A cultura livre vai além do software e códigos. O debate sobre o livro “Copyfight: muito além do download grátis” foi um dos destaques do 1º dia do fisl14. Direito autoral, compartilhamento e pirataria foram citados na discussão que permeou entre o ambiente tecnológico e o olhar coletivo do movimento para proporcionar a diversidade e universalidade cultural.
Muito além do mundo virtual, a defesa pela cultura livre reflete em questões sociais, na mudança no processo de trabalho e, inclusive, na produção de alimentos. Tadzia Maia, da rede de defesa das sementes livres, defendeu o papel social do movimento que pode contribuir com diversos núcleos da sociedade, chegando inclusive aos setores primários como a agricultura e os povos indígenas.
A promoção da troca de conhecimentos, ampliando a liberdade de produção e garantindo o acesso à informação, foram outros pontos debatidos e defendidos no painel. Um dos autores do livro tema do debate, Bruno Tarin, citou a direta ligação da cultura livre ao “empreendedorismo”, a “capacidade criativa” e ao “valor agregado” no produto final. Para ele, o movimento iniciado no Software Livre está provocando uma mudança no processo de trabalho da sociedade atual.
O debate contou com a presença dos organizadores do livro, Adriano Belissário e Bruno Tarin, de Tadzia Maia, autora de um dos artigos e integrante da rede em defesa das sementes livres, Lucas Santos, coordenador do GT-Cultura, do sueco Tobias Andersson, cofundador do Pirate Bay, e Leonardo Foletto, integrante da Casa da Cultura Digital Porto Alegre e editor do site BaixaCultura. Veja mais fotos abaixo:
Foto: Tárlis Schneider/Indicefoto