LibreOffice Portable, um pacote de escritório completo para drives USB, removíveis e Cloud
27 de Janeiro de 2011, 0:00 - sem comentários aindaO PortableApps.com e a The Document Foundation tem o orgulho de anunciar a disponibilidade imediata do LibreOffice Portable 3.3, uma versão portátil do pacote de produtividade gratuito para Windows.
O LibreOffice portátil funciona diretamente de uma unidade flash USB ou de um disco na nuvem e permite ao usuário usar um processador de texto completo, planilha eletrônica, ferramenta de apresentação, banco de dados e programa de desenho em qualquer PC, sem a necessidade de instalação. É uma ótima maneira de levar seus documentos, planilhas e apresentações, juntamente com tudo que você precisa para editá-los com você onde quer que você vá. Como todos os softwares no formato PortableApps.com, ele funciona na sua casa, trabalho ou escola, em um Cyber Café ou mesmo na sua biblioteca, permitindo que você possa facilmente carregar seu computador no seu bolso.
O LibreOffice portátil inclui todos os novos recursos do recém-lançado LibreOffice 3,3 incluindo suporte a SVG, melhor suporte para PDF, uma melhor proteção de documentos, melhorias de usabilidade, compatibilidade melhorada e milhares de outras correções e melhorias. O LibreOffice portátil faz uso da premiada tecnologia de software da PortableApps.com para permitir que ele seja executado sem afetar o PC hospedeiro ou exigir direitos administrativos para instalar. Não são necessárias alterações no LibreOffice para torná-lo portátil.
"O LibreOffice é uma adição maravilhosa para a nossa linha de software portátil e será um grande sucesso com os nossos usuários", disse John T. Haller, principal desenvolvedor do PortableApps.com. "A The Document Foundation tem sido ótima para trabalhar e estamos ansiosos por uma longa parceria."
"Nós estivemos trabalhando com PortableApps.com para garantir que uma versão portátil do LibreOffice estivesse disponível em conjunto com o lançamento da versão 3.3", disse Florian Effenberger, membro do Comitê Gestor da The Document Foundation" Muitos dos nossos usuários são fãs de software portátil e trabalhar com uma plataforma de código aberto era um ajuste natural para nós."
O LibreOffice portátil está disponível para download imediato gratuitamente em http://www.libreofficeportable.org/ e
http://portableapps.com/LibreOfficePortable
Sobre PortableApps.com
O PortableApps.com é a solução de software portátil mais popular do mundo, que lhe permite ter o seu software favorito com você. Uma plataforma totalmente aberto e livre, que funciona em qualquer dispositivo de armazenamento portátil (USB flash drive, iPod, cartão de memória, disco rígido portátil, etc) ou unidade de nuvem e permite que você carregue o seu software de desktop favorito com você e usá-lo em qualquer computador . Com milhões de usuários em todo o mundo e uma coleção completa de software de código fonte aberto, bem como softwares freeware e comerciais e parceiros na indústria de software e hardware, o PortableApps.com é a mais completa solução para a vida em movimento.
Sobre a The Document Foundation
A The Document Foundation tem a missão de facilitar a evolução da Comunidade OOo em uma nova organização, aberta, independente, e meritocrática nos próximos meses. Uma fundação independente é uma melhor reflexão dos valores dos nossos colaboradores, usuários e simpatizantes e vai permitir que uma comunidade seja mais eficaz, eficiente e transparente. A TDF irá proteger os investimentos passados, com base nas realizações da primeira década, irá incentivar a participação ampla dentro da comunidade, e irá coordenar as atividades através da comunidade.
Trad: Rui Ogawa
Contato PortableApps.com
John T. Haller (United States)
Phone: 646-289-5002 extension 2
E-mail: press@portableapps.com
Contato TDF no Brasil
Olivier Hallot (Brazil)
Mobile: +55 21 88228812
E-mail: olivier.hallot@documentfoundation.org
* fontes:
Crônicas da Latinoware 2010 - Parte 5
26 de Janeiro de 2011, 0:00 - sem comentários aindaCada vez mais fala-se em negócios na Latinoware. Na edição de 2010 privilegiamos a apresentação de vários modelos de negócios de toda a América Latina, em sessões que ocuparam boa parte do auditório principal nos dois primeiros dias do evento e culminaram com uma mesa redonda, coordenada pelo Moacyr Gomes do Gartner Latin America. Nossa meta era provar a todos a maturidade do software livre na geração de emprego e renda, mostrando casos reais cujas ideias pudessem ser replicadas. Mais do que isto, queríamos que os empresários que trouxemos para a Latinoware trocassem ideias entre si, criassem parcerias, fomentassem novos negócios. Nossa expectativa é a de que, em 2011, estas parcerias sejam temas de novas palestras e novos exemplos a serem seguidos.
Os modelos de negócios incluíam empresas tradicionais, cooperativas, comercialização de serviços e produtos em variadas formas de licenças. Corinto Meffe, Gerente de Inovações tecnológicas da Secretaria de Logística e TI do Ministério do Planejamento, defendeu a nova economia de bens intangíveis, onde a colaboração virá antes da competição. Ele explica bem isto em seu artigo para a Webinsider. O mesmo discurso de Corinto, proferido em outros eventos de tecnologia, poderia até causar alguma estranheza. Dentro do evento de negócios, que também é a Latinoware, ele ilustra essa nova economia já vigente.
O destaque da mesa redonda com os empresários foi a apresentação dos benefícios e conquistas obtidas e em um aspecto todos concordaram: o modelo de negócios em software livre é um sistema saudável, em que os colaboradores estão satisfeitos com seus papeis e torcem pelo sucesso do outro. Ta aí, Corinto, a colaboração antes da competição que antevias.
Moacyr Gomes, em entrevista na Latinoware, disse que "temos que criar coisas que resistam com o tempo. Isto é essencial para a sobrevivência do software livre. A segunda onda está chamando você a trabalhar com quem você concorre para poder se criar projetos sustentáveis. O Linux, por exemplo, estaria morto se outras empresas de tecnologia não tivessem abraçado a causa".
