A Presidenta do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA) e Ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), Maria do Rosário, manifestou, através de nota divulgada no Portal Direitos Humanos, profundo pesar diante da tragédia ocorrida nesta quinta-feira (7) na escola municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro (RJ), que resultou na morte de 11 adolescentes e deixou dezenas de feridos.
Maria do Rosário se solidarizou com as famílias das vítimas, professores e comunidade escolar desse triste episódio e se colocou, como Presidente do CONANDA e Ministra da SDH, à disposição para todo auxílio que for necessário à Prefeitura do Rio de Janeiro e Governo do Estado para o atendimento das vítimas e suas famílias, reiterando ainda o pedido para doação de sangue para o Hemocentro Rio.
"O sofrimento de todo o Brasil neste momento é muito grande. Estou indo pessoalmente ao local para acompanhar a situação. Trabalharemos incansavelmente para que uma tragédia como essa não se repita em nosso país", afirmou a Ministra.
Viagem ao Rio de Janeiro
A Ministra Maria do Rosário foi surpreendida pela notícia sobre o caso quando participava de uma reunião com integrantes da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Câmara Municipal de Belo Horizonte (MG).
Ao saberem dos assassinatos dos adolescentes por um ex-aluno da escola, a ministra e os vereadores interromperam a reunião para uma oração. "O Brasil chora por esse ato de violência absurdo que resultou na morte de crianças inocentes", declarou, emocionada, Maria do Rosário.
Em entrevista coletiva, a Ministra anunciou que estava indo ao Rio de Janeiro acompanhar de perto o desenrolar da tragédia e afirmou que o governo vai trabalhar "para que não existam situações assim" e fazer "esforços plenos" para garantir a proteção de estudantes dentro das escolas. "Realmente, passamos do limite de qualquer violência diante desses fatos", afirmou.
Maria do Rosário ainda pediu que o País fique "firme e unido" diante do sofrimento das famílias das vítimas.
Luto oficial
A presidente Dilma Rousseff de decretou luto oficial de três dias pelas mortes dos adolescentes. As bandeiras em frente ao Palácio do Planalto já estão hasteadas a meio-mastro.
Ao participar da cerimônia em comemoração à marca de 1 milhão de empreendedores individuais formalizados em Brasília, Dilma manifestou repúdio ao crime e pediu um minuto de silêncio ao público. A Presidente se emocionou ao citar o massacre no Rio e disse que o Brasil não está acostumado com esse tipo de crime. "Hoje é um dia muito triste para todos os brasileiros", afirmou. A Presidenta tem intenção de participar do velório das vítimas.
Tragédia
Um homem de 23 anos entrou na escola e atirou contra alunos em salas de aula lotadas, foi atingido por um policial e se suicidou. O crime foi por volta das 8h30.
Segundo o diretor do hospital para onde as vítimas foram levadas, 11 adolescentes morreram (10 meninas e 1 menino) e 13 ficaram feridas (10 meninas e 3 meninos). Eles têm idades entre 12 e 14 anos.
O atirador identificado como Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, é ex-aluno da escola onde foi o ataque. De acordo com polícia, Wellington não tinha antecedentes criminais.
A polícia diz que ele portava dois revólveres calibre 38 e equipamento para recarregar rapidamente a arma. Esse tipo de revólver tem capacidade para 6 balas.
O sargento Márcio Alves, da Polícia Militar, fazia uma blitz perto da escola e diz foi chamado por um aluno baleado. "Seguimos para a escola. Eu cheguei, já estavam ocorrendo os tiros, e, no segundo andar, eu encontrei o rapaz saindo de uma sala. Ele apontou a arma em minha direção, foi baleado, caiu na escada e, em seguida, cometeu suicídio", disse o policial.
A escola foi isolada, e os feridos foram levados para hospitais. Os casos mais graves foram levados para o hospital estadual Albert Schweitzer, que fica no mesmo bairro o colégio.
Conhecido na escola por ser ex-aluno, Wellington teria entrado sob alegação de que iria fazer uma palestra. Segundo a polícia ele usou dois revólveres, que chegou a recarregar várias vezes.
por Paula Rosa, Rede ANDI Brasil (Brasília-DF)
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