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Comunidade LibreOffice Brasil

7 de Dezembro de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
Comunidade LibreOffice Brasil

Bug submission assistant

24 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Have you seen our new and improved way of filing bugs for LibreOffice? This bug submission assistant was made by the community. ;-) Some more details on it is available in Loic’s blog post.




LibreOffice e Apache OpenOffice.org

19 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Não sou dos que compartilham o entusiasmo com a criação do projeto OpenOffice.org pela fundação Apache. Algumas coisas não batem.

Como sabem, sou membro do Steering Commitee da The Document Foundation e por ser atuante no trabalho feito dentro da TDF, a cessão do código levantou muitos questionamentos que não vi esclarecidos na enxurrada de e-mails e discussões que encheram minha caixa de entrada. Conhecendo o concorrente comum e quase monopólio no mercado, dividir esforços nessa hora não me pareceu adequado.

[olivier_hallot_07062010_964x1036.jpg]

Não vou contestar o direito da Oracle em ceder o código, marca etc... a quem quer que seja, mas convenhamos, a The Document Foundation era uma candidata a receber o código com muito mais naturalidade do que a Apache Foundation, isso pelo ponto de vista da comunidade de usuários e desenvolvedores e até pelo momento especial. Mas entendendo que a Oracle e a IBM são empresas que participam da “concorrência colaborativa” ou “colaboração concorrencial”, é natural entender que as duas empresas tem acordos comerciais confidenciais de intercambio ou tréguas sobre patentes, trocas de tecnologias e de oportunidades de mercado que as colocam tanto em oposição aqui quanto em colaboração ali. Isso explica o ferrenho empenho da IBM em apoiar o gesto da Oracle, além do óbvio que é utilizar o código do OpenOffice no Lotus Symphony, que lembremos, não é um produto com lista de preços.

Agora que o Apache OpenOffice está em incubação, não me compete mais discussão sobre a decisão. Em alguns aspectos é até positivo que seja incubado. Veremos o resultados da incubação. Mas ficam algumas questões em aberto que a comunidade em geral deve ponderar.

A primeira que vejo e das diferença de licenças. Em resumo, a TDF estipula para o LibreOffice a licença LGPLv3 + MPL (Mozilla Public License) e a Apache Foundation estipula para o OpenOffice a licença Apache V2. As duas são livres mas a Apache V2 permite que qualquer empresa empacote o software desenvolvido em um produto proprietário e faça dele a melhor comercialização que desejar. Já a licença do LibreOffice não permite fechar o código, e ele sempre será eternamente livre. Fica a pergunta aos contribuintes de código se se sentem bem em ter seu trabalho voluntário alavancando ganhos das empresas como IBM que, possivelmente não tem qualquer obrigação em retribuir para a comunidade os desenvolvimentos feitos em regime fechado.

Depois temos de considerar que, segundo a enxurrada de e-mails, a diferença de licenças permite ao projeto LibreOffice absorver qualquer desenvolvimento do Apache OpenOffice. No sentido inverso, isso não será possível visto que qualquer pedaço de código do LibreOffice não poderá ser relicenciado pela licença Apache V2 e não poderá ser incorporado ao OpenOffice.

As discussões também abordaram a linha de tempo. Ressalto que o afluxo de novos desenvolvedores ao LibreOffice permitiu uma enorme faxina no código do LO, notadamente na modernização de muitas partes do código que vinham de priscas eras, algumas com comentários em alemão que foram devidamente traduzidas e refatoradas. Os desenvolvedores do LibreOffice listaram uma coleção de “easy hacks” que atraiu grande contingente de novos colaboradores e com resultados notáveis na melhora de desempenho e de funcionalidades. Infelizmente este trabalho terá de ser refeito pela AF caso ela opte pela mesma linha de tarefas de faxina. Talvez eles publiquem uma lista de “easy hacks” similar.

Sobre a mesma linha de tempo, o LibreOffice já incorporou todas as novidades do antigo projeto OpenOffice na versão 3.4. O código cedido para a Apache Foundation ainda deverá ser incubado e não há previsão de lançamento da próxima versão. Fala-se de seis a doze meses de incubação para depois ser aprovado para release. Não sei dos detalhes de uma incubação, mas esse atraso acontecer, irá forçar ainda mais a separação dos produtos, resultando em dois softwares cada vez mais diferentes, pelo menos por dentro. Fica a pergunta sobre qual dos dois dará mais vantagens ao usuário, pressupondo que cada nova versão é melhor que a anterior, com bugs resolvidos.

