Congresso Fora do Eixo dá um F5 nos coletivos e mobiliza a galera
19 de Dezembro de 2011, 0:00 - sem comentários aindaPode parecer estranho discutir com profundidade política pública, mobilização comunitária, arte digital e outros assuntos cabeludos abusando de um vocabulário repleto de gírias pós-adolescência. Mas na quarta edição Congresso Fora do Eixo, que aconteceu semana passada, ouvir um único sujeito dissertar sobre a garantia das liberdades individuais no marco civil da internet usando expressões como tipo assim, as parada e sacou? (pra ficar nas que eu conheço) é a coisa mais comum do mundo.
Estivemos por lá como observadores por um dia e meio. Pouco tempo num evento que começou num sábado e terminou apenas no outro domingo. Mas o suficiente para respirar um pouco da atmosfera que cerca o movimento cultural que nos últimos anos tem gerado interesse de muita gente influente de dentro e fora do eixo.
Antes de entrar nos detalhes do que acontecera por lá, cabe uma breve explicação do que é e como funciona o tal Circuito Fora do Eixo. O movimento teve início a partir do encontro de produtores de festivais de música independente de Uberlândia, Cuiabá e Rio Branco, que começaram a estruturar uma espécie arranjo solidário em que, para tocar numa cidade, as bandas trocariam gentilezas como hospedar e ser hospedado nas casas uns dos outros, reduzindo custos e ampliando as possibilidades de intercâmbio.
A coisa ganhou dimensões enormes se levada em conta a ideia original. Foram criados bancos solidários, onde se emitiam moedas de troca para mediar o escambo entre casas de shows, prestadores de serviços, estúdios de gravação e artistas. Hoje, os coletivos (associações formais ou informais que reúnem bandas e produtores) formadores da rede se distribuem por todos os estados brasileiros e alguns países latino-americanos.
Por mais descentralizado que se proponha e ao contrário do que pode sugerir a expressão que dá nome à iniciativa, o movimento tem sede em São Paulo, na Casa Fora do Eixo, que abriga algumas das principais cabeças da rede e onde os coletivos se mobilizam, debatem política e, de vez em quando, até tocam música. E a capital paulista foi justamente a sede deste quarto congresso, com a maioria das discussões centralizadas no campus da Universidade de São Paulo (USP).
Segundo se comentava no local dos debates, o congresso trabalhava com o conceito de não-grade. Do ponto de vista prático, isso é o que pode se chamar de não-prático. É que os grupos de debate ou mini-conferências se espalhavam pelo amplo subsolo do Paço das Artes, onde rodas de conversa não eram identificadas. Você chegava por ali e ouvia cada uma até descobrir de qual queria participar. É uma forma de organização que aposta na espontaneidade dos presentes, mas que pouco preza pela facilidade de quem está um pouco perdido, como era meu caso.
Circulando por ali, acompanhavam ou conduziam as rodas de conversa pessoas tarimbadas, conhecidas no meio cultural e formadoras de opinião, que se destacavam da maioria hippie/nerd pelo vestuário mais almofadinha ou pelos cabelos brancos, coisa rara no local. Eram pessoas como Célio Turino, Cláudio Prado, Sérgio Amadeu e Ivana Bentes, que participaram de projetos importantes, sobretudo envolvendo a rede de Pontos de Cultura, menina dos olhos da gestão Gil/Juca no Ministério da Cultura e de rumos ainda desconhecidos depois da posse de Dilma Rousseff na presidência.
A primeira roda de conversa que acompanhei era conduzida pelo produtor cultural Cláudio Prado, que puxava dos presentes informações sobre ocupação de espaços públicos pelos artistas. “É errado dizer que é preciso tirar as crianças da rua”, filosofava. A propósito do que se discutia, comentei sobre o abandono dos espaços ferroviários, no que Cláudio insistiu sobre a importância de se ocupar prédios abandonados para fins culturais, mesmo que para isso não se obedeça à lei. O exemplo dado foi o da Universidade de Música Popular Bituca, de Barbacena, que nasceu a partir da ocupação de uma fábrica abandonada.
A conversa se prolongou com a discussão sobre a recente mercantilização do carnaval de rua do Rio de Janeiro, a ineficiência de conselhos municipais de cultura em cidades do interior e as prefeituras que promovem como política cultural apenas a realização de grandes shows gratuitos à comunidade.
Em seguida, seguimos para uma oficina prática de WordPress, software livre de gestão de blogs, ministrada pelo programador Leo Germani, da empresa HackLab. Germani é um cara interessante, desenvolvedor de plugins para WordPress, que trouxe poucas mas muito significativas novidades ao que já sei sobre o programa usado para gestão desta rede de blogs.
