Celepar centraliza o inventário de informática do Governo do Paraná com OCS e GLPI
8 de Agosto de 2011, 0:00 - sem comentários aindaO cálculo do patrimônio de informática de todos os órgãos do Estado será centralizado em um único servidor instalado na Celepar. Essa foi a novidade que o Diretor de Operações, Luiz Fernando Ortolani divulgou em evento realizado no auditório da empresa. Segundo ele, a solução foi implantada com o intuito de agilizar e facilitar o inventário do número de equipamentos, suas configurações, software, hardware e de todos os componentes que foram substituídos com o tempo em todo o parque de informática do Governo do Paraná.
Entre as justificativas apresentadas por Ortolani para a implantação do projeto, estão a qualidade e melhoria dos processos associados às atividades, bem como o aumento da produtividade dos técnicos e usuários do sistema. “A centralização dos recursos, o aumento da disponibilidade de dados aos gestores, e a confiabilidade das informações repassadas pelas instituições estão entre os principais benefícios dessa centralização”, explica.
Para a realização do trabalho, a Celepar sempre utilizou dois softwares livres: o OCS, ferramenta que mantém informações atualizadas sobre o tipo de software e hardware da máquina; e o GLPI, que possibilita acompanhar todas as modificações efetuadas em determinado equipamento. As duas ferramentas juntas, instaladas em um servidor, possibilitavam aos responsáveis pela informática nos órgãos realizar o cálculo do patrimônio de informática do seu setor.
Entretanto, essa tarefa era executada de forma pouco ágil. Agora, com a concentração desse trabalho em um único servidor, todos os dados serão interligados e enviados automaticamente para a Celepar, sem que haja a necessidade de vários servidores.
Além do Diretor de Operações, Luiz Fernando Ortolani, esteve presente o coordenador da Divisão de Administração de Ambientes Distribuídos (DIADI), Jonsue Trapp Martins; os técnicos da DIADI, Anderson Luiz Alves e Paulo Roberto das Neves, os responsáveis pelos setores de informática de todos os órgãos do Governo do Estado e o gerente de Gestão de Ambientes (GGA), Timothy Edwin Squair, que encerrou o evento reforçando as diretrizes e os benefícios da nova proposta. “Sem dúvida é um novo avanço na área tecnológica do Estado do Paraná que tornará mais produtivo o trabalho de todos e moderniza o sistema de inventário”, conclui.
* fonte: CELEPAR
ODF no Governo do Paraná: Normas de Publicação no Diário Oficiais
6 de Agosto de 2011, 0:00 - sem comentários aindaNormas de Publicação - Diário Oficiais
MATERIAS
Para que sua matéria seja aprovada pelo Departamento de Imprensa Oficial do Estado - DIOE, as mesmas devem ser encaminhadas em meio eletrônico, nos formatos e extensões conforme abaixo:
EXTENSÕES DOS ARQUIVOS
EXTENSÃO |
DESCRIÇÃO |
TXT |
Texto plano, ou texto puro. É um texto sem recursos de formatação tais como negrito, itálico e sublinhado. |
RTF |
Rich Text Format, é um formato de arquivo de documento que a maioria dos processadores de texto são capazes de ler e escrever. Ao contrário da maioria dos formatos de processamento de texto, RTF é um formato legível. |
ODT |
OpenDocument format ODF, é um formato de arquivo - padrão aberto - usado para armazenamento e troca de documentos de escritório, como textos, planilhas, base de dados, desenhos e apresentações. |
|
Portable Document Format é um formato de arquivo - padrão aberto. Um documento PDF pode descrever documentos que contenham texto, gráficos e tabelas, em um formato independente de dispositivo e resolução. Deve ser utilizado apenas se o seu texto possua tabela, no exemplo de uma publicação de balanço. |
FORMATANDO A MATÉRIA PARA PUBLICAÇÃO
TIPO |
DESCRIÇÃO |
EXEMPLO |
Fonte |
Arial ou Times New Roman |
Espaço para Publicação |
Tamanho da Fonte |
7 (sete) |
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Espaçamento entre caracteres |
Normal |
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Largura da coluna |
8 cm (oito centímetros) |
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Espaçamento entre linhas |
Automático ou simples |
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Margem superior |
2cm (dois centímetros) |
|
Margem inferior |
2cm (dois centímetros) |
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Margem esquerda |
2cm (dois centímetros) |
|
Margem direita |
2cm (dois centímetros) |
|
Recuo das margens |
0 (zero) |
|
Alinhamento de tabelas |
Justificado |
As matérias serão publicadas em uma coluna, salvo casos específicos em que não haja possibilidade do texto se adequar a este formato (ex.: tabelas e quadros), podendo utilizar assim duas colunas.
