A propósito do Ouya, aquele console de US$ 99 rodando Android e com publicação gratuita de jogos, que mencionamos por aqui recentemente, John Romero (co-fundador da id Software, e designer de jogos como Wolfenstein 3D, Doom e Quake) expôs seu ponto de vista não apenas sobre esta proposta (à qual ele está disposto a conceder o benefício da dúvida, mas acredita que não está resolvendo uma demanda nem dos jogadores e nem dos desenvolvedores), mas também sobre o futuro das plataformas de jogos.
Lembrando de outra fase do mercado em que era possível para um desenvolvedor programar sozinho e oferecer o produto ao mercado (nos seus tempos de Apple ][, onde criou o precursor da série de jogos Ultima), ele comentou sobre qual a plataforma móvel atual que acredita permitir o mesmo tipo de sucesso comercial ao desenvolvedor de jogos, e explicou por que o desafio com a plataforma Android é maior, destacando a situação existente em relação à pirataria.

Para compreender o contexto da afirmação de Romero, veja também: Android: Pirataria faz desenvolvedor desistir de tentar cobrar pelo jogo Dead Trigger. Aparentemente não é que em outras plataformas competidoras a pirataria seja impossível, mas sim que as condições para sua ocorrência no Android venham levando a proporções bem mais dilatadas, conforme relatos de vários desenvolvedores que trouxeram números a público.
No caso específico do Ouya, além da pirataria há outros 2 desafios: o fato de o diferencial dele em relação a outros aparelhos ser pequeno: “é um telefone maior que se conecta à TV” (e há outros meios de se conectar à TV a partir de aparelhos móveis, ele aponta), e a lucratividade na plataforma proposta exige basicamente a criação de jogos baseados em microtransações.
Vamos acompanhar. (via games.slashdot.org – “John Romero’s Doomy View On Android and Ouya – Slashdot”)

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