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Blog da Ka Menezes

27 de Maio de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
Licenciado sob CC (by)
Vamos lá minha gente. Se é pra viver, tem que ser de verdade, e não no arremedo. Então, vou começar o exercício de viver o Noosfero, migrando meu blog para a Comunidade Software livre.

As histórias de transgressão de um apaixonado por Rádio

22 de Agosto de 2013, 16:46, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Conheci um professor difícil de tipificar. Já ouvi dizer que há professores sizudos, professores tradicionais, professores progressistas,  professores malucos, professores aloprados, professores bonzinhos…

Não sei se o professor Mauro Rego Sá Costa, quando em sala de aula, se encaixaria em alguma tipificação dessas. O que sei é que, ao vê-lo narrar suas experiências com rádio e sonoridade, ele emana uma paixão contagiante pelo tema. Entre as histórias de sua memória, os fatos acontecidos e os fatos que espera que aconteçam, existe um brilho nos olhos, comum em quem se delicia com aquilo que vive e faz.

Os cabelos brancos, as marcas do tempo na sua pele, não condizem com sua expressão corporal ativa, quase dançante, quando ele se levanta para falar com mais ênfase sobre os temas que o movem.

E quando fala com ênfase… haja ênfase… os “píncaros” da academia devem ficar de cabelo em pé, quando, no meio de falas com referências à Godard, à Deleuze e Gattari, surge um p*, m* e outras palavras mal vistas por setores conservadores.

Mas, uma coisa é fato: não cabe setor conservador em um papo com Mauro Costa. Cabe loucuras, devaneios e muita transgressão.

 

Convite_radio_finalizado




De quem são as imagens?

7 de Julho de 2013, 19:23, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

As imagens cercam nossa existência de um modo tão forte que tendemos a naturalizá-las. Pouco nos perguntamos de onde vem, quem as produziu e para que servem as muitas figuras, os desenhos, as fotografias, os diagramas e todas as formas de expressão não verbais que nos cercam, mas que sempre nos comunicam e nos afetam.

Em tempos de internet, encontramos imagens diversas com bastante facilidade e abundância, colocamos essas imagens para ilustrar algo que produzimos, socializamos, distribuímos, criticamos, mas, raramente nos perguntamos: essa imagem tem dono?

Computer Budgie IIPois é… vivemos em tempo de conteúdos distribuídos pela web, sem origem clara, sem um dono específico, mas também são tempos de discussão profunda sobre direitos autorais. Por isso, é necessário estar atento sobre o material que produzimos e que distribuímos como sendo nosso, especialmente se fazemos “nosso” algo que na sua origem não o é.

O uso de imagens passa por essas reflexões, afinal, há por traz de cada imagem uma pessoa que dedicou alguns segundos para um clic ou algumas horas para edição. Há por traz de cada imagem uma história e uma intenção. Por isso, nada de sermos ingênuos: é preciso estar atento a tudo isso para não cometer equívocos morais – disseminando imagens carregadas de preconceito, por exemplo ou atos ilegais, usando e abusando de produções com copyright.

Lidar com ambas situações exige postura e discernimento, afinal, a imagem, como nos diz Felipe Serpa é hoje um paradigma sobre as formas como produzimos conhecimento. E sua criação e uso não está isento das pressões e ideologias sociais contemporâneas.

Como tenho buscado disseminar as práticas de copyleft na educação, uso do Flickr na busca de imagens licenciadas em Creative Commons, mas é preciso entrar em busca avançada para limitar a pesquisa a esse tipo de imagem. A imagem que uso atualmente neste blog vem de lá e consta como autoria de MichaelFitz. Eu já estou compondo meu acervo para contribuir com o site, veja na barra lateral do meu blog.




Testando a integração de recursos on e off line

17 de Junho de 2013, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Estou futucando ali, futucando aqui pra encontrar formas de integrar meus ambientes virtuais, jurando que assim vou otimizar meu tempo…

Então, estou testando os recurso do Ubuntu. Essa é uma postagem teste, será que vai funcionar?




Um Canguru duradouro

16 de Junho de 2013, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Cada vez mais vejo o quanto é importante disseminarmos nossas produções, nossas ideias, nossos pensamentos.

O Prof. NelsonPretto, da UFBA, tem um projeto de pesquisa intitulado “Você é o o que compartilha”. Você já parou pra pensar nisso?

Que tipo de contribuição estamos deixando para esse mundo louco?

Bem, aos poucos, nos meus momentos de descanso [que tem sido reduzidos nos últimos meses (rs)], quero colocar na rede algumas das coisas que fiz, que vivi, e que acredito, podem contribuir com outras pessoas.

