A Flurry Analytics divulgou seu relatório de uso de tablets Android referente ao trimestre natalino (novembro a janeiro), revelando um detalhe interessante sobre o Kindle Fire (que a empresa contabiliza como um tablet Android): lançado em novembro, ele já aparecia no gráfico no início do período, mas ao final de janeiro já se tornou o ocupante da primeira posição.
Os números da Flurry, que complementam outras pesquisas baseadas em acessos a serviços on-line ou mesmo a desempenho comercial, não medem fabricação ou vendas, mas sim a frequência de uso, calculado a partir de informações de sessões de execução coletadas pelos seus recursos presentes em ~120.000 aplicativos, incluindo vários títulos populares, de diversas plataformas móveis, que segundo ela estão presentes em cerca de 90% dos tablets Android em operação no mercado. Assim os tablets que estão guardados na gaveta (e interessam menos para as estimativas de audiência de quem produz conteúdo ou desenvolve apps) naturalmente ficam de fora.
O salto que o Fire, lançado há poucos meses e disponível apenas nos EUA, deu sobre outros modelos que estão no mercado há mais de 1 ano e disponíveis internacionalmente, pode ter várias explicações, mas a da Flurry envolve basicamente 3 fatores: os diferenciais da Amazon App Store (que atende o Kindle Fire mas também pode atender a outros dispositivos), o preço e a forma como a Amazon apresenta o produto aos consumidores, sem ênfase em especificações e tecnologia, mas com atenção ao conteúdo e funcionalidade.
Acredito que a presença de casos de sucesso em uso real atrai mais desenvolvedores de apps e conteúdo, e é bastante positivo para a plataforma. Vou continuar acompanhando, e discorri mais longamente sobre o tema (incluindo a questão da pertinência do Fire no conjunto dos tablets Android) na minha coluna desta semana no TechTudo.
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