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7 de Dezembro de 2009, 0:00 , por Software Livre Brasil - | Ninguém está seguindo este artigo ainda.

Crônicas da Latinoware 2010 - Parte 3

26 de Janeiro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

http://softwarelivre.org/articles/0027/9026/Cesar_Bord.jpg?1292006621Um bom projeto é aquele que conta uma boa história. Gerenciar um projeto destes envolve escrever um roteiro, um script para esta história. Há um programa bem legal, chamado Celtx, que serve para, a partir de um roteiro, gerenciar todos os recursos de uma produção. Assim, se chover em um determinado dia no qual foi programada uma filmagem externa, o produtor saberá quais os atores e equipe de apoio devem ser contatados para um eventual reagendamento, otimizando os recursos.

O roteiro da Latinoware partiu de uma série de "tags" sobre as quais já falei na primeira crônica. Estas tags constituíam o argumento inicial, as coisas sobre as quais nossa história deveria se desenvolver. A partir dela, elencamos nossos atores principais, os palestrantes "keynotes", e trabalhamos junto à coordenação de cada comunidade quais os temas que gostaríamos de ver abordados. Claro que nosso argumento era flexível e sujeito a boas ideias, mas ainda assim é necessária certa rigidez para que o evento não vire uma salada de frutas onde ninguém sabe para onde ir ou o que assistir.

Uma das nossas linhas envolvia a qualidade na produção de software livre, mostrando tanto casos de sucesso quanto falando de engenharia de software, incluindo qualidade e métodos ágeis. Conseguir o keynote nessa linha foi bem fácil. O Doug McIlroy, que teve a ideia de conectar processos através de encadeamentos chamados pipes lá na origem do Unix, era nosso convidado em 2009 e preferiu não vir. Ele é extremamente perfeccionista e preferiu ficar um ano inteiro preparando a palestra que ministrou este ano: "Better versus Bigger", melhor em oposição a maior. A importância do Doug tanto na história do Linux quanto por sua influência em engenharia de software e, em especial, métodos ágeis é bem ilustrada pelo fato do próprio Maddog ter solicitado para fazer a apresentação do Doug. Ele retribuiu a gentileza, apresentando Maddog no dia seguinte. Recheando este tema ainda tivemos as palestras sobre Gestão de Projetos com o GERPRO, do professor Aleks Montanha; a famigerada, infame e divertidíssima "Porque eu sou louco por testes e você é um bundão", do Henrique Andrade e do Sylvestre Mergulhão, além de uma série de outras que abordaram estes temas de maneira direta ou indireta. O programa está online para quem quiser conferir.

A parte relativa à multimídia, incluindo gráficos para a web e para a impressão, produção tridimensional, vídeo, áudio, realidade aumentada e outros é sempre muito procurada na Latinoware. E cada vez mais buscamos, em função do apelo destes assuntos, usá-los para trazer um público não-nerd para o evento. Claro que não deixamos os nerds de lado, mas queremos mostrar a todos que dá para produzir coisas muito legais e até curtir uma boa diversão com softwares livres. Aqui nosso keynote foi o Igor Novikov, que conheci por causa do professor Montanha, que mencionei acima. Em junho deste ano, participei, a convite do Montanha, do evento Solivre X. O Montanha pediu-me que fizesse uma palestra sobre algo que eu considerasse interessante em termos de softwares gráficos. Mesmo não sendo esta a minha praia, eu estava justamente pesquisando alternativas de soluções para preimpressão: algo que me permitisse pegar arquivos em Corel ou Adobe Illustrator, trabalhar com eles e enviar direto para a gráfica. Também tem a questão de que tudo o que o Montanha pede eu tento atender - ele faz a mesma coisa por mim e assim vamos colocando um ao outro em desafios intelectuais que só nos ajudam a crescer. Foi daí que cheguei no sK1, um software que é mantido pelo ucraniano Igor Novikov, com quem comecei a trocar emails e que acabou vindo para a Latinoware. O Igor viveu sob o regime comunista na União Soviética e eles tinham uma ideia utópica de liberdade que traduzia-se na cidade do Rio de Janeiro, para onde o Igor foi logo em seguida da Latinoware. A versão do sK1 lançada durante a Latinoware chama-se Made in Brazil, uma homenagem do Igor para nós.