A cada relato que faço, a cada imagem que produzo e compartilho, me bate uma pequena angustia, um medo de que “roubem” essas ideias e as desvirtuem. Que as vendam, e façam com elas o que eu não quis fazer: explorá-las financeiramente. Não me importo que nada aqui contido seja usado, remixado, disseminado, mas peço que seja respeitado o crédito da autoria. Afinal, nada do que está aqui eu fiz sozinha. Como poderão ver pelos relatos, tive a sorte de estar cercada de pessoas boas, comprometidas e desinteressadas, foi assim que nasceu a Biblioteca Canguru.

Eu fui embora, a Biblioteca Canguru permaneceu. E permanece até hoje pelas mãos da Jane e de mais um monte de gente que sequer posso imaginar.

Vou confessar: eu fico com uma pontinha de orgulho por ter feito parte disso…

CONHEÇA UM POUQUINHO MAIS SOBRE A BIBLIOTECA CANGURU.

canguru_alegria




Escola: um bem ou um mal necessário?

15 de Junho de 2013, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Durante meus estudos para elaborar o projeto de doutorado, encontrei esse painel sobre as ideia de Ivan Illich, autor do livro Sociedade sem Escolas.
Os convidados tentam relacionar as ideias do pensador com a atualidade. Vale a pena assistir.




Acho que depois foi melhorando…

13 de Maio de 2013, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

primeiro_desenho

Mexendo em meus antigos alfarrábios (se é que essa palavra existe mesmo) encontrei o meu primeiro desenho feito com o mouse, em paint brush, usando windows 3.11, num 386, com tela 13″ amarela e preta. Uma obra de arte como está só poderia ser impressa em uma impressão matricial, versão anterior à tão procurada LX 300.

E o mais engraçado (ou medonho) disso tudo não é a imagem em si, nem o que ela mostra ou representa. O mais engraçado é a descrição que eu fiz desse momento na minha dissertação de mestrado:

Tenho viva em minha memória a lembrança do primeiro computador que entrou em minha casa, no escritório da minha mãe. Tinha uma tela de 13” na qual as imagens se formavam em preto e amarelo. Ao colocar minha mão no mouse, fui clicando aqui e ali, até encontrar um programa de desenho chamado Paint Brush. Pronto! Meu primeiro desenho feito no computador representou um mundo de coisas que eu poderia fazer com aquele equipamento (e na época nem tínhamos internet). Sempre que minha mãe encerrava suas atividades profissionais, eu começava as minhas curtindo cada clique do mouse. O que para ela significava trabalho, eu vivia como diversão. E com o passar do tempo essa diversão foi tomando novas feições relacionadas também aos estudos e ao trabalho. Fui seduzida pelo potencial criativo que aquele artefato tecnológico representava para mim.” (p.12)

MENEZES, Karina Moreira. Sentidos produzidos sobre as TIC em discursos do Proinfantil. (Bahia, Brasil) 125p. Dissertação (Mestrado) Faculdade de Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2012.

A descrição me parece bem poética, mas tenho dúvidas sobre o desenhos. Bem, olhando para essa “obra de arte” vejo que ainda sou fã de filmes de vampiros, mas melhorei bastante na estética e nos motivos visuais… ufa.

 




Fri, 10 May 2013 17:06:21 +0000

10 de Maio de 2013, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

São várias as oportunidades em que ouvimos a seguinte frase:

“os professores resistem às tecnologias na escola”

O tempo de convivência com o GEC me fez questionar isso, e é interessante perceber quando situações da vida cotidiana nos mostram que realmente, essa afirmação precisa ser questionada.

Ao ser convidada a participar de um encontro na semana pedagógica do Município de Baixa Grande, Bahia, fui informada de que haveria cerca de 10 participantes na minha oficina cuja foco era discutir Educação e Tecnologias.

Qual não foi minha surpresa quando, ao chegar no laboratório da escola onde ocorreria o encontro, havia 10 computadores e 28 participantes.

Vários professores relataram que os laboratórios em suas escolas de origem estavam desativados, ou simplesmente, não existiam. Mesmo assim, eles estavam lá, interessados naquela discussão que, a principio, parecia tão longe do contexto imediato.

Contudo, com um pouco mais de conversa, comecei a perceber que havia sim, muita curiosidade sobre o tema pois há computadores, celulares e smartfones nas mãos dos alunos, filhos e sobrinhos de cada um daqueles professores.