Sobre a Apache Foundation desenvolver um “kernel” do OpenOffice, pergunto aos meus botões sobre a utilidade de um kernel sem as devidas aplicações e polimentos. Qual seria então o produto gerado pela Apache Foundation e o que faria um usuário com aquilo? Claro que essa situação cai como uma luva para qualquer empresa que queira fechar o “kernel-OOo” agregando penduricalhos para que seja vendável.

Fato é que, a meu ver, o ato de ceder o OpenOffice.org à fundação Apache e com sua licença Apache V2, junto com a estratégia do “kernel” irá levantar a barreira de entrada ao mundo OpenOffice.org, por criar um segmento de mercado de suites Office concentrado em empresas de grande porte como IBM ou outras capazes “produtizar” o software, ao que a licença do LibreOffice, por ser inapropriável, criará um segmento pulverizado e capilar de empresas de menor porte e indivíduos a fazerem negócios mundo afora, em com um produto já pronto pra uso e fácil interação com o desenvolvimento. Tudo dependerá do produto Apache OpenOffice.org e seu formato final. Mas a conclusão será: ou é mais da mesma coisa, ou haverá concentração de mercado do lado do Apache.

Essa concentração foi a pedra de toque da separação da comunidade do projeto OpenOffice.org, reagrupada no projeto LibreOffice. Na visão da The Document Foundation, o LibreOffice deve ser “vendor-neutral”, não privilegiando qualquer empresa ou ator na definição da condução do desenvolvimento e da fundação.

Mas minha ansiedade me atiça mais questionamentos: Senão vejamos, em que o modelo de negócios ao redor do Apache Ooo difere do modelo usado no StarOffice e no Oracle Open Office? Não tratavam do mesmo “kernel” com penduricalhos anexados? Eram as fontes e clip-arts extras? O suporte ao Adabas D? ou o suporte comercial da empresa ao usuário? Por que a Oracle não conseguiu sustentar o desenvolvimento próprio do Oracle Open Office e optou por se desfazer dele? Em que as empresas de software que fecharão o código e venderão o OpenOffice.org farão de melhor que a SUN ou a Oracle?. A resposta pode não estar em repetir o modelo e no usuário final, mas com certeza estará nas “enabling technologies” que serão embutidas nos produtos de empresas como IBM, invisíveis aos usuários finais. Um Apache Cloud seria uma possibilidade.

Resta-nos avaliar a evolução dos acontecimentos ao redor do tema da comunidade. Neste particular sabemos que qualquer software fechado ou aberto, depende de sua base instalada. Uma base instalada grande é sinônimo de sucesso e gerador de oportunidades de negócios dos mais diversos. Também foi muito debatido o tema da familiaridade da Apache Foundation com uma tecnologia destinada ao usuário final como uma suite office e sua adequação ao tratamento deste mesmo usuário. A linha de software da Apache sempre foi para os sysadmins. Mas como sou um indivíduo que não aposta na incompetência dos outros (as vezes me surpreendo desagradavelmente), devo considerar que haverá uma estrutura para gerar e gerenciar uma comunidade, qualquer que seja seu tamanho. A ver então, vis-a-vis do tema da concentração do mercado.

Dito isso, concluo ressaltando que a The Document Foundation já incorporou seu Engineering Steering Committee (comitê diretor de engenharia) e recentemente anunciou seu Advisory Board (comitê consultivo), que como anunciado, inclui a participação da SUSE, RedHat, Canonical, Google e Novell. Não é nada, não é nada, quem sabe isso é uma indicação de que pelo menos, o mundo Linux já fez uma escolha?

* fonte: blog de Oliver Hallot



LibreOffice Conference Program

19 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Paris, October 13 to October 15, 2011

Over 200 people – members of The Document Foundation and free software advocates – will gather in Paris to celebrate the first anniversary of the project and discuss ideas and new plans for the future

The Document Foundation announces the program of the first LibreOffice Conference, which will gather over 200 people – members of the project and free software advocates – in Paris from October 13 to October 15, 2011. The conference – which will be held in two locations: La Cantine de Silicon Sentier and the IRILL (Institut de Recherche du Logiciel Libre, or free software research institute) – is sponsored by: Cap Digital, IRILL and Région Île-de-France (Premium Sponsors); Canonical, Google, La Mouette, Novell/SUSE and RedHat (Gold Sponsors); AF83, Ars Aperta and Lanedo (Silver Sponsors). Logos and links to sponsors are available here.

On October 12, La Cantine will be open in the afternoon for registration and for a meeting of TDF Steering Committee, followed by a public Q&A session open to members of The Document Foundation and conference attendees. In the evening at 7 pm, Cap Digital will organize a welcome cocktail at their headquarters near the Bastille.