Aqui já aconteceu uma coisa interessante. A palestra do Igor não lotou. O tema foi técnico demais para aqueles que trabalhavam diretamente com a produção gráfica e, por outro lado, o assunto já era de conhecimento do pessoal que trabalha mais pesadamente com gráficos em software livre. Um dos elementos do sK1, na verdade o seu núcleo, o Uniconvertor, é o que softwares como Inkscape, Scribus e outros já usam para abrir arquivos do Corel e Illustrator. Por outro lado, a interação do Igor com o pessoal mais técnico, depois de sua palestra, foi muito boa, trazendo muitas ideias para a produção impressa da própria Latinoware em 2011.

Eu teria muita coisa para destacar das atividades envolvendo multimídia e engenharia de software, mas tudo isto está muito bem coberto nas várias entrevistas que foram publicadas no portal da Latinoware. Então, deixo aqui, um roteiro de leitura para os interessados:

* Breno Azevedo da Silva - O boom dos jogos independentes e Jogos e Software Livre - Tudo a ver!
* Tomaz Canabrava - 'Cigano' Tomaz Canabrava ensina a fazer jogos em 15 minutos
* Cícero Moraes - Vídeo de presente para a Latinoware
* Luciano Lourenço - Multimídia e gráficos livres na Latinoware 2010
* Igor Novikov - Igor Novikov apresentará, na Latinoware 2010, alternativa livre ao Corel Draw
* Doug McIlroy - Complexidade na programação nem sempre é boa, diz Mcllroy e Doug McIlroy e seus "pipes" na Latinoware 2010
* Enrique Verdes - Qualidade para o Software Livre
* Ramiro da Luz - Python e Agilidade nas palavras de Ramiro da Luz

Mas falando de novo de roteiros. Lembram-se do vídeo que publiquei no primeiro artigo? Ele também começou com uma troca de ideias entre o Cícero Moraes, o Luciano Lourenço e este que vos escreve. O primeiro roteiro, nunca publicado além de nossos emails, está aqui. Entre ele e o vídeo final muita coisa mudou. Teve que ser adequada em função de restrições, acomodação de novas ideias, etc. É assim mesmo que projetos acontecem.

Na semana que vem, redes sociais, a internet das coisas e software livre na educação.

Esta crônica tem a colaboração de Joice Käfer.

Por Cesar Brod

Artigo publicado no Dicas-L

* fonte: www.latinoware.org

- Crônica parte 1

- Crônica parte 2

- Crônica parte 4

- Crônica parte 5



Crônicas da Latinoware 2010 - Parte 3

26 de Janeiro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

http://softwarelivre.org/articles/0027/9026/Cesar_Bord.jpg?1292006621Um bom projeto é aquele que conta uma boa história. Gerenciar um projeto destes envolve escrever um roteiro, um script para esta história. Há um programa bem legal, chamado Celtx, que serve para, a partir de um roteiro, gerenciar todos os recursos de uma produção. Assim, se chover em um determinado dia no qual foi programada uma filmagem externa, o produtor saberá quais os atores e equipe de apoio devem ser contatados para um eventual reagendamento, otimizando os recursos.

O roteiro da Latinoware partiu de uma série de "tags" sobre as quais já falei na primeira crônica. Estas tags constituíam o argumento inicial, as coisas sobre as quais nossa história deveria se desenvolver. A partir dela, elencamos nossos atores principais, os palestrantes "keynotes", e trabalhamos junto à coordenação de cada comunidade quais os temas que gostaríamos de ver abordados. Claro que nosso argumento era flexível e sujeito a boas ideias, mas ainda assim é necessária certa rigidez para que o evento não vire uma salada de frutas onde ninguém sabe para onde ir ou o que assistir.

