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24 de Julho de 2009, 0:00 - sem comentários aindaSaiu a edição de julho da [GNU/]Linux Magazine Brasil, com meu artigo GNU e Linux, uma questão de renome. Também disponível em formato texto aqui.
Até blogo...
GNU e Linux, Uma Questão de Renome
24 de Julho de 2009, 0:00 - sem comentários aindaGNU e Linux, Uma Questão de Renome
Alexandre Oliva <lxoliva@fsfla.org>
Publicado na edição #56, de julho de 2009, da [GNU/]Linux Magazine Brasil.
http://linuxmagazine.com.br/article/gnu_e_linux_uma_questaeo_de_renome
Em 1983, Richard Stallman lançou o projeto GNU, para construir um corpo de software suficiente para utilizar computadores em liberdade. Em 1991, ainda lhe faltava um núcleo (kernel). Foi quando Linus Torvalds publicou o seu, projetado para funcionar junto ao GNU. Outro primata (sem ofensa) o batizou Linux. Outros ainda começaram a chamar também a combinação dos dois de Linux, o que continua dando confusão até hoje.
Sempre Fizemos Assim?
Diz o folclore científico que colocaram alguns primatas numa jaula com um cacho de bananas no alto. Toda vez que algum deles tentava subir para apanhar as bananas, levavam todos um banho de água gelada. Aprenderam. Trocaram um dos primatas, que logo viu as bananas e se animou. Logo apanhou. Não as bananas, mas dos outros, que não queriam o banho gelado. Trocaram outro, que apanhou do mesmo jeito, e assim continuou, mesmo depois que todos tinham sido trocados e nenhum deles sequer sabia do banho gelado que nem levariam mais. “Todos sempre fizemos assim!”, responderiam primatas falantes ao questionamento de uma tradição arraigada, como se o comportamento anterior, justificado ou não, fosse justificativa suficiente. O curioso de usarem esse argumento para justificar chamar GNU+Linux só de Linux é que, na verdade, nem sempre fizemos assim.
Linus queria chamar de Freax esse núcleo que escreveu, mas acabou aceitando Linux. Apresentava-o como um kernel semelhante ao do Minix e ao do Unix. Ainda que tomasse como equivalentes kernel e sistema operacional, não deixava de lembrar o papel essencial do “grande e profissional” GNU, sem o qual “não se chega a lugar algum”, pois dele vinha “a maioria das ferramentas usadas com o Linux”, ainda que “não façam parte da distribuição” do Linux. Note, ele escreveu “usadas com”, não “no” Linux, e o que ele chamava de distribuição era só o núcleo, os arquivos linux-X.Y*.tar.* que ele publica até hoje. Mas não tardou para que surgissem distribuições executáveis combinando GNU e Linux.
Contando na História
Dos duzentos programas executáveis incluídos na versão mais antiga ainda disponível da primeira distribuição bootável, MCC Interim 0.97p2-12 (agosto de 1992), pelo menos 115 eram tomados diretamente do projeto GNU, sem contar as porções mais significativas da libc, emprestadas do projeto GNU, e outras bibliotecas menos evidentes, ligadas estaticamente. Com essa proporção de 115 para 1, não faria nem sentido chamá-la Linux, como de fato não se fazia naquele tempo.
Slackware, a mais antiga distribuição ainda viva, também não carrega Linux no nome. A partir da lista de programas de uma versão do início de 1994, pode-se ver que de seus 53MiB de pacotes binários, mais de 16MiB provinham diretamente do projeto GNU (o maior contribuidor), seguido por X, TeX e outros componentes que já haviam sido portados para o sistema operacional GNU somando pouco mais de 11MiB, e Linux, lá atrás, com duas cópias (para discos IDE e SCSI) totalizando 621KiB. Com 30% diretamente do projeto GNU, contra 1.1% Linux, nem faria sentido chamar a combinação de Linux.
