Dos dias 25 a 29 de janeiro participei em Porto Alegre do Fórum Social Mundial com minha irmã. O fórum como um todo foi bastante prejudicado pelo fato de não possuir uma agenda unificada e, ao mesmo tempo, ter ocorrido espalhado por toda grande Porto Alegre. Com excessão do primeiro dia em que acompanhei o movimento de economia solidária na marcha de abertura em Porto Alegre, acabei ficando todos os dias em Canoas participando do Diálogo Interplanetário de Cultura Livre. Vou relatar brevemente o evento nas próximas linhas:
26 manhã: o professor Christophe Aguiton falou sobre cultura livre em termos gerais. Ele definiu alguns eixos principais do assunto e focou principalmente no que ele chamou de "novos individualismos".
26 tarde 1: o professor Pablo Ortellado contextualizou históricamente o evento. Depois falaram o Sebastian da radio La Tribu e a professora Marilina Winik ainda sobre cultura livre.
26 tarde 2: O tema foi direito autoral. O professor Guilherme Carboni faloi sobre como as leis brasileiras tratam o tema. Me interessou aprender que para participar da OMC os países tem de aceitar diversas normas de direito autoral. O ministro da cultura em exercício José Vaz deu uma passada no evento para falar algumas palavrinhas sobre planos do governo com relação a direitos autorais. Segundo ele, esse assunto ficou em segundo pois estavam focados na lei Rouannet, mas que logo o governo deve olhar para o assunto com mais cuidado.
27 manhã: O Renato Rovai contou a história da revista Fórum. O Alejandro (la tribu) e o Fernando (TV Antena Negra) falaram um pouco sobre a nova lei argentina de audio-visual. Minha impressão é que a defende a democratização dos meios de comunicação, mas não aponta os caminhos. Finalmente, a Carol do intervozes falou da CONFECOM e do esforço dos grandes meios de comunicação em boicotá-la.
27 tarde: O tema foi novos modelos de negócio. Um palestrante apresentou o red panal (um site de criação de música colaborativa). Em seguida o Fernando Anitelli contou a história do Teatro Mágico e de como eles se libertaram da dependencia das gravadoras. Por fim, o Allan de Rosa falou sobre a editora Toró e seus 10.000 exemplares produzidos e vendidos na periferia de São Paulo.
28 tarde: O grupo todo se reuniu para planejar um encontro de cultura livre a ser realizado ano que vem em São Paulo. Discutimos desde possíveis datas, formatos e formas de financiamento.
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