Uma das nossas linhas envolvia a qualidade na produção de software livre, mostrando tanto casos de sucesso quanto falando de engenharia de software, incluindo qualidade e métodos ágeis. Conseguir o keynote nessa linha foi bem fácil. O Doug McIlroy, que teve a ideia de conectar processos através de encadeamentos chamados pipes lá na origem do Unix, era nosso convidado em 2009 e preferiu não vir. Ele é extremamente perfeccionista e preferiu ficar um ano inteiro preparando a palestra que ministrou este ano: "Better versus Bigger", melhor em oposição a maior. A importância do Doug tanto na história do Linux quanto por sua influência em engenharia de software e, em especial, métodos ágeis é bem ilustrada pelo fato do próprio Maddog ter solicitado para fazer a apresentação do Doug. Ele retribuiu a gentileza, apresentando Maddog no dia seguinte. Recheando este tema ainda tivemos as palestras sobre Gestão de Projetos com o GERPRO, do professor Aleks Montanha; a famigerada, infame e divertidíssima "Porque eu sou louco por testes e você é um bundão", do Henrique Andrade e do Sylvestre Mergulhão, além de uma série de outras que abordaram estes temas de maneira direta ou indireta. O programa está online para quem quiser conferir.

A parte relativa à multimídia, incluindo gráficos para a web e para a impressão, produção tridimensional, vídeo, áudio, realidade aumentada e outros é sempre muito procurada na Latinoware. E cada vez mais buscamos, em função do apelo destes assuntos, usá-los para trazer um público não-nerd para o evento. Claro que não deixamos os nerds de lado, mas queremos mostrar a todos que dá para produzir coisas muito legais e até curtir uma boa diversão com softwares livres. Aqui nosso keynote foi o Igor Novikov, que conheci por causa do professor Montanha, que mencionei acima. Em junho deste ano, participei, a convite do Montanha, do evento Solivre X. O Montanha pediu-me que fizesse uma palestra sobre algo que eu considerasse interessante em termos de softwares gráficos. Mesmo não sendo esta a minha praia, eu estava justamente pesquisando alternativas de soluções para preimpressão: algo que me permitisse pegar arquivos em Corel ou Adobe Illustrator, trabalhar com eles e enviar direto para a gráfica. Também tem a questão de que tudo o que o Montanha pede eu tento atender - ele faz a mesma coisa por mim e assim vamos colocando um ao outro em desafios intelectuais que só nos ajudam a crescer. Foi daí que cheguei no sK1, um software que é mantido pelo ucraniano Igor Novikov, com quem comecei a trocar emails e que acabou vindo para a Latinoware. O Igor viveu sob o regime comunista na União Soviética e eles tinham uma ideia utópica de liberdade que traduzia-se na cidade do Rio de Janeiro, para onde o Igor foi logo em seguida da Latinoware. A versão do sK1 lançada durante a Latinoware chama-se Made in Brazil, uma homenagem do Igor para nós.

Aqui já aconteceu uma coisa interessante. A palestra do Igor não lotou. O tema foi técnico demais para aqueles que trabalhavam diretamente com a produção gráfica e, por outro lado, o assunto já era de conhecimento do pessoal que trabalha mais pesadamente com gráficos em software livre. Um dos elementos do sK1, na verdade o seu núcleo, o Uniconvertor, é o que softwares como Inkscape, Scribus e outros já usam para abrir arquivos do Corel e Illustrator. Por outro lado, a interação do Igor com o pessoal mais técnico, depois de sua palestra, foi muito boa, trazendo muitas ideias para a produção impressa da própria Latinoware em 2011.

Eu teria muita coisa para destacar das atividades envolvendo multimídia e engenharia de software, mas tudo isto está muito bem coberto nas várias entrevistas que foram publicadas no portal da Latinoware. Então, deixo aqui, um roteiro de leitura para os interessados:

* Breno Azevedo da Silva - O boom dos jogos independentes e Jogos e Software Livre - Tudo a ver!
* Tomaz Canabrava - 'Cigano' Tomaz Canabrava ensina a fazer jogos em 15 minutos
* Cícero Moraes - Vídeo de presente para a Latinoware
* Luciano Lourenço - Multimídia e gráficos livres na Latinoware 2010
* Igor Novikov - Igor Novikov apresentará, na Latinoware 2010, alternativa livre ao Corel Draw
* Doug McIlroy - Complexidade na programação nem sempre é boa, diz Mcllroy e Doug McIlroy e seus "pipes" na Latinoware 2010
* Enrique Verdes - Qualidade para o Software Livre
* Ramiro da Luz - Python e Agilidade nas palavras de Ramiro da Luz

