O Fórum da Cultura Digital Brasileira é um espaço público e aberto voltado para a formulação e a construção democrática de uma política pública de cultura digital, integrando cidadãos e insituições governamentais, estatais, da sociedade civil e do mercado.
Debate sobre Arte Digital no Pará
7 de Outubro de 2009, 0:00 - sem comentários aindaDEBATE PÚBLICO, GRATUITO E ABERTO SOBRE ARTE DIGITAL
Em continuidade à série de debates que estão sendo promovidos no país, a curadoria de Arte Digital do Fórum da Cultura Digital Brasileira, uma iniciativa do Ministério da Cultura (MinC) em parceria com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) convida para o debate sobre Formação, Produção, Difusão e Inserção da Arte Digital na cultura brasileira com a participação de curadores, artistas, educadores e pesquisadores da área no país. A proposta do debate é refletir sobre as necessidades do campo e apresentar soluções para os problemas que serão apontados no encontro.
As questões a serem debatidas no seminário são:
- delimitação do campo: o que é arte digital?
- diagnósticos: quais são os problemas? quais as perguntas que precisamos fazer?
- formulações e propostas: quais políticas públicas devem existir? que ações este grupo deveria tomar? quais pressões deveríamos fazer?
A intenção final desse encontro e do Fórum como um todo é formular um documento listando e propondo ao MinC uma política cultural para a área de Arte Digital.
PROGRAMA
19h Abertura com Alcione Carolina (Ministério da Cultura) e Cicero Inacio da Silva (Curador de Arte Digital no Fórum)
19h30 Debate sobre arte e cultura digital com Maria Christina (Associação FOTOATIVA e produtora cultural), Afonso Galindo (produtor cultural), Orlando Maneschy (Faculdade de Artes Visuais da UFPA), Erasmos Borges (Curso de Arte e Tecnologia da Imagem da UNAMA e Faculdade de Artes Visuais da UFPA), Melissa Barbery (artista), Victor de La Rocque (artista), Victor Souza Lima (cineasta), Jorane Castro (cineasta), Arthur Leandro (artista e professor da Faculdade de Artes Visuais da UFPA) e Marisa Mocarzel (Curadora e professora do curso de Arte e Tecnologia da Imagem da UNAMA).
Local: Museu da Universidade Federal do Pará
Av. Governador José Malcher, 1192, Belém – PA
Tel: (0XX)91 3224 – 0874
Dia: 11/11, das 19h00 às 22h30
Apoio:
Primeira obra de dança a ser realizada pela Internet
6 de Outubro de 2009, 0:00 - sem comentários aindaA estréia mundial do espetáculo “e-PORMUNDOS AFETO”, primeira obra de dança contemporânea a ser realizada pela Internet, acontece dia 6 às 18h em dois endereços: www.lavid.ufpb.br/gtmda ou www.mapad2.ufba.br. Neles, qualquer internauta poderá participar valendo-se de um avatar (uma animação em 3D de figura humana).
Os interagentes ainda terão a possibilidade de modificar a cenografia e a trilha sonora do espetáculo.
Conforme consta do texto de apresentação do evento, “dançarinos localizados em Fortaleza e em Barcelona dançarão em tempo-real e contarão também com a participação do robô Galathéia, que estará em Natal e será tele-guiado a partir dos sensores colocados no corpo da dançarina brasileira”.
O espetáculo, ainda segundo a descrição oficial, faz uma reflexão sobre o crescimento de dispositivos autômatos na sociedade contemporânea e a distância física que tem sido imposta neste novo cotidiano. “A obra discute sobre como o afeto, as emoções e as relações interpessoais passaram a ser vivenciadas e administradas nessa cultura do virtual, a qual reposiciona a compreensão sobre presença e ausência, sobre tato e contato, sobre próximo e distante. Passamos grande parte do nosso dia atrelados a dispositivos digitais que extendem, reduzem, amplificam, transformam e transportam nossas vidas para outras dimensões. São esses redimensionamentos e transformações da vida contemporânea norteada pela Cultura Digital que o espetáculo de Arte da Telepresença “e-PORMUNDOS AFETO” pretende abordar”.
O trabalho é coordenado pela coreógrafa e pesquisadora em dança com mediação tecnológica Ivani Santana, da Universidade Federal da Bahia. A criação desse evento é resultado do projeto do Grupo de Trabalho em Mídias Digitais e Artes, coordenado por Tatiana Tavares e Guido Lemos (UFPB), com a colaboração de engenheiros do LAVID/UFPB, do Laboratório Natalnet/UFRN, da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, do grupo catalão Konic Lab (Rosa Sanchez e Alain Bauman), da Fundació i2CAT, Internet i Innovació Digital a Catalunya e do Citilab-Cornellà da Espanha.
O espetáculo também poderá ser assistido presencialmente no Teatro Dragão do Mar em Fortaleza/Ceará e no Citilab – Cornellà, em Barcelona/Espanha.
Não deixe de comparecer: www.lavid.ufpb.br/gtmda ou www.mapad2.ufba.br. Para acessar o streaming rode a barra de rolagem até o final da página.
