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27 de Maio de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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Cidadão de Código Aberto

24 de Abril de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

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Desde uma conversar do meio do ano passado com o Fábio Petrillo sobre modo de desenvolvimento (produção), Software Livre/Código Aberto e o que como indivíduo para onde ir, tem modificado um pouco a forma de pensar sobre como a filosofia de Software Livre/Código Aberto é muito mais abragente que nosso dia a dia (tecnológico) nos faz pensar.

O Creative Commons é uma demonstração de como a filosofia ou ideologia de Software Livre/Código Aberto abrange um pouco mais do que código, compiladores e servidores.

A cerveja livre (freebeer) também uma outra evidência do Software Livre, mas digamos que ainda não é algo que altere significativamente o modo de produção coletivo, exceto pela embriaguez.. :P

Estava assistindo algumas apresentações do TED sobre astronomia e abri uma apresentação despretenciosamente, era de um polonês radicado nos EUA de nome Marcin Jakubowski, falando sobre agricultura e Open Source Ecology (algo como Ecologia do Código Aberto).

Open Source Ecology? Que??? Como??? Onde???

Pois é, depois do primeiro minuto assistindo o vídeo, reli com a atenção o título da palestra no TED (Open-sourced blueprints for civilization) e deu um estalo: Hã, Isso parece com Open Source Bridge!

Jakubowski apresenta no TED a motivação de "abandonar" a área científica e virar fazendeiro com todas as dificuldades de trabalhar como um agricultor "tradicional". A dificuldade financeira o fez criar engenhosamente máquinas  e equipamentos para agricultura a custo muito mais baixo do que se comprasse no mercado. Ele compartilhou como criar as máquinas, os custos, etc…

Para mim, ele é um Open Source Citzens! Provavelmente deve haver outros projetos e exemplos mais antigos mas o do Jakubowsku é primeiro (que leio) que altera a forma de produção (entenda-se produção não cultural, mas agrícula ou industrial) mais aberta e colaborativa. Paralelamente em Portland, EUA, acontece o Open Source Bridge que é "uma conferência para desenvolvedores que trabalham tecnologias de código aberto e pessoas interessadas em aprender o caminho do código aberto"

No Brasil, Portal do Software Público é uma boa iniciativa mas é restrito ao mundo abstrato (TIC). Se existe iniciativas como Open Source Ecology ou Open Source Bridge no Brasil, confesso que desconheço ainda. Mas entendo que para existir iniciativas assim é preciso que os nerds/geeks trabalhem em outras áreas de conhecimento além do padrão (TIC), ou que as pessoas de outras áreas os provoquem e crie uma sinergia para um trabalho em uma completamente diferente e desafiador.

Ah, estava esquecendo de um trabalho que aconteceu e acontece algum tempo: criação de cisternas em regiões de agricultura familiar. Se não estou enganado, a popularização de cisternas em regiões  de agricultura familiar (especialmente no nordeste) começou  como um projeto universitário. Isso seria o mais próximo de Open Source Citzens.

Outro dia, postei sobre grupo de usuários e voluntariado, ser um Cidadão de Código Aberto é ter a motivação para compartilhar, fazer e colaborar em qualquer campo do conhecimento. Talvez para muito de nós, o domínio da tecnologia informacional já esteja completo ou não represente algum desafio, porém a ainda muito por fazer neste mundão.

Se tiver mais alguns doidos, acho que é possível realizar um Open Source Bridge. Ou você que lê agora, pode se antecipar e começar a organizar. ;)



Grupo de usuário tem prazo de validade?

20 de Abril de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Grupo de usuários de tecnologia, principalmente que são software livre/código aberto são bastante diversificados, pulverizados e voláteis. O Telles postou na lista que organiza o grupo de usuários brasileiro do PostgreSQL uma pequena provocação com o título "A comunidade brochou?".

Ele assumiu como Big Kahuna a organização do Conferência PostgreSQL em 2011. (já disse que a ele que gosta muito de emoção. ;) )

A grande questão em seu post é a motivação das pessoas no grupo de usuários. Para ajudar, eu postei umas bobagens como resposta, segue-a com uma ligeira adaptação:

Que tal fazer algo menos penoso que as pessoas que são voluntárias se divertam?

Fazer evento para o público grande, gerar repercussão, etc. é legal, mas fazer por voluntário e fazer exigindo a mesma qualidade de evento "corporativo" é transformar uma ação voluntária em uma ação desmotivante e tediosa.

