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27 de Maio de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.

Por quê?

27 de Julho de 2013, 7:18, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Um de meus garotos passou no vestibular na última semana (parabéns filhão!). Com 21 anos, resolveu cursar tecnologia em jogos digitais, algo que eu não sabia que existia, mas suspeitava devido o crescente mercado de games ao redor do mundo que, sem dúvida nenhuma, demanda profissionais pensando em toda a mecânica necessária para entreter seus usuários por horas a fio.

Ao contrário da maioria dos pais que sonham em ter um filho médico, advogado ou engenheiro, o apóio em sua escolha e principalmente no momento da vida em que a está fazendo. Crítico ferrenho que sou do sistema enlatado de ensino hoje oferecido, não acredito que um jovem saindo da puberdade seja capaz de fazer uma escolha para a vida toda e recomendo o “lag espiritual” para uma decisão como essa. Cria-se profissionais melhores, mais eficientes e mais felizes, afinal, fazer o que gosta é muitas vezes uma dádiva.

Hoje atingir este objetivo é muito mais fácil que para gerações anteriores. A Internet com suas facilidades permite não somente o acesso à informação para uma boa escolha, mas também ferramental para levá-la adiante (conhecimento), oportunidades para colocá-la em prática (novas carreiras e empregos) e acima de tudo, a possibilidade do compartilhamento de toda uma bagagem cultural e informativa com pessoas espalhadas pelos quatro cantos do mundo. Sem ela ainda estaríamos presos aos modelos mais tradicionais que não mais servem para a atual sociedade. Mas tudo isso me faz pensar noutra coisa; será que a Internet é a solução para a relação humana? Penso que não.

Simon Sinek em seu livro Por Quê? — Como Grandes Líderes Inspiram Ação decorre principalmente sobre o “por quê?”, aquela pergunta que deveríamos fazer corretamente para nós mesmos e como ela pode mudar nossas escolhas e nosso futuro. Quando a pergunta é errada, a resposta pode se tornar o principal motivo para erros crassos ao longo de toda uma vida. Um exemplo interessante é perguntar para qualquer pessoa porque ela se levanta todos os dias. Muitas delas, senão a maioria, responderão “para trabalhar” enquanto outras, atônitas, não conseguirão responder.

Para aquelas que respondem “para trabalhar”, é interessante levar adiante o questionamento e perguntar: “e para que serve o que faz?” De novo, as respostas são variadas mas boa parte responderá “para meu sustento” ou ainda “para se ganhar dinheiro”. De outro lado se a resposta tem algo como “porque eu acredito que posso fazer diferença”, cuidado, esta pessoa pode em breve comandar você.

Fazer a pergunta correta e honesta é o que leva uma pessoa ou empresa a se destacar. Digo sempre que, se o motivo é monetário pura e simplesmente, que seja traficante de drogas ou político, afinal ambas as “profissões” são muito mais rentáveis e demandam pouco esforço. O dinheiro, sucesso pessoal, profissional ou empresarial não são os motivos; são resultados. Para ser alguém que realmente inspira e realiza é necessário responder e entender a pergunta: por quê?

Voltando ao meu garoto, creio que seus dois anos de delay para escolher uma profissão não foram jogados fora, pelo contrário. Ao longo do tempo, procurou aquilo que realmente o inspirava e que poderia, de uma forma ou de outra, lhe fornecer respostas para seu por quê. Com isso creio que terá não somente seu pagamento no final do mês garantido mas também ser reconhecido.

Uma dica; se deseja inspirar as pessoas ao seu redor, não tente levantar sua pontuação no Klout, uma das mais estúpidas ferramentas que já vi na Internet. Ser reconhecido ou inspirador não passa por um algoritmo qualquer ou pelo número de “amigos” que você possui no Facebook, mas sim por sua crença verdadeira de que seu “por quê” é motivador. Tuítes, “likes” e posts sem conteúdo todos conseguem fazer, existindo até empresas onde você pode comprá-los. Porém ser realmente inspirador é algo só conseguido sabendo exatamente a resposta do “por quê”.