On October 13, the conference will start with a welcome address from the region authorities and the organizing committee, followed by TDF keynote speech summarizing the project achievements during the first year: development, infrastructure, community and marketing. The following presentations will be split into four different tracks, focused – again – on development, community, marketing and ODF, plus a technical “bird-of-feather” session. The program is available here.

The conference will continue in the evenings with get-together events, where the international community will have the opportunity to meet and mingle: on October 13 at 7 pm, there will be the Île-de-France Region special evening, with several keynotes and announcements; while on October 14 at 7 pm, there will be the AF83 Beer & Music evening.

Participation in the LibreOffice Conference is free of charge; all you need to do is to register here before the end of September.




InfoWorld awards Best of Open Source to LibreOffice

17 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

LibreOffice is one of the winners of InfoWorld BOSSIE – Best of Open Source – Awards 2011.

LibreOffice

OpenOffice.org desperately needed a rejuvenating shot in the arm, and it’s come in the form of the LibreOffice project, a variant of OO.o developed by the Document Foundation (the folks behind the ODF standard).

LibreOffice launches faster, runs more reliably, and sports an incrementally better set of features than OpenOffice.org – but what’s most important is the accelerated pace of development for the product.

The newest features show that much more attention to improving performance and making the product more like a business tool and less a me-too effort.

The latest version, LibreOffice 3.4.3, adds many useful functions: improved HTML export; better text rendering in Linux; better support for OLE links when importing an Excel document (crucial if you’re migrating away from Microsoft Office); fewer dependencies on Java for import/export and other tasks (another annoying shortcoming in OpenOffice.org); and a nonmodal Firefox/Chrome-like “Find” dialog.

They’re good additions all around.

LibreOffice’s spelling/grammar checking is still primitive compared to Microsoft Office, and there’s still a lot of clunkiness to the program.

But the whole package is finally headed in the right direction.

Doug Dineley, Executive Editor/Test Center, InfoWorld:

In every software category worth mentioning, you’ll find a competitive open source solution. And in some cases, open source is the only solution. Our 2011 Bossie Award winners represent the best that open source has to offer in application development, desktop productivity, mobile computing, and the data center.

By the way, behind the ODF standard there is OASIS and not TDF, which is a supporter of the standard and will soon apply for OASIS membership.




InfoWorld awards Best of Open Source to LibreOffice

17 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

LibreOffice is one of the winners of InfoWorld BOSSIE – Best of Open Source – Awards 2011.

LibreOffice

OpenOffice.org desperately needed a rejuvenating shot in the arm, and it’s come in the form of the LibreOffice project, a variant of OO.o developed by the Document Foundation (the folks behind the ODF standard).

LibreOffice launches faster, runs more reliably, and sports an incrementally better set of features than OpenOffice.org – but what’s most important is the accelerated pace of development for the product.

The newest features show that much more attention to improving performance and making the product more like a business tool and less a me-too effort.

The latest version, LibreOffice 3.4.3, adds many useful functions: improved HTML export; better text rendering in Linux; better support for OLE links when importing an Excel document (crucial if you’re migrating away from Microsoft Office); fewer dependencies on Java for import/export and other tasks (another annoying shortcoming in OpenOffice.org); and a nonmodal Firefox/Chrome-like “Find” dialog.

They’re good additions all around.

LibreOffice’s spelling/grammar checking is still primitive compared to Microsoft Office, and there’s still a lot of clunkiness to the program.

But the whole package is finally headed in the right direction.

Doug Dineley, Executive Editor/Test Center, InfoWorld:

In every software category worth mentioning, you’ll find a competitive open source solution. And in some cases, open source is the only solution. Our 2011 Bossie Award winners represent the best that open source has to offer in application development, desktop productivity, mobile computing, and the data center.

By the way, behind the ODF standard there is OASIS and not TDF, which is a supporter of the standard and will soon apply for OASIS membership.




LibreOffice lança os repositórios de Extentions e de Templates

14 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Comunidade LibreOffice lança os repositórios de extensões e de modelos para teste beta ao público.

Desenvolvedores estão convidados a contribuir com suas extensões.

http://extensions-test.libreoffice.org/liboextcenter01.png

O processo de revisão da comunidade contribuirá para sua qualidade e sua confiabilidade

LibreOffice, a suíte de escritório livre, tem a possibilidade de ser incrementada com centenas de extensões e modelos. Os usuários podem baixar estes extras para melhorar a funcionalidade da suíte e para ajustá-la às suas necessidades profissionais, ou por hobby. Os desenvolvedores poderão facilmente escrever suas próprias extensões e compartilhar as mesmas com milhões de usuários ao redor do mundo.