FORMA DE COBRANÇA
O faturamento da publicação será realizado em nome dos dados informados no formulário. Caso necessite mandar publicações para mais de 1 (uma) empresa, favor efetuar um envio para cada.
Após enviar sua matéria para publicação, favor aguardar um período de no máximo 1 (uma) hora, para o recebimento do comprovante e boleto para pagamento. Antes deste prazo, pedimos que não seja feito um reenvio.
FORMATANDO PÁGINAS INTEIRAS NO DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA E SERVIÇOS
Balanços e Atas podem ser publicadas em página inteira, e devem ser encaminhados no formato e extensão conforme abaixo:
TIPO |
DESCRIÇÃO |
EXEMPLO |
Formato |
17 x 27cm | 25 x 31cm - Não serão aceitas publicações em página dupla. |
Balanço |
Fonte |
Arial ou Times New Roman |
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Tamanho da Fonte |
mínimo 6 (seis) - conforme Lei nº 8.639 de 31/03/1993. |
|
Espaçamento entre caracteres |
Normal |
|
Espaçamento entre linhas |
Automático ou simples |
|
Extensão do arquivo |
|
FORMA DE COBRANÇA DO BALANÇO
O método utilizado para cobrança da publicação de balanço, é um valor fico para o formato de 17 x 27cm e 25 x 31cm, conforme Tabela de Preço.
O faturamento da publicação será realizado em nome dos dados informados no formulário. Caso necessite mandar publicações para mais de 1 (uma) empresa, favor efetuar um envio para cada.
Após enviar sua matéria para publicação, favor aguardar um período de no máximo 1 (uma) hora, para o recebimento do comprovante e boleto para pagamento. Antes deste prazo, pedimos que não seja feito o re-envio de sua matéria.
* fonte: Imprensa Oficial do Paraná
* Norma Brasileira ABNT NBR ISO/IEC 26300
* Norma Internacional ISO ISO/IEC 26300
* Leis em outros Estados:
Lei ODF 5978/2011 Rio de Janeiro
Lei ODF 2213/2010 Novo Hamburgo - RS
Resolução 1026/2011 Assembleia Legislativa - RS
Projeto de Lei ODF 3070/2008 - Congresso Nacional
Projeto de Lei ODF 115/2011 Rio Grande do Sul
* Protocolo Brasília ODF:
Protocolo Brasília ODF 2008
Prefeitura N Hamburgo RS
Prefeitura Silva Jardim RJ
Prefeitura Nova Aurora PR
Signatários Protocolo Brasília ODF
Software Llivre não nasce em árvores: Do colonialismo ao extrativismo Digital
4 de Agosto de 2011, 0:00 - sem comentários aindaSei que muita gente que conheço e admiro vai ficar irritada com este artigo, mas acredito que já atingimos um nível de maturidade suficiente na comunidade de software livre brasileira para que possamos encarar de frente nossos próprios fantasmas. Sei também que o artigo é longo, mas acho que vale a pena a leitura. Cedo ou tarde vamos precisar fazer a reflexão aqui proposta.