Posso dizer que chega a ser engraçado ver o Fora do Eixo envolver software livre nas discussões. A reflexão crítica recente indica que o modelo de produção colaborativa do software livre pode ser aplicável no mercado da cultura como alternativa ao tão combatido modelo industrial. Foi essa consciência que levou a Cultura Digital a conquistar amplo espaço nas políticas culturais do governo Lula e, provavelmente, que levou o Circuito a se aproximar desse debate.
Porém, na prática, o apoio ao software livre parece estar só no gogó. A coisa mais comum por ali era ver a turma abrindo notebooks (e eram muitos, mas muitos mesmo) da Apple, a empresa norte-americana símbolo da indústria cultural do software, fetiche de usuários moderninhos e nem um pouco adepta de ideias libertárias.
Contradições à parte (todos os movimentos sociais tem as suas), o Congresso sediou um interessante seminário sobre música brasileira. No pouco que observei, posso destacar o músico e pesquisador DJ Tudo comentando sobre o fato de, segundo ele, 97% da música brasileira estarem fora de todos os circuitos, sejam comerciais ou independentes, e estarem espalhados pelas vozes e instrumentos de repentistas, congadeiros, benzedeiras, folieiros e tantos outros representantes da cultura popular.
À noite um interessante debate sobre a construção da hidrelétrica de Belo Monte reuniu o diretor do documentário Belo Monte – O Anúncio de uma Guerra, André Vilela D’Elia, e o blogueiro Leonardo Sakamoto, dentre outros que sinceramente não consegui identificar. O que mais pude tirar de proveitoso da discussão foi a percepção de que o argumento central contra a construção da megausina não é o do alagamento da floresta ou do deslocamento de comunidades indígenas.
O ponto central em debate é o impacto socioeconômico de uma obra que se sustenta num modelo de desenvolvimento dos anos 1970, o mesmo que durante a ditadura militar rendeu ao Brasil os faraônicos Itaipu e Transamazônica. Superficialmente falando, os debatedores sustentaram (e o argumento faz todo sentido) que o aumento da violência, da precariedade das condições de moradia e de cidadania das cidades próximas à obra não compensam os benefícios produzidos pela construção.
O Circuito Fora do Eixo é, hoje, a mais interessante iniciativa de mobilização na área da cultura. A visibilidade do movimento é, hoje, muito grande, o que traz também muitas críticas sobre o processo. Dentre elas, a adesão a grandes empresas, como a Vale, patrocinadora do Congresso, para o financiamento de projetos dos coletivos. Também se critica por aí uma espécie de autoidolatria do grupo, que por vezes se dá o título de rede das redes e prega a todos um espírito revolucionário do qual muitos desconfiam. A verdade é que a iniciativa tem muito mais a acrescentar do que a subtrair no atual panorama cultural, goste-se ou não do que é dito ou praticado lá dentro. Tirar as pessoas da inércia não é fácil, e o que a turma do Capilé tem conseguido convencer muita gente a dar um F5 nos próprios conceitos.
Turismo em Cuba: roteiros, dicas e informações (1)
8 de Dezembro de 2011, 0:00 - sem comentários aindaÀ primeira vista, fazer turismo em Cuba pode parecer uma coisa de comunista ou de alternativos. Mas quem visitar o único país socialista das Américas pode mudar a visão americanizada e estigmatizada que se tem da ilha dos irmãos Fidel e Raul. A maior ilha do Caribe é, hoje, um lugar que mistura o moderno e o tradicional, que agrega simplicidade e elegância. A visita a Cuba não será propriamente uma experiência comunista, como vocês verão nos próximos posts.
Estive em Cuba por uma semana, em lua de mel. A viagem é rara entre brasileiros, o que foi muito fácil de perceber logo que pegamos a conexão Panamá – Havana: estávamos cercados de chilenos, uruguaios e, principalmente, argentinos, quase todos casais também celebrando as bodas. Optamos pelo pacote tradicional: três dias na capital Havana e quatro no balneário de Varadero. Com exceção da CVC, que é norte-americana, provavelmente qualquer agẽncia de turismo brasileira tem pacotes para Cuba.
Antes de falar sobre a viagem em si, vamos tratar um pouco da preparação. Com pelo menos um mês de antecedência, a melhor compra é o guia visual da Publifolha. Embora não seja lá tão barato (custa quase 100 reais), é muito completo e dedica várias páginas a cada bairro de Havana e às principais cidades do interior, além da história do País, dicas de hospedagem, alimentação, transporte e comportamento. Dependendo da livraria em que você comprá-lo, poderá vir de brinde um pequeno guia exclusivo de Havana, editado como brindes para assinantes da Folha. Não se dê o trabalho de lê-lo. Prefira usá-lo como peso de papel, calço de pé de mesa ou acendedor de fogão a lenha, pois é uma porcaria.
