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Missa Conga - Divinópolis (MG) - 24 de maio de 2009

2 de Junho de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda | Ninguém está seguindo este artigo ainda.
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A cidade do Divino, no Oeste de Minas, sediou no último domingo (24 de maio) a 32ª edição da Missa Conga. Trata-se de uma celebração em que a Igreja reconhece o papel do Reinado enquanto manifestação da fé católica e pede perdão pelo tratamento dados aos escravos no Brasil. Realizada a céu aberto por causa do grande número de presentes, a missa foi uma profusão de cores, ritmos e cantorias, que emanaram das 27 guardas de congo presentes, segundo os dados da Secretaria de Cultura da cidade.

A celebração é comandada pelo Frei Leonardo Lucas, entusiasta da tradição e considerado um rei Congo por alguns dos reinadeiros do município. O pároco foi um dos idealizadores da missa. Até a década de 1970, o Reinado não era aceito pela Igreja Católica. Porém, a tradição bicentenária, que prega o louvor a Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, passou a ser aceita pelos religiosos e entrou para o calendário oficial da diocese divinopolitana.

Marcada para as 15h30, o encontro das guardas de reinado começam com cerca de uma hora de antecedência. Vários ônibus trazem as comitivas dos bairros e da zona rural, que desembarcam na esquina da rua São Paulo com a avenida Sete de Setembro, próximo ao terreno dos Franciscanos. Tocando caixa, sanfona, reco-reco, patagunda, pandeiro e outros instrumentos, as guardas vão chegando e, em seguida, sobem para a porta da igreja de Santo Antônio.

Elas atravessam a fachada da Igreja e se concentram na Avenida 21 de Abril, em frente ao Santuário, que foi fechada especialmente para a celebração. Ali ficam pessoas de todas as idades, desde crianças devidamente uniformizada até os mais experientes. Juntam-se a eles centenas de fiéis e curiosos.

Sem dúvida alguma, um dos momentos de maior emoção é a encenação da leitura da Lei Áurea pela Princesa Isabel. Uma leva de escravos sobe as escadarias da igreja, sendo açoitada por um capataz. Em seguida, a princesa chega carregada em uma liteira e faz a leitura da carta de libertação dos escravos. As correntes e algemas são retiradas dos negros e expostas ao público, simbolizando a libertação dos escravos. Em seguida, alguns presentes são coroados pelas irmandades, como homenagem às ações pela causa dos reinadeiros.

Outra tradição local é o Café de São Benedito, que tradicionalmente acompanha as festividades de Reinado nos bairros e na zona rural. A Secretaria de Cultura do Município e a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário do bairro Vila Romana prepararam 250 litros de café para servir aos reinadeiros que participaram da festa.


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