Assista hoje à dança de humanos, máquinas e avatares
6 de Outubro de 2009, 0:00 - sem comentários aindaDaqui a pouco, às 18 horas, quem puder e quiser vivenciar uma experiência estética radical deve clicar em um desses dois endereços: www.lavid.ufpb.br/gtmda ou www.mapad2.ufba.br. Será a estréia mundial do espetáculo “e-PORMUNDOS AFETO”, primeira obra de dança contemporânea a ser realizada pela Internet. Nela, qualquer internauta poderá participar valendo-se de um avatar (uma animação em 3D de figura humana).
Os interagentes ainda terão a possibilidade de modificar a cenografia e a trilha sonora do espetáculo.
Conforme consta do texto de apresentação do evento, “dançarinos localizados em Fortaleza e em Barcelona dançarão em tempo-real e contarão também com a participação do robô Galathéia, que estará em Natal e será tele-guiado a partir dos sensores colocados no corpo da dançarina brasileira”.
O espetáculo, ainda segundo a descrição oficial, faz uma reflexão sobre o crescimento de dispositivos autômatos na sociedade contemporânea e a distância física que tem sido imposta neste novo cotidiano. “A obra discute sobre como o afeto, as emoções e as relações interpessoais passaram a ser vivenciadas e administradas nessa cultura do virtual, a qual reposiciona a compreensão sobre presença e ausência, sobre tato e contato, sobre próximo e distante. Passamos grande parte do nosso dia atrelados a dispositivos digitais que extendem, reduzem, amplificam, transformam e transportam nossas vidas para outras dimensões. São esses redimensionamentos e transformações da vida contemporânea norteada pela Cultura Digital que o espetáculo de Arte da Telepresença “e-PORMUNDOS AFETO” pretende abordar”.
O trabalho é coordenado pela coreógrafa e pesquisadora em dança com mediação tecnológica Ivani Santana, da Universidade Federal da Bahia. A criação desse evento é resultado do projeto do Grupo de Trabalho em Mídias Digitais e Artes, coordenado por Tatiana Tavares e Guido Lemos (UFPB), com a colaboração de engenheiros do LAVID/UFPB, do Laboratório Natalnet/UFRN, da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa, do grupo catalão Konic Lab (Rosa Sanchez e Alain Bauman), da Fundació i2CAT, Internet i Innovació Digital a Catalunya e do Citilab-Cornellà da Espanha.
O espetáculo também poderá ser assistido presencialmente no Teatro Dragão do Mar em Fortaleza/Ceará e no Citilab – Cornellà, em Barcelona/Espanha.
Não deixe de comparecer: www.lavid.ufpb.br/gtmda ou www.mapad2.ufba.br. Para acessar o streaming rode a barra de rolagem até o final da página.
Cibercultura 10+10: um balanço
5 de Outubro de 2009, 0:00 - sem comentários aindaCompartilhamento, redes sociais, conhecimento livre. As transformações sociais provocadas pelos meios digitais estiveram presentes não apenas nas palavras dos pensadores que estavam reunidos em Santos, na última semana. O próprio evento, que contou com a participação de Pierre Lévy, André Lemos, Laymert Garcia dos Santos, Gilberto Gil, Sérgio Amadeu, José Murilo, Claudio Prado e as 70 pessoas presentes em cada um dos dias na plateia do Teatro Guarany, tornou visível a capacidade de mobilização e o potencial de troca de informações da rede.
O destaque para a interação dos participantes pela web vai além dos números. Pela transmissão online, 2.727 visitantes assistiram a roda de conversas e a oficina de remix com o Gil, ao mesmo tempo em que 2.371 comentário foram trocadas no canal de bate-papo do streaming e 1.161 mensagens no Twitter espalhados com as tags #10mais10 e #10+10. Apesar da quantidade de participações, o que comprovou a eficiência da ação foi a qualidade dessas intervenções.
Enquanto Gil, Lévy e os demais citavam conceitos, livros, pesquisadores, os participantes do chat trocavam links explicativos sobre as referências mencionadas. Até as letras das músicas de Gil foram compartilhadas ao longo do “show-remix-debate”, que fez o público online “cantar junto”. E as questões levantadas geraram uma série de perguntas aos palestrantes pertinentes para a discussão sobre a cultura digital brasileira.
O público presente no Teatro também teve voz. O debate sobre as transformações na produção e na indústria musical causadas pelo compartilhamento de arquivos motivou a pessoas presentes na plateia a pedirem o microfone para debater o que estava sendo dito no palco.
E o que exatamente foi discutido pelos pensadores? Cultura do remix, propriedade intelectual, Creative Commons, inteligência coletiva computacional, apropriação social das novas mídias, controle da internet, comunicação na rede, cultura hacker, produção coletiva, aceleração tecnológica, quebra de modelos estabelecidos na indústria fonográfica entre outras tantas coisas.
Aos que participaram do evento presencial ou virtualmente, fica aqui o convite a darmos continuidade às discussões levantadas na quinta e na sexta-feira passadas no grupo Cibercultura 10 10 do Fórum da Cultura Digital Brasileira.