Outra dica que acho importante na preparação (serve para qualquer viagem) é adquirir um celular com Android e GPS integrado. Este tipo de aparelho já não é mais tão caro, com cerca de R$ 300 é possível adquirir um modelo básico da LG ou Samsung. Com um brinquedinho desses no bolso, você pode se deslocar para Havana tranquilamente usando o Google Maps. O aplicativo permite que você salve o mapa da cidade para uso offline. Assim, com o guia na mochila e o celular na mão, você identifica com imensa facilidade o local onde se encontra e a distância que está de cada uma das atrações, deslocando-se com facilidade pelas ruas, principalmente a pé.
A viagem a Cuba é feita por conexão com o Panamá, em voo da Copa. Até o Panamá, os companheiros de avião serão turistas com destino a Miami, Nova York, Cancún e outros lugares da América do Norte. Assim que entrar no voo para Havana, ninguém mais falará português. Provavelmente nenhum brasileiro terá dificuldade de se comunicar. Basta pedir a atendentes, mensageiros, comissários, taxistas, vendedores ou quem quer que seja que fale pausadamente. 80% do idioma será plenamente compreendido. Os outros 20% incompreensíveis são completamente desnecessários ou exatamente ao contrário: informações fundamentais como horários ou pontos de encontro. Por isso, é bom ficar ligado para não se perder nem perder dinheiro.
Por falar em dinheiro, uma recomendação é importante. Para trocar dinheiro em Cuba, prefira levar euros ao invés de dólar. É que a moeda americana tem uma sobretaxa de 10% nas casas de câmbio. Os guichês de troca de moeda ficam nos aeroportos ou no centro de Havana, em estabelecimentos oficiais conhecidos como Cadeca. Nos hoteis a troca também é fácil e garante comodidade, apesar de uma pequena taxa, de cerca de 1%. Pela facilidade, acredito que valha a pena. A moeda cubana é o peso, que tem dois tipos: o peso nacional, exclusivo dos cubanos residentes, e o conversível (CUC), usado pelos turistas. Numa conta rápida, superficial e sem levar em consideração flutuações diárias, é possível calcular 1 CUC por 2 reais.
Nossa chegada em Havana teve suas coincidências. Enquanto imaginávamos ouvir de cara uma legítima música caribenha, fomos pegos de surpresa com um Chora, Me Liga saído do toque de celular de um cubano que estava atrás de nós na fila de imigração e aprendeu a gostar de sertanejo universitário pelas novelas do Globo que passam por lá. Chegando no hotel, a tevê do lobby transmitia o amistoso Brasil e Egito, do futebol. E, quando a fome bateu, resolvemos experimentar a comida cubana, mas o restaurante que encontramos chamava-se Sabor do Brasil, servia churrasco e outras especialidades tupiniquins, e tinha uma bandeira do Coritiba hasteada ao lado da entrada da cozinha. O garçom nos informou que o antigo gerente do local era um brasileiro, por isso o nome e o cardápio eram tão familiares.
Havana tem muitas opções de hotéis. Alguns são 100% estatais, como o Capri, o Nacional e o Ambos Mundos. Em sua maioria, foram construídos por mafiosos italianos e norte-americanos antes da Revolução. Cuba, aliás, era um enorme antro de jogatina, drogas, lavagem de dinheiro e prostituição antes da tomada do poder pelo grupo de Fidel, o que não é de se duvidar dada a imponência dos prédios das décadas de 30, 40 e 50. Uma outra leva de hotéis foi erguida depois da crise dos anos 90, conhecida como Período Especial. Com a queda da União Soviética e a consequente perda de parceiros comerciais, o governo cubano adotou o turismo como fonte de renda e convidou redes de hotéis para se associar à administração estatal, numa relação de 51% para o Estado e 49% para os investidores. Grandes redes hoteleiras europeias toparam a empreitada e são sócios de Cuba com hotéis cinco estrelas para turistas e diplomatas.
A capital cubana é uma metrópole de pouco mais de 2 milhões de habitantes. O bairro histórico, tombado como patrimônio cultural da humanidade fica ao leste. As ruas estreitas e casas em estilo colonial, com sacadas voltadas para as ruas onde os moradores secam as roupas ao sol. É engraçado perceber que os cubanos não são retraídos como os brasileiros e deixam a porta e as janelas de casa abertas. Qualquer um pode tranquilamente bisbilhotar o comportamento dos moradores da rua. Várias construções não são bem conservadas, embora esteja em curso um grande esforço de restauração.