Até esta data, não havia uma infraestrutura estável e confiável para baixar essas extensões, mas a comunidade LibreOffice dedicou um considerável esforço para lançar esses repositórios públicos. Eles não só fornecem extensões e modelos para o LibreOffice, mas também para o OpenOffice.org e outras suítes compatíveis. Os usuários dessas suítes podem se beneficiar do trabalho e do compromisso de nossa comunidade, e estão desde já convidados a conferir a mais recente versão de nosso produto, que já inclui as extensões mais populares e incorporam muitas novidades.

http://templates-test.libreoffice.org/libotemplatecenter01.png

O novo site é acessível nos seguintes endereços: http://extensions-test.libreoffice.org e http://templates-test.libreoffice.org e foram criados com a cooperação da comunidade Plone, tecnologia sobre o qual se basearam os repositórios. Para garantir a qualidade e a confiabilidade das extensões oferecidas, um processo de revisão pela comunidade foi colocado em prática. Os voluntários da comunidade testarão e revisarão as extensões, e aqueles que cumprirem com os critérios serão marcados apropriadamente.

Convidamos todos os desenvolvedores a submeterem suas extensões e povoar o repositório, onde milhões de usuário mundo afora serão capazes de baixar e se beneficiar desse trabalho. Todas as extensões submetidas durante o teste beta público permanecerão no repositório após o teste, de forma que esta são suas chances de se juntar aos esforços desde o começo.

O LibreOffice permanece compromissado a fornecer aus usuários software de qualidade, sob licença livre e desta forma, nosso catálogo de extensões e modelos são publicados sob licenças livres.

Os novos sites estão disponíveis:


Tradução:
Olivier Hallot
Founder and Steering Commitee Member
The Document Foundation

Fonte: Blog da The Document Foundation



LibreOffice Conference schedule is online

13 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

The LibreOffice Conference schedule is online at http://conference.libreoffice.org/programme/
In case you haven’t registered yet, let us know about your participation at http://conference.libreoffice.org/conference-registration/




LibreOffice Conference schedule is online

13 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

The LibreOffice Conference schedule is online at http://conference.libreoffice.org/programme/
In case you haven’t registered yet, let us know about your participation at http://conference.libreoffice.org/conference-registration/




Sobre o ataque da Microsoft à soberania nacional: Wikileaks, Microsoft, ODF e OpenXML

12 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Há alguns dias fomos todos surpreendidos com um documento encontrado no CableGate, trocado entre a embaixada norte americana no Brasil e o Governo Norte Americano em 2007. De acordo com este documento, a Microsoft fazia gravíssimas acusações contra o governo brasileiro, e apesar de ter se feito de ‘tolinha’ pelo relato da reunião, pedia indiretamente uma intervenção do Governo Norte Americano para frear o avanço do ODF no Brasil, conseguir o apoio brasileiro para a aprovação do OpenXML na ISO, frear a parceria entre o comitê técnico brasileiro e demais comitês internacionais que discutiam o padrão, reduzir a influência do Brasil no debate internacional sobre o OpenXML, além de acusar o Ministério das Relações Exteriores e a Casa Civil de estarem executando uma campanha anti-americana. Pior do que isso, insinuam ainda que o ODF é um padrão anti-americano!

http://softwarelivre.org/furusho/odf/jomar-silva-latinoware-2009.jpg

Eu estava envolvido até o pescoço com tudo isso naquela época e tenho aqui todos os detalhes de bastidores que causaram esta reunião entre a Microsoft e o Embaixador Americano e posso afirmar categoricamente: Foi SIM um pedido velado de intervenção.

Como esclarecimento inicial, o XML citado de forma incompleta no documento é o OpenXML (o Open deve ter sido suprimido por quem relatou a reunião).

Para contextualizar o documento, é importante lembrar que começamos a trabalhar na avaliação do OpenXML no Brazil no início de 2007, e que votamos “NÃO” à aprovação do padrão em Setembro. O resultado desta votação foi a rejeição do padrão com mais de 3 mil defeitos técnicos apontados. Mesmo assim, de forma surpreendente, o SC34 resolveu agendar uma reunião de 5 dias para Março de 2008 em Genebra na Suiça para ‘discutirmos os mais de 3 mil problemas técnicos’. Esta reunião se chamou Ballot Resolution Meeting (BRM) e existe farta documentação em meu blog sobre ela e o seu resultado final, de mudança de voto surpreendente e aprovação do padrão.