Optei por escrever este artigo junto com um grupo de amigos experientes dentro da comunidade para evitar que ele seja classificado como sendo a opinião de uma única pessoa. Todos os amigos convidados já estão há bastante tempo na comunidade de software livre e todos eles já sentiram na pele os efeitos dos problemas aqui relatados. Optei por não listar seus nomes neste artigo, para que eles mesmo possam fazê-lo nos comentários.
Depois de tantos anos militando e trabalhando com software livre, fico impressionado em ver como as pessoas comumente usam o termo “a comunidade” como se ela fosse uma empresa ou coisa parecida. Muitas vezes vejo as pessoas falando da comunidade como se não fossem parte dela, como se não tivessem nenhuma obrigação em relação à manutenção dos projetos desenvolvidos de forma comunitária. Muita gente entende que ser usuário de redes sociais organizadas em torno de projetos de software livre seja o mesmo que ser membro de fato da comunidade do projeto em questão, além de acreditar piamente que todos naquela comunidade estão mesmo interessados em trollagens e críticas despropositadas.
Fazendo uma breve revisão do que aconteceu nos últimos anos na área de tecnologia no Brasil, vemos que nossa indústria de informática foi praticamente destruída no início dos anos 90, e passamos quase duas décadas sendo meros consumidores de tecnologia da informação, do hardware ao software. É a isso que chamo de colonialismo digital, pois tal como na época do Brasil colônia, acabamos consumindo tudo aquilo que os colonizadores nos empurravam. Vale lembrar aqui, que durante o início do século XIX, o Brasil chegou a “importar” um navio de patins para patinação no gelo da Inglaterra, uma vez que estes produtos estavam entupindo os estoques ingleses e precisavam ser desovados em algum lugar. Os historiadores contam que nesta época, as lâminas dos patins acabaram sendo utilizadas como facas e facões e assim fomos levando a vida: dando o jeitinho brasileiro para cumprir com nosso papel de colônia.
Durante quase vinte anos, fizemos a mesma coisa com produtos de tecnologia da informação e me lembro de ter presenciado algumas aberrações nesta época. De computadores que não suportavam o calor tropical brasileiro a softwares que invertiam completamente nossa lógica organizacional, vivemos décadas “dando um jeitinho” para as coisas funcionarem e não foram raros os casos em que tivemos que nos re-organizar para que pudéssemos utilizar as tecnologias “ofertadas”. Quem aí nunca encontrou um banco de dados armazenado dentro de uma planilha com milhares de linhas ou não viu uma reengenharia quase irracional acontecer na marra por conta do ERP da moda que atire a primeira pedra.
Tamanha foi nossa aceitação do papel de colonizados, que no final da década de 90 não era raro encontrar universidades que ao invés de lecionar “Sistemas Operacionais”, lecionavam “Windows NT”, ou trocavam “Banco de Dados Relacionais” por “Oracle” ou “DB2” e por aí seguia a carruagem. Fui aluno em uma dessas (que aliás é uma universidade de renome e destaque em São Paulo). Me lembro que fui voto vencido quando fui debater este assunto com a coordenação do curso, pois para eles importava ensinar “o que o mercado cobrava”. Pior do que ser voto vencido entre os coordenadores e mestres do curso, foi ter sido voto vencido entre meus colegas de turma, pois a imensa maioria deles estava tão acostumada com o fato de ter tudo mastigado nas mãos, que não se importava em não dominar de fato a tecnologia ou entender o que acontecia debaixo do capô. Estavam mais preocupados em “colocar no curriculum” o que aprenderam na faculdade. Amém !
Foi assim que formamos no Brasil centenas de milhares de profissionais de TI que não passavam de usuários avançados de ferramentas de software desenvolvidas fora do Brasil. Hoje, uma parte considerável destes profissionais são gestores de TI em diversas empresas públicas e privadas, e isso explica o principal motivo da resistência que encontramos no nosso dia a dia ao Software Livre dentro das organizações: a zona de conforto é grande e a inércia gerada por ela é muito difícil de ser quebrada.