E esta dica vale também para sua empresa. Gastar dinheiro em campanhas de marketing digital e melhores posicionamentos em mecanismos de busca só para mostrar que você têm um produto com preço mais baixo ou que ele possui a tecnologia XPTO, inspira pouco além da dúvida no consumidor de até onde ele está sendo enganado. A chinesa Jac Motors é uma boa mostra deste típico erro onde mesmo com o apelo de baixo preço, melhor qualidade e design italiano, venderam no Brasil num ano o mesmo que a Fiat vende em dois dias. Falta inspiração mesmo com um bom produto (e convenhamos, Faustão não inspira nada exceto asco).

Cativar o consumidor é uma arte complexa mas que pode ser facilitada com a boa resposta do “por quê”. Semanas atrás tive a grata surpresa de assistir um comercial do sabonete Dove que mexeu com meus íntimo. Não é um comercial de um produto pura e simplesmente, mas algo que inspira, que mexe com quem está assistindo por mostrar o porquê do produto. Se ele realmente é bom ou não é questionamento que passa ao largo da discussão, já que a forma de mostrar o por quê realmente inspira.

O mesmo acontece com sua carreira e sua profissão. Você consegue facilmente distinguir aquele que está fazendo aquilo somente pelo dinheiro (Fausto Silva?) e aquele que realmente tem um por quê estar fazendo aquilo (Tom Hanks?). Qual é aquele que lhe inspira? E qual não?

Se quer vender mais, ter mais clientes ou mesmo escolher uma profissão ou carreira, pergunte-se honestamente “por quê?”. A resposta pode parecer simples mas verá que não é. Neste momento, um “lag espiritual” pode operar mudanças muito interessantes. Por quê? Oras, porque faz.

Artigo originalmente publicado na Revista Wide.



Perca sua vaga para a Índia

7 de Julho de 2013, 6:23, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Dias atrás postei uma oportunidade em meu site pessoal para buscar um parceiro que trabalhasse com front-end web. Ao contrário da grande maioria das oportunidades postadas em websites de vagas, ela estava formatada com uma descrição simples, fácil de entender e somente continha pequenas solicitações básicas para o candidato, que não incluíam entrevista, teste de QI, dinâmica de grupo e tampouco envio de curriculum. Bastavam dois parágrafos de texto dizendo porque o candidato deveria ser escolhido, qual era sua conta de Facebook e no twitter e o endereço de seu portfólio eletrônico.

Frisei na mesma que o profissional precisaria ser detalhista. Até mesmo escrevi em letras maiúsculas e com negrito pois acredito que um profissional de front-end, aquela pessoa que converterá um layout de um designers para uma página HTML, deve atentar-se muito a detalhes como fontes, cores, tamanhos dos elementos pois seu trabalho será a porta de entrada da solução vendida para o cliente.

Repassando-a para alguns amigos, estes fizeram um bom “spam” em diversas redes e recebi dezenas de mensagens de interessados. Porém a esmagadora maioria tive que descartar pois ao contrário do que os leitores podem imaginar, as mensagens enviadas não continham o solicitado: dois parágrafos de texto, endereços dos Twitter, Facebook, LinkedIn e portfólio. Então vem a pergunta: como pode uma pessoa que se diz “profissional” não se atentar para aquilo que é pedido numa vaga (e que não é escalar o Everest)? Como pode este “profissional” ser realmente detalhista com o trabalho que precisa ser desenvolvido? Realmente duvido e faço pouco destes ditos “profissionais” que possuem a falsa certeza que seus dotes técnicos suplantam qualquer deficiência existente.

Chega-se então na infeliz conclusão que o brasileiro é acometido de um mal crônico nas relações trabalhistas. Com fatos como este e um histórico de que não é necessário pensar mas somente executar (tal qual um robô), muitos não percebem que este cenário mudou, que as profissões mudaram e que as exigências para empregabilidade também. Hoje não mais é possível simplesmente fazer mas também ter a desenvoltura para saber fazer. Se quiser chamar isso de “jeitinho” que seja, mas parece que até esta fajuta característica o brasileiro anda perdendo.

Então vem a Índia dando lavada no brasileiro (e noutros também). Com uma capacidade enorme para replicar detalhes e até mesmo erros, os indianos aos poucos ceifam as oportunidades de trabalhadores de diversos países com custo baixo, mas principalmente porque aprenderam a jogar com as regras novas. Anteriormente, pouco instruídos, passaram por uma revolução interna mirando as oportunidades existentes em todo o planeta, com boa educação e com a mudança de postura para o trabalho, algo que para nós, sinto demorar mais meio século para acontecer.