Algumas casas abrigam galerias de arte de pintores independentes, sobretudo na rua Empedrado, que liga o Museu da Revolução à Praça da Catedral. Ali você encontra obras abstratas e muito bonitas, pintadas em tela com tinta acrílica, que podem ser enroladas e trazidas na bagagem. Existem também algumas galerias de souvenirs, com quadros que retratam ambientes folclóricos e estereotipados de Havana: charutarias, bares, ruas de Havana antiga e dançarinas de salsa. Estes últimos não fazem meu estilo.
Caminhando pelo centro de Havana, você será abordado por diversos cubanos que te vão te oferecer charutos, rum ou passeios. O assédio é grande e constante. Muito provavelmente você será abordado por pessoas ou casais jovens, simpáticos e bons de prosa, que, ao descobrirem que você é brasileiro, dirão coisas superficiais sobre futebol ou novelas. Confesso que caímos na conversa de um casal desse naipe. Eles são o que se pode chamar de malandros, não são mal intencionados, mas querem te agradar o tempo todo para levar alguns dólares de propina.
O casal que nos “recepcionou” no primeiro dia em Havana nos abordou assim que descemos do ônibus Havana Tour, que circula pelos hotéis e pega os turistas para um passeio pela cidade ao custo de 5 CUCs. O tíquete do ônibus vale pelo dia inteiro, por quantas vezes o visitante quiser. Lázaro e Elza são moradores de Havana e nos abordaram freneticamente em frente ao Teatro Nacional, acabando por nos levar a um bar onde vendia-se um mojito muito gostoso, mas ao custo de 6 CUCs (provavelmente o mais caro da ilha). Ofereceram-nos charutos, primeiro por 80 e depois por 50 CUCs, mas recusamos (descobrimos depois que oferecer charuto a turistas é uma prática corriqueira de vários cubanos). Escreveram num guardanapo nomes de vários pontos turísticos e eventos da capital cubana.
Depois de um papo alegre e divertido e vendo que não conseguiriam nos vender nada, começaram com o drama sobre o embargo, a dificuldade de se viver com tíquetes de alimentação, etc. Para nos liberarmos e poder curtir a cidade mais à vontade, deixamos alguns CUCs e a partir dali combinamos que seríamos alemães que não falam uma palavra de espanhol, evitando assim o assédio dos demais vendedores de charutos ambulantes.
O passeio em Havana antiga revela boas surpresas em museus, casarões históricos e igrejas, mas dos quais irei dizer no post da semana que vem. Acompanhem.
Ao Vivo: Folias de Reis no Quintal do Ponto de Cultura
15 de Setembro de 2011, 0:00 - sem comentários aindaProgramação Mosca 6 1/2 em Três Corações
4 de Setembro de 2011, 0:00 - sem comentários aindaProgramação
QUA, 07/09
19h30 – Sessão Jovem
classificação livre
TUDO QUE É SÓLIDO PODE DERRETER, de Rafael Gomes, 2005, 16′, fic, SP
Aos 15 anos, Débora compartilha com Hamlet as dores e dúvidas da adolescência.
UM LUGAR COMUM, de Jonas Brandão, 2009, 10′, ani, SP
A extrovertida Marina e o desajeitado Zezé se conhecem e juntos plantam uma bela árvore, que se torna o símbolo de sua amizade. O filme acompanha o crescimento das crianças e seus desencontros neste mesmo lugar comum.
MODERNA IDADE, de Marcelo Carvalho Marques (Oficinas Kinoforum), 2009, 9′, doc, SP
Senhores e senhoras com juventude acumulada estão conectados virtualmente, mostrando sempre que é tempo de aprender, conhecer e adaptar-se às novas tecnologias.
KAHEHIJÜ ÜGÜHÜTU, O MANEJO DA CÂMERA, do Coletivo Kuikuro de Cinema, 2007, 17′, doc, MT
O cacique Afukaká, dos índios Kuikuro no Alto Xingu, conta a sua preocupação com as mudanças culturais da sua aldeia e seu plano de registro das tradições do seu povo, e os jovens cineastas indígenas narram as suas experiências nesse trabalho.
ESPORTE EM MARCHA
Cine jornal dos Jogos Abertos de Cambuquira de 1948/49. Restaurado e digitalizado (2009) por Johnny e Marco Antonio Resende de Oliveira. Exibição de 2 episódios. 5′, doc, Cambuquira/MG.