É evidente que este modelo interessa às grandes empresas multinacionais de software, e confesso que hoje chego a achar graça das explicações dadas a eles sobre “o modelo”. Sempre que questionadas publicamente sobre este tema, vemos as empresas se defendendo com o argumento de que geram milhares de empregos diretos e indiretos no Brasil, e que fazem “transferência de tecnologia” à indústria local, principalmente através de seus parceiros e de projetos junto à universidades.
O que vemos na prática é que a imensa maioria dos empregos diretos criados por estas empresas estão focados na área comercial e nas metas de curto prazo, e que os empregos “técnicos” costumam se concentrar em seus parceiros e solution providers, que evidentemente não têm acesso às informações detalhadas, e muito menos ao código fonte, dos produtos que “suportam” no mercado. A segurança e confiança por obscuridade é o que impera nesta seara.
Quando olhamos o trabalho feito por elas junto às universidades, vemos novamente que o foco é sim formar cada vez mais usuários avançados de seus produtos, e conseguir com isso firmar a dependência tecnológica desde na base da cadeia alimentar na indústria de TI. É muito fácil comprovar isso quando vemos “versões educacionais” dos softwares comercializados por estas empresas serem distribuídos com água dentro das universidades. Encerrou o curso e tem um software completo desenvolvido: ótimo… vamos lhe enviar a fatura em 3, 2, 1…
É importante lembrar que este modus operandi não é exclusividade de uma única empresa, mas é de fato a prática de mercado de todas as multinacionais de TI (das mais fechadas e perseguidas por todos até a “mais aberta” e idolatrada pela maioria).
Foi num cenário de total colonização tecnológica como o ilustrado acima que o Software Livre cresceu no Brasil, principalmente durante os últimos 10 anos. Eu atribuo este crescimento à vontade gigantesca de conhecer tecnologia de verdade que alguns profissionais de TI no Brasil tinham, mas conforme o movimento foi crescendo, tenho a impressão de que estes profissionais cada vez mais são raros de se encontrar e o que vemos de fato hoje, é a busca pela substituição pura e simples de um software proprietário por um equivalente livre (e não quero entrar aqui na discussão filosófica por trás disso).
Considero que seja fundamental termos no Brasil uma comunidade tão militante e ativa na publicidade e no suporte às soluções de software livre, mas infelizmente isso não é suficiente, pois deixamos de ser colonizados digitais e somos hoje extrativistas digitais.
Não exagero em dizer que hoje o Brasil tem em números absolutos a maior comunidade de usuários de Software Livre do mundo, e olha que a TI ainda não chegou a tantos lares assim no Brasil, portanto temos ainda muito a crescer. O que me deixa muito chateado é constatar que ao mesmo tempo, temos uma comunidade de desenvolvedores de software livre quase inexistente (eu mesmo conto nos dedos das mãos os desenvolvedores de “código fonte” em projetos de software livre que conheço). A dita “comunidade” é a primeira a se manifestar e apontar defeitos nos muitos projetos que “participam”, mas na hora de enviar contribuições realmente significativas quase ninguém aparece.
É por isso que afirmo que vivemos hoje o extrativismo digital: encontramos uma fonte aparentemente inesgotável de recursos e estamos usando e abusando dela, sem nos preocupar com a sua manutenção. Isso pode até nos dar uma sensação de liberdade e controle do próprio nariz bem confortável, mas não nos levará a lugar algum e pior do que isso, quando a fonte se esgotar (e sim, ela pode se esgotar um dia), voltaremos à nossa vidinha de colonizados, e seremos novamente saudosistas de uma “era de ouro”, tal como nossos amigos mais velhos hoje se lembram da reserva de mercado.
O que quero com este artigo é forçar uma reflexão dentro da nossa comunidade, pois é evidente que software livre não nasce em árvores, e existem pessoas trabalhando muito escrevendo código fonte por trás dos softwares livres que utilizamos no dia a dia.
Devo reconhecer porém, que somos muito ágeis e experientes em traduzir estes softwares para nosso idioma, mas todos devem concordar comigo que isso é o mínimo do mínimo que podemos fazer. Lembre-se de que teremos alcançado o sucesso pleno quando a tradução for problema dos outros !
