A palestrante Fátima Conti destacou na tarde de hoje, 12/12, a importância de produzir conteúdos em formatos abertos. Ela ressaltou o discurso, corrente no mundo do software livre, de que usar formatos proprietários em sua produção (seja ela software, música, cinema) é deixar toda a produção nas mãos das empresas."Devemos ter consciência do formato que usamos, porque formatos proprietários pertencem a empresa que o criou", enfatizou.
Conti, que é professora do LabInfo, da Universidade Federal do Pará, também abordou duas questões centrais:
_ A obsolescência programada, que pode ser definida como a decisão do produtor de propositadamente desenvolver, fabricar e distribuir um produto para consumo de forma que se torne obsoleto ou não-funcional especificamente para forçar o consumidor a comprar a nova geração do produto:
_ As atualizações automáticas dos softwares proprietários, que introduzem novos requisitos de hardware, fazendo com que partes dos softwares comecem a ficar indisponíveis a cada nova versão, penalizando quem não entra nesse jogo.
Outros temas destacados por Fátima Conti foram: propriedade intelectual, copyright e outros direitos de propriedade - que, de acordo com a palestrante, só protegem as gravadoras e as editoras, entidades que apenas geram as cópias. “Esses grupos não protegem o autor, protege quem produz as cópias e não quem fez o livro”, afirma.
A palestrante concluí afirmando que, nesse modelo de produção de cultura, não podemos "mexer" nelas, pois as leis e as "travas digitais" nos impossibilitam. Mas com o software livre e formatos abertos, sim nós podemos!
Texto e Fotografia: Rafaela Melo e Breno Neves.