RUA DAS TULIPAS, de Alê Camargo, 2007, 10′, ani, DF
Um grande inventor acostumado a criar soluções para todos os moradores de sua rua, após ver a felicidade de todos seus vizinhos, descobre que ainda faltava a felicidade de uma pessoa.
QII, 08/09
19h30 – Sesssão de curtas
classificação 16 anos
HIATO, de Vladimir Seixas, 2008, 20′, doc, RJ
Em agosto de 2000 um grupo de manifestantes organizou uma ocupação em um grande shopping da zona sul da cidade do Rio de Janeiro.
O ASSASSINO DO BEM, de Hiro Ishikawa e Thiago Pedroso, 2010, 13′, fic, SP
Se ele te matou, é porque você é chato!
ESPETO, de Guilherme Marback e Sara Silveira, 2006, 16′, fic, SP
Espeto é uma comédia de humor negro, que conta a história de um garçom capaz de fazer qualquer coisa para subir na vida. O seu grande sonho é servir picanha, a mais nobre das carnes. Por enquanto, ele serve lingüiça. Para atingir seu objetivo, ele será capaz de cometer crimes com requintes de crueldade.
BALANÇOS E MILKSHAKES, de Erick Ricco e Fernando Mendes, 2010, 9’55”, ani, MG
Um amor vivido por duas crianças é lembrado por um narrador.
DOSSIÊ RÊ BORDOSA, de César Cabral, 16′, 2008, ani/doc, SP
Fama? Ego inflado? Espírito de porco? Quais os reais motivos que levaram Angeli a matar Rê Bordosa, sua mais famosa criação?
A ÚLTIMA DO AMIGO DA ONÇA, de Terêncio Porto, 2005, 18′, fic, RJ
Encontro do cartunista Péricles de Andrade Maranhão com sua criatura, o Amigo da Onça, no último dia do ano de 1961.
SEX, 09/09
19h30 – Sessão de curtas
classificação livre
BOCA NO LIXO, de Lígia Benevides e Marcela Borela, 2007, 20′, doc, GO
Um recorte sobre a questão do lixo na visão daqueles que trabalham diretamente com este subproduto da humanidade.
FABULÁRIO GERAL DE UM DELÍRIO CURITIBANO, de Juliana Sanson, 2007, 16′, fic, PR
Mulher acorda com uma frase que se repete obsessivamente em sua cabeça e, angustiada, decide sair de casa e se distrair. Num esforço de se livrar da tal frase, faz reflexões que deixam transparecer, além de seu estado de espírito, algumas características da cidade em que vive.
A VINGANÇA DO NINJA 2, de Leonardo de Andrade, 2006, 19’50”, fic, SP
De posse de Ratchatchara, o terrível Dark Ninja liberta o antigo líder do Clã Escorpião Maligno! Poderá Capitão John Russel e seu parceiro Machadinha deter o terrível vilão?
NA COMPANHIA DE CARONTE, de Alexandre Felix e Delson Robson, 2006, 8′, exp, Cambuquira/MG
No caminho entre a última vida e o inferno, a personagem se depara com os traumas e conflitos da sua vida passada.
SATORI USO, de Rodrigo Grota, 2007, 17’45”, fic, PR
Um poeta das sombras, um cineasta sem filmes e uma musa enigmática. Um “documentário” sobre um poeta que nunca existiu apresentado por um cineasta imaginário.
MEU NOME É PAULO LEMINSKI, de Cezar Migliorim, 2004, 04’30”, exp, RJ
Embate entre pai e filho em torno de poesia de Paulo Leminski. Tudo o que eu faço, alguém em mim que eu desprezo sempre acha o máximo, mal rabisco, não dá mais para mudar nada, já é um clássico.
SÁB, 10/09
19h – Sessão de curtas
classificação livre
O HOMEM DA ÁRVORE, de Paula Mercedes, 2006, 19′, doc, DF/SP
Ex-presidiário e evangélico, Mário instalou sua moradia no alto de uma árvore em Brasília, de onde se avistam o Palácio do Planalto e vários ministérios. Ali, ele busca provar sua inocência enquanto sobrevive catando latinhas nos lixos das embaixadas.
HOMEOSTASE, de Gabriel Lemes de Souza, 2008, 21′, exp, Cambuquira/MG
O jovem Pedro sai pelo mundo à procura de um sentido para sua vida. Sem esperar, defronta com o passado. Acaba se vendo obrigado a entender aquilo que não havia compreendido antes! Uma bela viagem pelas simples delícias da vida!
