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27 de Maio de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.

Tecnologia da Informação não é luxo: é direito de todos!


Um roteiro para o Webdesign Livre

7 de Novembro de 2013, 15:57, por Luiz Bruno Vianna

O principal objetivo do blog Webdesign Aberto e de outras inciativas que implementei a partir do ano de 2012, como o curso Webdesign com Software Livre e o grupo no Facebook (https://www.facebook.com/groups/392495810787263/ )é pesquisar, ensinar e popularizar o uso de Software Livre ou OpenSource no design para a Web. A inspiração para isso vêm do fato da maioria dos designers e webdesigners rejeitarem os Sistemas Operacionais GNU/Linux com a desculpa de que os seus programas favoritos (Adobe Photoshop, Flash, Fireworks, Dreamweaver, etc…) não possuem versões oficiais para Linux. O problema é agravado pelos cursos rápidos encontrados em qualquer esquina que formam usadores de programas. A maioria destes cursos não forma designers nem profissionais de tecnologia, embora vendam este sonho com preços altíssimos.

Gostaria de humildemente propor um roteiro para popularização dos sistemas abertos neste setor do mercado. É apenas um caminho, dentre tantos outros caminhos possíveis para alcançar este objetivo.

Em relação ao Software:

Listar programas e seus principais recursos

Para começar é importante selecionar os programas que já existem atualmente. Alguns são bem conhecidos pelos usuários outros nem tanto. É importante encontrar boas alternativas e destacá-las.

Outra preocupação é a respeito das liberdades de software. Existem programas que podem ser considerados Software Livre (Free Software) segunda a definição de Richard Stallman (http://www.gnu.org/philosophy/free-sw.pt-br.html ). Outros possuem certas restrições por utilizar códigos de terceiros, pelo uso de tecnologias proprietárias ou devido ao modelo de negócios adotado pela empresa de software responsável pelo sistema. Estes são chamados de programas de Código Aberto (Open Source). Este é o caso do Aptana, um IDE de código aberto mas com certas restrições comerciais.

Comparar os programas abertos com os proprietários.

Não sejamos ingênuos. O Software Livre (SL) compete diretamente com os programas fechados e eles são comparados o tempo inteiro pelos usuários. Precisamos avaliar os recursos existentes nestes programas e pensar o que pode ser feito no mundo OpenSource. Não significa copiar todos os recursos, mas apenas reproduzir ou superar os recursos que forem necessários e úteis. O ecossistema de SL costuma ser mais dinâmico do que as grandes empresas de software. Precisamos usar esta vantagem a nosso favor para tornar as aplicações melhores e mais fáceis de usar.

Propor ou implementar modificações nos programas.

A partir das comparações e avaliações feitas pelos usuários, podemos propor às comunidades de desenvolvedores a implementação de certos recursos que possam facilitar a vida de designers e webdesigners. Talvez não seja possível implementar estes recursos imediatamente, mas podemos desenvolver plugins ou hacks que resolvam nossos problemas e com o tempo estas implementações podem ser adotadas pela versão oficial de cada programa.

Os profissionais que possuírem habilidade em programação, devem envolver-se nestas comunidades de desenvolvedores. Aqueles que não possuem esta habilidade devem buscá-la, pois vivemos em um mundo de software. Aprender a programar é o primeiro passo para dominar as tecnologias que movem o século XXI.

No entanto, sem fanatismos! Para mim, o software tem que ser produzido para o usuário, e não para os desenvolvedores. Porém o Software Livre oferece a maravilhosa possibilidade de aprofundar-se, conhecer a aplicação a fundo, e modificar para qualquer propósito! Essa liberdade é o argumento imbatível que as aplicações proprietárias nunca poderão oferecer. Junto com a facilidade de uso, não existirá motivo para não adotar soluções livres e abertas.

Promover o uso de programas abertos.

Conhecendo os principais programas e fortalecendo suas comunidades de desenvolvedores, precisamos (cada usuário, cada comunidade, cada simpatizante, todos!) trabalhar para promover o Software Livre. Não precisa formatar o computador do vizinho à força. Nem realizar um discurso de 2 horas sobre liberdade. Temos que ter paciência com os novatos – ou recomendar alguém que tenha. Temos que convencer os “formadores de opinião” – se é que isso existe… Temos que melhorar os métodos de ensino para que todos aprendem. Temos que falar a língua do usuário. Os “gênios” do software não vão ficar menos inteligentes por fazer isso.