Vejo todos os dias no Twitter, LinkedIn, Facebook e listas de discussão, dezenas de oportunidades específicas para a área que atuo. Para algumas delas vejo o “retorno” dado pelo candidato e me pergunto onde está com a cabeça. A última que me recordo, uma empresa no nordeste procurava um programador e postou a vaga numa lista de discussão frequentada por programadores com todas as informações necessárias para se candidatar a mesma. Uma das respostas, na própria lista, o “candidato” sai com a pérola “eu quero, me dê detalhes!!!”. Imagine a resposta da empresa…

Insisto em bater na tecla da educação sempre. Porém, creio que o profissional brasileiro não entende o contexto da palavra “educação” e tampouco como ela deve ser usada (inclusive por não ter educação). De nada adiantam diplomas ou certificações se o profissional não sabe interpretar um simples anúncio na web ou num jornal. As profissões de ponta (e principalmente aquelas relacionadas com a área de TI) não demandam robôs. Precisam de profissionais que sabem resolver problemas sozinhos, que tomem decisões e principalmente que conheçam seus limites. Nada mais importante que estas características.

Se conselho ajudar, aqui fica um: não invista somente em sua capacidade técnica. Gastar milhares de reais em faculdades, cursos, livros e certificações e não saber ler um anúncio para compreender o que seu possível empregador deseja, é tão útil como lanterna num campo aberto em dia de sol a pino. Vá além e invista na sua “educação” além da parte técnica. Ela certamente será a diferença entre você ser um robô e você comandar um robô.

Artigo originalmente publicado na Revista Wide.



Procura-se um pro de front-end

28 de Maio de 2013, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Se você é bom em CSS e consegue fazer alguns milagres com JavaScript, leia.

Sou um consultor/desenvolvedor e desenvolvo soluções de web dos mais variados tipos (portais, comércio eletrônico, blogs, etc). Estou a procura de um profissional de front-end para fazer uma longa e duradoura parceira (quase um casamento sem as partes ruins) para realizar as seguintes tarefas:

  1. Receber arquivos em PSD ou AI e convertê-los para web. Alguns layouts são somente alterações em CSS e outros são necessários grandes recortes de imagens.
  2. Criar ou adaptar códigos de JavaScript/jQuery que funcionem como os clientes desejam, muitos deles sliders de fotos, janelas que voam, páginas que trocam e coisas do tipo. Se vai usar plugin ou solução pronta, é por sua conta desde que funcione.
  3. Criar folhas de CSS decentes, inteligentes e com o menor quantidade de classes possíveis e que funcionem no Firefox, no Chrome e na merda do IE.

Simples não é? Para um bom front-end é o arroz com feijão. Porém, outras características tão importantes (ou mais importantes) que o código:

  1. SER DETALHISTA!!! (em negrito mesmo). Ser detalhista é ver um layout e replicá-lo identicamente, com espaçamentos entre elementos corretos, botões dos tamanhos corretos, cores certas e etc.
  2. Não gerar retrabalho. Toda a estrutura de relação com o cliente é automatizada, com ferramentas de tracking de bug’s que interagem com o cliente, atendimento de suporte, etc. Com isso o e-mail do candidato deve ficar aberto o dia todo bem como o Skype mas não podem ter muitas idas e vindas nas tarefas.
  3. Fazer um código limpo e sem (muitas) gambiarras.
  4. Assumir o prazo de entrega e saber dar prazo, incluindo tempo para ir ao banheiro, para namorar, para curar a ressaca do final de semana ou qualquer outra coisa. Prazo é prazo!

A preferência (preferência somente) é para quem conheça WordPress e Drupal (não precisa ser ninja nestas plataformas), além do básico de PHP e responsividade.

O que você NÃO irá fazer:

  1. Layouts. Você não criará layouts, designs ou coisa do tipo. Eles já vem prontos e somente é necessário fazer funcionar na web.
  2. Infra-estrutura. Não precisará se preocupar com infra-estrutura. Isso está pronto e funcionando, somente sendo necessário conhecer como funciona um programa de FTP (você sabe não é?).
  3. Falar com o cliente final. Não tem estresse do cliente em cima de você e não precisa falar inglês ou espanhol. Seu contato é somente com uma pessoa e nada mais.

