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Mini entrevista sobre Software Livre, inclusão digital e direitos humanos com Luiza Eluf

6 de Outubro de 2012, 0:00 , por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Em busca por um candidato que tenha real interesse por causas diretamente relacionadas ao direito humano básico de liberdade de expressão e acesso a internet, nós da organização do FLISOL obtivemos o contato coma a candidata a vereadora da cidade de São Paulo, Luiza Eluf, e realizamos uma mini entrevista para saber quais são seus pontos de vista com realação a inclusão digital e Software Livre.

Luiza Eluf

Luiza Eluf, Procuradora de Justiça do Ministério Público de São Paulo e candidata a vereadora pelo PMDB

A Luiza Eluf é formada em Direito pela USP e Procuradora de Justiça do Ministério Público de São Paulo. Foi Secretaria Nacional dos Direitos da Cidadania e fez parte da Comissão de Reforma do Código Penal Brasileiro. Especialista em Direito Criminal, Luiza atua nas causas relacionadas à condição feminina, combate ao racismo e homofobia, direitos humanos e economia criativa. Ela também é a primeira escritora a tratar de crimes passionais sob a ótica feminina.

Introdução
“A Organização das Nações Unidas (ONU) publicou, em junho do ano passado, um novo relatório sobre promoção e proteção do direito à liberdade de opinião e expressão. No documento, a instituição ressalta que desconectar as pessoas da Internet é um crime e uma violação dos direitos humanos. “ Desa forma, o acesso a internet se tornou um direito humano básico.  Fonte:  http://bit.ly/mLX9KK

FLISOL-SP: A senhora vê como prioritário uma política pública sólida de inclusão digital em nossa cidade como meio de garantir os direitos humanos primordiais ao cidadão? Como uma vereadora pode ajudar nessa questão e o que  pretende realizar para garantir tal direito?

Luiza Eluf: A Inclusão digital tem um potencial  enorme como ferramenta de inclusão social, e sendo o acesso a internet, como muito bem estabelecido pela ONU, um direito humano básico, não pode ser visto como um artigo de luxo ou ponto menos importante como educação, moradia ou saneamento básico, tendo em vista seu carater transformador que proporciona  às pessoas, fortalecendo e organizando as comunidades, ampliando o acesso à cidadania.

 

FLISOL-SP: Ainda tratando da questão de inclusão digital, o que a senhora pensa de termos discriminatórios e preconceituosos como “Maldita inclusão digital” ou “Orkutização”, se referindo a popularização de mídias e áreas sociais entre as camadas mais necessitadas da população?

Luiza Eluf: Tais termos preconceituosos são empregados por uma parcela de usuários das mídias sociais que não entendem que o comportamento na rede apenas é um reflexo da realidade cotidiana, e o que a internet faz é ampliar e evidenciar com mais intensidade tais problemas sociais e culturais, causados em grande parte por uma deficiência na educação oferecida a população e o abismo social enorme causado pela marginalização de tais indivíduos. Por isso, uma política sólida de inclusão social e digital não significa apenas a democratização do acesso à internet , mas também uma boa política de educação e acesso a cultura.

 

FLISOL-SP: A senhora acha que o Software Livre e demais tecnologias abertas, a exemplo da própria internet que só existe graças a  padrões abertos, tem um papel importante em tais políticas públicas de inclusão digital, principalmente por se tratar de ferramentas socialmente justas, economicamente viáveis e tecnologicamente sustentáveis? Caso eleita, pretende apoiar politicas de inclusão social com inclusão digital através do Software Livre? Como?

Luiza Eluf:  É importante apoiar e estreitar laços dos Novos Movimentos e Comunidades de Software Livre com a prefeitura e a população mais carente, pois eles  ajudariam  a criar  politicas públicas e ferramentas  que permitissem avançar nessa questão. Também é necessário investir cada vez mais em telecentros e informatização das escolas municipais através do Software Livre, conseguindo dessa forma garantir os direitos humanos básicos de quarta dimensão (educação, liberdade, inclusão e acesso a internet).


Fonte: http://blog.flisolsaopaulo.org/2012/10/entrevista-luiza-eluf/

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