No âmbito das empresas e corporações, o windows nunca teve monopólio completo, muitas empresas optam por usar software livre por questões de redução de custos ou até mesmo por questões ideológicas, outras optam por outros sistemas operacionais por estes se enquadrarem melhor às suas necessidades. No entanto, formou-se um “monopólio” assustador por parte do windows nos micros domésticos e de propósito geral.
O Linux, além de mais elaborado é melhor que o windows (não será o objeto deste post elucidar acerca disso) e o fato do kernel ser gratuito e livre tem incentivado várias empresas emergentes a criarem distribuições próprias com o intuito de baratear o custo da produção de seus microcomputadores, realizando uma espécie de “migração” de seus produtos para a linha do software livre. Essa espécie de “difusão” permitiu que o Linux ganhasse muito espaço dentro das concepções das pessoas e de seus micros também. Porém, tal acontecimento pode ser encarado como sendo mais danoso do que proveitoso, ao mesmo tempo que o pinguim é levado para dentro das residências, a baixa qualidade e o esforço para tornar essas distros parecidas com o windows fazem com que o linux seja muito mal visto pela maioria das pessoas, principalmente aquelas que não possuem conhecimento na área da informática. E o problema não para por aí! O fato das distribuições serem de baixa qualidade não é o pior, as empresas que praticam esse tipo de “incentivo” ao software livre sequer oferecem um bom suporte a outras distribuições, oferecendo, contudo, um ótimo suporte ao sistema da microsoft.
Imaginemos que um indivíduo chamado paulo comprou um computador novo de uma marca X, que fornece o seu próprio sistema operacional, uma distribuição linux chamada Xlux. Paulo chegou feliz da vida em casa com seu PC novo, ao ligar, depara-se com uma distro linux. Consideremos que Paulo detêm um bom conhecimento na area da informática, sendo assim, ele logo percebe que a distro que está usando não oferece muitos recursos “normais” em qualquer distro linux que se preze. Paulo então, formata o computador e decide instalar uma nova distro linux, o Ubuntu. Ao terminar a instalação Paulo percebe que o seu computador está definitivamente diferente, já que os drivers genéricos usados pelo Ubuntu não funcionam como deveriam, já que o hardware de seu computador é de baixa qualidade e os drivers não conseguem fazer muita coisa além de um básico muito problemático. Paulo então, procura no DVD de instalação do Xlux os drivers apropriados e descobre que o Xlux, na verdade, é um único software totalmente pré-compilado e que os drivers estão escondidos em algum lugar no meio de todo o código do sistema. Como Paulo não sabe ler binário, ele decide procurar suporte diretamente da empresa, chegando lá, descobre que o site da empresa é precário e que o suporte a outras distribuições é praticamente inexistente, contudo, ele percebe que a mesma empresa oferece um suporte muito completo ao windows. Caso Paulo não tenha paciência e muita força de vontade, acabará cedendo às pressões externas e instalando o windows (pirata) em sua máquina, ou quem sabe, até pior, o Xlux.
Consideremos agora que Paulo é uma pessoa comum, que comprou seu primeiro computador. Ao se depara com o Xlux, ele primeiramente vai tentar usá-lo, provavelmente vai conseguir, caso paulo deseje um computador apenas para usos corriqueiros, ficará feliz e continuará usando seu Xlux sem problemas. Contudo, consideremos Paulo como sendo um Jovem que gosta de jogos, ele provavelmente irá querer instalar algum jogo em seu computador, aí mora o problema, ele usa o Xlux que, muito provavelmente não possui suporte para certos aplicativos embebedadores derivados de uva muito conhecidos dos gamers que usam linux. Sendo assim, ele vai chamar algum amigo técnico e trocará seu maravilhoso (ou não) Xlux por um belo windows pirata.
Em ambos os casos, um fim provável é que Paulo acabe instalando o windows pelo menos em dua boot (exceto se ele for um super gênio que entenda binário ou um cara com muita força de vontade e muito tempo livre).
O GNU/Linux não é isso! Temos grandes distribuições gratuitas, prontas para download e instalação, distros para todos os gostos: Ubuntu, Mandriva, Debian, Linux Mint, Arch linux, Slackware. Claro que as empresas e comunidades que produzem tais distribuições não se incomodariam em fornecê-las às empresas que produzem micros de baixo custo.
Por que , então, não fornecer micros com distribuições boas e conceituadas? Nada contra as novas distribuições que surgem do trabalho de pessoas bem intencionadas, na maioria das vezes, claro que o problema não está com elas, contudo, convenhamos que para uma boa primeira impressão é necessário que as melhores distribuições sejam oferecidas, deixemos que as distribuições mais “fracas” amadureçam mais até que possam ser lançadas ao grande público.
Contudo, não basta fornecer computadores com o ubuntu, por exemplo, quando a população não possui uma mente aberta o suficiente para compreender que o paradigma do linux é diferente do windows, não basta simplesmente “implantar” o linux nos lares das pessoas, isso geraria um efeito similar ao que acontece hoje.
A realidade é que o linux requer uma mudança de habitos por parte dos utilizadores que, em geral, são acostumados desde crianças com o velho e simples windows. Contudo, a situação do monopólio da microsoft já acabou! Empresas usam linux, órgãos governamentais usam linux e pessoas usam “linux” em suas casas. É necessário mentalidades sejam mudadas e que linhas de pensamentos sejam transformados, o GNU/Linux já ganhou espaço, basta apenas que o usuário saiba escolher a distribuição adequada à suas necessidades.
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