Incentivar o engajamento de desenvolvedores.

Todo esforço para promover o uso de Software Livre não faz sentido se não aumentarmos o número de desenvolvedores ativos. Outras formas de contribuição também são muito importantes, como documentação, tradução, detecção de falhas e correção de erros.

O Brasil necessita de mão-de-obra na área de tecnologia e o Software Livre representa uma grande oportunidade de democratizar o acesso ao conhecimento tecnológico.

Em relação a aprendizagem:

Listar cursos e conteúdos educacionais.

Existem diversas apostilas, cursos, tutoriais, vídeos, fóruns e outros materiais ensinando a respeito dos programas que podem ser usados para a criação de sites e sistemas para a internet. Após definirmos quais são esses programas, torna-se necessário elencar os conteúdos já produzidos a respeito.

Produzir novos cursos e conteúdos educacionais.

A partir dessas pesquisas é importante produzir cursos e novos conteúdos a sobre Webdesign utilizando Software Livre. Mesmo que sejam desenvolvidos cursos pagos, é importante permitir que a informação circule livremente pela Web e gere o impacto necessário. A Caleum é um exemplo de curso que disponibiliza suas apostilas gratuitamente, tornando-se uma referência de cursos para desenvolvimento Web.

Pesquisar novos métodos de aprendizagem.

Muitos profissionais de tecnologia são autodidatas. Isso demonstra que os cursos formais não são a única forma de aprender com qualidade. As comunidades de prática, comuns na internet, as plataformas de mídia social, os jogos educacionais, os dojos e hackerspaces são grandes exemplos de aprendizado fora do modelo tradicional com quadro (ou projetor), professor e aluno. É importante entender essas metodologias e aplicá-las ao ensino de aplicações livres.

Um ecossistema diferente.

O mercado e todo o ecossistema que envolve o Software Livre é bem diferente do ecossistema que envolve os programas proprietários. O fluxo de trabalho de um designer para web que utiliza o pacote da Adobe pode ser bem diferente de um que utiliza exclusivamente SL.

Apenas uma exemplo: o nosso AdobeBoy pode começar ligando o seu Mac e abrindo o Photoshop. Após criar os layouts ele pode fatiar e abrir o arquivo exportado para o Dreamweaver. Depois disso ele pode codificar e subir para o servidor.

Uma outro designer, habituado ao linux pode começar o seu dia ligando o computador com Linux, abrindo o terminal, criando um banco de dados e instalando o WordPress. Depois ele instala um tema que será personalizado. Só então ele abre o Gimp ou o Inkscape para criar os gráficos necessários.

Embora eu tenha exagerado um pouco, isso demonstra o quanto pode ser diferente o trabalho de um webdesigner habituado ao Software Livre. É preciso entender essas diferenças e evidenciar as vantagens de utilizar programas Open Source.

O futuro é open!

As duas grandes tendências da web hoje são o clowd computing e o mobile. É impossível desenvolver um website sem pensar nos dispositivos móveis que irão acessá-lo. Em ambas as tendências o Software Livre leva vantagem. Em termos de clowd, as melhores soluções são baseadas em Linux e dominam o mercado de servidores. Quanto ao mobile, o Android, Sistema Operacional para celulares mais utilizado no mundo, é baseado no kernel do Linux. A Mozilla Foundation e a Canonical também já apresentaram alternativas de sistemas operacionais de código aberto para celulares.

Com o perdão de todas as imprecisões e exageros, peço a colaboração de todos os amantes do Software Livre. Conto com vocês para criticarem, sugerirem e ajudarem com a tarefa de disseminar liberdade por este país. O que mais pode ser feito? Quais rumos podemos seguir? Você gostaria de sugerir programas ou conteúdos educacionais a respeito de Webdesign? Fique livre para postar o seu comentário!

 

Texto publicado orignalmente no Blog Webdesign Aberto:

http://webdesignaberto.wordpress.com



Projeto Cyber Treinamento

2 de Janeiro de 2010, 0:00, por Software Livre Brasil - 33 comentários

 

A ONG Fabricando Empresários tem o objetivo de desenvolver empreendedores em áreas carentes.

