Paulo Lima e Marcelo Saldanha acompanham a apresentação de Renata Mielli.
Por Rafaela Melo
Finalizando as atividades da manhã do segundo dia da 11ª Oficina de Inclusão Digital e Participação Social, o painel que contou com a participação de Renata Mielli e Paulo Lima teve como eixo de discussão, a universalização do acesso à banda larga no Brasil, a reformulação do PNBL (Programa Nacional de Banda Larga) e sobre demais políticas de Inclusão Digital. Os palestrantes apresentaram dados alarmantes no que diz respeito ao grande desafio de garantir internet para todos. Foram mencionados o atual desmonte da Rede dos Telecentros.BR que foi reduzida a um pequeno núcleo de formação, sendo todos os outros núcleos descontinuados pelo MICOM (Ministério de Comunicações). E segundo dados as estátisticas do IBGE de 2011, mais da metade da população não possui nenhum acesso à internet e entre os que possuem 42% tem à velocidade acima de 2 Mb e 55% com velocidade inferiores à 2 Mb (a UTI considera como banda larga, velocidades acima de 2 Mb garantidos) ou seja, mais da metade dos usuários não possuem acesso à banda larga de qualidade e uma das razões para esse quadro é o custo elavado dos provedores de serviço de empresas privadas e à falta de infraestrutura.
Os principais desafios para a universalização da banda larga para o Ministério das Comunicações, segundo Renata Mielli, são o reestabelecimento dos diálogos com a sociedade civil e o atendimento às suas demandas, uma revisão da posição com relação ao fechamento dos Telecentros, organizar e desenvolver novas políticas que sejam promovam inclusão digital, além de uma urgente revisão do PNBL, já que este não tem garantido o acesso de qualidade e não cumpre a função para qual foi criado. E destacam que uma nova lei geral para as comunicações é necessária para aprofundar e desenvolver a democracia. Por fim, os palestrantes elogiam e parabenizam a organização do evento, ressaltando a importância desses espaços para o diálogo com a sociedade civil para o fortalecimento da defesa pela democratização nas comunicações e universalização da internet para todos.