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Projeto Cyber Treinamento

2 de Janeiro de 2010, 0:00 , por Software Livre Brasil - 33 comentários | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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A ONG Fabricando Empresários tem o objetivo de desenvolver empreendedores em áreas carentes.

Ela possui também um telecentro que está iniciando um projeto de inclusão digital através das Lan Houses

Objetivo do Projeto: Permitir a utilização plena das TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação) através de treinamentos em Lan-houses.

A idéia é a seguinte: como existem lan-houses em toda parte, mesmo nos
locais mais carentes ou distantes do brasil, nós alugarímos a
Lan-house nos períodos de menor movimento para oferecer treinamentos
de Informática. Esses treinamentos precisam ser curtos (uma hora),
tratar de assuntos específicos e que serão utilizados pelos alunos (
Currículo, e-mail, etc).

O projeto já está pronto e está sendo apresentado a instituições como
CDI, Telemar e Jornal O Globo. Porém, não precisamos esperar os
patrocinadores e estamos pondo a mão na massa. Iremos contratar uma
pessoa para divulgar os treinamentos nas comunidades e já temos Lans
Interessadas. O primeiro bairro que está servindo de experiência é o
Km 32 da Antiga Rio-SãoPaulo (entre Campo Grande e Nova Iguaçú) mas
nada impede de atendermos a qualquer outra comunidade do Rio de
Janeiro.

Vamos desenvolver os planos de aula de maneira colaborativa e todo o projeto estará disponível na web.
O ponto principal para que o projeto funcione são justamente os planos de aula. Uma Lan não foi criada para ensinar coisas, mas se tornou um local de grande aprendizado - fenômeno que esta se tornando até assunto de pesquisas em universidades.
Entre características de uma lan temos:
  • Rotatividade de frequentadores.
  • Forte presença de jovens com conhecimento prévio de informática
  • Cadeiras voltadas para os pcs, sem quadro.
  • Baixo poder aquisitivo, nas comunidades.
  • Diversidade de programas, versões e interfaces gráficas.
O desafio é construir um sistema de ensino que permita realizar as principais tarefas da vida profissional ou aproveitar os benefícios da tecnologia independente do ambiente encontrado (empresa, casa, escola, Windows XP, Vista ou Ubuntu) e atendendo a todas essas características.
Para isso o aluno precisa aprender a aprender: saber explorar o computador e interpretar a interface gráfica que estiver diante dos seus olhos. Esse assunto não se esgota aqui. O que vamos fazer é utilizar um dos caminhos possíveis de maneira coerente.
  • Rotatividade de frequentadores: Algumas pessoas não fazem cursos de informática por trabalharem em horários irregulares. Outras simplesmente não conseguem manter o interesse por muito tempo e desistem dos cursos que fazem (e muitos deles não ajudam...). A solução é estruturar os cursos em pequenos workshops de 1 hora tratando de assuntos bem específicos e que sejam de interesse do aluno. Evitaremos a palavra "aula" ou "curso" para não confundirem com os cursos tradicionais. Chamaremos esses workshops de TREINAMENTOS. Por exemplo: podemos fazer um treinamento de currículo, de e-mail, de redação no computador, de blogs, e assim por diante. Os treinamentos serão independentes. Isso quer dizer que podem ser feitos em qualquer ordem e não há necessidade de termos turmas de longa duração. Cada dia, um treinamento diferente.
  • Forte presença de jovens com conhecimento prévio de informática: Hoje muitas pessoas possuem bons conhecimentos sobre informática. Por isso os treinamentos serão divididos em níveis:
  1. Nível Iniciante: Pessoas que não possuem e-mail ou que tem pouca experiência com o computador.
  2. Nível Usuário: Pessoas que já possuem e-mail e utilizam o computador frequentemente.
  3. Nível Avançado: Pessoas que já tem e-mail e fizeram cursos de office, cursos técnicos, etc.
  • Ao trabalharmos assuntos específicos evitamos repetir conhecimentos que o aluno já possui. Ele se matricula apenas nos treinamentos que tiver interesse.
  • Cadeiras voltadas para os pcs, sem quadro: O conteúdo da aula será colocado em no máximo uma folha por terinamento. Todo o conteúdo estará disponível on-line em slides. A aula deve começar com uma rápida explicação teórica e depois parte-se para aplicação daquele conteúdo.
  • Baixo poder aquisitivo, nas comunidades: Ao invés de cobrarmos R$ 80,00 por mês em um curso de longa duração, será cobrada uma taxa por  treinamento suficiente para pagar a lan-house e manter o projeto. Inicialmente  a taxa será de R$ 10,00. Muitas pessoas não podem pagar a mensalidade de um curso, mas podem pagar um pequeno valor por aquilo que realmente precisa.
  • Diversidade de programas, versões e interfaces gráficas: Todo o conteúdo do curso deve ser construído para permitir ao aluno interpretar a inteface gráfica. O lema dos treinamentos é pare, pense, click. Não devemos ensinar apenas caminhos prontos, mas exigir do aluno que leia e tente, pelo menos tente, compreender o que um ícone, um botão ou um aviso significam.
Tudo isso parece muito bonito na teoria. Da prática temos o 1º e 2º Ciclo de Oficinas que foi ministrado na ONG Fabricando Empresários, onde eu testei alguns destes conceitos.
Para colocar tudo em prática precisamos ter planos de aula consitentes de forma que mesmo um instrutor novato possa aplicar sem problemas.
Peço a colaboração de todos para preparar estes planos e iniciarmos os trabalhos para valer em 2010. Toda a metodologia, depois de pronta, estará disponível para que outras pessoas ou instituções utilizem. Queremos que a idéia se espalhe para tornar as lan-houses em ambiente de aprendizado e não apenas de simulação de tiro.

 


Tags deste artigo: lan-houses treinamento. inclusão digital ensino

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