Web 2.0 permite “caçar” informações de atrações e passeios, atualizadas momento a momento. Opção é usada por mochileiros e turistas convencionais
Uma das recomendações clássicas para qualquer turista é ter em mãos um bom guia de viagem. A dica continua valendo, mas hoje o guia pode tomar formatos bem diferentes. Pode estar na internet ou no celular. E pode mudar a cada momento, alimentado pelas observações de outros turistas, que dão informações e críticas atualizadas a respeito de atrações, hotéis e restaurantes. Numa época em que muita gente está prestes a entrar em férias, a ajuda é muito bem vinda.
O caso do técnico em informática paulista Victor Mello ilustra bem esse modo de viajar. Para encarar um mochilão de um mês pela América do Sul, ele não precisou de companhia nem de planejamento prévio. Partiu para Buenos Aires e, de lá, decidiu tudo na estrada, por meio de mídias sociais que acessava via iPhone. “Bastava o acesso wi-fi, o que quase todos os albergues têm. Por blogs, reviews de mochileiros e marcações de outras pessoas no Google Maps, eu decidia meu futuro”, diz Victor, que, da capital argentina, foi à Patagônia e, de lá, percorreu o Chile de sul a norte.
Assim como ele, muitos brasileiros se planejam, via web, antes de saírem de férias. Segundo o Ibope/NetRatings, em 2008, 72% compararam preços na internet antes de viajarem, e a busca por sites de turismo dobrou nos últimos dois anos. Os sites colaborativos, montados com conteúdo produzido pelos próprios internautas, ajudaram muito nesse crescimento.
Cuidados
Nem tudo são flores, entretanto, nos sites de viagem colaborativos. Apesar de muito úteis, é preciso tomar alguns cuidados para não se deixar enganar – afinal, o sistema 2.0 (como se denomina esse jeitão da web, em que o conteúdo é postado pelos usuários e está disseminado em uma multidão de diferentes sites) não é infalível. É importante ficar atento não apenas à nota recebida por um estabelecimento ou serviço mas também ao número de pessoas que postaram comentários sobre eles. Fuja das opções pouco comentadas e muito bem avaliadas, assim você evita se guiar por alguém que tenha um vínculo com o lugar avaliado.
* fonte: Gazeta do Povo
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