Isso me fez despertar para um lado da vida docente que geralmente deixamos de lado: ali temos mães, pais, tios e tias, preocupados com o suas famílias e não apenas focados em seus alunos ou suas escolas.  Creio que isso explique um pouco o boom de participantes na minha oficina. Se há um discurso hegemônico que afirma que os professores resistem às TIC, atualmente, há a formação de uma situação social, para além da escola, que empurra esses profissionais a tentar compreendê-las.

Baixa Grande fica localizada a 252 KM de Salvador e a internet é uma curiosidade e ao mesmo uma preocupação.  Como diria Lèvy, a cibercultura é o veneno e o remédio de nossos tempos. Portanto, me deparei com um grupo de pessoas interessadas em compreender esse universo, suas possibilidades e principalmente seus riscos.

Isso me fez pensar que, como formadores de professores, precisamos trabalhar essas dimensões, sem deixar que o medo seja o tônus de interesse dos professores.  E como fazer isso?

Tento construir essa resposta a cada encontro com professores, a cada evento, a cada conversa. Mas penso que é fundamental centrar esforços na compreensão de que as tecnologias em rede tem um forte potencial colaborativo que pode e deve ser usado para se produzir o bem.

O Wiki que produzimos na oficina pode ser encontrada aqui.




Por que eu choro, mesmo sabendo que o final vai ser feliz?

1 de Maio de 2013, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

As pessoas que convivem comigo sabem o quanto eu invisto meus sentimentos até nas pequenas coisas. Uma conversa, um livro, um filme… eu não leio ou assisto simplesmente. Eu vivo, eu sinto. Eu torço para que tudo dê certo. Eu penso sobre aquilo por dias e dias.

Não sei se é um defeito ou uma virtude, mas eu sinto intensamente os conflitos, os dilemas e os dramas de cada situação e de cada personagem. Talvez por isso eu não goste de novelas televisivas. Elas me parecem muito encenadas, artificiais, fajutas e o mais profundo dos dramas fica assim, superficialmente arrastado. Obviamente há uma ou outra exceção, como a cena em que Carolina Dieckmann tem os cabelos raspados na novela “Laços de Família”. Cena forte, intensa, triste e belíssima. Mas, via de regra, não gosto de novelas, prefiro a linguagem dos filmes e, mais atualmente, a dos desenhos animados.

E é de uma cena de desenho que quero falar. Prometi que nunca mais assistiria a Toy Story 3 porque, da primeira vez em que vi essa cena, eu chorei. Da segunda vez, eu chorei. E apesar da promessa, mais uma vez assisti e mais uma vez eu chorei.

Se comparado aos outros dois, esse é, de longe, o mais dramático. Ele aborda sentimentos controversos, dentre eles, amizade e separação, lealdade e abandono, mágoa e ressentimento. A cena que me causa essa reação coloca tudo isso em questão.

Por uma série de fatores, Wood se separa dos seu amigos, depois luta para resgatá-los. O desafio é permanecer juntos. Todos sabemos que tudo vai dar certo, que todos serão felizes, afinal é um desenho animado para crianças! Mas quando, rumo à fornalha, Jessy olha para o Buzz e pergunta “o que vamos fazer agora?” o olhar do Buzz já diz tudo. E o sentimento que ali é mostrado me desmantela completamente.

E o que fazer nessa hora?

Aqueles amigos inseparáveis simplesmente dão as mãos.

Eu simplesmente choro…




Filosofias Ianescas…

11 de Abril de 2013, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda
Claro e escuro
Ian: – ali tá escuro.
Marcius: – no escuro tem as mesmas coisas que tem no claro.
Ian: – mas no claro não tem escuro.
Marcius: …

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Pinóquio

Ian observa uma moto elétrica numa revista de compras:

- queria uma moto de polícia…

(silêncio, ainda olhando para a revista)

- queria ser grande.

(silêncio, agora olhando pra mim)

- queria ser um menino de verdade…

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Preguiçosa

- Olha ali uma formigona.

Com ar de espanto, completa:

- ela não tá carregando nada!

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Crise… (mais uma vez)

25 de Março de 2013, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

não sei quem sou.
não sei o que me tornei.
não sei mais o que  quero da vida.
Não sei o que quero de mim.
Mas sei o que quero dos outros. Quero respeito.
e se possível, quero um pouquinho de amor.
para isso, preciso ser respeitosa.
para isso, preciso me fazer respeitar
Só que, quando achei que eu estava amando,
eu me desrespeitei ao tentar me tornar algo que o outro queria, mas que não sou.
me tornei algo que eu não respeito
algo que eu não amo
por causa disso, me perdi dos outros
e me perdi de mim.