ENGANO, de Cavi Borges, 2008, 12′, fic, RJ
Um homem. Uma mulher. Uma cidade. Dois planos-seqüência.
DOS RESTOS E DAS SOLIDÕES, de Petrus Cariry, 2006, 13′, doc, CE
No meio da caatinga profunda de Inhamuns, a terra mais seca e pobre do Ceará, vagando entre as ruínas e as sombras, vive Dona Laura, com seus 70 anos, remoendo memórias e dores. O presente é desolação e decadência; o passado é uma lembrança.
TYGER, de Guilherme Marcondes, 2006, 04’30”, ani, SP
Um enorme tigre aparece misteriosamente numa grande cidade. Ele vai revelar a realidade escondida numa noite que poderia ter sido como qualquer outra.
CLAIRELUMIÈRE, de Carolina Gonçalves, 2003, 11′, fic, França
Clara é surda. Ou melhor, tem um jeito particular de perceber os sons. A descoberta do amor vai fazer com que ela mergulhe em suas lembranças e descubra sua música interior.
O ANÃO QUE VIROU GIGANTE, de Marão, 2008, 10′, ani, RJ
A improvável – todavia autêntica – história do anão que virou gigante.
21h – Sessão de curtas
classificação 14 anos
DE VOLTA A TERRA BOA, de Mari Corrêa e Vincent Carelli, 2008, 15′, doc,
Homens e mulheres Panará narram a trajetória de desterro e reencontro de seu povo com seu território original, desde o primeiro contato com o homem branco, em 1973, passando pelo exílio no Parque do Xingu, até a luta e reconquista da posse de suas terras.
EM UMA TARDE DE ABRIL EM CAMBUQUIRA, de Alexandre Felix, 2009, 5’20”, exp, Cambuquira/MG
Um olhar sobre a cidade de Cambuquira. Exaltação da beleza local em contraste com o marasmo e a falta de iniciativa dos moradores em relação à situação crítica desta cidadezinha nostálgica.
CODA, de Marcos Camargo, 2008, 8′, ani, SP
Três bailarinas estão chegando em suas casas. Sozinhas com seus próprios delírios… ou seriam suas verdades fantasiadas?
AVÓS, de Michael Wahrmann, 2009, 12′, fic, SP
No seu décimo aniversário, Leo descobre que Mônica Lewinsky é judia, que Clinton é o presidente da América, que os números nos braços dos avós são os responsáveis por ele ser gordinho e que a câmera Super 8 que ganhou do seu avô não serve para mais nada.
ALGUMA COISA ASSIM, de Esmir Filho, 2006, 15′, fic, SP
Caio e Mari, dois adolescentes, saem à noite pelas ruas de São Paulo em busca de diversão. Entre sons e silêncios, descobrem mais sobre si mesmos.
MEU AMIGO GIRASSOL, de Claudia Cortez e Diogo Fernandes, 2002, 8′, fic, SP
Garoto, ao encontrar sua mãe sendo espancada pelo pai, deposita toda sua esperança em salvar sua mãe em uma amizade incomum.
ALÔ, TOCAYO, de Lula Carvalho e Renato Martins, 2007, 22′, doc, Cuba
Curta-metragem feito na cidade de Havana, Cuba. São as impressões sobre tudo aquilo que foi visto, e principalmente sentido durante os oito dias vividos na ilha. A narrativa se dá através de uma mãe cubana, Mirian Torres, que apresenta a sua família e a sua história de vida, e nos convida a uma reflexão sobre o mundo que vivemos hoje.
Entrada Franca!
Fique por dentro das itinerâncias da MOSCA 6 ½
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Realização: Espaço Cultural Sinhá Prado | Mostra Audiovisual de Cambuquira-MG
Parceria: Viraminas Associação Cultural | Museu da Oralidade
Programação Mosca 6 1/2 em Três Corações
4 de Setembro de 2011, 0:00 - sem comentários aindaProgramação
QUA, 07/09
19h30 – Sessão Jovem
classificação livre
TUDO QUE É SÓLIDO PODE DERRETER, de Rafael Gomes, 2005, 16′, fic, SP
Aos 15 anos, Débora compartilha com Hamlet as dores e dúvidas da adolescência.
UM LUGAR COMUM, de Jonas Brandão, 2009, 10′, ani, SP
A extrovertida Marina e o desajeitado Zezé se conhecem e juntos plantam uma bela árvore, que se torna o símbolo de sua amizade. O filme acompanha o crescimento das crianças e seus desencontros neste mesmo lugar comum.