Mas falando de novo de roteiros. Lembram-se do vídeo que publiquei no primeiro artigo? Ele também começou com uma troca de ideias entre o Cícero Moraes, o Luciano Lourenço e este que vos escreve. O primeiro roteiro, nunca publicado além de nossos emails, está aqui. Entre ele e o vídeo final muita coisa mudou. Teve que ser adequada em função de restrições, acomodação de novas ideias, etc. É assim mesmo que projetos acontecem.

Na semana que vem, redes sociais, a internet das coisas e software livre na educação.

Esta crônica tem a colaboração de Joice Käfer.

 

Por Cesar Brod

 

Artigo publicado no Dicas-L

* fonte: www.latinoware.org

- Crônica parte 1

- Crônica parte 2

- Crônica parte 4

- Crônica parte 5

 



Crônicas da Latinoware 2010 - Parte 3

26 de Janeiro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

http://softwarelivre.org/articles/0027/9026/Cesar_Bord.jpg?1292006621Um bom projeto é aquele que conta uma boa história. Gerenciar um projeto destes envolve escrever um roteiro, um script para esta história. Há um programa bem legal, chamado Celtx, que serve para, a partir de um roteiro, gerenciar todos os recursos de uma produção. Assim, se chover em um determinado dia no qual foi programada uma filmagem externa, o produtor saberá quais os atores e equipe de apoio devem ser contatados para um eventual reagendamento, otimizando os recursos.

O roteiro da Latinoware partiu de uma série de "tags" sobre as quais já falei na primeira crônica. Estas tags constituíam o argumento inicial, as coisas sobre as quais nossa história deveria se desenvolver. A partir dela, elencamos nossos atores principais, os palestrantes "keynotes", e trabalhamos junto à coordenação de cada comunidade quais os temas que gostaríamos de ver abordados. Claro que nosso argumento era flexível e sujeito a boas ideias, mas ainda assim é necessária certa rigidez para que o evento não vire uma salada de frutas onde ninguém sabe para onde ir ou o que assistir.

Uma das nossas linhas envolvia a qualidade na produção de software livre, mostrando tanto casos de sucesso quanto falando de engenharia de software, incluindo qualidade e métodos ágeis. Conseguir o keynote nessa linha foi bem fácil. O Doug McIlroy, que teve a ideia de conectar processos através de encadeamentos chamados pipes lá na origem do Unix, era nosso convidado em 2009 e preferiu não vir. Ele é extremamente perfeccionista e preferiu ficar um ano inteiro preparando a palestra que ministrou este ano: "Better versus Bigger", melhor em oposição a maior. A importância do Doug tanto na história do Linux quanto por sua influência em engenharia de software e, em especial, métodos ágeis é bem ilustrada pelo fato do próprio Maddog ter solicitado para fazer a apresentação do Doug. Ele retribuiu a gentileza, apresentando Maddog no dia seguinte. Recheando este tema ainda tivemos as palestras sobre Gestão de Projetos com o GERPRO, do professor Aleks Montanha; a famigerada, infame e divertidíssima "Porque eu sou louco por testes e você é um bundão", do Henrique Andrade e do Sylvestre Mergulhão, além de uma série de outras que abordaram estes temas de maneira direta ou indireta. O programa está online para quem quiser conferir.