Mais sobre negócios e software livre nestas entrevistas e artigos do portal da Latinoware:
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Corinto Meffe - Software público como um serviço de direito da sociedade
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Víctor Aravena Díaz - Software livres usados no governo do Chile serão apresentados na Latinoware 2010
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Ernesto Kruger - Presidente da Associação Equatoriana de Software confirma presença na Latinoware 2010
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Diego Martín Lima - Cooperativismo e Software Livre na Argentina e Elvex apresenta um modelo de relação do cooperativismo com o software livre
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José Fernando Cardona Walker - Negócios com base em software livre será tema de palestra na Latinoware
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Jon "maddog" Hall - "Maddog" fala sobre a evolução do Linux e a geração de emprego e renda
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Alberto Villalba - Paraguai amplia sua participação na Latinoware
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Marcos Siriaco Martins e Marcos Antonio Dellazari - Comendo pelas beiradas. Software livre nas corporações: o caso da Itaipu Binacional e Itaipu Binacional é exemplo no uso de softwares livres em corporações
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Marli Portella - Evolução do uso do software livre na Itaipu será apresentada na Latinoware 2010
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Jos Poortvliet - Marketing Livre na Latinoware 2010
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Moacyr Gomes - Gartner Latin America na Latinoware 2010 e "Gerenciar o open source é essencial para a sua sobrevivência"
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Mesa redonda discutiu modelos de negócio de software livre para a América Latina
Na semana que vem, a última crônica desta série, com os devidos créditos ao final da história.
Esta crônica tem a colaboração de Joice Käfer.
Por Cesar Brod
Crônicas da Latinoware 2010 - Parte 4
26 de Janeiro de 2011, 0:00 - sem comentários aindaO tema "redes sociais" já é suficientemente interessante, mas o filme "A Rede Social", de David Fincher, aumentou ainda mais o interesse das pessoas comuns por esse fenômeno. Eduardo Santos, do Ministério do Planejamento, abordou muito bem as redes sociais corporativas com o uso do software OpenACS. Nosso keynote Geoffroy Simon, da empresa belga Getyoo falou sobre conexões que permeiam o real e o virtual, cliques físicos que levam uma pessoa à rede social da outra e a carga de informações em páginas pessoais e privadas que, no mínimo, geram uma economia absurda de recursos naturais.
Eu conheci o Geoffroy na Cebit, na Alemanha, em março deste ano. Ele puxou papo comigo porque viu que eu estava tuitando sobre o evento enquanto, tanto eu quanto ele, esperávamos pelas nossas próximas reuniões em um espaço chamado Future Match. Eu achei que aquilo que a Getyoo estava fazendo não apenas casava plenamente com os assuntos técnicos que vínhamos desenvolvendo para a Latinoware, mas traziam também um viés de respeito ao meio ambiente que queríamos abordar no evento. A dinâmica da Getyoo é tão envolvente que, logo após a Latinoware, a BrodTec e a empresa firmaram uma parceria para o estabelecimento de ações no Brasil, com sede do empreendimento no Parque Tecnológico Itaipu.
A dinâmica das redes sociais, quer tendo ou não como base um Getyoo, Orkut ou Facebook tem tudo a ver com a organização e o sucesso de um evento. Eu consigo datar o relacionamento entre contatos, que acabaram por fazer com que determinadas pessoas participassem da Latinoware, desde bem antes de 1999 quando conheci o Maddog, o Linus e o Stallman na primeira Linux World em San Jose, na California. Se eu cavar antes disto, este contato só aconteceu porque entre 1992 e 1993 eu, o Leandro e o Willy começamos a brincar com o Linux ainda antes do kernel 1.0. Cavando ainda mais fundo, eu só me aventurei pelas notícias USENET porque lá por 1990 o Canal Vip, do Paulo Cesar Breim, já tinha um gateway para a Internet. E eu paro por aqui porque isso ia acabar no meu MSX Hotbit com modem e muitas ligações na madrugada.
A Getyoo traz de volta para o real o contato virtual que, no fim, é onde tudo começa. Claro que eu (e a torcida do glorioso Grêmio, agora na Libertadores) temos amigos que começaram virtuais, mas a verdade é que o contato físico, cara a cara, ainda é o que faz com que as amizades e os negócios tomem a devida velocidade. Eu acho que, de certa forma, isto foi bastante abordado na especialíssima trilha de educação, capitaneada pelo Frederico Guimarães. O contato entre educadores e alunos, entre pais e alunos, é algo que não pode ser simplesmente relegado ao mundo virtual. A tecnologia criou uma barreira tal que os filhos entendem muito mais, estatisticamente falando, de informática do que os pais e também de que seus professores. Isto é tão evidente que basta ir a qualquer escola de ensino médio e perguntar quais estudantes usam Orkut ou Facebook, e quantos de seus pais usam. Isto gera todo um mundo virtual liderado por pessoas muito jovens, cheias de ideias de como usar a rede. Mas muitas também, sem o devido guia paternal, fraternal ou escolar, estão sujeitas a riscos equivalentes aos que estão quando jogadas em meio a uma guerrilha.
O keynote da trilha educacional foi o Bruno Coudoin, autor do Gcompris um conjunto de softwares para educação infantil que, sem medo algum, os adultos ainda não alfabetizados digitalmente deveriam usar junto com seus filhos pequenos. Um pouquinho de tempo por dia, em substituição à novela das oito, já ajuda um bocado.
Quer saber mais?