Ela possui também um telecentro que está iniciando um projeto de inclusão digital através das Lan Houses

Objetivo do Projeto: Permitir a utilização plena das TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação) através de treinamentos em Lan-houses.

A idéia é a seguinte: como existem lan-houses em toda parte, mesmo nos
locais mais carentes ou distantes do brasil, nós alugarímos a
Lan-house nos períodos de menor movimento para oferecer treinamentos
de Informática. Esses treinamentos precisam ser curtos (uma hora),
tratar de assuntos específicos e que serão utilizados pelos alunos (
Currículo, e-mail, etc).

O projeto já está pronto e está sendo apresentado a instituições como
CDI, Telemar e Jornal O Globo. Porém, não precisamos esperar os
patrocinadores e estamos pondo a mão na massa. Iremos contratar uma
pessoa para divulgar os treinamentos nas comunidades e já temos Lans
Interessadas. O primeiro bairro que está servindo de experiência é o
Km 32 da Antiga Rio-SãoPaulo (entre Campo Grande e Nova Iguaçú) mas
nada impede de atendermos a qualquer outra comunidade do Rio de
Janeiro.

Vamos desenvolver os planos de aula de maneira colaborativa e todo o projeto estará disponível na web.
O ponto principal para que o projeto funcione são justamente os planos de aula. Uma Lan não foi criada para ensinar coisas, mas se tornou um local de grande aprendizado - fenômeno que esta se tornando até assunto de pesquisas em universidades.
Entre características de uma lan temos:
  • Rotatividade de frequentadores.
  • Forte presença de jovens com conhecimento prévio de informática
  • Cadeiras voltadas para os pcs, sem quadro.
  • Baixo poder aquisitivo, nas comunidades.
  • Diversidade de programas, versões e interfaces gráficas.
O desafio é construir um sistema de ensino que permita realizar as principais tarefas da vida profissional ou aproveitar os benefícios da tecnologia independente do ambiente encontrado (empresa, casa, escola, Windows XP, Vista ou Ubuntu) e atendendo a todas essas características.
Para isso o aluno precisa aprender a aprender: saber explorar o computador e interpretar a interface gráfica que estiver diante dos seus olhos. Esse assunto não se esgota aqui. O que vamos fazer é utilizar um dos caminhos possíveis de maneira coerente.
  • Rotatividade de frequentadores: Algumas pessoas não fazem cursos de informática por trabalharem em horários irregulares. Outras simplesmente não conseguem manter o interesse por muito tempo e desistem dos cursos que fazem (e muitos deles não ajudam...). A solução é estruturar os cursos em pequenos workshops de 1 hora tratando de assuntos bem específicos e que sejam de interesse do aluno. Evitaremos a palavra "aula" ou "curso" para não confundirem com os cursos tradicionais. Chamaremos esses workshops de TREINAMENTOS. Por exemplo: podemos fazer um treinamento de currículo, de e-mail, de redação no computador, de blogs, e assim por diante. Os treinamentos serão independentes. Isso quer dizer que podem ser feitos em qualquer ordem e não há necessidade de termos turmas de longa duração. Cada dia, um treinamento diferente.
  • Forte presença de jovens com conhecimento prévio de informática: Hoje muitas pessoas possuem bons conhecimentos sobre informática. Por isso os treinamentos serão divididos em níveis:
  1. Nível Iniciante: Pessoas que não possuem e-mail ou que tem pouca experiência com o computador.
  2. Nível Usuário: Pessoas que já possuem e-mail e utilizam o computador frequentemente.
  3. Nível Avançado: Pessoas que já tem e-mail e fizeram cursos de office, cursos técnicos, etc.
  • Ao trabalharmos assuntos específicos evitamos repetir conhecimentos que o aluno já possui. Ele se matricula apenas nos treinamentos que tiver interesse.
  • Cadeiras voltadas para os pcs, sem quadro: O conteúdo da aula será colocado em no máximo uma folha por terinamento. Todo o conteúdo estará disponível on-line em slides. A aula deve começar com uma rápida explicação teórica e depois parte-se para aplicação daquele conteúdo.
  • Baixo poder aquisitivo, nas comunidades: Ao invés de cobrarmos R$ 80,00 por mês em um curso de longa duração, será cobrada uma taxa por  treinamento suficiente para pagar a lan-house e manter o projeto. Inicialmente  a taxa será de R$ 10,00. Muitas pessoas não podem pagar a mensalidade de um curso, mas podem pagar um pequeno valor por aquilo que realmente precisa.
  • Diversidade de programas, versões e interfaces gráficas: Todo o conteúdo do curso deve ser construído para permitir ao aluno interpretar a inteface gráfica. O lema dos treinamentos é pare, pense, click. Não devemos ensinar apenas caminhos prontos, mas exigir do aluno que leia e tente, pelo menos tente, compreender o que um ícone, um botão ou um aviso significam.
Tudo isso parece muito bonito na teoria. Da prática temos o 1º e 2º Ciclo de Oficinas que foi ministrado na ONG Fabricando Empresários, onde eu testei alguns destes conceitos.
Para colocar tudo em prática precisamos ter planos de aula consitentes de forma que mesmo um instrutor novato possa aplicar sem problemas.
Peço a colaboração de todos para preparar estes planos e iniciarmos os trabalhos para valer em 2010. Toda a metodologia, depois de pronta, estará disponível para que outras pessoas ou instituções utilizem. Queremos que a idéia se espalhe para tornar as lan-houses em ambiente de aprendizado e não apenas de simulação de tiro.