Embora Linus tenha anunciado seu kernel Linux como “free” (gratuito), esse programa se tornou “Free” (Livre) somente em março de 1992, após consulta pública sobre relicenciamento sob a então recém-lançada GNU GPL versão 2, no anúncio do Linux 0.12. Já em outubro do mesmo ano, Richard Stallman convidava voluntários a preparar distribuições do GNU baseadas em Linux, e assim nasceram, com apoio da FSF, o projeto Debian e a distribuição Debian GNU/Linux, predominantemente baseada no GNU, como qualquer outra.
Removidas da licença original do Linux as restrições à venda, não tardou para que surgissem distribuições comerciais. A primeira, lançada no final de 1992, se chamava Yggdrasil Linux/GNU/X, carregando no nome seus três principais componentes.
A União Faz a Força
Essa combinação do GNU com Linux, e depois com a interface gráfica X11, foi um imenso sucesso nas comunidades de Software Livre. Desenvolvedores do projeto GNU passaram a contribuir também para o Linux, e desenvolvedores do Linux passaram a contribuir também para o projeto GNU, ainda que muitas vezes por meio de forks temporários. Muito mais significativo foi que a combinação atraiu muitíssimos novos colaboradores, e passaram não só a contribuir aos projetos já existentes, mas também a criar novos projetos destinados a funcionar nessa combinação.
Além dos voluntários, mais empresas começaram a se dedicar a essa união, criando distribuições e oferecendo-as comercialmente. Depois da Yggdrasil, SuSE e Red Hat se uniram ao conjunto de empresas contribuindo para o desenvolvimento do Linux, do GNU e de outros programas que funcionavam nesse ambiente, enquanto vendiam cópias aos entusiastas. Começaram a surgir cada vez mais aplicativos ditos para Linux, embora funcionassem igualmente noutras variantes do sistema GNU. Como não usam as interfaces do Linux, e sim as da GNU libc, é possível substituir o núcleo Linux por outro sem necessidade de alterar as aplicações, nem mesmo recompilá-las.
A Desunião se Faz à Força
Mas enquanto a comunidade GNU se preocupava em mencionar os dois componentes mais importantes da combinação e temia uma fragmentação da comunidade, desenvolvedores do Linux tentavam esconder a relevância do GNU, fazendo parecer que o mérito por todo aquele corpo de software era exclusivamente do Linux.
Tão bem sucedida foi a campanha de descrédito que hoje muita gente crê e afirma (corretamente) que Linus escreveu o Linux, mas entende (erroneamente) que se trata de fração majoritária, ou mesmo significativa, do corpo de software que integra a combinação de GNU, Linux et al. Ainda hoje, embora os dois projetos tenham crescido muito, em grande parte graças ao sucesso que alcançaram juntos, Linux continua quase uma ordem de grandeza menor que o GNU, e o GNU continua sendo o maior componente de qualquer distribuição de GNU com Linux.
Ainda que seja normal, ao dar crédito a um contribuidor menor de uma obra, dar pelo menos o mesmo crédito a um contribuidor maior, diversos desenvolvedores iniciais do Linux defendem com unhas e dentes o uso do nome de seu programa para a combinação toda. Argumentam que foram eles que completaram o sistema, ao qual faltava apenas essa peça, e por isso exigem o renome exclusivo, como se houvesse mérito maior em chegar por último. Imagine como seriam diferentes os domingos de Fórmula 1 com o Tema da Vitória fazendo fundo para berros vibrantes como “Rrrrubens, Rrrrubens, Rrrruuubens Barrichello do Brasil, num final dramááático, receeebe a bandeirada na úúúltima posição!”
De Volta ao Planeta dos Macacos
Com um lado buscando a união pela cooperação, enquanto o outro encarava a situação como uma batalha, uma competição destrutiva em que se fazia o primeiro parecer irrelevante, prevaleceu o descrédito e a agressão. E como, “desde os primórdios até hoje em dia, o homem ainda faz o que o macaco fazia”, continua-se propagando essa injustiça, e uma porção de primatas acha normal e natural agredir quem denuncia a injustiça tentando corrigi-la, pois “sempre fizemos assim!”