* Frederico Gonçalves Guimarães - Grupo promove disseminação do Software Livre Educacional
* Bruno Coudoin - Software Livre e Educação Infantil
* Eduardo Santos - Crie seu próprio Orkut ou Facebook
* Geoffroy Simon - A Internet das Coisas na Latinoware 2010
Esta crônica tem a colaboração de Joice Käfer
Por Cesar Brod
* fonte: www.latinoware.org
Crônicas da Latinoware 2010 - Parte 3
26 de Janeiro de 2011, 0:00 - sem comentários aindaUm bom projeto é aquele que conta uma boa história. Gerenciar um projeto destes envolve escrever um roteiro, um script para esta história. Há um programa bem legal, chamado Celtx, que serve para, a partir de um roteiro, gerenciar todos os recursos de uma produção. Assim, se chover em um determinado dia no qual foi programada uma filmagem externa, o produtor saberá quais os atores e equipe de apoio devem ser contatados para um eventual reagendamento, otimizando os recursos.
O roteiro da Latinoware partiu de uma série de "tags" sobre as quais já falei na primeira crônica. Estas tags constituíam o argumento inicial, as coisas sobre as quais nossa história deveria se desenvolver. A partir dela, elencamos nossos atores principais, os palestrantes "keynotes", e trabalhamos junto à coordenação de cada comunidade quais os temas que gostaríamos de ver abordados. Claro que nosso argumento era flexível e sujeito a boas ideias, mas ainda assim é necessária certa rigidez para que o evento não vire uma salada de frutas onde ninguém sabe para onde ir ou o que assistir.
Uma das nossas linhas envolvia a qualidade na produção de software livre, mostrando tanto casos de sucesso quanto falando de engenharia de software, incluindo qualidade e métodos ágeis. Conseguir o keynote nessa linha foi bem fácil. O Doug McIlroy, que teve a ideia de conectar processos através de encadeamentos chamados pipes lá na origem do Unix, era nosso convidado em 2009 e preferiu não vir. Ele é extremamente perfeccionista e preferiu ficar um ano inteiro preparando a palestra que ministrou este ano: "Better versus Bigger", melhor em oposição a maior. A importância do Doug tanto na história do Linux quanto por sua influência em engenharia de software e, em especial, métodos ágeis é bem ilustrada pelo fato do próprio Maddog ter solicitado para fazer a apresentação do Doug. Ele retribuiu a gentileza, apresentando Maddog no dia seguinte. Recheando este tema ainda tivemos as palestras sobre Gestão de Projetos com o GERPRO, do professor Aleks Montanha; a famigerada, infame e divertidíssima "Porque eu sou louco por testes e você é um bundão", do Henrique Andrade e do Sylvestre Mergulhão, além de uma série de outras que abordaram estes temas de maneira direta ou indireta. O programa está online para quem quiser conferir.
A parte relativa à multimídia, incluindo gráficos para a web e para a impressão, produção tridimensional, vídeo, áudio, realidade aumentada e outros é sempre muito procurada na Latinoware. E cada vez mais buscamos, em função do apelo destes assuntos, usá-los para trazer um público não-nerd para o evento. Claro que não deixamos os nerds de lado, mas queremos mostrar a todos que dá para produzir coisas muito legais e até curtir uma boa diversão com softwares livres. Aqui nosso keynote foi o Igor Novikov, que conheci por causa do professor Montanha, que mencionei acima. Em junho deste ano, participei, a convite do Montanha, do evento Solivre X. O Montanha pediu-me que fizesse uma palestra sobre algo que eu considerasse interessante em termos de softwares gráficos. Mesmo não sendo esta a minha praia, eu estava justamente pesquisando alternativas de soluções para preimpressão: algo que me permitisse pegar arquivos em Corel ou Adobe Illustrator, trabalhar com eles e enviar direto para a gráfica. Também tem a questão de que tudo o que o Montanha pede eu tento atender - ele faz a mesma coisa por mim e assim vamos colocando um ao outro em desafios intelectuais que só nos ajudam a crescer. Foi daí que cheguei no sK1, um software que é mantido pelo ucraniano Igor Novikov, com quem comecei a trocar emails e que acabou vindo para a Latinoware. O Igor viveu sob o regime comunista na União Soviética e eles tinham uma ideia utópica de liberdade que traduzia-se na cidade do Rio de Janeiro, para onde o Igor foi logo em seguida da Latinoware. A versão do sK1 lançada durante a Latinoware chama-se Made in Brazil, uma homenagem do Igor para nós.
Aqui já aconteceu uma coisa interessante. A palestra do Igor não lotou. O tema foi técnico demais para aqueles que trabalhavam diretamente com a produção gráfica e, por outro lado, o assunto já era de conhecimento do pessoal que trabalha mais pesadamente com gráficos em software livre. Um dos elementos do sK1, na verdade o seu núcleo, o Uniconvertor, é o que softwares como Inkscape, Scribus e outros já usam para abrir arquivos do Corel e Illustrator. Por outro lado, a interação do Igor com o pessoal mais técnico, depois de sua palestra, foi muito boa, trazendo muitas ideias para a produção impressa da própria Latinoware em 2011.
Eu teria muita coisa para destacar das atividades envolvendo multimídia e engenharia de software, mas tudo isto está muito bem coberto nas várias entrevistas que foram publicadas no portal da Latinoware. Então, deixo aqui, um roteiro de leitura para os interessados:
* Breno Azevedo da Silva - O boom dos jogos independentes e Jogos e Software Livre - Tudo a ver!
* Tomaz Canabrava - 'Cigano' Tomaz Canabrava ensina a fazer jogos em 15 minutos
* Cícero Moraes - Vídeo de presente para a Latinoware
* Luciano Lourenço - Multimídia e gráficos livres na Latinoware 2010
* Igor Novikov - Igor Novikov apresentará, na Latinoware 2010, alternativa livre ao Corel Draw
* Doug McIlroy - Complexidade na programação nem sempre é boa, diz Mcllroy e Doug McIlroy e seus "pipes" na Latinoware 2010
* Enrique Verdes - Qualidade para o Software Livre
* Ramiro da Luz - Python e Agilidade nas palavras de Ramiro da Luz
Mas falando de novo de roteiros. Lembram-se do vídeo que publiquei no primeiro artigo? Ele também começou com uma troca de ideias entre o Cícero Moraes, o Luciano Lourenço e este que vos escreve. O primeiro roteiro, nunca publicado além de nossos emails, está aqui. Entre ele e o vídeo final muita coisa mudou. Teve que ser adequada em função de restrições, acomodação de novas ideias, etc. É assim mesmo que projetos acontecem.