Não consigo me contentar com isso e por isso peço a todos que façam uma séria reflexão: Quando foi a última vez que você contribuiu de verdade com um projeto de Software Livre ?
Rodando o mundo palestrando em eventos de software livre, esta é a diferença primordial que vejo entre outros países e o Brasil. Na maioria dos países, a meritocracia funciona de verdade e o reconhecimento vem na base de muito, mas muito código fonte contribuído para os projetos. Como já contei a diversos amigos, em muitos países fora do Brasil, para que você possa “tomar uma cerveja” com os líderes dos projetos de software livre, você provavelmente já trabalhou bastante construindo e depurando código com eles.
Acho que é parte da cultura latina ser expansivo, mas não podemos deixar que nossa ânsia por fazer amigos acabe os deixando desviar tanto assim do nosso objetivo comum: Desenvolver de fato softwares livres que supram as necessidades de nosso mercado, que nos permitam dominar a tecnologia e que paguem nossas contas no final do mês.
Quando analisamos a cadeia de valor na indústria de software livre no Brasil hoje, vemos que diversos nós da cadeia são remunerados, mas que ainda não encontramos uma forma concreta de remunerar de verdade o principal nó: O desenvolvedor.
É muito fácil cair no discurso de que “quem implementa, treina e suporta também desenvolve”, mas na prática vemos o oposto disso.
O que me consola é que este problema não é exclusividade nossa, e nos últimos meses tenho visto diversos projetos de software livre desenvolvidos internacionalmente passar por sérias dificuldades por conta do mesmo problema.
Voltando ao Brasil, conheço ao menos um software livre desenvolvido aqui no Brasil e que é utilizado no país todo, além de ser suportado por centenas de empresas, mas que tem como desenvolvedores ativos apenas duas pessoas, sendo que uma delas (e talvez o desenvolvedor chave), não seja de forma alguma remunerado. Não vou dizer o nome do software aqui para não ser deselegante com as pessoas envolvidas em seu ecossistema, mas garanto que pela descrição acima você já deve ter identificado alguns softwares como potenciais candidatos.
Em uma recente discussão que tive com um dos pioneiros do Open Source mundial, ele me dizia que o modelo de subscrição nunca foi de fato compreendido pelo mercado, e concordo com ele que este modelo é o mínimo que podemos ter para garantir a manutenção dos projetos e de seus desenvolvedores. É mesmo uma pena ver que muita gente afirmar sem vergonha alguma que “subscrição é licença disfarçada”, e aqui incluo inúmeros colegas do movimento do software livre. Sinto lhes informar que não, não é, mas concordo que é muito fácil pensar assim quando seu contracheque chega no final de todo mês.
Indo mais a fundo no problema, fico extremamente chateado em ver a falta de consciência de inúmeros gestores de empresas públicas e privadas que economizam centenas de milhões de reais por ano em licenças de software, mas que não investem sequer um centavo no desenvolvimento e manutenção de projetos de software livre que utilizam no seu dia a dia.
Um exemplo gritante do que afirmo acima é o Libre Office (antigo OpenOffice ou BrOffice no Brasil), que possui atualmente centenas de milhares de cópias sendo utilizadas no país todo, economizando rios de dinheiro, e que têm no Brasil uma comunidade de “desenvolvedores de verdade” quase irrisória. O que me deixa muito mais chateado com isso, é que estes poucos heróis nacionais quase sempre levam uma vida de privações em prol da coletividade e tudo o que recebem de volta são tapinhas nas costas e nos últimos tempos ainda tem que aceitar calados, críticas injustas vindas de todas as partes. Não vou nem comentar aqui sobre a vida que levam os que decidem trabalhar com o desenvolvimento de padrões, mas posso afirmar que invejamos a vida dos desenvolvedores de software livre no Brasil.