Mas não vejo nesse resultado uma batalha perdida, até porque estou entre os que não encaram a questão como batalha, mas como campanha de conscientização social. Se fosse só pelo crédito, seria tão fútil e mesquinha quanto a campanha de descrédito ao GNU.
Porém, a confusão gerada pela suposição de que Linus deu origem a todo o sistema, desconsiderando toda a influência e todo o esforço levado a cabo pelo Movimento Software Livre e pelo projeto GNU, empresta legitimidade indevida à (não) ideologia de Linus, fazendo parecer que foi ela que deu origem ao sistema e fomentou seu sucesso. Mas é uma ideologia tão diferente da que deu origem à maior parte desse sistema, majoritariamente GNU, que aceitou até que Linux voltasse a ser não-Livre.
A confusão entre Linux e GNU+Linux se realimenta, pois o sucesso foi fomentado pela combinação, pela união dos apoiadores de ambas filosofias e muitos outros, não exclusivamente por uma ou outra. Ao negar o renome ao GNU e à sua filosofia, nega-se também, à maioria dos usuários do sistema GNU, credibilidade e exposição à filosofia que norteou a criação do sistema que Linus julgou essencial para que o Linux fosse utilizável desde o início de sua história.
Ao negar essa realidade, dificulta-se mediante engano a campanha de conscientização que embasa o movimento Software Livre. Certamente há quem tenha interesse, quase sempre mesquinho, em induzir a esse engano (mentira), em impedir a conscientização sobre os males do Software não-Livre (manipulação), em preservar essa injustiça à fonte da qual mamou (ingratidão).
Nada justifica negar a natureza predominantemente GNU da combinação de GNU, Linux et al, para afirmar somente sua porção Linux. Independentemente da ideologia, dar a entender que a combinação é mais Linux que GNU é uma mentira.
Farpas e Falácias
Ainda assim, inventam desculpas as mais estapafúrdias para tentar justificar o destaque exagerado ao Linux no nome da combinação, em detrimento do GNU. Em quase todos os casos, o argumento para negar o reconhecimento ao GNU justificaria com ainda mais força a exclusão da menção ao Linux, por isso se trata da falácia “dois pesos, duas medidas”. Se nenhum dos componentes menores que o GNU fosse mencionado, não haveria injustiça ao GNU em excluí-lo também.
Vale lembrar que referir-se ao Linux por seu próprio nome não é problema. Esse núcleo não é um programa GNU e ninguém está tentando obter crédito indevido por ele. O que se busca é apenas corrigir a injustiça que se instaurou ao se renomear a combinação de GNU, Linux et al a Linux.
Outras falácias, como a lógica circular (a confusão realimentada, logo acima) e o apelo às massas (“todos sempre fizemos assim”, no início), são também usadas para justificar o injusto e injustificável erro. Vá lá, errar é humano, mas aprender também. Assumir o erro, nem tanto, mas insistir no erro... há quem faça, com teimosia típica asinina.
Injustamente, a Humanidade é Desumana
Primatas pensantes, com aguçado senso de justiça, moral e ética e capacidade de aprender, não mais desmereceriam o bo(vi)níssimo GNU só porque “sempre fizeram assim” primatas tradicionalistas, equinos teimosos, canídeos infiéis, suínos chauvinistas, preguiças acomodados, outros ingratos mamíferos da fonte do GNU e até ab(ez)errações pinguíneas, né? NÉ?!
Copyright 2009 Alexandre Oliva
Cópia literal, distribuição e publicação da íntegra deste artigo são permitidas em qualquer meio, em todo o mundo, desde que sejam preservadas a nota de copyright, a URL oficial do documento e esta nota de permissão.