Na semana que vem, redes sociais, a internet das coisas e software livre na educação.
Esta crônica tem a colaboração de Joice Käfer.
Por Cesar Brod
Artigo publicado no Dicas-L
* fonte: www.latinoware.org
Crônicas da Latinoware 2010 - Parte 3
26 de Janeiro de 2011, 0:00 - sem comentários aindaUm bom projeto é aquele que conta uma boa história. Gerenciar um projeto destes envolve escrever um roteiro, um script para esta história. Há um programa bem legal, chamado Celtx, que serve para, a partir de um roteiro, gerenciar todos os recursos de uma produção. Assim, se chover em um determinado dia no qual foi programada uma filmagem externa, o produtor saberá quais os atores e equipe de apoio devem ser contatados para um eventual reagendamento, otimizando os recursos.
O roteiro da Latinoware partiu de uma série de "tags" sobre as quais já falei na primeira crônica. Estas tags constituíam o argumento inicial, as coisas sobre as quais nossa história deveria se desenvolver. A partir dela, elencamos nossos atores principais, os palestrantes "keynotes", e trabalhamos junto à coordenação de cada comunidade quais os temas que gostaríamos de ver abordados. Claro que nosso argumento era flexível e sujeito a boas ideias, mas ainda assim é necessária certa rigidez para que o evento não vire uma salada de frutas onde ninguém sabe para onde ir ou o que assistir.
Uma das nossas linhas envolvia a qualidade na produção de software livre, mostrando tanto casos de sucesso quanto falando de engenharia de software, incluindo qualidade e métodos ágeis. Conseguir o keynote nessa linha foi bem fácil. O Doug McIlroy, que teve a ideia de conectar processos através de encadeamentos chamados pipes lá na origem do Unix, era nosso convidado em 2009 e preferiu não vir. Ele é extremamente perfeccionista e preferiu ficar um ano inteiro preparando a palestra que ministrou este ano: "Better versus Bigger", melhor em oposição a maior. A importância do Doug tanto na história do Linux quanto por sua influência em engenharia de software e, em especial, métodos ágeis é bem ilustrada pelo fato do próprio Maddog ter solicitado para fazer a apresentação do Doug. Ele retribuiu a gentileza, apresentando Maddog no dia seguinte. Recheando este tema ainda tivemos as palestras sobre Gestão de Projetos com o GERPRO, do professor Aleks Montanha; a famigerada, infame e divertidíssima "Porque eu sou louco por testes e você é um bundão", do Henrique Andrade e do Sylvestre Mergulhão, além de uma série de outras que abordaram estes temas de maneira direta ou indireta. O programa está online para quem quiser conferir.
A parte relativa à multimídia, incluindo gráficos para a web e para a impressão, produção tridimensional, vídeo, áudio, realidade aumentada e outros é sempre muito procurada na Latinoware. E cada vez mais buscamos, em função do apelo destes assuntos, usá-los para trazer um público não-nerd para o evento. Claro que não deixamos os nerds de lado, mas queremos mostrar a todos que dá para produzir coisas muito legais e até curtir uma boa diversão com softwares livres. Aqui nosso keynote foi o Igor Novikov, que conheci por causa do professor Montanha, que mencionei acima. Em junho deste ano, participei, a convite do Montanha, do evento Solivre X. O Montanha pediu-me que fizesse uma palestra sobre algo que eu considerasse interessante em termos de softwares gráficos. Mesmo não sendo esta a minha praia, eu estava justamente pesquisando alternativas de soluções para preimpressão: algo que me permitisse pegar arquivos em Corel ou Adobe Illustrator, trabalhar com eles e enviar direto para a gráfica. Também tem a questão de que tudo o que o Montanha pede eu tento atender - ele faz a mesma coisa por mim e assim vamos colocando um ao outro em desafios intelectuais que só nos ajudam a crescer. Foi daí que cheguei no sK1, um software que é mantido pelo ucraniano Igor Novikov, com quem comecei a trocar emails e que acabou vindo para a Latinoware. O Igor viveu sob o regime comunista na União Soviética e eles tinham uma ideia utópica de liberdade que traduzia-se na cidade do Rio de Janeiro, para onde o Igor foi logo em seguida da Latinoware. A versão do sK1 lançada durante a Latinoware chama-se Made in Brazil, uma homenagem do Igor para nós.
Aqui já aconteceu uma coisa interessante. A palestra do Igor não lotou. O tema foi técnico demais para aqueles que trabalhavam diretamente com a produção gráfica e, por outro lado, o assunto já era de conhecimento do pessoal que trabalha mais pesadamente com gráficos em software livre. Um dos elementos do sK1, na verdade o seu núcleo, o Uniconvertor, é o que softwares como Inkscape, Scribus e outros já usam para abrir arquivos do Corel e Illustrator. Por outro lado, a interação do Igor com o pessoal mais técnico, depois de sua palestra, foi muito boa, trazendo muitas ideias para a produção impressa da própria Latinoware em 2011.
Eu teria muita coisa para destacar das atividades envolvendo multimídia e engenharia de software, mas tudo isto está muito bem coberto nas várias entrevistas que foram publicadas no portal da Latinoware. Então, deixo aqui, um roteiro de leitura para os interessados:
* Breno Azevedo da Silva - O boom dos jogos independentes e Jogos e Software Livre - Tudo a ver!
