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Relato Sobre Nossa Participação no Evento: “Os Laboratórios de Fabricação Digital, Como Ponte Entre a Universidade e a Sociedade.

25 de Maio de 2016, 14:39 , por Jesulino Alves de Souza - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Fab Lab - Laboratórios de Fabricação Digital

Unicamp – Campinas 18 de Maio de 2016

 

Organizado pelo Museu de Ciências da Unicamp, o evento  “Os Laboratórios de Fabricação Digital, Como Ponte Entre a Universidade e a Sociedade". reuniu professores, pesquisadores, alunos e implementadores de laboratórios de fabricação digital públicos, privados e de universidades.

 

No período da manhã foram apresentados iniciativas e experiencias de laboratórios e pesquisas de universidades, como da faculdade de arquitetura e urbanismo da Usp que implantou um Laboratório que serve de referência para iniciativas públicas e privadas de implantação de novos laboratórios, coordenado pelo prof. Paulo Eduardo Fonseca de Campos.

 

Sempre considerando quatro linhas de reflexão e ação, como: Democratização do conhecimento, empoderamento das pessoas e das comunidades, Inovação social e tecnológica, e Empreendedorismo, as apresentações e discussões desenvolveram baseadas em projetos, desafios e casos de sucesso na implantação de laboratórios e surgimento de novas ideias a partir deles.

 

Algumas Organizaçoes ações e projetos mostrados.

Garagem Fablab – http://garagemfablab.com.br

Associação Fab Lab Brasil www.fablabbrasil.org

Fab Lab SP. (Fau Usp) www.fablabsp.org

Bioac Academi - Lab Biologia

Olabi Cumbuca Xerém – Rio de Janeiro http://olabi.co

Gambiarra Favela Tech www.gambiarrafavelatech.org

Fab Lat Kids http://fablabkids.org

Fab Lab edu.

 

“As máquinas envelhecem, mas o conhecimento é permanente e não envelhece”

“A alma da rede é o espirito de colaboração”

“Ao pensar um novo projeto, sempre penso; para quê e para quem?. Este é quase um mantra, ou um principio norteador”

 

São frases do Prof. Paulo Eduardo para justificar a importância das iniciativas e a atuação coletiva e colaborativa do projeto, bem como os seus verdadeiros objetivos.

 

Fiz duas indagações aos palestrantes representantes da academia no evento, considerando as falas e na minha opinião, o modo centralizador das universidades em relação a localização dos laboratórios e museus que impedem logisticamente a participação da população carente nestas experiências.

 

É possível Fazer Fab Labs temáticos conforme as características e as necessidades das comunidades, bem como suas vocações locais? Poderíamos inverter a ordem ou a lógica da troca de conhecimento na relação universidade e comunidade? A universidade que tem recursos poderia ir a comunidade, pois a comunidade tem dificuldades de romper o isolamento confortável e o distanciamento dos seus museus e laboratórios do restante da população periférica?

 

Considerando que os centros de pesquisa e os laboratórios não devem reter conhecimento, poderiam considerar uma clausula, onde os projetos e ou produtos desenvolvidos a partir destes espaços, tenham que ser abertos, livres e disponibilizados através de licença pública livre para que não haja apropriação do conhecimento financiado com dinheiro público e impeça sua adaptação e evolução para novas experiências coletivas a beneficio da sociedade?

 

No Período da Tarde, foram apresentadas experiências de fab labs públicos e atividades desenvolvidas nos espaços.

 

A professora Regiane Trevisan, representando os fab labs do estado de Santa Catarina, apresentou a rede Pronto 3D - Uma rede de laboratórios de fabricação digital aplicada ao design e arquitetura com polos em Florianópolis (FabLab Pronto) Lages, Criciuma e Chapecó, além de uma rede fab lab móvel organizada em uma kombi.(Laboratório Móvel de Inclusão digital) o projeto é financiado pelo governo do estado de Santa Catarina através da Fapesc.

Os Laboratório de prototipagem e novas tecnologias orientadas estão divididos por categorias, segundo cada público.

Pronto Kids

Pronto Teen

Pronto Senior

pronto social.

O Laboratório Móvel de Inclusão digital – Kombi, - atende Comunidades, Escolas, Penitenciárias.

www.redepronto3d.com

 

Mensagem de reflexão que estimula o trabalho prático.

Se eu leio eu esqueço. Se eu vejo eu lembro, se eu faço eu aprendo”.

 

Juliana Pessoa, coordenadora dos Fab Labs da prefeitura de SP. Apresentou o projeto FABLab Livre SP, uma rede de 12 laboratórios de fabricação digital criada pela prefeitura de São Paulo e instalados em espaços da prefeitura nos c.e.u.s, - Centro educacional unificado e outros espaços da prefeitura nos bairros periféricos da Cidade.

