Espaço para os integrantes publicarem informações e trocarem idéias.
Cooperação solidária
28 de Abril de 2010, 0:00 - sem comentários aindaCooperação solidária: generosidade intelectual a serviço da sociedade que queremos!
Na foto, da esquerda para direita, sentados na composição da mesa: Marcelo Dino Fraccará - Coordenador de projetos Mais Cultura do Ministério da Cultura, Adriana Sampaio - Secretária de Cultura de São Caetano do Sul, Dr. Joaquim Celso Freire Silva – Pró-reitor da USCS, Dalila Teles Veras - Escritora, editora, animadora cultural e coordenadora do fórum permanente de debates culturais do Grande ABC, Célio Turino - Historiador, ex-Secretário de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura. Em pé: Felipe Cabral - Pontão Nós Digitais, Antônio Carlos Pedro – professor da USCS/Pontão USCS Audiovisual e Gestão, Fátima Rodrigues – Casa dos Meninos, Paulo C. Moura - professor da USCS/ Pontão USCS Audiovisual e Gestão.
O Pontão Nós Digitais, o Pontão USCS Audiovisual e Gestão e o Pontão Gestão Compartilhada da Instituição Casa dos Meninos assinaram um documento – termo de cooperação técnica – que estabelece e prevê ações solidárias entre as três iniciativas citadas, no intento de unir esforços na construção de um portal, para a rede Nacional dos Pontos de Cultura, que vise atender demandas de Cadastro, Comunicação (foruns, gts, etc), Geo-referenciamento, Integração e Gestão Financeira de todos os Pontos de Cultura que compõe essa crescente malha cultural no Brasil.
Entre os pressupostos do termo, e por conseguinte do trabalho que se inicia com esta co-relação de esforços, estão a preocupação ética com a transparência na utilização dos recursos públicos que se pretende por em evidência através de um sistema de gerenciamento financeiro livre e aberto; o fortalecimento e a potencialização mobilizatória através da comunicação horizontal da rede dos Pontos de Cultura por meio de fórum virtual permanente e a descentralização dos saberes através de módulos de EDA (educação à distancia) que possam transmitir o conhecimento acumulado pela rede para a rede.
I Seminário Universidade, Cultura e Sociedade
25 de Abril de 2010, 0:00 - sem comentários aindaMarcando o início das atividades do Pontão USCS Audiovisual e Gestão, a Universidade Municipal de São Caetano do Sul, com apoio do Ministério da Cultura, promove o I Seminário Universidade, Cultura e Sociedade.
A USCS apresenta, ao longo de sua história, um referencial de interação junto à sociedade. Assim, diversos programas e projetos da área de Extensão Universitária têm sido realizados com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento sócio-cultural da comunidade e estimular ações de reflexão sobre políticas públicas - neste caso, especificamente as políticas públicas na área de Cultura. Por sua vez, o Pontão USCS Audiovisual e Gestão articula a interação entre Universidade e Poder Público por meio de ações diretas de capacitação e formação de agentes multiplicadores.
Organizado na forma de dois painéis temáticos, o Seminário tem por objetivos incentivar a discussão e reflexão a partir de três referenciais de integração: com os ambientes corporativo, acadêmico e público. A Universidade Municipal de São Caetano do Sul, por meio do Pontão USCS Audiovisual e Gestão, busca assim cumprir seu papel de articulação social em sua acepção mais ampla. promovendo a discussão sobre as possibilidades de interação entre a sociedade civil e o Estado na promoção de políticas públicas para Cultura.
O Painel "Cultura e Sociedade: Empresas e Cidadania Cultural" apresentará relatos de experiências envolvendo grandes empresas da região e sua atuação na área da responsabilidade sócio-cultural, e buscará debater o papel do ambiente corporativo e os mecanismos de incentivo para o desenvolvimento sócio-cultural regional.
