O sistema de arquivos era uma promessa ansiosamente aguardada por legiões de usuários satisfeitos do ReiserFS, quando subitamente, em 2006, a ex-esposa de Hans Reiser – o criador do sistema – desapareceu em circunstâncias misteriosas, e ele logo virou o principal suspeito.
Muita coisa aconteceu nos meses seguintes, incluindo o sempre presente fenômeno dos fãs que compareciam ardorosamente em fóruns e blogs para contestar qualquer afirmação da possibilidade de Reiser ser mesmo o responsável (aliás este curioso efeito de negação coletiva deveria ser estudado e batizado – essa semana mesmo ele parece estar acontecendo por aqui, mas agora relacionado a uma empresa).
Mas o tempo foi passando, e em agosto de 2008 – após ter mostrado onde havia escondido o cadáver da ex-esposa, em troca de uma redução de sentença – Hans Reiser foi condenado a 15 anos de prisão – após ter rejeitado, no início do processo, a oportunidade de uma condenação a apenas 3 anos.
Conforme o tempo passou, essa foi deixando também de ser uma notícia relacionada ao Linux, mas como a situação do desenvolvedor continua a despertar o interesse de quem era (ou ainda é) usuário de seus produtos (havia até mesmo quem achasse que ele iria continuar a desenvolver o Reiser4 na cadeia), trago este artigo da KTVU feito a partir de uma entrevista com o condenado e com outros colegas de encarceramento sobre o seu cotidiano atual e a expectativa de uma saída (condicional) antecipada já em 2021, aos 57 anos.
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