As atividades são focadas em empreendedorismo de startups, cursos para estudantes das escolas públicas, e disponibilização do equipamento e suas tecnologias disponíveis para a comunidade do entorno.

Os laboratórios, são equipados com o que há de mais moderno em máquinas e equipamentos e é considerada a maior e uma das mais modernas redes pública de laboratórios de fabricação digital do mundo. São administrados pelo instituto de tecnologia Social – ITS – selecionado através de concorrência pública.

Mais informações:
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/servicos/noticias/?p=211665

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/servicos/noticias/?p=216937

 

Julianapessoa@prefeitura.sp.gov.br

http://fablablivresp.art.br

 

Na sequencia das atividades do Fórum, foi apresentado o projeto FAB SOCIAL, coordenado por Alex Garcia da prefeitura de Guarulhos.

O projeto Fab Social Originário das mesmas idéias dos Fablabs, ou laboratórios de fabricação digital, leva para as crianças e adolescentes das comunidades periféricas do entorno dos C.E.U. - Centro Educacional Unificado – e dos Telecidadanias - ( laboratórios de inclusão digital da prefeitura de Guarulhos) oficinas e atividades lúdicas que levam as crianças a entender de forma simples, pedagógica e didática, noções de lógica, robótica, desenho e fabricação digital, através de softwares e impressões, construindo imagem 3D, Fortalecendo o conceito de autonomia, criatividade e liberdade de conhecimento.

No momento o fab social tem parceria com o CTI na mediação de bolsa com os alunos do Instituto Técnico federal – Campus Guarulhos – Para os cursos em desenhos digitais com o aplicativo Scratch e oficinas de fabricação digital aos usuários dos Laboratórios telecidadanias.

O fab social está inserido dentro do programa de inclusão digital da prefeitura de Guarulhos, via comitê gestor do programa de inclusão digital da prefeitura de Guarulhos – CGID – sob coordenação do departamento de informática e telecomunicações – DIT – com participação integrada de várias secretárias.

Alex garcia, reforçou a necessidade de transformar os projetos em politicas publicas, receber investimentos via orçamentos e parcerias para manter e ampliar as ações e atividades em beneficio das populações mais carentes. Ressaltou também a importância da união das redes de fab labs para fortalecer as iniciativas de forma global.

digitalsocialfab@gmail.com

 

O fórum foi finalizado com palestra de Sherry Lassiter, diretora da FAB Fundation, entidade sem fins lucrativos, destinada a promover a capacitação técnica das pessoas, ampliando suas possibilidades de desenvolvimento em suas comunidades por meio de ferramentas e inovação. Sherry é uma das idealizadoras do programa FabLab do MIT e da rede internacional de laboratórios de fabricação digital de acesso público, incluindo mais de mil espaços em 75 países.

Na sua apresentação, ela mostrou imagens e vídeos de experiências práticas de Fab Labs pelo mundo, que comprovam as muitas oportunidades e possibilidades deste projeto, surgindo laboratórios especializados e com atividades voltadas a educação, a economia, a medicina, ao empreendedorismo e muitos outros campos da atividade humana.

 

No resumo geral do fórum e suas apresentações, ficou claro que o movimento Fab Lab já é uma forte tendência mundia e nacional, que começa a se articular em rede e desperta interesse tanto do setor acadêmico, como dos setores públicos e privados. Algumas iniciativas públicas, como se destaca a rede municipal da prefeitura de São Paulo, já se inclui como mais um projeto de inclusão digital de forte potencial mobilizador e deve ser institucionalizado como politica pública para garantir sua operacionalidade, financiamento e estar inserido nas comunidades a serviço das pessoas e do desenvolvimento social e local.

Apesar das ferramentas tecnológicas de última geração disponibilizadas, os laboratórios de fabricação digital deve ser vistos não como uma atividade industrial para satisfação das curiosidades e necessidades das pessoas, mas como mais uma forma de inclusão de inúmeras possibilidades de inserção comunitária, numa visão critica e humanista da produção e consumo de forma coletiva colaborativa e descentralizada.

 

Participaram pela prefeitura de Guarulhos:

Rodrigo Afonso – Coordenador - Dit – Depto. Informática e Telecomunicações.

Alex Garcia – Inclusão Digital - Fab Lab - DIT. Depto. Informática e Telecomunicações.

Jesulino Alves - Inclusão Digital – Dit - Depto. Informática e Telecomunicações.

Cintia Mattos – Dit - Inclusão Digital - Fab Lab - DIT. Depto. Informática e Telecomunicações.

Sergio Murilo – Dpie – Depto de planejamento e informática na Educação.

Carlos Brasil – SAS – Secretaria de desenvolvimento e Assistência Social.

Alex Abbes Marques – SAS - Secretaria de desenvolvimento e Assistência Social.

Marinilzes Melo – Núcleo de Ciência e Tecnologia – Secretaria de Desenvolvimento Econômico

 

 

 

 

 

 

 

 


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