Artigo sugerido por Valeria Moraes, de Brasília
INTERNETS
Por Ronaldo Lemos
ronaldolemos9@gmail.com
Entre BRICs, Brasil é único que mantém rede livre
Há algumas semanas saiu um relatório da OECD (organização que reúne países desenvolvidos) recomendando maior “proteção ao livre fluxo de informações” na internet. A recomendação faz sentido: foi-se o tempo em que a internet podia ser considerada como um território livre.
Mesmo países desenvolvidos vêm adotando leis que geram censura e controle exagerado, como a Sinde, na Espanha, ou a Hadopi da França.
Mas o que chama a atenção é que, dentre os BRICs, só o Brasil está firme em preservar garantias à liberdade na rede. Todos os outros países cruzaram a linha e enxergam a internet como inimiga potencial dos regimes.
A China é caso notório. Sua “Grande Muralha virtual” serve para banir redes sociais como Facebook ou Twitter. E lá existe controle rigoroso do que se diz on-line.
Rússia e Índia seguem na mesma direção. A Rússia suspendeu seu apoio à liberdade na rede no plano internacional. Nas últimas eleições, a polícia foi usada para confiscar servidores, prender blogueiros e censurar fóruns.
Na Índia, a remoção de conteúdos tornou-se comum. O governo exige que provedores filtrem tudo que possa gerar “desarmonia”.
Enquanto isso, a situação no Brasil ainda é diferente. É claro que há ventos de controle soprando e o Judiciário tem errado a mão com a rede.
Mas, por ora, a principal iniciativa do governo na área digital é o Marco Civil, lei que estabelece princípios de liberdade. É uma forma de pôr em prática os princípios da OCDE e dar o exemplo para os países desenvolvidos e para os colegas do BRIC.
Nota desta Redação:
Mas não é só na Internet que o Brasil se destaca entre os Brics (sim só o B é maísculo)!
Só o Brasil é uma sociedade aberta com sistema democrático, eleições livres e diretas, liberdade de expressão, políticas públicas universais, sociedade civil organizada, sindicatos combativos e independentes, movimento de blogueir@s progressistas, sistema partidário relativamente estável (com partidos com mais de 1 milhão de filiados voluntariamente), agricultura, indústria e serviços em bom estágio de desenvolvimento, diversidade econômica, social, política, cultural, racial, religiosa, etc. Embora preconceitos de todas as matizes ainda persistam em se manifestar por aqui, nem se comparam ao que é praticado em outros países do chamado Bric.
Só no Brasil há um processo de crescimento econômico aliado a redistribuição de riquezas, ainda que tímida, e inclusão social e econômica de amplas camadas da população nativa.
Também não podemos nos esquecer que temos biodiversidade, reservas de petróleo e água e acesso a energia solar como nenhum dos outros Bric.
E o mais importante: O Brasil é o único país dos Brics que elegeu um operário e uma mulher para a Presidência da República!!!
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