Texto e foto por Carlos Magalhães - Ponto de Cultura Massa Coletiva
Atrasado, correndo, pegando a câmera na mão, pronto para disparar fotografias digitais. Assim começou a noite de quinta-feira às 19h30 do dia 19 de março de 2010, para um dos fotógrafos do evento.
Mas cheguei na hora H! A M.C. chamava as pessoas para falarem, enquanto o público que enchia o salão/auditório/teatro aguardava o início de mais um trabalho, mais um ritual, mais uma cerimônia.
Estamos na abertura do evento Quão negros somos... Um momento de atualização política e cultural da cidade de São Carlos, organizado pela TEIA CASA DE CRIAÇÃO. O nome do evento já merece destaque, é uma frase forte que nos leva à reflexão.
Quão negros somos? Quão negros somos! Quão negros somos...
Foram apresentadas pela M.C. diversas personas de São Carlos, mas poucos falaram, poucos tinham algo a dizer. Nesses momentos de diálogo, de comunicação oral e direta. As palavras ganham uma dimensão potente e efêmera. Efêmera, por se dissipar em nossa memória com o passar dos anos mas potente por construir na memória de nossas vidas algo que levaremos para sempre.
E dentro deste contexto uma boa notícia! Novos pontos de cultura estão chegando à cidade de São Carlos! Através da parceira – ou convênio – entra a Prefeitura Municipal de São Carlos e o Governo Federal.
Cabe agora aos pontos de cultura que existem na cidade se aproximar, juntar forças, para introduzir o programa cultura viva, conhecer, conversar e trocar com outros grupos culturais da cidade, acelerando suas inserções no processo cultural colocado em nosso país.
E era isso que estava acontecendo naquele espaço. As pessoas estavam semeando ideias, forças, caminhos possíveis para um futuro próximo.
E contando histórias da vida e dos pontos de cultura, que Célio Turino encerrou sua fala.
Poucos segundos de silêncio se instauraram no salão, a calmaria antes da tempestade. Até começar e ecoar os trovões e as palavras de deusas até então misteriosas e desconhecidas.
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