MODERNA IDADE, de Marcelo Carvalho Marques (Oficinas Kinoforum), 2009, 9′, doc, SP
Senhores e senhoras com juventude acumulada estão conectados virtualmente, mostrando sempre que é tempo de aprender, conhecer e adaptar-se às novas tecnologias.
KAHEHIJÜ ÜGÜHÜTU, O MANEJO DA CÂMERA, do Coletivo Kuikuro de Cinema, 2007, 17′, doc, MT
O cacique Afukaká, dos índios Kuikuro no Alto Xingu, conta a sua preocupação com as mudanças culturais da sua aldeia e seu plano de registro das tradições do seu povo, e os jovens cineastas indígenas narram as suas experiências nesse trabalho.
ESPORTE EM MARCHA
Cine jornal dos Jogos Abertos de Cambuquira de 1948/49. Restaurado e digitalizado (2009) por Johnny e Marco Antonio Resende de Oliveira. Exibição de 2 episódios. 5′, doc, Cambuquira/MG.
RUA DAS TULIPAS, de Alê Camargo, 2007, 10′, ani, DF
Um grande inventor acostumado a criar soluções para todos os moradores de sua rua, após ver a felicidade de todos seus vizinhos, descobre que ainda faltava a felicidade de uma pessoa.
QII, 08/09
19h30 – Sesssão de curtas
classificação 16 anos
HIATO, de Vladimir Seixas, 2008, 20′, doc, RJ
Em agosto de 2000 um grupo de manifestantes organizou uma ocupação em um grande shopping da zona sul da cidade do Rio de Janeiro.
O ASSASSINO DO BEM, de Hiro Ishikawa e Thiago Pedroso, 2010, 13′, fic, SP
Se ele te matou, é porque você é chato!
ESPETO, de Guilherme Marback e Sara Silveira, 2006, 16′, fic, SP
Espeto é uma comédia de humor negro, que conta a história de um garçom capaz de fazer qualquer coisa para subir na vida. O seu grande sonho é servir picanha, a mais nobre das carnes. Por enquanto, ele serve lingüiça. Para atingir seu objetivo, ele será capaz de cometer crimes com requintes de crueldade.
BALANÇOS E MILKSHAKES, de Erick Ricco e Fernando Mendes, 2010, 9’55”, ani, MG
Um amor vivido por duas crianças é lembrado por um narrador.
DOSSIÊ RÊ BORDOSA, de César Cabral, 16′, 2008, ani/doc, SP
Fama? Ego inflado? Espírito de porco? Quais os reais motivos que levaram Angeli a matar Rê Bordosa, sua mais famosa criação?
A ÚLTIMA DO AMIGO DA ONÇA, de Terêncio Porto, 2005, 18′, fic, RJ
Encontro do cartunista Péricles de Andrade Maranhão com sua criatura, o Amigo da Onça, no último dia do ano de 1961.
SEX, 09/09
19h30 – Sessão de curtas
classificação livre
BOCA NO LIXO, de Lígia Benevides e Marcela Borela, 2007, 20′, doc, GO
Um recorte sobre a questão do lixo na visão daqueles que trabalham diretamente com este subproduto da humanidade.
FABULÁRIO GERAL DE UM DELÍRIO CURITIBANO, de Juliana Sanson, 2007, 16′, fic, PR
Mulher acorda com uma frase que se repete obsessivamente em sua cabeça e, angustiada, decide sair de casa e se distrair. Num esforço de se livrar da tal frase, faz reflexões que deixam transparecer, além de seu estado de espírito, algumas características da cidade em que vive.
A VINGANÇA DO NINJA 2, de Leonardo de Andrade, 2006, 19’50”, fic, SP
De posse de Ratchatchara, o terrível Dark Ninja liberta o antigo líder do Clã Escorpião Maligno! Poderá Capitão John Russel e seu parceiro Machadinha deter o terrível vilão?
NA COMPANHIA DE CARONTE, de Alexandre Felix e Delson Robson, 2006, 8′, exp, Cambuquira/MG
No caminho entre a última vida e o inferno, a personagem se depara com os traumas e conflitos da sua vida passada.
SATORI USO, de Rodrigo Grota, 2007, 17’45”, fic, PR
Um poeta das sombras, um cineasta sem filmes e uma musa enigmática. Um “documentário” sobre um poeta que nunca existiu apresentado por um cineasta imaginário.
MEU NOME É PAULO LEMINSKI, de Cezar Migliorim, 2004, 04’30”, exp, RJ
Embate entre pai e filho em torno de poesia de Paulo Leminski. Tudo o que eu faço, alguém em mim que eu desprezo sempre acha o máximo, mal rabisco, não dá mais para mudar nada, já é um clássico.