Por sua vez, no Painel "Políticas Públicas para Cultura" estarão presentes representantes do MinC, das instituições municipais e da sociedade civil, que discutirão o contexto da implementação de políticas públicas e sua relação com as realidades regionais.
I Seminário Universidade, Cultura e Sociedade
Dia: 27/04 (terça-Feira)
Local: Auditório da USCS - Campus II (Rua Santo Antônio, 50 - SCS)
Aberto à Comunidade
Entrada Franca
Informações: 4239-3259 ou cultura@uscs.edu.br
Programação:
13h30 - Recepção e Credenciamento
13h45 - Abertura Oficial
Prof.Dr. Silvio Augusto Minciotti - Reitor da USCS
Cecília Garçoni - Chefe da Representação Regional do MinC no Estado de São Paulo
14h - Painel 1 - Cultura e Sociedade: Empresas e Cidadania Cultural
Tadeu Di Pietro Diretor da FUNARTE
Jose Luiz Herência - Secretário de Políticas Culturais do MinC (Convite /a confirmar)
Eduardo Azevedo Barros - Presidente da Fundação VolksWagem
Danilo Santos de Miranda - Diretor Regional do SESC (Convite/a confirmar)
16h - Intervalo
16h30 - Painel 2 - Políticas Públicas para Cultura
Célio Turino - Historiador, ex-Secretário de Cidadania Cultural do MinC
Cecília Garçoni - Chefe da Representação Regional do MinC no Estado de São Paulo
Dalila Teles Veras - Escritora, editora, animadora cultural e coordenadora do fórum permanente de debates culturais do Grande ABC
Adriana Sampaio - Secretária de Cultura de São Caetano do Sul
18h30 - Lançamento do livro: Ponto de Cultura - O Brasil de Baixo para Cima, de Célio Turino.
Vale Cultura
13 de Abril de 2010, 0:00 - sem comentários aindaAprovadas no último 31 de março, na Comissão de Educação e Cultura (CEC) da Câmara dos Deputados, as Emendas do Senado Federal ao Projeto de Lei nº 5.798/2009, que institui o Programa de Cultura do Trabalhador e cria o Vale-Cultura.
A seguir, a matéria será examinada nas Comissões de Finanças e Tributação (CFT) e de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC), antes de ser apreciada pelo Plenário daquela Casa legislativa. Assim que aprovado, o texto será encaminhado para a sanção do Presidente da República.
O Vale-Cultura – que prevê investimento de R$ 7 bilhões, beneficiando 12 milhões de trabalhadores no país – é considerado a primeira política pública governamental voltada para o consumo de bens e serviços culturais. De acordo com a proposta, cada beneficiário receberá ajuda mensal de R$ 50,00 para custear entradas de cinema, de teatro e de outras atividades artísticas, assim como adquirir livros, CDs e DVDs.
Gostou da notícia?
Acompanhe aqui os últimos detalhes e deixe seus comentários: http://blogs.cultura.gov.br/valecultura
Consulta Pública sobre direito autoral
13 de Abril de 2010, 0:00 - sem comentários ainda
O governo federal submeterá à consulta pública proposta de texto que revisa a Lei de Direito Autoral em vigor (Lei Nº 9.610/98). O Ministério da Cultura vem esclarecer alguns pontos da proposta.
O tema Direito Autoral está na pauta das discussões por todo o país. E muito disso se deve ao esforço do governo federal de torná-lo central na formulação das políticas públicas e colocar a regulação dos direitos autorais como instrumento imprescindível para o desenvolvimento da economia da cultura no país.