Gostaria de deixar claro aqui que não acredito que esta reunião entre Microsoft e o representante maior do Governo Norte Americano no Brasil tenha sido uma iniciativa individual do Sr. Michel Levy, mas que tenha sido uma iniciativa da corporação. Apesar de funcionário da Microsoft o Sr. Michel Levy é brasileiro, e prefiro não acreditar que ele tenha, por iniciativa própria, decidido se esforçar para colocar o Governo Norte Americano contra o Governo Brasileiro, desrespeitando assim nossa soberania nacional e nosso mérito técnico.

A primeira pergunta que deixo aqui é em quantos outros países que votaram NÃO ao OpenXML o mesmo aconteceu, e quais destes países “acataram”um eventual puxão de orelha por parte do governo norte americano.

Sim, o puxão de orelha pode mesmo ter ocorrido, pois se notarem a linha geral do discurso usado aqui no Brasil, a decisão técnica nacional é apresentada como sendo algo contra os Direitos de Propriedade Intelectual (IPR), e uma das coisas que causam retaliação nos acordos de livre comércio com os Estados Unidos são as violações à Propriedade Intelectual. Estou cansado de colecionar boatos aqui dos tempos de OpenXML, onde possíveis sanções motivadas por estas violações foram trazidas à mesa para a negociação dos votos de governo em alguns países (se seu país mudou de voto depois de Setembro de 2007, pode investigar que vai encontrar um papel ‘chave’ para o governo nesta mudança de voto). Quem sabe um dia o Wikileaks nos ajuda a investigar de forma aprofundada isso também !

Ainda sobre a motivação da reunião, acho cômico o fato de que no último parágrafo do documento esta escrito que a Microsoft não estava pedindo ajuda ao Governo Norte Americano, e duvido que no meio diplomático veríamos ali algo como “a Microsoft veio pedir ajuda pelo amor de Deus, pois estes malditos nativos Sul Americanos estão estragando tudo !”… Se não foi para pedir ajuda, por que motivo fizeram a reunião ? Seria o Embaixador Americano um psicólogo especializado em frustrações corporativas ? Será que ele é blogueiro secreto de algum site internacional de fofoca ?

Se ele deu ‘conselhos’ à Microsoft no Brasil, será que ele pode também me dar os números da Mega Sena se eu for até lá ?

Voltando ao documento, fico imensamente irritado ao ver a Microsoft afirmar que o Governo Brasileiro estava pressionando a ABNT para adotar o ODF. A Microsoft era membro do comitê da ABNT na época, e tenho aqui uma ata de reunião a empresa concorda com a abertura do processo para a adoção do padrão ODF no Brasil. Fui o responsável por este processo dentro da ABNT e contamos com colaboração de diversos órgãos de governo e empresas privadas, seguindo todas as regras internas da ABNT, sem pressão alguma e o pior de tudo: todo o processo foi feito com acompanhamento da Microsoft, que era membro do comitê e optou por não nos ajudar com o trabalho de tradução do padrão  para o português do Brasil.

A Microsoft sabia que o Brasil mantém uma tradição dentro da ABNT de que não são adotadas no Brasil as normas internacionais que contaram com o voto de rejeição do Brasil na ISO. Em outras palavras, se a tradição não for quebrada, o OpenXML jamais será adotado no Brasil ! (e isso no final de 2007 era uma catástrofe para a empresa, que estava jogando pesado tudo o que podia para conseguir o carimbo da ISO no OpenXML).

Para piorar a situação, a troca de informações entre membros dos comités técnicos que avaliavam o OpenXML era constante, e ao ver que o Brasil tinha dado um voto NÃO muito bem embasado tecnicamente, foi natural começarmos a receber por aqui pedidos de colaboração de diversos membros de outros comitês. Eu mesmo perdi a conta do número de pessoas e comitês com quem me correspondi durante aqueles meses. Claro que novamente isso incomodava demais a empresa, pois passamos a distribuir por aí pontos de argumentação para os quais eles nunca teriam uma resposta aceitável, e isso estava de fato complicando bastante a vida deles para manipular o jogo no mundo todo.

Não vou comentar aqui as acusações feitas ao Ministério das Relações Exteriores, mas digo apenas que se o ministério se manifestou internacionalmente sobre os fatos da época, esta foi uma decisão soberana e devia ser aceita por todos (e aceitar não significa concordar ou aprovar). Trabalhar contra um posicionamento destes é trabalhar contra a soberania nacional, e isso é inadmissível !