* Tomaz Canabrava - 'Cigano' Tomaz Canabrava ensina a fazer jogos em 15 minutos
* Cícero Moraes - Vídeo de presente para a Latinoware
* Luciano Lourenço - Multimídia e gráficos livres na Latinoware 2010
* Igor Novikov - Igor Novikov apresentará, na Latinoware 2010, alternativa livre ao Corel Draw
* Doug McIlroy - Complexidade na programação nem sempre é boa, diz Mcllroy e Doug McIlroy e seus "pipes" na Latinoware 2010
* Enrique Verdes - Qualidade para o Software Livre
* Ramiro da Luz - Python e Agilidade nas palavras de Ramiro da Luz
Mas falando de novo de roteiros. Lembram-se do vídeo que publiquei no primeiro artigo? Ele também começou com uma troca de ideias entre o Cícero Moraes, o Luciano Lourenço e este que vos escreve. O primeiro roteiro, nunca publicado além de nossos emails, está aqui. Entre ele e o vídeo final muita coisa mudou. Teve que ser adequada em função de restrições, acomodação de novas ideias, etc. É assim mesmo que projetos acontecem.
Na semana que vem, redes sociais, a internet das coisas e software livre na educação.
Esta crônica tem a colaboração de Joice Käfer.
Por Cesar Brod
Artigo publicado no Dicas-L
* fonte: www.latinoware.org
- Crônica parte 4
- Crônica parte 5
Crônicas da Latinoware 2010 - Parte 3
26 de Janeiro de 2011, 0:00 - sem comentários aindaUm bom projeto é aquele que conta uma boa história. Gerenciar um projeto destes envolve escrever um roteiro, um script para esta história. Há um programa bem legal, chamado Celtx, que serve para, a partir de um roteiro, gerenciar todos os recursos de uma produção. Assim, se chover em um determinado dia no qual foi programada uma filmagem externa, o produtor saberá quais os atores e equipe de apoio devem ser contatados para um eventual reagendamento, otimizando os recursos.
O roteiro da Latinoware partiu de uma série de "tags" sobre as quais já falei na primeira crônica. Estas tags constituíam o argumento inicial, as coisas sobre as quais nossa história deveria se desenvolver. A partir dela, elencamos nossos atores principais, os palestrantes "keynotes", e trabalhamos junto à coordenação de cada comunidade quais os temas que gostaríamos de ver abordados. Claro que nosso argumento era flexível e sujeito a boas ideias, mas ainda assim é necessária certa rigidez para que o evento não vire uma salada de frutas onde ninguém sabe para onde ir ou o que assistir.
Uma das nossas linhas envolvia a qualidade na produção de software livre, mostrando tanto casos de sucesso quanto falando de engenharia de software, incluindo qualidade e métodos ágeis. Conseguir o keynote nessa linha foi bem fácil. O Doug McIlroy, que teve a ideia de conectar processos através de encadeamentos chamados pipes lá na origem do Unix, era nosso convidado em 2009 e preferiu não vir. Ele é extremamente perfeccionista e preferiu ficar um ano inteiro preparando a palestra que ministrou este ano: "Better versus Bigger", melhor em oposição a maior. A importância do Doug tanto na história do Linux quanto por sua influência em engenharia de software e, em especial, métodos ágeis é bem ilustrada pelo fato do próprio Maddog ter solicitado para fazer a apresentação do Doug. Ele retribuiu a gentileza, apresentando Maddog no dia seguinte. Recheando este tema ainda tivemos as palestras sobre Gestão de Projetos com o GERPRO, do professor Aleks Montanha; a famigerada, infame e divertidíssima "Porque eu sou louco por testes e você é um bundão", do Henrique Andrade e do Sylvestre Mergulhão, além de uma série de outras que abordaram estes temas de maneira direta ou indireta. O programa está online para quem quiser conferir.
A parte relativa à multimídia, incluindo gráficos para a web e para a impressão, produção tridimensional, vídeo, áudio, realidade aumentada e outros é sempre muito procurada na Latinoware. E cada vez mais buscamos, em função do apelo destes assuntos, usá-los para trazer um público não-nerd para o evento. Claro que não deixamos os nerds de lado, mas queremos mostrar a todos que dá para produzir coisas muito legais e até curtir uma boa diversão com softwares livres. Aqui nosso keynote foi o Igor Novikov, que conheci por causa do professor Montanha, que mencionei acima. Em junho deste ano, participei, a convite do Montanha, do evento Solivre X. O Montanha pediu-me que fizesse uma palestra sobre algo que eu considerasse interessante em termos de softwares gráficos. Mesmo não sendo esta a minha praia, eu estava justamente pesquisando alternativas de soluções para preimpressão: algo que me permitisse pegar arquivos em Corel ou Adobe Illustrator, trabalhar com eles e enviar direto para a gráfica. Também tem a questão de que tudo o que o Montanha pede eu tento atender - ele faz a mesma coisa por mim e assim vamos colocando um ao outro em desafios intelectuais que só nos ajudam a crescer. Foi daí que cheguei no sK1, um software que é mantido pelo ucraniano Igor Novikov, com quem comecei a trocar emails e que acabou vindo para a Latinoware. O Igor viveu sob o regime comunista na União Soviética e eles tinham uma ideia utópica de liberdade que traduzia-se na cidade do Rio de Janeiro, para onde o Igor foi logo em seguida da Latinoware. A versão do sK1 lançada durante a Latinoware chama-se Made in Brazil, uma homenagem do Igor para nós.
Aqui já aconteceu uma coisa interessante. A palestra do Igor não lotou. O tema foi técnico demais para aqueles que trabalhavam diretamente com a produção gráfica e, por outro lado, o assunto já era de conhecimento do pessoal que trabalha mais pesadamente com gráficos em software livre. Um dos elementos do sK1, na verdade o seu núcleo, o Uniconvertor, é o que softwares como Inkscape, Scribus e outros já usam para abrir arquivos do Corel e Illustrator. Por outro lado, a interação do Igor com o pessoal mais técnico, depois de sua palestra, foi muito boa, trazendo muitas ideias para a produção impressa da própria Latinoware em 2011.
Eu teria muita coisa para destacar das atividades envolvendo multimídia e engenharia de software, mas tudo isto está muito bem coberto nas várias entrevistas que foram publicadas no portal da Latinoware. Então, deixo aqui, um roteiro de leitura para os interessados:
* Breno Azevedo da Silva - O boom dos jogos independentes e Jogos e Software Livre - Tudo a ver!