As indústrias direta ou indiretamente relacionadas ao direito autoral são responsáveis por mais de 7% das riquezas produzidas nos países desenvolvidos, segundo a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI). A tendência é de aumento da riqueza gerada nesse setor, devido à aceleração das mudanças trazidas pela tecnologia e cultura digital, que produzem uma nova rede de relações sociais com novos modelos de trocas simbólicas e econômicas. Seríamos irrealistas se não reconhecêssemos que essa nova realidade impõe-se a todos nós, indiscriminadamente: autores, investidores, usuários, consumidores das obras intelectuais e Estado. Portanto, e dado o peso da responsabilidade pública com tema tão caro e sensível a todo o setor cultural, o Ministério da Cultura (MinC) lançou em 2007 o Fórum Nacional de Direito Autoral, para levantar essa discussão com a sociedade. Foram promovidos 8 seminários e mais de 80 reuniões com diversos setores da sociedade envolvidos com o tema, objetivando discutir a Lei 9.610/98 (Lei de Direitos Autorais) e o papel do Estado neste campo. A maioria dos seminários foi transmitida em tempo real pela internet, através do portal do Ministério da Cultura, o que permitiu envolver de forma direta mais de 10.000 pessoas no debate, entre participantes presenciais e a distância. O endereço www.cultura.gov.br/direito_autoral mantém registros em texto e audiovisual das discussões realizadas.
Durante todo o processo, o MinC apresentou propostas que foram aperfeiçoadas pelos interlocutores. Neste momento, de posse das diversas sugestões e críticas surgidas dos debates e das consultas setoriais, o governo federal está elaborando uma proposta de revisão da lei que em breve será objeto de uma consulta pública, onde a sociedade poderá manifestar-se sobre o seu teor.
Quão Negro Somos... Parte 4
26 de Março de 2010, 0:00 - sem comentários ainda
Por Carlos Eduardo Magalhães - Ponto de Cultura Massa Coletiva
O último dia do evento, o momento de fruição e vivência desse ritual. Na programação, a apresentação de diferentes grupos de cultura da cidade de São Carlos, além do grupo Urucungos da cidade de Campinas/SP. Agora o Quão negros somos... ocupa outro espaço da cidade. Estamos no Centro da juventude Elaine Viviane. Um equipamento cultural da cidade de São Carlos/SP.
E a primeira apresentação foi a de Centro Esportivo de Capoeira Angola - Academia João Pequeno de Pastinha. Ao som dos berimbaus, das vozes humanas e do batuque eram evocados ritmo, sintonia física e o suor do grupo que se apresentava, reunindo crianças ao seu redor.
Seguido da apresentação da Companhia dos santos reis. Que atravessa o período de quaresma, mas mesmo assim esteve presente para abrir às pessoas o valor que aquela expressão cultural, arte e religião tem para eles e para o mundo, que mantém a tradição e a transcende através de diversas gerações.
A terceira apresentação da programação ficou por conta da Escola de samba Rosas Negras. Um grupo que redigido por um sábio e pela força das crianças da bateria mirim. Seguido das violas mágicas do Grupo de Catira Pés Palmas e Coração. A som da viola encantou as pessoas presentes, assim como os trágicos causos contados pelos violeiros.
Depois chegou a hora do Zero 16 voltar a se apresentar para seus seguidores! O som como sempre potente e instigante. Houve até uma parceria realizada na hora com a bateria mirim da Rosas Negras. O dia chegava perto do fim com uma belo anoitecer em um céu claro e azul marinho.
Marinho, o céu, como o mar, anunciado o início do culto evangélico do outro lado da rua, os moradores que passeavam calmamente naquele fim de domingo. Tudo em perfeita sintonia para que dançarinas rodando, cantando, com blusas brancas, saia, lenço na cabeça e nas mãos. Convocassem as pessoas a participar de festa histórica.
Aquilo encantava os olhos de todos. Toda a apresentação que consistia em canto, dança e percussão eram conduzidas com interpretação, mitologia e sabedoria de Alceu e sua família do Urucungos Puítas e Quijêngues.