A parte relativa à multimídia, incluindo gráficos para a web e para a impressão, produção tridimensional, vídeo, áudio, realidade aumentada e outros é sempre muito procurada na Latinoware. E cada vez mais buscamos, em função do apelo destes assuntos, usá-los para trazer um público não-nerd para o evento. Claro que não deixamos os nerds de lado, mas queremos mostrar a todos que dá para produzir coisas muito legais e até curtir uma boa diversão com softwares livres. Aqui nosso keynote foi o Igor Novikov, que conheci por causa do professor Montanha, que mencionei acima. Em junho deste ano, participei, a convite do Montanha, do evento Solivre X. O Montanha pediu-me que fizesse uma palestra sobre algo que eu considerasse interessante em termos de softwares gráficos. Mesmo não sendo esta a minha praia, eu estava justamente pesquisando alternativas de soluções para preimpressão: algo que me permitisse pegar arquivos em Corel ou Adobe Illustrator, trabalhar com eles e enviar direto para a gráfica. Também tem a questão de que tudo o que o Montanha pede eu tento atender - ele faz a mesma coisa por mim e assim vamos colocando um ao outro em desafios intelectuais que só nos ajudam a crescer. Foi daí que cheguei no sK1, um software que é mantido pelo ucraniano Igor Novikov, com quem comecei a trocar emails e que acabou vindo para a Latinoware. O Igor viveu sob o regime comunista na União Soviética e eles tinham uma ideia utópica de liberdade que traduzia-se na cidade do Rio de Janeiro, para onde o Igor foi logo em seguida da Latinoware. A versão do sK1 lançada durante a Latinoware chama-se Made in Brazil, uma homenagem do Igor para nós.

Aqui já aconteceu uma coisa interessante. A palestra do Igor não lotou. O tema foi técnico demais para aqueles que trabalhavam diretamente com a produção gráfica e, por outro lado, o assunto já era de conhecimento do pessoal que trabalha mais pesadamente com gráficos em software livre. Um dos elementos do sK1, na verdade o seu núcleo, o Uniconvertor, é o que softwares como Inkscape, Scribus e outros já usam para abrir arquivos do Corel e Illustrator. Por outro lado, a interação do Igor com o pessoal mais técnico, depois de sua palestra, foi muito boa, trazendo muitas ideias para a produção impressa da própria Latinoware em 2011.

Eu teria muita coisa para destacar das atividades envolvendo multimídia e engenharia de software, mas tudo isto está muito bem coberto nas várias entrevistas que foram publicadas no portal da Latinoware. Então, deixo aqui, um roteiro de leitura para os interessados:

* Breno Azevedo da Silva - O boom dos jogos independentes e Jogos e Software Livre - Tudo a ver!
* Tomaz Canabrava - 'Cigano' Tomaz Canabrava ensina a fazer jogos em 15 minutos
* Cícero Moraes - Vídeo de presente para a Latinoware
* Luciano Lourenço - Multimídia e gráficos livres na Latinoware 2010
* Igor Novikov - Igor Novikov apresentará, na Latinoware 2010, alternativa livre ao Corel Draw
* Doug McIlroy - Complexidade na programação nem sempre é boa, diz Mcllroy e Doug McIlroy e seus "pipes" na Latinoware 2010
* Enrique Verdes - Qualidade para o Software Livre
* Ramiro da Luz - Python e Agilidade nas palavras de Ramiro da Luz

Mas falando de novo de roteiros. Lembram-se do vídeo que publiquei no primeiro artigo? Ele também começou com uma troca de ideias entre o Cícero Moraes, o Luciano Lourenço e este que vos escreve. O primeiro roteiro, nunca publicado além de nossos emails, está aqui. Entre ele e o vídeo final muita coisa mudou. Teve que ser adequada em função de restrições, acomodação de novas ideias, etc. É assim mesmo que projetos acontecem.

Na semana que vem, redes sociais, a internet das coisas e software livre na educação.

Esta crônica tem a colaboração de Joice Käfer.