Não quero que este seja um artigo de lamentações, e por isso eu gostaria de deixar algumas sugestões para que possamos de fato aproveitar esta oportunidade que temos nas mãos e mudar de uma vez por toda a história da TI no nosso Brasil. Muitas das sugestões vão parecer óbvias e genéricas, mas acredite, nunca foram de fato implementadas:
- Empresas que utilizam softwares livres deveriam ter desenvolvedores trabalhando no desenvolvimento destas soluções ou se não puderem ter estes desenvolvedores, que exijam que as empresas que lhes prestam serviços de suporte e treinamento em software livre tenham desenvolvedores ativos nos projetos, e que comprovem suas contribuições periodicamente. Esta prestação de contas aliás deveria ser pública.
- Universidades poderiam deixar de usar exemplos genéricos e trabalhos “inventados pelos professores” nas disciplinas de desenvolvimento de software e ter como meta a cada semestre otimizar um trecho de código fonte existente ou implementar uma melhoria ou nova funcionalidade em um software livre existente. O mesmo vale para outras disciplinas como marketing e design. Uma simples mudança da atitude como esta daria aos envolvidos uma experiência prática no mundo real com projetos concretos, ao mesmo tempo que lhes permitiria alcançar os mesmos objetivos didáticos (já imaginou onde chegaríamos com isso ?).
- Já temos diversas leis, decretos e instruções normativas no Brasil recomendando ou determinando a utilização de Software Livre e de Padrões Abertos em diversas esferas governamentais, mas infelizmente os órgãos de controle e fiscalização parecem desconhecê-las. Não consigo avaliar quem é o culpado por isso, mas sei que nós como sociedade temos o dever de cobrá-los, e talvez esteja aí a grande missão de todos os membros da comunidade que não podem contribuir de forma técnica com os projetos de software livre.
- Muita gente não tem conhecimento técnico para escrever código fonte e contribuir com os projetos, mas lembre-se que um software livre de sucesso não vive só de código fonte e por isso mesmo sempre existe algo não relacionado a código fonte que precisa ser feito. Se envolva de verdade com a comunidade de desenvolvedores dos softwares que você usa e por favor, contribua de forma concreta com seu desenvolvimento. Ajudar de verdade é atender a necessidade do outro e não a sua própria necessidade. A diferença entre o voluntariado e o voluntarismo é gigantesca, mas muito difícil de ser compreendida.
Não acredito em contos de fadas e também não acredito que um dia uma empresa estrangeira vai decidir do dia para a noite que o Brasil é a bola da vez para concentrar aqui o seu desenvolvimento de software. Temos que conquistar isso, temos que fazê-lo do nosso jeito e temos sim potencial para reconstruir de verdade nossa indústria nacional de software e Tecnologia da Informação. O que não podemos fazer é ficar aqui sentados esperando o milagre acontecer, imaginando que estamos no caminho certo. Pequenas correções de rota podem sim nos levar a algum lugar completamente diferente e melhor do que o nosso destino atual.
Caso você ou sua empresa queira contribuir com um projeto de software livre e não saiba como, me coloco à disposição para ajudar e orientar.
Peço que reflitam sobre o seu papel na solução do problema aqui apresentado. Temos um elefante na sala e só não ver quem não quer.
Aguardo ansiosamente os comentários e espero que possamos abrir este debate tão necessário nos dias de hoje.
Escrito por Jomar Silva em 26 maio 2011 63 Comentários
* fonte: blog Trezentos
Dropbox é um sistema de compartilhamento de arquivos "em nuvem"
4 de Agosto de 2011, 0:00 - sem comentários aindaO Dropbox é um sistema de compartilhamento de arquivos "em nuvem", ou seja você compartilha seus arquivos na Web. Ele é muito útil quando você usa diariamente diversos dispositivos que se comunicam com a Web, no meu caso tenho meu Smartphone com Android, meu note com Debian Squeeze e "minha" máquina da empresa usando também Debian Squeeze. Ta legal mas qual a vantagem em se ter vários dispositovs conectados? A vantagem é que você consegue manter seus arquivos sincronizados entre todos os dispositivos!!! Além do mais caso você precise acessar um arquivo imediatamente e você estiver "incomunicável" você poderá baixar seus arquivos diretamente da página do Dropbox.