Eles fizeram com que as pessoas presentes começassem a dançar. Quem andavam na rua parava para olhar. As danças e músicas antigas interpretadas e contadas ao público, integrando uma diversidade de culturas em torno de manifestações belas e cheias de sabedoria. Com letras simples e palavras cheias de sonoridade, todos cantavam as música que já foram cantadas por Zumbi, Lampião e muitos outros que construíram a história do país. Era novamente a revolução presente. Bem no auge, no encerramento do ritual.
As palavras e as pessoas juntas vibrando celebrando, reverenciando o passado, o futuro e recebendo aquele presente. Um brilho, um gracejo da vida.
E assim se encerrou o Quão negros somos... e eu encerro aqui os textos sobre o evento. Agora é só acompanhar as fotos nessa página - http://fotos.nosdigitais.teia.org.br -, hoje tem só as do primeiro dia completas. A cada dia vou atualizando aos poucos até expor tudo que foi relatado nesses textos através da fotografia.
Relatos Quão Negros
23 de Março de 2010, 0:00 - sem comentários aindaQuão negros somos... Parte 3
por Carlos Magalhães
A vida é cheia de momentos alegres e inusitados. De rostos e sorrisos que nos encantam, nos fazem sonhar e deixar de existir no mundo da razão para alcançar o mundo da fantasia, onde todos podem ser felizes juntos.
É estou muito comovido, emocionado... Comecei a selecionar as fotos tiradas durante o evento Quão negros somos... e durante esse trabalho entrei em uma máquina do tempo, onde toda a experiência vivida até então volta à mente de maneira viva e calorosa.
Aqui todos sorriem para mim, aqui a tristeza perdeu espaço para a felicidade. Que alegria! Um dia de sol, muitas crianças, mulheres e homens dançando juntos, em rodas como em rituais antigos, sem se preocupar com outras coisas a não ser em interagir com aquele que está ao seu lado.
Tivemos entre as atividades a exposição de painéis de pesquisas ligadas à temática afro, seguido de diversas rodas de grupos de trabalho que serviram para aproximar as pessoas e expor as situações de racismo, violência e opressão que os afro descendentes vivem em seu dia a dia.
Na parte da tarde tive início as oficinas. No SESC São Carlos, um grupo grande de pessoas pode participar do ritual conduzido por Márcio Griô. Com um trabalho em roda fez com que todos ficassem descalços, relembrou músicas cantadas por seus ancestrais e conectou as vidas nessa mandala humana, conduzindo todos a um espaço/tempo deslocado do nosso cotidiano em São Carlos.
Enquanto isso na sede da Teia, o ponto de cultura Nos caminhos de São Paulo, sorrisos e crianças alegres corriam e se divertiam no gramado, dentro da tenda armada e em todos os cantos da Teia. As crianças são presentes que os seres humanos recebem todos os dias. De maneira natural elas encantam as pessoas, trazem alegria para o mais tristes e me fizeram perceber o presente que o presente me oferecia.
O grupo Urucungos – que coordenam o projeto do ponto de cultura Nos caminhos de São Paulo – sabia dar o tom perfeito para aquela criançada. Elas batucavam e dançavam as músicas do grupo, conduzidas pela sabedoria de Alceu e seus irmãos e irmãs.
Ahhh como é bom existir para viver dias como esse! Mas mesmo nesse clima de alegria tivemos um momento de tensão. O pequeno Chico subiu na árvore e lá em cima foi picado por formigas que o fizeram cair no chão.
Seu braço foi quebrado com a queda e seu choro pode ser ouvido por todos. Logo aquele acontecimento gerou uma tensão. E de maneira rápida o pequeno Chico foi conduzido para o hospital.
Por alguns segundos houve silêncio, as crianças cochichavam: Você viu o braço dele? Ficou mole. Quebrou!
“Calma, calma! Não criemos pânico”. A sabedoria dos membros da Teia e do grupo Uruncungos conduziram novamente todos à oficina, aquele havia sido apenas um acidente. Mais um no currículo do pequeno Chico, que tem a vontade e curiosidade de mil homens em um só. Ele está bem agora, terá de ficar alguns meses longe das árvores, mas já já ele volta!