A questão principal em voluntários em qualquer projeto de software livre é o prazer em ser voluntário e a reconhecimento pelo que fez. Ao deixar um desses pontos de lado, principalmente o primeiro, a desmotivação em fazer é maior que a necessidade de acontecer.

voluntario1

Particularmente, gosto de um item do Contrato Social do Debian:

"4- Nossas prioridades são nossos usuários e o software livre"

Qual a prioridade (prazer como voluntário) de cada um com o PostgreSQL?

Exemplos disso são meus pacotes no Debian e o patch que entrou no PostgreSQL, são atividades voluntárias que me satisfazem. Apesar de não ter mais tanto tempo, ainda faço alguma coisinha em projetos de Software Livre, isso é a minha maior motivação como um voluntário e entusiasta.

No Catedral e Bazar tem uma citação que reflete em como um voluntário de um projeto fica por período maior.

"18. Para resolver um problema interessante, comece achando um  problema que é interessante para você…"

A grande questão é a motivação (algo interessante a dedicar-se) para fazer. Se não existir motivação pessoal e motivação/prioriodade/diretriz/etc… do grupo de usuário que guie as pessoas fazer ações voluntárias que sejam interessantes. Senão, serão atividades momentâneas do voluntário, dificilmente se repetirão.

voluntario2

A ação prioritária deste grupo de usuários é realizar uma conferência todo anual?

Uma analogia tosca é os multirões de doação de brinquedos no natal e no dia das crianças. A motivação é a entrega dos brinquedos, todo o restante (campanha p/ doar os brinquedos, triagem, etc).

De um grupo de usuários pode ser qualquer coisa, como por exemplo, as festas de mapeamento de ruas e locais do pessoal do OpenStreetMap. O comprometimento do voluntário depende muito da motivação dele, pouco ou sem motivação não se tem ação para que mantenha a motivação de ser voluntário.

No Catedral e Bazar analisa como o fluxo de mensagens de email na lista de discussão do fetchmail é ascendente até que a maior parte das funcionalidades que os usuários solicitaram foram contemplada. Depois, iníciou um declínio do fluxo de mensagens na lista de discussão pois as necessidades dos usuários interagirem com os desenvolvedores diminuiram e hoje em dia, poucas pessoas usam fetchmail (alguém que lê usa ainda?).

Num passado não tão distante, existiam poucas alternativas de banco de dados com licenças abertas, hoje a concorrência é muito grande ao PostgreSQL. Desde os tradicionais MySQL, Firebird, SQLite aos em moda atualmente (NOSQL): Cassandra, Lucene, CouchDB, MongoDB e etc. O aumento de opção  de banco de dados não é ruim, é bom a diversificação de opções porém gera um reflexo aparente (não mensurei) de interesse menor ao PostgreSQL. Menos interessados,  menos voluntários, menos participantes nas listas, etc.

Talvez devesse haver uma adaptação da visão do grupo de usuários ao cenário de banco de dados atual? Na minha opinião, sim! :)

Bom, depois do monte de bobagem escrita acima tenho que ao menos propor algo. Uma idéia simples é reunir mensalmente em cada cidade que tem usuários de PostgreSQL num evento informal para trocar idéia, bater papo. Atividade de pouca complexidade para organizar que a maioria gosta de fazer e que pode render alguns pgday's ou voluntários para a Conferência PostgreSQL 2011. :)

 



Produtividade em documento: Google Docs

16 de Abril de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

 

Google Docs era para mim somente uma aplicação na internet para abrir alguns documentos, nada de mais.
Até que alguns dias atrás precisava trabalhar num documento extenso com algumas outras pessoas e ao mesmo tempo. Descartamos de cara o LibreOffice por ser uma aplicação desktop. Decidimos por testar o Google Docs.
Logo no início do trabalho, fiquei impressionado com a possibilidade de edição simultânea de três pessoas num documento. Era possível ver a onde estava e a edição de cada um, ver todas as modificações realizadas (possibilidade de voltar para uma revisão)  e comentar os trechos que deveriam ser alterados/revisados.
Os comentários foram que mais me impressionou, sei que as suites de escritório para desktop já tem essa funcionalidade. Mas ali, em tempo real, comentávamos um trecho do texto e o responsável por pelo trecho aceitava a mudança ou não. (Realmente achei fantástico)
Também usamos muitos lembretes de revisão e o principal: um chat entre os três para deixar recados.

Sem dúvida, não teríamos feito um documento extenso e de boa qualidade se não tivéssemos trabalhado ao mesmo tempo no Google Docs. O único inconveniente é de que a semana de trabalho, o Google estava atualizando o Docs e sofremos um pouco com a estabilidade do serviço.
Eu ainda prefiro wiki, mas não era a ocasião. :P