Bom falando no Debian que é meu foco nesse Post... vamos a instalação:
1. Criar uma conta..
Você poderá facilmente criar uma conta do Dropbox clicando aqui
2. Baixar o aplicativo..
Eu preferi instalar a versão em .tar.bz2 pois a versão que temos para Ubuntu não foi muito bem aqui no meu Squeeze, para baixar a versão em tar.bz2 clique aqui ou então entre no site abaixo para baixar a versão Ubuntu ou Fedora:
http://www.dropbox.com/downloading
No momento que vos escrevo a versão ativa do .tar.bz2 é a 0.6.8, não garanto que a partir deste Post vocês conseguirão instalar outras versões mais novas que esta.
3. Descompactar o pacote..
Por padrão aqui na minha máquina os Downloads ficam em /home/rafael/Downloads então seguindo este padrão seguem os procedimentos abaixo:
$ su -
# cd /home/rafael/Downloads
# tar -xvjf nautilus-dropbox-0.6.8.tar.bz2
# cd nautilus-dropbox-0.6.8
4. Configurando e instalando..
De acordo com o documento INSTALL contido neste pacote temos que seguir estes os procedimentos abaixo:
[OBRIGATÓRIO] # ./configure
[OBRIGATÓRIO] # make
[OPCIONAL] # make check
[OBRIGATÓRIO] # make install
[OPCIONAL] # make clean
No meu caso precisei instalar dois pacotes faltantes no passo ./configure, os pacotes foram instalados da seguinte forma:
# aptitude install libnautilus-extension-dev python-docutils -y
Se no passo ./configure sua saída não deu erro então é sinal que não falta nada e você poderá executar o make, senão terá que procurar as dependências que apareceram na saída do comando ./configure.
5. Terminando a configuração..
Agora o Dropbox já está instalado, precisamos terminar a configuração pela interface gráfica. Como usuário COMUM (sem privilégios administrativos de root) digite:
$ dropbox start -i
Janela 1:
Janela 2:
Janela 3:
Janela 4:
Uma das desvantagens em se usar o Dropbox é que podemos "upar" somente 2GB Free se quiser "upar" mais tem que desembolsar uma grana. :(
Janela 5:
Como você é um Geek você não usará a instalação Típica... é claro ;)
Janela 6:
Nesta janela na primeira opção você especifica que você terá uma pasta na sua home padrão com o nome de Dropbox, caso deseje especificar outra pasta escolha a segunda opção (porém eu não recomendo a segunda opção, explicarei mais abaixo).
Janela 7:
Eu como um bom paranóico não quero ficar digitando senha de root para manter o atributo dos arquivos "upados", portanto marquei a segunda opção.
Janela 8:
Marcando essa opção eu quero dizer que tudo abaixo de /home/rafael/Dropbox será compartilhado com a minha conta Dropbox.
Janela 9:
Janela 10:
Janela 11:
Janela 12:
Janela 13:
Instalação terminada! Enfim!!
Ao terminar esse procedimento minhas pastas Web já começaram a ser baixadas como podemos ver na imagem seguinte:
Terminada a instação!!!!