 



E os Telecentros?

4 de Julho de 2009, 0:00, por Software Livre Brasil - 22 comentários

Esse é meu primeiro post aqui na SL Brasil. Estou teclando do Telecentro da ONG Fabricando Empresários (www.fabricandoempresarios.org.br) . Por isso o tema. Apesar da presença do "CARA" a 10ª Fisl, a política do governo Federal em relação ao Software Livre parece um pouco confusa. Podemos citar como exemplo o desenvolvimento da TV digital e o Programa Telecentros.

Lula

 

Para quem não lembra, no início do Governo Lula foram desenvolvidos centro de acesso público e gratuito (pelo mennos em tese) à internet. Esses centros utilizavam o Linux (Debian Etch) em um servidor com alguns terminais burros pendurados nele. (terminal burro é aquele computador que dá o boot pela rede e não precisam nem de hd)

O Governo Federal doava os Computadores, configurava a rede e dava o treinamento. A institução contemplada (geralmente uma ONG) por sua vez, ficava responsável pelos encargos com conexão, telefone, mão de obra, manutenção, etc. Algumas instituções, porém, não tinham Know-how nesse tipo de iniciativa - a inclusão digital. Sinceramente não sei o que aconteceu com esses telecentros aqui no Rio de Janeiro. Em alguns Estados, como São Paulo e Porto Alegre, eles foram "adotados" pelos governos estaduais.

No caso específico deste telecentro de onde teclo, houve alguns anos de abondono, em parte por uma certa ignorância dos usuários e alguns administradores da instuição. No mês passado, fui chamado para assumir o telecentro e reativar os trabalhos. Pesquisando sobre o que tinha acontecido com o programa descobri que a distro utilizada - Debian Etch, lembra...- foi descontinuada e não existe qualquer suporte ou mesmo página com conteúdo recente para ajudar. Embora entusiasta e amante do linux, sempre estiver cercado de usuários do Windows, de alunos a professores da faculdade. Acho que o Software Livre passou longe da Zona Oeste do Rio...

E a Inclusão digital?


Pelo que diz o CGI (Comitê Gestor da Internet) nos últimos anos, quem promoveu a inclusão digital não foram os telecentros (com Linux)  mas as Lan-Houses (em muitos casos com Windows pirata). A questão central é: não existe inclusão digital de verdade sem Software Livre simplesmente porque o Software proprietário exclui os usuários por natureza própria.

Aqui no telecentro, vamos formatar o servidor e refazer a rede, agora utilizando o Ubuntu 9 e LTSP para os burrinhos (falo dos PCs, hein!). Estamos desenvolvendo metodologias de ensino para facilitar o acesso às TICs (Tecnologias de informação e Comunicação) e projetos para trabalhar com a comunidade e manter o Telecentro Funcionando. Quem estiver interessado pode me adicionar no Twitter:

@luizbweb

Hoje é 4/7/2009. Espero postar resultados positivos em breve. Até o próximo POST.

A importância das Lan-houses na inclusão digital: http://www.cetic.br/indicadores.htm

Como montar uma rede com Clientes burros: http://www.gdhpress.com.br/redeseservidores/leia/index.php?p=cap9-1

O que é LTSP: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ltsp