Acho interessante ver como o mundo dá voltas, e ver que as pessoas que a Microsoft acusa de serem anti americanas, são atualmente o Ministro da Defesa (Celso Amorim) e a nossa Presidenta da República (Dilma Russef), que é acusada ainda de ser contra os direitos de propriedade intelectual. Espero que a assessoria de ambos leiam o documento, para que fique clara a imagem que a Microsoft tem dos dois !

Para finalizar, tentam ainda insinuar que o ODF é um padrão anti americano. Confesso que gostaria muito de saber o que a IBM, Oracle, Google e Red Hat (entre outras empresas americanas) pensam sobre o padrão, uma vez que trabalham há alguns anos em seu desenvolvimento e adoção. Na verdade eu prefiro que estas empresas expliquem diretamente ao Governo Norte Americano se o ODF é ou não anti-americano, e espero ainda que elas peçam esclarecimentos ao governo do seu país sobre atividades similares da Microsoft em outros países durante os anos de 2007 e 2008.

Para quem não acompanhou a história toda, o ODF foi adotado no Brasil, o OpenXML rejeitado por aqui e só não tivemos um papel maior no cenário internacional pois fomos calados no último dia do BRM, justo quando iriamos apresentar uma proposta que mudaria o final desta história. Já contei esta história aqui.

Obrigado ao WikiLeaks, por nos ajudar a começar a tirar os esqueletos do armário. Para quem quiser entender como a Microsoft trata e negocia com países que possuem políticas pró Software Livre, vale a pena ler este outro cable aqui. Divirtam-se !

* fonte: blog Jomar Silva

* Leia mais aqui...

* blog Pr. e Deputado Praczyk...

* Software Livre Brasil....



Sobre o ataque da Microsoft à soberania nacional: Wikileaks, Microsoft, ODF e Open XML

12 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

http://www.trezentos.blog.br/wp-content/profile-pics/25.jpgHá alguns dias fomos todos surpreendidos com um documento encontrado no CableGate, trocado entre a embaixada norte americana no Brasil e o Governo Norte Americano em 2007. De acordo com este documento, a Microsoft fazia gravíssimas acusações contra o governo brasileiro, e apesar de ter se feito de ‘tolinha’ pelo relato da reunião, pedia indiretamente uma intervenção do Governo Norte Americano para frear o avanço do ODF no Brasil, conseguir o apoio brasileiro para a aprovação do OpenXML na ISO, frear a parceria entre o comitê técnico brasileiro e demais comitês internacionais que discutiam o padrão, reduzir a influência do Brasil no debate internacional sobre o OpenXML, além de acusar o Ministério das Relações Exteriores e a Casa Civil de estarem executando uma campanha anti-americana. Pior do que isso, insinuam ainda que o ODF é um padrão anti-americano !

Eu estava envolvido até o pescoço com tudo isso naquela época e tenho aqui todos os detalhes de bastidores que causaram esta reunião entre a Microsoft e o Embaixador Americano e posso afirmar categoricamente: Foi SIM um pedido velado de intervenção.

Como esclarecimento inicial, o XML citado de forma incompleta no documento é o OpenXML (o Open deve ter sido suprimido por quem relatou a reunião).

Para contextualizar o documento, é importante lembrar que começamos a trabalhar na avaliação do OpenXML no Brazil no início de 2007, e que votamos “NÃO” à aprovação do padrão em Setembro. O resultado desta votação foi a rejeição do padrão com mais de 3 mil defeitos técnicos apontados. Mesmo assim, de forma surpreendente, o SC34 resolveu agendar uma reunião de 5 dias para Março de 2008 em Genebra na Suiça para ‘discutirmos os mais de 3 mil problemas técnicos’. Esta reunião se chamou Ballot Resolution Meeting (BRM) e existe farta documentação em meu blog sobre ela e o seu resultado final, de mudança de voto surpreendente e aprovação do padrão.

Gostaria de deixar claro aqui que não acredito que esta reunião entre Microsoft e o representante maior do Governo Norte Americano no Brasil tenha sido uma iniciativa individual do Sr. Michel Levy, mas que tenha sido uma iniciativa da corporação. Apesar de funcionário da Microsoft o Sr. Michel Levy é brasileiro, e prefiro não acreditar que ele tenha, por iniciativa própria, decidido se esforçar para colocar o Governo Norte Americano contra o Governo Brasileiro, desrespeitando assim nossa soberania nacional e nosso mérito técnico.

A primeira pergunta que deixo aqui é em quantos outros países que votaram NÃO ao OpenXML o mesmo aconteceu, e quais destes países “acataram”um eventual puxão de orelha por parte do governo norte americano.

