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7 de Dezembro de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.

"O que é o OpenStreetMap?"

16 de Dezembro de 2016, 17:15, por OpenStreetMap diary entries in Brazilian Portuguese - 0sem comentários ainda

Reproduzo um trecho de conversa que tive com um amigo sobre o que é o OpenStreetMap.

Essencialmente, o OpenStreetMap é um banco de dados de elementos geométricos (pontos, segmentos de reta, poligonais e polígonos) georreferenciados e elementos lógicos (relações) que representam elementos do mundo real (estradas, rios, construções, pontos de interesse, etc.). As características desses, são atribuídas àqueles elementos por meio de pares chave=valor. Por exemplo, para representar um rio, se desenha uma poligonal pelo seu leito e aplica-se o par waterway=river.

Esse banco de dados é licenciado utilizando a Open Database License (ODbL). Porque essa licença? Bem, é uma licença especifica para banco de dados que garante, às pessoas, as liberdades de usar, modificar e compartilhar o banco de dados desde de que mantenham essas liberdades. Repare nessa condição, ela perpetua as liberdades. É a essência do copyleft! Então, a ODbL é uma licença copyleft. Porque isso é importante? Não existe um mágico que tira da cartola um banco de dados com informações do mundo inteiro com uma licença assim, ele precisa ser construído. E como é construído? De maneira colaborativa, num grande bazar (lembra de “A Catedral e o Bazar”?) à semelhança da Wikipédia e do software livre. E para ser construído colaborativamente, são fundamentais essas liberdades. Sem poder ser compartilhado, não obteria uma copia para poder usar, e sem usar, não poderia modificar o banco de dados. E se pudesse restringi-las, outras pessoas não poderiam usufruir das mesmas liberdades sobre as possíveis modificações, o que geraria incertezas sobre a perenidade da disponibilidade desse banco de dados.

E de onde veem as informações para esse banco de dados? São coletadas em campo, por exemplo, em placas que informam o nome de ruas (e muitos vezes, também, CEP e numeração de lotes), de tracklogs de sistemas de posicionamento, de imagens de satélite, de ortofotos, etc. Podem ser obtidas, também, de órgãos públicos, de empresas ou qualquer outra fonte com licença compatível com a ODbL. Por exemplo, a Microsoft disponibiliza imagens de satélite para auxiliar o projeto. É importante ressaltar que não se pode usar informações do GoogleMaps, GoogleEarth, mapas impressos, outras fontes comerciais e qualquer fonte que não explicite sua licença.

Pragmaticamente, isso tudo produz informações melhores? Bem, a realidade é dinâmica. Empresas comerciais com desenvolvimento no estilo catedral, dificilmente conseguem acompanhar esse dinamismo. Além disso, não se preocupam com o usuário das informações, ao introduzir erros propositais em seus dados. Já imaginou o efeito, na vida das pessoas, de uma informação errada? Duas ruas trocadas de lugar, propositalmente, podem, por exemplo, atrasar um atendimento de emergência... Não da para responder, simplesmente, com um “sim” essa pergunta. Onde existem pessoas contribuindo, usando, e mantendo as informações, no mínimo, são mais confiáveis. Além de poderem ser utilizadas onde quiser sem as limitações impostas pelas empresas comerciais.



Vídeos e fotos do State of the Map Latam 2016

16 de Dezembro de 2016, 14:51, por OpenStreetMap diary entries in Brazilian Portuguese - 0sem comentários ainda

foto sotm latam

Quem não participou do State of the Map Latam 2016, já pode conferir os vídeos de todas as palestras realizadas no auditório principal do evento. A playlist com 20 vídeos está disponível no YouTube. Tivemos palestras em Inglês, Espanhol e Português.

Temos também várias fotos já publicadas no Flickr.



Mesclando fotos com trilhas GPX para uso em Mapillary ou OpenStreetCam

10 de Dezembro de 2016, 0:14, por OpenStreetMap diary entries in Brazilian Portuguese - 0sem comentários ainda

Introdução

Para registrar fotos e mesclá-las com trilhas GPX, o primeiro passo é garantir que o relógio da câmera e do celular estejam sincronizados. Para câmeras como a GoPro, é necessário realizar essa configuração manualmente; já a Giroptic 360cam acerta o relógio automaticamente, ao sincronizar com um aplicativo de celular.

As trilhas GPX podem ser gravadas com diversos aplicativos; sugiro a utilização do OSMTracker para Android.

Instalação

Você precisará instalar as ferramentas exiftool.

As instruções de instalação a seguir foram feitas em um computador rodando Mac OS X.

Você pode instalar o exiftool usando o brew, um instalador de programas em linha de comando. Caso nunca tenha utilizado esta ferramenta, acesse o site brew.sh e siga as instruções de instalação.

Com o brew instalado, abra seu terminal e entre o comando brew install exiftool

Além disso, você precisará do script interpolate_direction.py do pacote mapillary_tools. Baixe ele através deste link e descompacte-o em um local em seu computador.

Utilização

Primeiro copie as fotos para uma pasta em seu computador. O ideal é que as fotos fiquem dentro de uma subpasta. Por exemplo:

pasta

Agora abra um terminal e entre na pasta em questão.

terminal

Primeiro, vamos executar o exiftool para escrever a posição de cada imagem, baseada na trilha GPX. Para isso, execute:

exiftool -geotag nome-do-arquivo-gpx pasta-das-fotos

Dependendo da quantidade de fotos, esse procedimento pode levar alguns minutos. Aguarde o comando terminal de executar.

Por padrão, o exiftool cria cópias de segurança dos arquivos. Caso nenhum erro apareça no terminal, podemos apagar essas cópias sem problemas. Para isto, execute:

rm pasta-das-fotos/*.JPG_original

terminal2

Com isso todas as fotos tem uma latitude e longitude. Falta ainda o parâmetro bearing, que é a direção para qual a câmera estava apontada. É possível extrair essa informação, através da posição da próxima foto e da foto anterior. Para isso executamos:

python pasta-mapillary-tools/python/interpolate_direction.py pasta-das-fotos

terminal3

Tudo pronto! Agora é só subir as fotos para o servidor. :)