* Tomaz Canabrava - 'Cigano' Tomaz Canabrava ensina a fazer jogos em 15 minutos
* Cícero Moraes - Vídeo de presente para a Latinoware
* Luciano Lourenço - Multimídia e gráficos livres na Latinoware 2010
* Igor Novikov - Igor Novikov apresentará, na Latinoware 2010, alternativa livre ao Corel Draw
* Doug McIlroy - Complexidade na programação nem sempre é boa, diz Mcllroy e Doug McIlroy e seus "pipes" na Latinoware 2010
* Enrique Verdes - Qualidade para o Software Livre
* Ramiro da Luz - Python e Agilidade nas palavras de Ramiro da Luz
Mas falando de novo de roteiros. Lembram-se do vídeo que publiquei no primeiro artigo? Ele também começou com uma troca de ideias entre o Cícero Moraes, o Luciano Lourenço e este que vos escreve. O primeiro roteiro, nunca publicado além de nossos emails, está aqui. Entre ele e o vídeo final muita coisa mudou. Teve que ser adequada em função de restrições, acomodação de novas ideias, etc. É assim mesmo que projetos acontecem.
Na semana que vem, redes sociais, a internet das coisas e software livre na educação.
Esta crônica tem a colaboração de Joice Käfer.
Por Cesar Brod
Artigo publicado no Dicas-L
* fonte: www.latinoware.org
- Crônica parte 4
- Crônica parte 5
Novo presidente da PROCERGS afirmou na posse: "ampliaremos a utilização de Software Livre"
26 de Janeiro de 2011, 0:00 - sem comentários aindaCarlson Aquistapasse assumiu a presidência da estatal em solenidade realizada na última quinta-feira (20/01) na Companhia. Demais integrantes da Diretoria também foram empossados
Na última quinta-feira (20/01), tomou posse o novo diretor-presidente da PROCERGS, Carlson Aquistapasse, juntamente com os demais integrantes da Diretoria, composta por Cláudio Dutra(vice-presidente), Lino Kieling (Diretoria Técnica) e Daniel Maia (Diretoria Administrativo-Financeira e de Relacionamento com os Clientes).
Natural de Santo Ângelo, o gestor que presidirá a Companhia pelos próximos quatro anos é engenheiro elétrico (UFSM), com pós-graduação em Telecomunicações pela PUC-RS e MBA em gestão pela Fundação Getúlio Vargas(FGV). Por 10 anos, Aquistapasse atuou como diretor Administrativo da Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre (PROCEMPA). Também foi diretor de Operações da Companhia Carris Porto-Alegrense. Mais recentemente, vinha desempenhando a função de assessor Administrativo Financeiro do Laboratório Especializado em Eletroeletrônica (LABELO), vinculado à PUC-RS.
Em seu primeiro discurso como presidente da Companhia, Aquistapasse disse que é motivo de orgulho para qualquer profissional assumir a presidência de uma empresa como a PROCERGS. “Esta é uma empresa que, ao longo do tempo, se consagrou como uma das maiores referências nacionais na sua área de atuação”.
Disse ainda que os projetos da Companhia estarão alinhados com as políticas públicas de TI do Governo Federal, aproximando a Empresa de iniciativas como o Plano Nacional de Banda Larga, o Programa de Inclusão Digital, entre outros. “Apoiaremos ainda o Programa de Conectividade Estadual, provendo o Estado de uma infraestrutura tecnológica que permitirá o avanço das ações do governo eletrônico e de inclusão digital”, destacou na oportunidade.
Aquistapasse afirmou ainda que a PROCERGS será protagonista do Programa Governo em Casa, que prevê a implementação de políticas de Governança Eletrônica, através do uso das redes sociais e das tecnologias da informação, aproximando governo e sociedade, com transparência e controle público.
“Também ampliaremos a utilização de softwares livres, promovendo o uso de programas de código aberto, buscando a redução da dependência tecnológica e a diminuição dos custos das políticas e investimentos em Tecnologia da Informação”, acrescentou.
Durante sua fala, o novo presidente fez referência ao trabalho executado pela Diretoria anterior: “Ao longo dos últimos dias, tive a satisfação de constatar que herdo uma empresa bem gerida, com práticas administrativas saudáveis, e que tem uma série de bons resultados obtidos nos últimos anos”, frisou na ocasião.
No final, Aquistapasse manifestou sua alegria em poder administrar uma empresa que tem um quadro de colaboradores qualificado. "Trabalharemos com funcionários reconhecidos pela sua sólida formação e capacidade técnica... isso nos dá a certeza de que não devemos temer nenhum desafio...”
A solenidade, que foi transmitida em tempo real pela Internet, foi prestigiada pelo secretário da Fazenda Odir Tonollier, integrantes do novo Conselho de Administração da Companhia, secretários de Estado e colaboradores da Empresa.
Clique aqui para conferir galeria de fotos do evento.
* fonte: Procergs
Carta aberta ao TRT/RJ sobre a troca de suíte de escritório
25 de Janeiro de 2011, 0:00 - sem comentários aindaFoi com perplexidade e tristeza que li hoje a notícia de que o TRT/RJ está trocando a suíte de escritório em software livre BrOffice pelo software proprietário MSOffice, alegando “…limitações, principalmente em relação ao intercâmbio de informações e arquivos com órgãos do Poder Judiciário e instituições públicas…” e ainda que “ …O MS Office é um padrão mundial…”.
Não vou comentar aqui sobre a decisão de não utilizar um Software Livre, desrespeitando a atual política definida pelo Governo Federal de utilização prioritária de Software Livre, mas faço questão de registrar meu questionamento sobre a alegada “falta de compatibilidade” dos arquivos gerados pelo BrOffice.