O trabalho foi retomado e de maneira simples e verdadeira Alceu e sua turma continuaram a oficina. Fazendo todas as crianças voltarem a sorrir, tocar, cantar e dançar.
Aquele dia foi mais um presente que a vida me ofereceu e que com palavras tento oferecer a vocês.
Um beijo a quem chegou até aqui. E para aqueles que nunca lerão essas palavras, um abraço e tenham um bom dia.
Teia das Ações
23 de Março de 2010, 0:00 - sem comentários aindaA Teia das Ações é parte da programação da Teia 2010, e será o momento em que as Ações do Programa Cultura Viva irão se reunir.
Cada Ação tem uma programação própria de atividades.
26 de março
14h às 16h – Apresentações de Pontões de Cultura
16h30 às 18h – Debates
Cultura Digital no Conselho Nacional de Política de Cultura- CNPC?
27 de março
9h às 10h30 – Apresentações de Pontos e Pontões de Cultura
10h30 às 12h – Debates
14h às 16h – Apresentações
Propostas e ações da Rede Nacional dos Pontões em Cultura Digital
16h às 18h – Debates
Cultura Digital no Ministério da Cultura
Apresentação das ações desenvolvidas pelo Ministério da Cultura da Cultura em Cultura Digital na Secretaria de Políticas Culturais – SPC, Secretaria de Cidadania Cultural – SCC e Rede dos Pontos de Cultura.
28 de março
10h às 12h – Apresentação e Aprovação de Propostas na Plenária Final.
Confira detalhes da programação Ação Cultura Digital.
Conferência Nacional de Cultura
22 de Março de 2010, 0:00 - sem comentários ainda
Resultado final da II CNC
Após três dias de debates, os participantes da II Conferência Nacional de Cultura (II CNC), realizada em Brasília, de 11 a 14 de março, elegeram as 32 prioridades e as 95 prioridades setoriais que nortearão as políticas públicas para o setor.
Segundo o Minc as prioridades eleitas serão tratadas uma a uma, de acordo com sua natureza. Algumas poderão servir para incrementar políticas públicas já existentes, outras devem se transformar em projetos de lei para envio ao Congresso Nacional ou, ainda, integrarem ações interministeriais de estimulo a áreas afins, como cultura e educação, por exemplo.
Pré-Conferências
Todos os estados realizaram suas conferências, elegendo 743 delegados ao todo. Mais de 200 mil pessoas estiveram diretamente envolvidas nas etapas estaduais e municipais. Novidade nesta edição, as conferências setoriais – 19 no total - tiveram 3.193 inscrições de candidatos a delegados. Além de deliberar, esses encontros têm o objetivo de estimular a criação e o fortalecimento de redes de agentes e instituições culturais do País.
Moções
A Plenária Final aprovou 31 das 38 moções que serão encaminhadas e incluídas nos anais da Conferência.
Quão Negro Somos - Notícias do fronte - Parte 2
22 de Março de 2010, 0:00 - sem comentários aindaTexto e foto por Carlos Magalhães - Ponto de Cultura Massa Coletiva
Mais um dia do ritual Quão negros somos... Voltamos ao auditório no prédio da Prefeitura Municipal de São Carlos. No palco estavam presentes, Márcio Griô representando a Ação Griô, Alceu representando o ponto de cultura Nos caminhos de São Paulo. Vivian representando a Teia das culturas, Denner representando a Prefeitura Municipal de São Carlos e Paulo representando câmara técnica das relações étnico raciais. Na plateia muitas pessoas que estiveram presentes no primeiro dia, voltaram para dar continuidade à sua formação, construindo novas visões de mundo a partir do evento.
Provavelmente essas pessoas estarão presentes em todos os momentos da programação do Quão negros somos. Recebendo a mensagem e passando adiante, para as pessoas de sua família, seus amigos, seus companheiros de trabalho.
