palácio do Planalto, Dilma Rosseff disse que não assinou nada e que vai discutir o tema em junho, quando Zuckeberg visita o país. O blogueiro Renato Rovai perguntou se ela chamaria o movimento social da internet livre pra discutir o projeto. Ela garantiu que sim. E disse que só assinará qualquer acordo depois de muito debate.
Ativistas e organizações sociais brasileiras escreveram um carta a Dilma, esclarecendo a posição contrária a um possível acordo com o Facebook nos termos da Internet.org e solicitando participação efetiva na discussão. Graças ao #marcocivil da Internet, no Brasil acordo nos moldes da Internet.org não podem acontecer pois fere um dos princípios basilares da carta magna da Internet que é a neutralidade da rede.
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