 

Por Cesar Brod

 

Artigo publicado no Dicas-L

* fonte: www.latinoware.org

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- Crônica parte 5

 



Novo presidente da PROCERGS afirmou na posse: "ampliaremos a utilização de Software Livre"

26 de Janeiro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Carlson Aquistapasse assumiu a presidência da estatal em solenidade realizada na última quinta-feira (20/01) na Companhia. Demais integrantes da Diretoria também foram empossados

Na última quinta-feira (20/01), tomou posse o novo diretor-presidente da PROCERGS, Carlson Aquistapasse, juntamente com os demais integrantes da Diretoria, composta por Cláudio Dutra(vice-presidente), Lino Kieling (Diretoria Técnica)  e Daniel Maia (Diretoria Administrativo-Financeira e de Relacionamento com os Clientes).

http://lh5.ggpht.com/_xf8GFIMv7Hs/TThciKvkzWI/AAAAAAAADM8/css8kWUM_so/s720/DSCN9153.JPG

Natural de Santo Ângelo, o gestor que presidirá a Companhia pelos próximos quatro anos é engenheiro elétrico (UFSM), com pós-graduação em Telecomunicações pela PUC-RS e MBA em gestão pela Fundação Getúlio Vargas(FGV). Por 10 anos, Aquistapasse atuou como diretor Administrativo da Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre (PROCEMPA). Também foi diretor de Operações da Companhia Carris Porto-Alegrense. Mais recentemente, vinha desempenhando a função de assessor Administrativo Financeiro do Laboratório Especializado em Eletroeletrônica (LABELO), vinculado à PUC-RS.

Em seu primeiro discurso como presidente da Companhia, Aquistapasse disse que é motivo de orgulho para qualquer profissional assumir a presidência de uma empresa como a PROCERGS. “Esta é uma empresa que, ao longo do tempo, se consagrou como uma das maiores referências nacionais na sua área de atuação”.

Disse ainda que os projetos da Companhia estarão alinhados com as políticas públicas de TI do Governo Federal, aproximando a Empresa de iniciativas como o Plano Nacional de Banda Larga, o Programa de Inclusão Digital, entre outros. “Apoiaremos ainda o Programa de Conectividade Estadual, provendo o Estado de uma infraestrutura tecnológica que permitirá o avanço das ações do governo eletrônico e de inclusão digital”, destacou na oportunidade.

Aquistapasse afirmou ainda que a PROCERGS será protagonista do Programa Governo em Casa, que prevê a implementação de políticas de Governança Eletrônica, através do uso das redes sociais e das tecnologias da informação, aproximando governo e sociedade, com transparência e controle público.

“Também ampliaremos a utilização de softwares livres, promovendo o uso de programas de código aberto, buscando a redução da dependência tecnológica e a diminuição dos custos das políticas e investimentos em Tecnologia da Informação”, acrescentou.

Durante sua fala, o novo presidente fez referência ao trabalho executado pela Diretoria anterior: “Ao longo dos últimos dias, tive a satisfação de constatar que herdo uma empresa bem gerida, com práticas administrativas saudáveis, e que tem uma série de bons resultados obtidos nos últimos anos”, frisou na ocasião.

No final, Aquistapasse manifestou sua alegria em poder administrar uma empresa que tem um quadro de colaboradores qualificado. "Trabalharemos com funcionários reconhecidos pela sua sólida formação e capacidade técnica... isso nos dá a certeza de que não devemos temer nenhum desafio...”

A solenidade, que foi transmitida em tempo real pela Internet, foi prestigiada pelo secretário da Fazenda Odir Tonollier, integrantes do novo Conselho de Administração da Companhia, secretários de Estado e colaboradores da Empresa.

Clique aqui para conferir galeria de fotos do evento.

* fonte: Procergs



Carta aberta ao TRT/RJ sobre a troca de suíte de escritório

25 de Janeiro de 2011, 0:00, por Software Livre Brasil - 0sem comentários ainda

Foi com perplexidade e tristeza que li hoje a notícia de que o TRT/RJ está trocando a suíte de escritório em software livre BrOffice pelo software proprietário MSOffice, alegando “…limitações, principalmente em relação ao intercâmbio de informações e arquivos com órgãos do Poder Judiciário e instituições públicas…” e ainda que “ …O MS Office é um padrão mundial…”.

Não vou comentar aqui sobre a decisão de não utilizar um Software Livre, desrespeitando a atual política definida pelo Governo Federal de utilização prioritária de Software Livre, mas faço questão de registrar meu questionamento sobre a alegada “falta de compatibilidade” dos arquivos gerados pelo BrOffice.