E o tema da mesa é importante: Mesa de debate – perspectiva na relação entre saberes populares e escolares. Márcio é um mestre, um sábio. Uma pessoa que encadeia as palavras como versos tornando lírica qualquer comunicação. E através da poesia que ele expôs o trabalho da Ação Griô, contou sobre sua origem e deixou sua contribuição na mesa.
Depois Alceu trouxe sua experiência sobre o ponto de cultura Nos caminhos de São Paulo e o grupo Urucungos, falou de pedagogia de bar e outras experiências inéditas para muitos que estavam presentes. Lá em Campinas, o trabalho dos Urucungos se baseia na ação social e também no resgate histórico e cultural sobre a trajetória de muitos pretos que viveram naquela região, construindo o Brasil e sendo massacrados pelos historiadores brancos. O trabalho do Urucungos é o tipo de trabalho necessário, urgente, que precisa ser feito e espalhado por todos os cantos, para que novos Urucungos brotem da terra, tornando-se novos pontos de resgate e transformação social, histórica e cultura do continente latino americano.
A mesa prosseguiu, agora com os representantes da cidade falando. Pelo que entendi nosso contexto é um dos mais avançados do Brasil no que tange à políticas públicas para os afro-descendentes. Discorrer sobre como agora a sociedade e o poder público estão se movimentando, demandaria um outro texto, que pode surgir de maneira mais interessante através das mãos de um de seus participantes.
Ao fim ouve um breve debate entre o público e os participantes da mesa. Seguido de mais uma apresentação artística. O grupo Rochedo de Ouro iniciou um cortejo de Maracatu e conduziu todos para fora do paço municipal – o prédio da prefeitura que havia citado no começo do texto.
Quão Negro Somos - Notícias do fronte - Parte 1
20 de Março de 2010, 0:00 - sem comentários ainda
Texto e foto por Carlos Magalhães - Ponto de Cultura Massa Coletiva
Atrasado, correndo, pegando a câmera na mão, pronto para disparar fotografias digitais. Assim começou a noite de quinta-feira às 19h30 do dia 19 de março de 2010, para um dos fotógrafos do evento.
Mas cheguei na hora H! A M.C. chamava as pessoas para falarem, enquanto o público que enchia o salão/auditório/teatro aguardava o início de mais um trabalho, mais um ritual, mais uma cerimônia.
Estamos na abertura do evento Quão negros somos... Um momento de atualização política e cultural da cidade de São Carlos, organizado pela TEIA CASA DE CRIAÇÃO. O nome do evento já merece destaque, é uma frase forte que nos leva à reflexão.
Quão negros somos? Quão negros somos! Quão negros somos...
Foram apresentadas pela M.C. diversas personas de São Carlos, mas poucos falaram, poucos tinham algo a dizer. Nesses momentos de diálogo, de comunicação oral e direta. As palavras ganham uma dimensão potente e efêmera. Efêmera, por se dissipar em nossa memória com o passar dos anos mas potente por construir na memória de nossas vidas algo que levaremos para sempre.
E dentro deste contexto uma boa notícia! Novos pontos de cultura estão chegando à cidade de São Carlos! Através da parceira – ou convênio – entra a Prefeitura Municipal de São Carlos e o Governo Federal.
Cabe agora aos pontos de cultura que existem na cidade se aproximar, juntar forças, para introduzir o programa cultura viva, conhecer, conversar e trocar com outros grupos culturais da cidade, acelerando suas inserções no processo cultural colocado em nosso país.
E era isso que estava acontecendo naquele espaço. As pessoas estavam semeando ideias, forças, caminhos possíveis para um futuro próximo.
E contando histórias da vida e dos pontos de cultura, que Célio Turino encerrou sua fala.
Poucos segundos de silêncio se instauraram no salão, a calmaria antes da tempestade. Até começar e ecoar os trovões e as palavras de deusas até então misteriosas e desconhecidas.