Gostaria de iniciar esclarecendo aos responsáveis por tal decisão no TRT/RJ de que os documentos gerados pelo BrOffice são gerados no padrão ODF (OpenDocument Format), que além de ser um Padrão Aberto, é ainda uma Norma Internacional – ISO/IEC 26.300 (portanto um VERDADEIRO “Padrão Internacional”) e uma Norma Brasileira, a NBR ISO/IEC 26.300:2008.
O ODF está sendo adotado cada vez mais por governos do mundo todoextensa lista de soluções em software incluindo softwares livres e proprietários. como o padrão de armazenamento de informações governamentais, principalmente por garantir a longevidade no armazenamento das informações e por não ser dependente de uma única Suíte de Escritório, sendo suportado atualmente por uma
O ODF é desenvolvido de forma totalmente aberta e transparente por um consórcio internacional (OASIS ODF TC) e seu desenvolvimento conta atualmente com inúmeras empresas como Adobe, Boeing , Google, IBM, Intel, Microsoft, Nokia, Novell e Oracle, entre outras, além de especialistas do mundo todo, como este brasileiro que lhes escreve.
A adoção crescente do ODF no Brasil pode ser vista pela lista de signatários do Protocolo Brasília, um documento publicado em Diário Oficial onde empresas e organizações se comprometem publicamente com a adoção e promoção do padrão ODF. A lista de signatários do Protocolo Brasília, que atualmente envolve mais de 2 milhões de usuários no Brasil, é composta por empresas e órgãos públicos como SERPRO, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Ministério das Relações Exteriores, Marinha, Exército, Aeronáutica, DATAPREV, Correios, INPE, INPI, Itaipu Binacional, ITI, SLTI, CELEPAR, Petrobrás e Cobra Tecnologia, entre outras.
O Governo do Estado do Paraná sancionou em 2007 uma lei que trata da utilização de ODF como formato de armazenamento de informações de documentos governamentais e um projeto de lei semelhante está em análise atualmente no Congresso Nacional (PL-3070/2008).
A arquitetura e-Ping (Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico), documento que “…define um conjunto mínimo de premissas, políticas e especificações técnicas que regulamentam a utilização da Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) no governo federal, estabelecendo as condições de interação com os demais Poderes e esferas de governo e com a sociedade em geral…“, em sua versão mais recente, descreve o Padrão ODF como “ADOTADO”, enquanto sequer cita os formatos proprietários .DOC, .PPT e .XLS e seus sucessores .DOCX, .PPTX e .XLSX, indicando de forma clara à todo o governo e sociedade que a recomendação oficial do Governo Federal é a utilização do ODF. Os formatos .DOC, .XLS e .PPT já foram citados em versões anteriores da e-Ping e sua utilização foi substituída pelo padrão ODF.
Gostaria ainda de sugerir aos membros do TRT/RJ que entrem em contato com o TRT da 13° região, pois eles utilizam com sucesso o BrOffice e o padrão ODF e até onde sei é o único TRT onde 100% dos processos são eletrônicos no Brasil. Lembro-lhes ainda que nova versão do padrão ODF (ODF 1.2) tem suporte a assinaturas digitais compatível com a ICP-Brasil, funcionalidade extremamente importante para o Judiciário Brasileiro.
Tendo em vista o exposto, gostaria de solicitar aos responsáveis no TRT/RJ a revisão de tal decisão, pois considero que a decisão é retrógrada e deixa, mesmo que de forma involuntária, a mensagem de que as Normas Brasileiras não devem ser respeitadas por todos, o que torna desnecessário o intenso trabalho de normalização que nós brasileiros realizamos no Brasil e no cenário Internacional.
Coloco-me desde já á disposição do TRT/RJ para esclarecer os benefícios da adoção do Padrão ODF e quaisquer outras dúvidas que tiverem sobre este assunto.
Diretor Executivo
ODF Alliance América Latina
* fontes:
- Leia mais sobre adoção do BrOffice.org e ODF aqui ....
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TDF lança versão final do LibreOffice 3.3 - BrOffice
25 de Janeiro de 2011, 0:00 - sem comentários aindaA primeira versão estável do pacote de programas de escritório livre está disponível para download.
A The Document Foundation lança o LibreOffice 3.3, a primeira versão estável do pacote de programas para escritório livre desenvolvido pela comunidade. Em menos de quatro meses, o número de desenvolvedores trabalhando no LibreOffice cresceu de menos de vinte no final de Setembro de 2010, para bem mais de uma centena hoje. A chegada de novos colaboradores, vindos de toda parte do mundo, acelerou o processo, apesar da agressiva agenda definida para o projeto.
O BrOffice é o LibreOffice no Brasil
O LibreOffice 3.3 traz várias funcionalidades novas e originais, mas não é só isso; trata-se de uma conquista significativa por várias razões:
- a comunidade de desenvolvedores foi capaz de construir seu próprio processo de maneira independente, se estabelecer e começar a funcionar em um espaço de tempo muito curto (no que diz respeito ao tamanho do código básico e às fortes ambições do projeto);
- graças ao grande número de novas contribuições, através de desenvolvedores atraídos para o projeto, o código fonte sofreu uma limpeza rápida para oferecer uma base melhor para o futuro desenvolvimento do LibreOffice;
- o instalador do Windows, que atinge a maior e mais diversificada base de usuários, foi integrado numa única compilação contendo todos os idiomas, reduzindo, assim, o tamanho do arquivo de 75 para 11GB, tornando mais fácil disponibilizar novas versões mais rapidamente e reduzindo a pegada de carbono de toda a infraestrutura.
Caolan McNamara da RedHat, um dos líderes da comunidade de desenvolvedores, disse: "Estamos animados: é nossa primeira versão estável, e portanto estamos ansiosos pelo retorno dos usuários, que será integrado tão logo seja possível, dentro do código, com as primeiras melhorias sendo liberadas em Fevereiro. A partir de Março, migraremos para uma agenda de versões baseada em tempo real, previsível transparente e pública, de acordo com o desejo do Comitê Gestor de Engenharia e com as solicitações dos usuários". O roteiro de desenvolvimento do LibreOffice está disponível em: http://wiki.documentfoundation.org/ReleasePlan.