Gostaria de iniciar esclarecendo aos responsáveis por tal decisão no TRT/RJ de que os documentos gerados pelo BrOffice são gerados no padrão ODF (OpenDocument Format), que além de ser um Padrão Aberto, é ainda uma Norma Internacional – ISO/IEC 26.300 (portanto um VERDADEIRO “Padrão Internacional”) e uma Norma Brasileira, a NBR ISO/IEC 26.300:2008.

O ODF está sendo adotado cada vez mais por governos do mundo todoextensa lista de soluções em software incluindo softwares livres e proprietários. como o padrão de armazenamento de informações governamentais, principalmente por garantir a longevidade no armazenamento das informações e por não ser dependente de uma única Suíte de Escritório, sendo suportado atualmente por uma

O ODF é desenvolvido de forma totalmente aberta e transparente por um consórcio internacional (OASIS ODF TC) e seu desenvolvimento conta atualmente com inúmeras empresas como Adobe, Boeing , Google, IBM, Intel, Microsoft, Nokia, Novell e Oracle, entre outras, além de especialistas do mundo todo, como este brasileiro que lhes escreve.

A adoção crescente do ODF no Brasil pode ser vista pela lista de signatários do Protocolo Brasília, um documento publicado em Diário Oficial onde empresas e organizações se comprometem publicamente com a adoção e promoção do padrão ODF. A lista de signatários do Protocolo Brasília, que atualmente envolve mais de 2 milhões de usuários no Brasil, é composta por empresas e órgãos públicos como SERPRO, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Ministério das Relações Exteriores, Marinha, Exército, Aeronáutica, DATAPREV, Correios, INPE, INPI, Itaipu Binacional, ITI, SLTI, CELEPAR, Petrobrás e Cobra Tecnologia, entre outras.

O Governo do Estado do Paraná sancionou em 2007 uma lei que trata da utilização de ODF como formato de armazenamento de informações de documentos governamentais e um projeto de lei semelhante está em análise atualmente no Congresso Nacional (PL-3070/2008).

Odf-adesivo_2009_ingles_inside

A arquitetura e-Ping (Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico), documento que “…define um conjunto mínimo de premissas, políticas e especificações técnicas que regulamentam a utilização da Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) no governo federal, estabelecendo as condições de interação com os demais Poderes e esferas de governo e com a sociedade em geral…“, em sua versão mais recente, descreve o Padrão ODF como “ADOTADO”, enquanto sequer cita os formatos proprietários .DOC, .PPT e .XLS e seus sucessores .DOCX, .PPTX e .XLSX, indicando de forma clara à todo o governo e sociedade que a recomendação oficial do Governo Federal é a utilização do ODF. Os formatos .DOC, .XLS e .PPT já foram citados em versões anteriores da e-Ping e sua utilização foi substituída pelo padrão ODF.

Gostaria ainda de sugerir aos membros do TRT/RJ que entrem em contato com o TRT da 13° região, pois eles utilizam com sucesso o BrOffice e o padrão ODF e até onde sei é o único TRT onde 100% dos processos são eletrônicos no Brasil. Lembro-lhes ainda que nova versão do padrão ODF (ODF 1.2) tem suporte a assinaturas digitais compatível com a ICP-Brasil, funcionalidade extremamente importante para o Judiciário Brasileiro.

Tendo em vista o exposto, gostaria de solicitar aos responsáveis no TRT/RJ a revisão de tal decisão, pois considero que a decisão é retrógrada e deixa, mesmo que de forma involuntária, a mensagem de que as Normas Brasileiras não devem ser respeitadas por todos, o que torna desnecessário o intenso trabalho de normalização que nós brasileiros realizamos no Brasil e no cenário Internacional.

Coloco-me desde já á disposição do TRT/RJ para esclarecer os benefícios da adoção do Padrão ODF e quaisquer outras dúvidas que tiverem sobre este assunto.

Jomar Silva

Diretor Executivo
ODF Alliance América Latina

* fontes:

- blog Trezentos

- Portal do TRT-RJ

- Leia mais sobre adoção do BrOffice.org e ODF aqui ....

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