Participei algumas semanas atrás de um painel sobre Cloud Computing ou Computação em Nuvem no CIAB. E um dos itens que foram abordados no debate foi “por onde começar minha caminhada em direção à Computação em Nuvem?”.
Bem, de maneira geral, quando se fala em Computação em Nuvem lembramos logo das nuvens públicas como a do Google ou a oferecida pela Amazon, a EC2 (Elastic Compute Cloud).
Mas, com as atuais soluções de virtualização e algumas tecnologias de software como o Tivoli Service Automation Manager da IBM (http://www-01.ibm.com/software/tivoli/products/tsam-facts.html) é perfeitamente possivel construir um ambiente de Computação em Nuvem dentro do data center de uma empresa. Claro que ainda existem peças faltantes no jogo, mas com a tecnologia disponivel já dá para começar a fazer muita coisa interessante.
Inclusive existe, desde que sua empresa tenha tempo e expertise suficiente, tecnologia Open Source para construir uma nuvem privada. É o projeto Eucalyptus, que simula o ambiente EC2 da Amazon. Começou como um projeto criado para fins acadêmicos e agora é uma empresa à parte (http://www.eucalyptus.com/), que além de ser um distribuidor para o software, busca gerar receita para serviços de implementação da nuvem. Mas, como a empresa começou agora e não tem ramificação no Brasil, caso você opte por usar o Eucalyptus, ainda vai assumir toda a responsabilidade por mantê-lo em seu data center.
Uma nuvem interna ou privada, operando dentro do firewall, entrega alguns dos beneficios das nuvens publicas, como melhor aproveitamento dos ativos computacionais e menor time-to-market para novas aplicações, ao mesmo tempo que mantém os processos e procedimentos internos de padrões, segurança, compliance e niveis de serviço.
Mas, por onde começar a jornada em direção à Computação em Nuvem? Uma sugestão é começar pela “nuvenização” do ambiente de desenvolvimento e teste.
Imagine os desenvolvedores tendo à sua disposição um ambiente de auto-serviço, onde através de um portal ele requisita uma determinada capacidade computacional e a obtém em minutos e não em dias ou semanas, sem precisar passar pela área de produção e operação. E sem a necessidade de esperar a compra e instalação de um novo servidor para testar novas aplicações…Aliás, estes ambientes geralmente recebem a menor prioridade da produção. O resultado será uma maior produtividade do desenvolvimento de sistemas.
Para a produção, o ambiente de desenvolvimento e teste ocupa cerca de 20% dos recursos computacionais, mas dá 80% das dores de cabeça. Para ela, não ter mais que se ocupar desta questão é um grande ganho. Em resumo: os dois lados saem ganhando!
Como os ambientes de desenvolvimento e teste geralmente são isolados do ambiente de produção, são risk-free para o processo de aprendizado de criação e operação de uma nuvem interna.
A computação em nuvem chegou para ficar, assim, é melhor começar a aprender como criar e usar este modelo computacional. Taí um bom primeiro passo.
* fonte: Nas Nuvens Setembro 13, 2009 por ctaurion
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