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Tron: Jogando por Liberdade
5 de Julho de 2009, 0:00 - sem comentários aindaTron: Jogando por Liberdade
Alexandre Oliva <lxoliva@fsfla.org>
Publicado na quarta edição, de julho de 2009, da Revista Espírito Livre.
Quem não lembra do zumzumzum sobre o filme “Tron, uma Odisséia Eletrônica”, em meados dos anos 1980? Na época eu brincava com videogames, era fascinado por programação e me interessei muito pelo filme. No entanto, por alguma razão, não assisti a esse marco na história da ficção científica e dos efeitos especiais antes de esbarrar nele, outro dia, numa loja de DVDs na Internet.
Embora a história seja interessante e sedutora como tantas outras batalhas entre o bem e o mal, e os efeitos de computação gráfica ainda impressionem, levando-se em conta sua idade, o que me fez vibrar foram frases como “Esta é a chave para uma nova ordem! Este disco de código significa liberdade!”, “Meu usuário tem informação que poderia... que poderia tornar este sistema novamente livre!” e “Este é o Tron. Ele luta pelos usuários.” Fez-me pensar se Richard Stallman foi inspirado pelo filme, lançado pouco mais de um ano antes do projeto GNU.
Tron, pra quem não sabe ou não lembra, era um programa escrito para monitorar as comunicações do mainframe da ENCOM, computador controlado pelo malévolo Master Control Program, ou MCP, anagrama do então prevalente CP/M. Kevin, brilhante ex-funcionário da ENCOM e autor de vários jogos eletrônicos por ela comercializados, tentava invadir o mainframe para reunir provas de que era ele o autor dos jogos que valeram muitas promoções ao executivo que assumiu sua autoria, numa jogada que lembra a compra do Quick and Dirty Operating System pela Microsoft para fornecer o sistema operacional para o IBM PC, assim como vários lances ainda mais traiçoeiros entre Microsoft e Apple retratados no filme “Piratas do Vale do Silício”.
MCP reclamou ao executivo sobre Tron: “Não posso tolerar um programador independente me monitorando. Você tem ideia de quantos sistemas eu invadi, de quantos programas eu me apropriei?”. Bloqueou o acesso de Tron e seu autor, que recorreu então à ajuda de Kevin. Este acaba sendo “digitalizado” por uma máquina desenvolvida por um cientista que, em discussão com o executivo, afirma que “É para atender às requisições dos usuários que servem os computadores!”, de que o executivo discorda: “Servem para promover nossos negócios”. Estava aí plantado o embate entre o controle das computações pelos usuários e por aqueles que se creem no direito de obter vantagens abusivas privando-os desse controle, através de negação de código fonte, Gestão Digital de Restrições (DRM), Tivoização, direito autoral, patentes, EULAs e por aí vai.
Kevin, digitalizado, encontra Tron, feito à imagem e semelhança de seu autor, e muitos outros programas apropriados pelo MCP. São todos obrigados a atuar em jogos eletrônicos, como gladiadores nos circos do Império Romano. A preocupação com usuários era ridicularizada e condenada: “O MCP os escolheu para servir o sistema na arena de jogos. Aqueles que continuarem a professar a crença nos usuários receberão o treinamento padrão abaixo do padrão, o que acabará resultando em sua eliminação. Aqueles que renunciarem a essa crença supersticiosa e histérica serão elegíveis para a Elite Guerreira do MCP.”
Um programa de cálculo de juros compostos manifestava sua frustração com os desmandos do MCP: “Fala sério! Mandar-me aqui para atuar em jogos?! Quem ele calcula que é?” Para um guarda do MCP, ameaçava: “Vocês vão deixar meu usuário muito bravo!”, ao que o guarda respondia com escárnio: “Que maravilha! Outro maluco religioso!” Na época, ainda não chamavam aqueles como nós, que lutamos pelos usuários, de xiitas ou fundamentalistas.