Você poderá trabalhar da beira da praia, da casa de campo, do sertão, da floresta, da montanha, da casa da namorada ou até mesmo da padaria, em qualquer fuso horário do planeta, isso não importa. O que importa é ter o dia livre para trabalho, executar as tarefas e não ter desculpas do filho doente, da mãe que morreu, do tio que está com uma unha encravada ou que roubaram seu fusca.

Interessado? Que bom, então gostaria de receber pelo meu formulário de contato sua proposta com dois parágrafos descrevendo porque acredita que podemos trabalhar juntos (não quero curriculum porque não me dizem absolutamente nada), o endereço de seu portifólio, Twitter, Facebook e LinkedIn (se tiver o último) e quanto seu trabalho vale por mês. Vamos fazer um teste e estando tudo ok, começamos nosso relacionamento e compramos as alianças com a tranquilidade de andar de bermuda e chinelo todos os dias.



Templates de páginas por tipo de conteúdo

13 de Maio de 2013, 18:51, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Como usar templates de páginas para diferentes tipos de conteúdo.

Muitas vezes é interessante no D7 usar templates de páginas por tipos de conteúdo, ou seja, um template para blog, um para artigos, um para galerias e assim por diante. Porém, como fazer isso no Drupal 7? A solução é mais simples do que imagina. Veja:

Em seu tema, abra o arquivo template.php e acrescente a seguinte função no mesmo:

function seutema_preprocess_page(&$vars) {
    if (isset($vars['node']->type)) {
        $vars['theme_hook_suggestions'][] = 'page__' . $vars['node']->type;
    }
}

Altere a parte “seutema” pelo nome do tema que está usando/criando e salve o arquivo.

Crie um template de página com o nome do tipo de conteúdo que deseja, por exemplo: se você tem um tipo de conteúdo de nome “blog”, seu template será page–blog.tpl.php; se for “artigos” seu template será page–artigos.tpl.php e assim por diante.

Faça as alterações que deseja em seu arquivo de template.

Maiores infos na documentação em http://drupal.org/node/1089656



A DrupalCamp São Paulo 2013

23 de Abril de 2013, 19:07, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Um dos melhores eventos de Drupal em terras brasileiras.

Fazia algum tempo que não participava de um evento, fosse como palestrante, fosse como participante. Porém, a última DrupalCamp que foi realizada em São Paulo no final de semana passado não poderia ficar fora do calendário. Um evento realmente bom, com poucos problemas e com ótima participação da comunidade drupaleira nacional (além de alguns importados da Argentina e Peru).

Com uma grade de palestras muito boa, a Drupalcamp teve assunto para todos os gostos. Mobile, comércio eletrônico, desenvolvimento de temas, servidores, performance e até mesmo games (que dizem ter sido uma palestra-show com o afeijó) ela abraçou tudo aquilo que é importante para os participantes de todos os níveis.

Além delas, um acontecimento singular ocorreu no evento. A criação da Associação Drupal Brasil, uma associação sem fins lucrativos voltada a promoção do Drupal em todo o país e que certamente servirá como suporte para diversas ações de e para a comunidade nacional e também latino-americana. Um grande passo para a consolidação deste CMS em terras tupiniquins.

Não poderia reclamar do evento (exceto pelo organizador que surrupiou o controle do projetor de minha sala na hora de minha palestra). Reencontrei diversos amigos de longa data, fiz alguns novos, revi alguns clientes e ex-clientes e até mesmo alguns ex-funcionários de minha empresa, o que foi um prazer enorme. Assisti algumas palestras interessantes e posso garantir que o nível estava muito além do que esperava. Aparentemente o pessoal se preparou mesmo.

Agora é esperar setembro para participar da DrupalCon Prague 2013 que promete muito, seja pelo conteúdo (será a primeira logo após o lançamento do Drupal 8), seja pela maravilhosa capital da República Tcheca, uma cidade que realmente não dá para perder.

By the way, minha palestra está disponível no slideshare desde antes da mesma ;) O endereço é http://www.slideshare.net/pmichelazzo/wpo-dcsp-2013