Sim, o puxão de orelha pode mesmo ter ocorrido, pois se notarem a linha geral do discurso usado aqui no Brasil, a decisão técnica nacional é apresentada como sendo algo contra os Direitos de Propriedade Intelectual (IPR), e uma das coisas que causam retaliação nos acordos de livre comércio com os Estados Unidos são as violações à Propriedade Intelectual. Estou cansado de colecionar boatos aqui dos tempos de OpenXML, onde possíveis sanções motivadas por estas violações foram trazidas à mesa para a negociação dos votos de governo em alguns países (se seu país mudou de voto depois de Setembro de 2007, pode investigar que vai encontrar um papel ‘chave’ para o governo nesta mudança de voto). Quem sabe um dia o Wikileaks nos ajuda a investigar de forma aprofundada isso também !

Ainda sobre a motivação da reunião, acho cômico o fato de que no último parágrafo do documento esta escrito que a Microsoft não estava pedindo ajuda ao Governo Norte Americano, e duvido que no meio diplomático veríamos ali algo como “a Microsoft veio pedir ajuda pelo amor de Deus, pois estes malditos nativos Sul Americanos estão estragando tudo !”… Se não foi para pedir ajuda, por que motivo fizeram a reunião ? Seria o Embaixador Americano um psicólogo especializado em frustrações corporativas ? Será que ele é blogueiro secreto de algum site internacional de fofoca ?

Se ele deu ‘conselhos’ à Microsoft no Brasil, será que ele pode também me dar os números da Mega Sena se eu for até lá ?

Voltando ao documento, fico imensamente irritado ao ver a Microsoft afirmar que o Governo Brasileiro estava pressionando a ABNT para adotar o ODF. A Microsoft era membro do comitê da ABNT na época, e tenho aqui uma ata de reunião a empresa concorda com a abertura do processo para a adoção do padrão ODF no Brasil. Fui o responsável por este processo dentro da ABNT e contamos com colaboração de diversos órgãos de governo e empresas privadas, seguindo todas as regras internas da ABNT, sem pressão alguma e o pior de tudo: todo o processo foi feito com acompanhamento da Microsoft, que era membro do comitê e optou por não nos ajudar com o trabalho de tradução do padrão  para o português do Brasil.

A Microsoft sabia que o Brasil mantém uma tradição dentro da ABNT de que não são adotadas no Brasil as normas internacionais que contaram com o voto de rejeição do Brasil na ISO. Em outras palavras, se a tradição não for quebrada, o OpenXML jamais será adotado no Brasil ! (e isso no final de 2007 era uma catástrofe para a empresa, que estava jogando pesado tudo o que podia para conseguir o carimbo da ISO no OpenXML).

Para piorar a situação, a troca de informações entre membros dos comités técnicos que avaliavam o OpenXML era constante, e ao ver que o Brasil tinha dado um voto NÃO muito bem embasado tecnicamente, foi natural começarmos a receber por aqui pedidos de colaboração de diversos membros de outros comitês. Eu mesmo perdi a conta do número de pessoas e comitês com quem me correspondi durante aqueles meses. Claro que novamente isso incomodava demais a empresa, pois passamos a distribuir por aí pontos de argumentação para os quais eles nunca teriam uma resposta aceitável, e isso estava de fato complicando bastante a vida deles para manipular o jogo no mundo todo.

Não vou comentar aqui as acusações feitas ao Ministério das Relações Exteriores, mas digo apenas que se o ministério se manifestou internacionalmente sobre os fatos da época, esta foi uma decisão soberana e devia ser aceita por todos (e aceitar não significa concordar ou aprovar). Trabalhar contra um posicionamento destes é trabalhar contra a soberania nacional, e isso é inadmissível !

Acho interessante ver como o mundo dá voltas, e ver que as pessoas que a Microsoft acusa de serem anti americanas, são atualmente o Ministro da Defesa (Celso Amorim) e a nossa Presidenta da República (Dilma Russef), que é acusada ainda de ser contra os direitos de propriedade intelectual. Espero que a assessoria de ambos leiam o documento, para que fique clara a imagem que a Microsoft tem dos dois !

Para finalizar, tentam ainda insinuar que o ODF é um padrão anti americano. Confesso que gostaria muito de saber o que a IBM, Oracle, Google e Red Hat (entre outras empresas americanas) pensam sobre o padrão, uma vez que trabalham há alguns anos em seu desenvolvimento e adoção. Na verdade eu prefiro que estas empresas expliquem diretamente ao Governo Norte Americano se o ODF é ou não anti-americano, e espero ainda que elas peçam esclarecimentos ao governo do seu país sobre atividades similares da Microsoft em outros países durante os anos de 2007 e 2008.