O LibreOffice 3.3 traz várias funcionalidades exclusivas. As 10 mais populares entre os membros da comunidade são, não necessariamente nessa ordem: a capacidade de importar e manipular arquivos SVG; Facilidade para formatar páginas de título e a paginação no Writer; Uma ferramenta de navegação mais útil para o Writer; ergonomia melhorada no Calc para o gerenciamento de planilhas e células; e filtros de importação para documentos do Microsoft Works e do Lotus Word Pro. Além disso, várias ótimas extensões estão agora incorporadas, oferecendo importação de arquivos PDF, um painel de apresentação de slides, um assistente de relatório melhorado e muito mais. Uma lista mais completa e detalhada de todas as novas funcionalidades oferecidas pelo LibreOffice 3.3 está disponível na seguinte página da internet: http://www.libreoffice.org/download/new-features-and-fixes/.
O LibreOffice 3.3 também oferece todas as novas funcionalidades do OpenOffice.org 3.3, tais como manipulação de novas propriedades personalizadas; incorporação de fontes PDF padrão em documentos PDF; nova fonte Liberation Narrow; proteção melhorada em documentos do Writer e do Calc; dígitos decimais automáticos para o formato "Geral" no Calc; 1 milhão de linhas em uma planilha; novas opções para a importação de arquivos CSV no Calc; inserção de objetos nas planilhas; rótulos hierárquicos para o eixo de rótulos nos gráficos; manipulação do layout dos slides melhorado no Impress; uma nova interface de impressão fácil de usar; mais opções para alteração de capitalização; e abas coloridas para as planilhas no Calc. Muitas dessas novas funcionalidades foram contribuições de membros da equipe do LibreOffice anteriores à formação da TDF.
Os desenvolvedores do LibreOffice se encontrarão na FOSDEM, em Bruxelas, em 5 e 6 de fevereiro, e apresentarão seus trabalhos em um workshop de um dia, em 6 de fevereiro, com palestras e seções de desenvolvimento de código coordenadas por vários membros do projeto.
O site da TDF está em http://documentfoundation.org. O site do LibreOffice está em http://pt-br.libreoffice.org/, onde a página de download foi redesenhada pela comunidade para ser mais amigável.
Sobre a The Document Foundation
A TDF tem a missão de facilitar a evolução da Comunidade do OOo em uma organização nova, aberta, independente, e meritocrática nos próximos meses. Uma Fundação Independente é um reflexo melhor dos valores dos nossos contribuidores, usuários e apoiadores, e permitirá uma comunidade mais efetiva, eficiente e transparente. A TDF protegerá os investimentos já feitos através do aproveitamento das conquistas da primeira década, incentivará a larga participação dentro da comunidade, e coordenará as atividades na comunidade.
Contato com a TDF no Brasil
Olivier Hallot - BrOffice.org
Celular: +55 (21) 8822-8812
E-mail: olivier.hallot@documentfoundation.org
Skype: ohallot
Twitter: @ohallot
* fonte: BrOffice.org
O BrOffice é o LibreOffice no Brasil
TRT/RJ diz por que está trocando BrOffice por MS Office 2010
24 de Janeiro de 2011, 0:00 - sem comentários aindaEnviado por Tércio Martins (tercioΘpop·com·br):
“O TRT/RJ adquiriu o pacote Microsoft Office 2010 para todos os computadores do Tribunal. O objetivo do investimento é melhorar as condições de trabalho e, consequentemente, a produtividade. A instalação das mais de quatro mil licenças começou nesta semana.
O Microsoft Office reúne programas como processador de texto, planilha de cálculo, banco de dados e apresentação gráfica, além de gerenciador de tarefas, e-mails e contatos.
Até a aquisição do MS Office, o Tribunal utilizava o pacote BrOffice, software livre e gratuito que, apesar de atender às necessidades básicas dos usuários, na prática apresentava limitações, principalmente em relação ao intercâmbio de informações e arquivos com órgãos do Poder Judiciário e instituições públicas que não adotaram o BrOffice como padrão de suíte de automação de escritórios.
“Utilizávamos o antigo pacote de forma que a perda da produtividade não fosse impactante, mas o retrabalho era frequente”, explicou Leonardo Fontes Bollentini, diretor da Secretaria de Tecnologia da Informação (STI).
O investimento só foi possível após estudo detalhado da STI, que mapeou as dificuldades dos usuários e as incompatibilidades impostas pelo BrOffice.
Leonardo Bolletini ressaltou que a tendência é o aumento da produtividade das áreas judiciárias e administrativas do TRT/RJ. “Muitos tribunais estão tomando a mesma decisão. O MS Office é um padrão mundial. Nossos arquivos serão totalmente compatíveis com TST e TCU, por exemplo, que já utilizam o pacote da Microsoft”.
O diretor da STI informou ainda que o Sistema de Acompanhamento de Processos – SAPWEB continuará utilizando o BrOffice até que haja a integração com os novos aplicativos. Isso porque o SAPWEB foi desenvolvido para trabalhar com a antiga ferramenta, uma vez que a utilização do Microsoft Office era, até então, inviável do ponto de vista jurídico.
Com o novo posicionamento da Administração, a Divisão de Gestão de Sistemas e Portal (DGSP/STI) poderá então avaliar, em conjunto com o Comitê de Monitoramento e Evolução do SAPWEB, possíveis demandas que possam trazer todos os recursos disponíveis na suíte de escritório mais utilizada no mundo para os usuários do referido Sistema.
Assim, além de inúmeros benefícios na rotina diária, a aquisição de licenciamentos do MS Office possibilitará o aprimoramento dos documentos hoje elaborados no SAPWEB.
A instalação das licenças será gradativa, em pequenos grupos de usuários por vez, para que não cause impacto na rede e nos sistemas do Tribunal.”” [referência: portal1.trtrio.gov.br:7777]