Pois como disse Gil “A construção, a apropriação e a reprodução do que é tecnologia é acima de tudo humana [...] A máquina nunca vai saber o que é suingue”.
O Cibercultura 10 + 10 é um evento promovido pela CPFL Cultura, produzido pelo Laboratório da Cultura Digital e pela Casa da Cultura Digital em parceria com o Fórum da Cultura Digital Brasileira.
Cibercultura 10+10 pela rede:
- Poder da inteligência coletiva vai aumentar, diz Pierre Lévy (Matéria na Folha Online)
- Pensadores discutem 10 anos de cibercultura (Post no Blog do Link sobre o primeiro dia de evento)
- Cibercultura 10+10: Não há mais modelo único para a música (Post no Blog do Link sobre o segundo dia)
- Aos dez anos, cibercultura ainda faz sentido? (Matéria do Estadão)
- Metafísica sobrepõe pragmatismo no Cibercultura 10+10 (Post no Partido Pirata)
- Cobertura no Twitter (#10mais10)
Foto: Damião Francisco
Seminário traz Langdon Winner, Galloway e Tim Wu a São Paulo
5 de Outubro de 2009, 0:00 - sem comentários aindaInscrições para o evento começam no dia 6 às 12h no site da Faculdade Cásper Líbero
O Grupo de Pesquisa Comunicação, Tecnologia e Cultura de Redes do curso de Mestrado da Faculdade Cásper Líbero e o Fórum da Cultura Digital Brasileira promovem nos próximos dias 4 e 5 de novembro o Seminário “Cidadania e Redes Digitais”, trazendo pela primeira vez ao Brasil grandes nomes da pesquisa sobre redes digitais e sobre as mudanças no ambiente político-social emergidos na cibercultura, como o filósofo Langdon Winner e os pesquisadores Tim Wu e Alexander Galloway.
Uma série de debates com especialistas brasileiros e estrangeiros estão programados para o evento, abrangendo os grandes temas do pensamento contemporâneo. Segundo o professor da Cásper e ativista da cultura digital Sérgio Amadeu, o seminário é um evento acadêmico cujo propósito é debater de que forma a cultura que emerge das redes digitais pode contribuir para a construção da cidadania no ciberespaço, dando ênfase à dimensão política da cultura digital.
As mesas de discussão incluem desde a importância da neutralidade da rede, as possibilidades que a web semântica pode gerar na fiscalização dos governos, os commons na esfera pública interconectada e a emergência da sociedade de controle, entre outros, discutidos por pesquisadores e ativistas da sociedade civil como Laymert Garcia dos Santos, Ronaldo Lemos, Eugênio Bucci, João Brant e Demi Getschko.
Como um evento integrado ao Fórum da Cultura Digital Brasileira, espera-se que os debates possam gerar contribuições para o processo em andamento. “Chega uma hora em que o Fórum tem que se encerrar, no sentido de garantir que as discussões gerem um conjunto de propostas. Nesse sentido, os debates do Seminário podem contribuir muito, principalmente na construção desta nova esfera pública interconectada”, afirma Amadeu.
Convidados
Langdon Winner, Tim Wu e Alexander Galloway estarão pela primeira vez no Brasil para o Seminário. Winner é professor de Ciência Política no Departamento de Ciência e Tecnologia de Estudos na Rensselaer Polytechnic Institute de Nova York, foi repórter da revista Rolling Stone e publicou, entre outros, o livro “Autonomous Technology: Technics-out-of-Control as a Theme in Political Thought”.
Galloway é professor associado do Departamento de Cultura e Comunicação da Universidade de Nova York, integrou coletivos de Mídia Tática e escreveu para publicações online, como a CTHEORY. Também é autor do livro “Protocol: How Control Exists After Decentralization”.
Wu é professor da Columbia Law School, integra o grupo de reforma da mídia da Free Press e é um dos principais articuladores do movimento Save the Internet, além de pesquisador dos direitos de autor e da política das telecomunicações. Em 2006, foi nomeado pela Scientific American uma das 50 personalidades do ano e incluído na lista dos 100 formando mais importantes da Universidade de Harvard.
“Eles têm uma grande contribuição a dar ao cenário local”, opina Amadeu. “O Winner estará aqui para dizer que as tecnologias são artefatos políticos e que não se pode deixar de ver esse aspecto. O Wu vem para afirmar que as tecnologias não podem ser capturas pelos provedores. Isso é importante porque muitos pesquisadores do Brasil não levam esse problema em consideração. E Galloway falará da importância dos protocolos para assegurar uma série de direitos, pois a rede que garante a liberdade de expressão, dos fluxos informacionais, é a mesma que assegura um enorme rastro digital de quem navega por ela, e é preciso garantir a privacidade.”
Expectativa
Segundo Sérgio Amadeu, são esperados para o seminário cerca de 120 pessoas, a lotação máxima do auditório da Cásper Líbero. Para quem não puder comparecer, o evento também será transmitido via streaming. Estes também poderão participar enviando perguntas e comentário através do Twitter. “Estamos focando em comunicadores em geral, acadêmicos da área de humanas e exatas que se interessem pela rede e pela cidadania”, conta.