Para quem não acompanhou a história toda, o ODF foi adotado no Brasil, o OpenXML rejeitado por aqui e só não tivemos um papel maior no cenário internacional pois fomos calados no último dia do BRM, justo quando iriamos apresentar uma proposta que mudaria o final desta história. Já contei esta história aqui.

Obrigado ao WikiLeaks, por nos ajudar a começar a tirar os esqueletos do armário. Para quem quiser entender como a Microsoft trata e negocia com países que possuem políticas pró Software Livre, vale a pena ler este outro cable aqui. Divirtam-se !

* fonte: blog Jomar Silva

* Leia mais aqui...

 



MS temeu apoio do Brasil ao Open Source e ODF

12 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Documentos divulgados pelo site Wikileaks indicam que a Microsoft tremeu na base com o apoio do governo brasileiro a softwares no modelo open source.

Segundo o vazamento, numa reunião ocorrida no dia 20 de dezembro de 2007, o cônsul-geral dos EUA em São Paulo, Thomas White, encontrou-se com o embaixador dos EUA no Brasil, Clifford Sobel, e o presidente da Microsoft no País, Michel Levy.

http://softwarelivre.org/furusho/fisl-10-dilma-olivio-m-branco-e-pres-lula.jpg

A pauta eram as preocupações da Microsoft sobre a adoção de padrões abertos e a “ideologia antiamericana no Ministério das Relações Exteriores”. Para Levy, o Itamaraty estava forçando a ABNT a adotar uma postura mais agressiva contra o formato XML – usada nos softwares da empresa –, relata o site Link, do jornal Estado de S. Paulo.

O presidente da Microsoft também disse ter cartas do Ministério das Relações Exteriores para outros governos, pedindo a colaboração para a adoção do formato aberto ODF como padrão internacional.

Uma preocupação especial era com a então ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, vista como uma das líderes das estratégias do governo contra as leis de propriedade intelectual e royalties.

Ela teria ajudado a convencer o presidente Lula que não haveria diferença entre o ODF e o XML.

Além disso, o presidente da MS no Brasil estaria preocupado com uma “manifestação de antiamericanismo” em torno dos formatos.



LibreOffice launches extension and templates repository for public beta test

12 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Developers invited to contribute their add-ons
Community-based review process ensures quality and reliability

LibreOffice, the free office productivity suite, can be enhanced with hundreds of extensions and templates. Users can download these smart extras to improve the suite’s functionality to fit their job or hobby, and developers can easily write their own add-ons and share it with millions of users worldwide.

Since, at the moment, there is no reliable and stable source for downloading these handy add-ons, the LibreOffice community has put great efforts into launching a public repository. It does not only provide extensions and templates for LibreOffice, but also for OpenOffice.org and other compatible office suites. Users of these can benefit from the work and the commitment of our community, and are invited to have a look at recent versions of our product, which already has included has the most popular extensions, and comes with many new features.

The new site is now in public beta testing at

http://extensions-test.libreoffice.org
and
http://templates-test.libreoffice.org

and has been created in cooperation with the Plone community, on whose technology it is based. To ensure the quality and reliability of the offered extensions, a community-based review process is currently set in place: Community volunteers test and review available extensions, and those meeting criteria of quality will be tagged accordingly.

We warmly invite all developers to submit their extensions and fill the repository, where millions of users worldwide will be able to download and benefit from their work. All extensions submitted during the public beta test will remain in the repository after the beta test, so this is your chance to join the efforts right from the beginning!

LibreOffice remains committed to providing users with quality software authored under free software licenses, and, as such, our catalogue of extensions and templates are published under free software licenses.




LibreOffice Portable 3.4.3 available

10 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Thanks to the great work by PortableApps.com, LibreOffice Portable 3.4.3 is now available at http://download.documentfoundation.org/libreoffice/portable/3.4.3/




LibreOffice API documentation is now online

7 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

As a result of the LibreOffice Hackfest 2011 in Munich, the LibreOffice API documentation is now online at http://api.libreoffice.org




There’s another HackFest!

7 de Setembro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Shortly after our successful LibreOffice Hackfest in the city of Munich last weekend (pictures and blog post will follow), there will be another event for hackers and developers! Cor Nouws is organizing a Mini HackFest in Eindhoven on September 10th. If you’re around, have a look, and learn how the LibreOffice development process works.




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