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“Professor tem que ter um jeito hacker de ser”, defende palestrante no fisl14

3 de Julho de 2013, 0:00 , por Leonardo Foletto - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Um dos destaques da programação do 1º dia do fisl14 foi a palestra "Professor: um jeito hacker de ser" de Nelson Pretto, professor da UFBA. Para ele, o primeiro passo é discutir o estado atual das coisas, das pessoas e da educação. “Tudo está mudando e temos visto isso com as manifestações ao redor do mundo, inclusive no Brasil”, disse. Para ele, a educação também passa por momentos importantes de transformação. Essa mudança se deve ao trabalho dedicado do professor. “O nosso trabalho é árduo. O desafio é consequência da conectividade – que está em todos os lugares e nos exige muito mais”, explica.

O foco dos educadores precisa estar na necessidade de se tornar um hacker. “Hacker não apenas do ponto de vista da programação, mas como compartilhamento de informação, descentralização e tecnologia”, conta. Mas, para o professor, não basta compartilhar. “Isso só tem sentido se gerar resultado, fatos concretos e políticas públicas que atendam as demandas da sociedade”, complementa.

Outra questão debatida foi a “Ética Hacker”, que tem a generosidade como um dos pilares básicos. “Precisamos pensar esse processo em todas as áreas. Precisamos de uma sociedade aberta de dados, informações e acessos”, diz. Sobre os desafios da educação, Pretto é objetivo. “A educação parece um funil que transforma o outro no eu. O que falta nas escolas é criar abridor de garrafas com pedaços de pau e amplificadores com garrafas pet”, diz sobre a criação artesanal de ideias e inovações.

Para tudo isso acontecer é preciso algumas ferramentas importantes. “Só se muda uma rede escolar com Software Livre, programas abertos para educação, além de um professor ativista, fortalecido e hacker nos seu jeito de ser”, conclui.

Foto: Cristiano Santanna//Indicefoto


Tags deste artigo: educação software livre cultura livre hacker ética hacker