As crianças finalizaram suas atividades com Alissa nesta Sexta-feira de 18 de Setembro com a apresentação do livro 'Rádio Pipa' desenvolvido no decorrer destas 2 semanas de trabalho entre 6-18 de Setembro. O livro foi produzido pela Editora Educadora Ecoaecoa, na atividade RPG Comunativo , realizada na residência artística 'Realidade Diminuida' na comunidade Esqueleto do Jardim Gramacho em Duque de Caxias.
'Rádio Pipa' é uma história ficcional baseada na realidade das crianças. Os jovens autores se colocam no futuro como personagens que podem transformar sua comunidade e suas vidas.
Para chamar a atenção de sua comunidade, as crianças formaram um grupo musical; Meta-Funk do Gramacho. Enquanto os jovens percussionistas cantavam:
"Socorro Jardim Gramacho Fumaça, Lixo, Lama Vida, Amor, Pessoas Queremos Carinho"
O grupo teve uma visita muito especial durante sua apresentação para a comunidade. Luciana e Nilson, da Cooperativa de Catadores de Lixo de Duque de Caxias (INEA)visitaram a exposição das crianças e se interessaram pela produção.
Na Sexta-feira, dia 18 de Setembro de 2010, foi concluida a residência da artista Alissa Gottfried na comunidade Esqueleto do Jardim Gramacho em Duque de Caxias / RJ. O dia foi marcado pela a apresentação do livro 'Rádio Pipa' (desenvolvido no decorrer das 2 semanas de trabalho).
O livro foi produzido pela Editora Educadora Ecoaecoa, na atividade RPG Comunativo , realizada na residência.
'Rádio Pipa' é uma história ficcional baseada na realidade das crianças. Os jovens autores se colocam no futuro como personagens que podem transformar sua comunidade e suas vidas.
Para chamar a ATENÇÂO de sua comunidade, as crianças formaram um grupo musical chamado Meta-Funck do Gramacho pra tocar suas composições próprias realizada com reclclagem de sucata na confecção dos instrumentos, e o jogo dada outra poesia que rendeu a letra da música que a batucada recebeu. No link acima pode se ouvir a gravação do METAFUNK, e abaixo temos a letra da música.
O grupo ainda contou com a visita, durante sua apresentação, de Luciana e Nilson, da Cooperativa de Catadores de Lixo de Duque de Caxias (INEA) que apareceram para trocar idéias.
Matéria na Revista História que cita o trabalho Realidade Diminuída realizado pela Editora Educadora Ecoaecoa no Lixão onde Vik Muniz buscou inspiração para seu processo como Artista documentado no Filme indicado ao Oscar de 2011: Lixo Extraordinário.
Além do lixo, Jardim Gramacho também costuma receber residências artísticas
Adriano Belisário
“É para onde tudo que não é bom vai, inclusive as pessoas, que são como lixo para a sociedade. Achei que ia sentir nojo daquilo tudo, mas foi indignação. Sempre me impressionou o orgulho deles trabalhando no lixo”, recordou Vik Muniz pouco antes da pré-estreia de seu filme no Festival do Rio, ao fim de setembro. Orgulhando-se de seu toque de Midas e do sucesso com marchands no exterior, o artista brasileiro radicado em Nova York estrela o documentário indo ao maior aterro sanitário da América Latina para transformar lixo ordinário em “Lixo Extraordinário”, tradução brasileira do título original Waste Land.
"Lixo Extraordinário" é fruto de três anos de filmagens em Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro. Participaram da residência de Vik Muniz sete moradores, entre eles Tião Santos, presidente da Associação de Catadores do local.
O documentário mostra o encontro entre Vik e os trabalhadores locais, desde seu estranhamento inicial até o sincero envolvimento com Tião e os demais participantes, cujas presenças na trama vão muito além do papel de modelo assumido nos quadros eternizados pelo artista plástico. Mas ficam muito aquém de qualquer protagonismo no processo de criação das obras.
“Lixo Extraordinário” conta com Fernando Meirelles na produção-executiva e João Jardim como co-diretor, mas a presença brasileira na equipe é bastante reduzida. A trilha sonora é do cantor norte-americano Moby. Durante boa parte do filme, os diálogos ocorrem em inglês, com a exceção óbvia das cenas que incluem os moradores de Jardim Gramacho. Já outras parecem pouco naturais, como quando Vik empunha a furadeira para colocar seu quadro na parede da casa de um dos retratados.
Outras artes no lixo
No mesmo mês da pre-estreia de “Lixo Extraordinário” no Cine Odeon, a artista riograndense Alissa Gottfried lançou o livro “Rádio Pipa” em Jardim Gramacho, obra feita a partir de sua residência com crianças do local, parte do projeto "Realidade Diminuída" realizado com o apoio da FUNARTE. Trata-se de uma história ficcional, porém baseada na realidade vivida nas cercanias do aterro carioca.
“O que mais me surpreendeu foi a esperteza e sensibilidade das crianças e a relação dessas crianças com o meio em que vivem. Vik Muniz propõe o ambiente da arte como um contexto no projeto Lixo Extraordinário, onde as pessoas são inseridas. Já a minha proposta é um diálogo bem mergulhado para tentar facilitar meu contato com o contexto e as pessoas locais, usando meios de comunicação criativos. É a questão das pessoas com seu ambiente que está em jogo no projeto Realidade Diminuída”, pontua.
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