SÁB, 10/09
19h – Sessão de curtas
classificação livre
O HOMEM DA ÁRVORE, de Paula Mercedes, 2006, 19′, doc, DF/SP
Ex-presidiário e evangélico, Mário instalou sua moradia no alto de uma árvore em Brasília, de onde se avistam o Palácio do Planalto e vários ministérios. Ali, ele busca provar sua inocência enquanto sobrevive catando latinhas nos lixos das embaixadas.
HOMEOSTASE, de Gabriel Lemes de Souza, 2008, 21′, exp, Cambuquira/MG
O jovem Pedro sai pelo mundo à procura de um sentido para sua vida. Sem esperar, defronta com o passado. Acaba se vendo obrigado a entender aquilo que não havia compreendido antes! Uma bela viagem pelas simples delícias da vida!
ENGANO, de Cavi Borges, 2008, 12′, fic, RJ
Um homem. Uma mulher. Uma cidade. Dois planos-seqüência.
DOS RESTOS E DAS SOLIDÕES, de Petrus Cariry, 2006, 13′, doc, CE
No meio da caatinga profunda de Inhamuns, a terra mais seca e pobre do Ceará, vagando entre as ruínas e as sombras, vive Dona Laura, com seus 70 anos, remoendo memórias e dores. O presente é desolação e decadência; o passado é uma lembrança.
TYGER, de Guilherme Marcondes, 2006, 04’30”, ani, SP
Um enorme tigre aparece misteriosamente numa grande cidade. Ele vai revelar a realidade escondida numa noite que poderia ter sido como qualquer outra.
CLAIRELUMIÈRE, de Carolina Gonçalves, 2003, 11′, fic, França
Clara é surda. Ou melhor, tem um jeito particular de perceber os sons. A descoberta do amor vai fazer com que ela mergulhe em suas lembranças e descubra sua música interior.
O ANÃO QUE VIROU GIGANTE, de Marão, 2008, 10′, ani, RJ
A improvável – todavia autêntica – história do anão que virou gigante.
21h – Sessão de curtas
classificação 14 anos
DE VOLTA A TERRA BOA, de Mari Corrêa e Vincent Carelli, 2008, 15′, doc,
Homens e mulheres Panará narram a trajetória de desterro e reencontro de seu povo com seu território original, desde o primeiro contato com o homem branco, em 1973, passando pelo exílio no Parque do Xingu, até a luta e reconquista da posse de suas terras.
EM UMA TARDE DE ABRIL EM CAMBUQUIRA, de Alexandre Felix, 2009, 5’20”, exp, Cambuquira/MG
Um olhar sobre a cidade de Cambuquira. Exaltação da beleza local em contraste com o marasmo e a falta de iniciativa dos moradores em relação à situação crítica desta cidadezinha nostálgica.
CODA, de Marcos Camargo, 2008, 8′, ani, SP
Três bailarinas estão chegando em suas casas. Sozinhas com seus próprios delírios… ou seriam suas verdades fantasiadas?
AVÓS, de Michael Wahrmann, 2009, 12′, fic, SP
No seu décimo aniversário, Leo descobre que Mônica Lewinsky é judia, que Clinton é o presidente da América, que os números nos braços dos avós são os responsáveis por ele ser gordinho e que a câmera Super 8 que ganhou do seu avô não serve para mais nada.
ALGUMA COISA ASSIM, de Esmir Filho, 2006, 15′, fic, SP
Caio e Mari, dois adolescentes, saem à noite pelas ruas de São Paulo em busca de diversão. Entre sons e silêncios, descobrem mais sobre si mesmos.
MEU AMIGO GIRASSOL, de Claudia Cortez e Diogo Fernandes, 2002, 8′, fic, SP
Garoto, ao encontrar sua mãe sendo espancada pelo pai, deposita toda sua esperança em salvar sua mãe em uma amizade incomum.
ALÔ, TOCAYO, de Lula Carvalho e Renato Martins, 2007, 22′, doc, Cuba
Curta-metragem feito na cidade de Havana, Cuba. São as impressões sobre tudo aquilo que foi visto, e principalmente sentido durante os oito dias vividos na ilha. A narrativa se dá através de uma mãe cubana, Mirian Torres, que apresenta a sua família e a sua história de vida, e nos convida a uma reflexão sobre o mundo que vivemos hoje.
Entrada Franca!
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Realização: Espaço Cultural Sinhá Prado | Mostra Audiovisual de Cambuquira-MG
Parceria: Viraminas Associação Cultural | Museu da Oralidade