DICA MUTO IMPORTANTE:
Caso você tenha pouco espaço em disco assim como eu você poderá criar links simbólicos para dentro do seu diretório Dropbox e as pastas serão sincronizadas sem que haja duplicidade na sua /home. Para isso eu posso citar meu exemplo real, eu tenho 3 pastas a serem sincronizadas abaixo:
/home/rafael/Codigos
/home/rafael/Faculdade
/home/rafael/Backups
Agora eu crio 3 links simbólicos para que não haja duplicidades:
$ ln-sf /home/rafael/Codigos /home/rafael/Dropbox/Codigos
$ ln-sf /home/rafael/Faculdade /home/rafael/Dropbox/Faculdade
$ ln-sf /home/rafael/Backups /home/rafael/Dropbox/Backups
Feito isso tudo que for colocado na pasta Codigos será upado na próxima conexão a internet! :D
Quando você tem mais de um dispositivo (Máquina PC, Notebook, Smartphone e etc) basta seguir os mesmos procedimentos aqui descritos e você terá uma pasta compartilhada entre várias máquinas sem duplicidades! :D
SEGURANÇA:
Sobre a segurança na transferência dos arquivos podemos dizer que ela EXISTE pois a conexão é feita por HTTPS, e é criptografada (pra quem não sabe). Porém SEMPRE temos que ser paranóicos, portanto não coloquem arquivos de senhas, chaves pgp e outras coisas MUITO sigilosas na sua conta, por mais que só você possua a senha algum cretino sempre pode roubá-la de alguma forma.
Abraços e espero que gostem do post!
* fonte: blog Abra Seu Código
Rafael Henrique Sorocaba, Brazil* site: http://www.dropbox.com
Gnu/Linux Pandorga, na Escola de Educação Especial São Camilo - Curitiba
1 de Agosto de 2011, 0:00 - sem comentários aindaNesse sábado, dia 30, o Projeto Mãos Que Ajudam, da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, em um evento Nacional, dou 15 computadores DELL (usados) para a Escola de Educação Especial São Camilo - Curitiba - PR.
Como ativista de Software Livre, LibreOffice e ODF, encontrei o Gnu/Linux Pandorga, testei e achei excelente instalá-lo nos computadores. Foi o que fiz, entregamos os computadores para a Escola. O Presidente da ONG IHOEPAR, sr. Germano e a diretora da Escola, professora Rita ficaram muito felizes com a solução Pandorga.
O Pandorga irá auxiliar muito no desenvolvimento dos alunos, que deficiência intelectual, através de mais de 120 atividades pedagógicas que o ambiente Pandorga.
Saiu uma reportagem na Rede Massa de televisão sobre a entrevista da Diretoria Rita
Parabéns a toda equipe do Gnu/Linux Pandorga.
Um abraço,
Furusho
* Fotos Dia Nacional Mãos Que Ajudam:
Assinatura de doação dos computadores com Linux Pandorga: Pres. da ong IHOEPAR (Germano), Dir. da Escola (Professora Rita) e Pres. da Estaca Curitiba Boa Vista - A Igreja de Jesus Cristo dos SUD e Ativista de Software Livre (Furusho)
Voluntário Mãos que Ajudam e Gerente da Digital SK (Yves) Pres. da Estaca Curitiba Boa Vista - A Igreja de Jesus Cristo dos SUD e Ativista de Software Livre (Furusho)
Aluno da Escola usando o Pandorga, Professora Mari e Pres. da Estaca Curitiba Boa Vista - A Igreja de Jesus Cristo dos SUD e Ativista de Software Livre (Furusho)
Aluno da Escola usando o Pandorga
Reportagem da Rede Massa de televisão
Diretora e professora Rita em entrevista para a Rede Massa de Televisão
Mais sobre o Gnu/Linux Pandorga:
O Pandorga GNU/Linux é uma distribuição educacionalcriada em 2006 especialmente para crianças, pré-adolescentes e escolas de ensino infantil e fundamental.
Seu propósito é fazer do laboratório de informática um ambiente desegurança, diversão e aprendizado, com muitos jogos e programas que exercitem a mente sem perder o prazer em estudar.
Querida pelos educadores, pais e alunos, a distribuição educacional Pandorga tem uma trajetória de sucesso, realizações, trabalho e diversão garantida desde o desenvolvedor até o usuário final, os alunos!
* site do Pandorga: www.pandorgalinux.com.br
* Veja o video no Youtube:
http://www.youtube.com/v/6RsrO6xgHb0&hl
* Comunidade pandorga: http://softwarelivre.org/pandorga/
* Educação e Cultura livre em debate no fisl12
* Pandorga Gnu/Linux no fisl 12
* Software Livre e Educação no fisl 12