Depois de jogar e vencer, Kevin (“Do outro lado da tela parecia bem mais fácil!”) e Tron acabam escapando da arena de jogos e, após perseguições e batalhas emocionantes no espaço virtual, chegam ao MCP e previsivelmente o derrotam, libertando o sistema, os programas, as linhas de comunicação e os usuários. Embora algum conhecimento de informática ajudasse a entender alguns dos chistes do filme, como o “End Of Line”, ou “Fim da Linha”, com que o MCP terminava suas conversas, não precisa ser nem software nem desenvolvedor para compreender por que foi tão comemorada a queda do MCP na ficção.
Já no mundo real, o MCP continua espalhando o terror entre jogos e outros tipos de programas, através de DRM, formatos de arquivo e protocolos secretos, falta de acesso ao código fonte, desvios de padrões estabelecidos, introdução à força de falsos padrões, computação em nuvem, licenças excessivamente limitadas, EULAs cada vez mais abusivas e ameaças através de patentes de software. Se o MCP se valia, para acumular poder, de acesso indevido a computadores de terceiros, um dos motes do AI-5.0 do Senador Azeredo, outros vilões visionários da vida real tentam levar a cabo o desastre que previu Bill Gates em 1991: “Se houvessem entendido como patentes seriam concedidas quando a maior parte das idéias de hoje foram inventadas e houvessem obtido patentes, a indústria estaria totalmente estagnada.”
Não ajuda quando desviam o foco dos Trons, que lutam pelos usuários, e glorificam os Kevins, que entraram na história em busca de diversão e atrás de seus próprios interesses mesquinhos. É como glorificar o mercenário Han Solo, de Guerra nas Estrelas, por seu papel na vitória da Aliança Rebelde, esquecendo de todo o trabalho anterior feito pelos rebeldes e do total descomprometimento de Han Solo com a causa. Não é à toa que, quando a FSF foi agraciada com o “Prêmio Linus Torvals” na [GNU/]LinuxWorld de 1999, Richard Stallman traçou esse paralelo: “É tão irônico como conceder o Prêmio Han Solo à Aliança Rebelde.” Linus e Kevin apenas por acaso participaram de batalhas cruciais na longa luta pelos usuários e certamente não tomam partido nessa guerra, assim como Han apenas por acaso participou de uma batalha contra o Império.
Como cada vez mais interesses mesquinhos cooptam Linuses, Kevins e Hans, que perseguem, como sempre fizeram, seus próprios interesses, precisamos de cada vez mais Richards e Trons para fortalecer a Aliança Rebelde na luta pelas liberdades cerceada pelos MCPs e pelo Império. Vamos lutar pelos usuários e jogar o jogo para reconquistar nossas liberdades, ou deixar os MCPs tomarem o controle de tudo e darem a última palavra até o “Fim da Linha”?
Copyright 2009 Alexandre Oliva
Cópia literal, distribuição e publicação da íntegra deste artigo são permitidas em qualquer meio, em todo o mundo, desde que sejam preservadas a nota de copyright, a URL oficial do documento e esta nota de permissão.
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blogs/lxo/2009-06-29-fisl10.pt
29 de Junho de 2009, 0:00 - sem comentários aindaGnus, mais gnus e menos gnus
As duzentas fotos tiradas com RMS no FISL estão disponíveis! Conforme combinado, as fotos que tirei foram publicadas no BR-[GNU/]Linux.org, com um vídeo bônus de RMS dançando com o Eric fantasiado de GNU.
Quero agradecer a todos que colaboraram e deixaram pra tirar as fotos na sessão organizada, para não privar RMS de um dia inteiro de trabalho do RMS pela liberdade de todos nós. As duzentas fotos tomaram, no total, cerca de meia hora. Se cada uma delas houvesse sido tirada de forma desorganizada, o desperdício de tempo teria sido de mais de 9 horas.
Aproveito pra agradecer também ao Eric e aos diversos voluntários que vestiram a fantasia, por toda a energia que emprestaram ao GNU; ao Matt Lee, da FSF, que posou de GNU nas fotos nessa sessão, e ao artista plástico Jésus Sêda, que confeccionou a fantasia, a pedido da FSFLA, e fez outra sem custo adicional, de presente para Richard Stallman. E isso tudo antes de a gente descobrir que ele é tio da GNUrsula!
Por falar em gnus, ofereço recompensa a quem souber do paradeiro de dois gnus de pelúcia da Larissa, minha filha, perdidos entre o stand das FSFs e a saída no primeiro dia do FISL. Ela nem levou bonecas ao FISL, queria levar só os seus gnus. Conseguimos perder ambos enquanto ela dormia. Faça uma criança triste sorrir novamente!
Registro ainda os parabéns à organização do FISL 10 pelo tremendo sucesso e pela preferência merecida, mas frequentemente esquecida por muitos, dada ao gnu no presente ao presidente Lula. Afinal, o símbolo do Software Livre é o GNU! Tux é o mascote do Linux, que já voltou a ser software proprietário faz tempo. É por isso que existe o Linux-libre! Obrigado a todos que contribuíram para a divulgação desse projeto, adquirindo e usando as camisetas do Freedo: foram mais camisetas do que a gente jamais tinha sequer feito pra um FISL, e as camisetas com a estampa nas costas formando um GNU com o texto da GPL, apesar de mais caras, acabaram já no segundo dia! Mas já estamos fazendo mais! Quem quiser, entre em contato por e-mail que a gente dá um jeito!
Valeu, comunidade do FISL! Ano que vem tem mais!
Até blogo...
– Alexandre Oliva Fundação Software Livre América Latina
Deixa o Stallman trabalhar, pra sair bem na foto
18 de Junho de 2009, 0:00 - sem comentários aindaDeixa o Stallman trabalhar, pra sair bem na foto
Sabe aquela piada: “A cada quatro minutos uma pessoa é atropelada no Brasil. Além de estar toda quebrada, ela não tem tempo pra fazer mais nada!”? Richard Stallman, pai do GNU, é essa pessoa, atropelada por nada menos que câmeras fotográficas. Cada foto é um minutinho, mas de grão em grão... Quinhentos minutinhos desses somam mais que um turno de oito horas improdutivas. Deixa o homem trabalhar! É pela nossa liberdade que ele trabalha. Mas ficar sem foto também não dá, né?
A solução, proposta pelo próprio Richard, é uma sessão de fotos rápida e organizada, com 4 a 6 pessoas em cada foto, todas tiradas pelo mesmo fotógrafo, com a mesma câmera. Vamos fazer assim no FISL 10? O site BR-[GNU/]Linux se ofereceu para publicar e hospedar as fotos dessa sessão.
Então, já sabe, não queime seu filme! Querendo tirar foto com Richard Stallman no FISL, na faixa, esteja no sábado, dia 27, no stand das FSFs, número 27, após sua palestra “Os Perigos das Patentes de Software”. Forme um grupinho pra sair bem na foto, ensaie a pose e, quando chegar sua vez, corra pro abraço e sorria dizendo GNU/Linux.
Legalidades
Quem posar nessa sessão de fotos recebe automaticamente permissão do fotógrafo e das outras pessoas que posem na mesma foto para modificar, publicar e sublicenciar a foto, nos termos que bem entender.
Em contrapartida, concede permissão para uso de sua imagem registrada na foto, para publicação na forma de galeria de fotos dessa sessão, pelo BR-[GNU/]Linux, e para quaisquer usos, por quem mais apareça na mesma foto.
Copyright 2009 Alexandre Oliva
Cópia literal, distribuição e publicação da íntegra deste artigo são permitidas em qualquer meio, em todo o mundo, desde que sejam preservadas a nota de copyright, a URL oficial do documento e esta nota de permissão.
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