O Fórum da Cultura Digital Brasileira é um espaço público e aberto voltado para a formulação e a construção democrática de uma política pública de cultura digital, integrando cidadãos e insituições governamentais, estatais, da sociedade civil e do mercado.
Como participar das discussões na rede social
22 de Outubro de 2009, 0:00 - sem comentários aindaA lista de tópicos ativos está disponível no endereço: http://www.culturadigital.br/forum/ . Lá, você checa quais são os últimos comentários postados em todos os grupos abertos no Fórum da Cultura Digital Brasileira e pode participar diretamente compartilhando a sua opinião. A intenção ao criar a página foi agregar todos os fóruns e tópicos abertos para facilitar a interação dos usuários na rede social.
Os grupos de discussão podem ser acessados ainda pela página principal do fórum. Para isso, é só clicar no botão “Grupos” ao lado do mapa ou na aba “Grupos” ao lado de “Atividade em todo o site” e o diretório com todos os grupos de discussão abertos aparecerá.
Na página de grupos, você pode buscar um assunto específico pela barra com o abecedário ou navegar pelas páginas da lista. Outra opção é fazer uma busca por palavras-chave no campo de busca localizado à direita, abaixo de “Localizar Grupos”.
Se você optou por clicar na aba”Grupos” ao lado de “Atividade em todo o site” (no segundo scroll), poderá escolher uma das formas de navegação: pelos grupos mais recentes (em relação à data de criação), ativo (com atividade mais recente) ou populares (com maior número de participação).
Uma vez encontrado o grupo do qual você quer participar, é preciso clicar em “Participar do Grupo” para enviar mensagens. Aí, é só clicar em cima do “tópico ativo do fórum” que deseja comentar e escrever o seu texto no campo aberto embaixo das mensagens postadas.
Sua participação será registrada e aparecerá na página principal do Fórum da Cultura Digital Brasileira.
O mito da tecnologia fora de controle. Entrevista com Langdon Winner
21 de Outubro de 2009, 0:00 - sem comentários aindaLangdon Winner, professor do Departamento de Estudos sobre Ciência e Tecnologia do Rensselaer Polytechnic Institute, em Nova York, é um dos mais importantes filósofos da tecnologia da atualidade. Estuda e escreve sobre ciência, tecnologia e sociedade e foi repórter da revista Rolling Stone. Nesta entrevista exclusiva para o Fórum da Cultura Digital Brasileira, o autor de Autonomous Technology – the myth of technology out of control (ainda sem tradução para o português) questiona a idéia de que a sociedade não tem controle sobre a tecnologia, discute conceitos como inovação e sustentabilidade e indica qual seria o caminho para uma internet livre e democrática. “O Estado é apenas um de uma vasta gama de instituições que precisam ser envolvidos na negociação do caráter das práticas encontradas na rede”, afirma Winner, que estará no Brasil em novembro junto de nomes como Alexander Galloway e Tim Wu participando do Seminário “Cidadania e Redes Digitais”.
O Sr. defende que as tecnologias adquirem uma aparência de autonomia e que as pessoas aceitam isso como um fato inevitável. A tecnologia está fora de controle?
Meus escritos sobre a autonomia da tecnologia investigam uma variedade de idéias que defendem que a tecnologia está “fora de controle”, tanto na teoria social moderna como no cinema e afins. Isso não significa que eu endosso ou defendo qualquer versão deste tema. É certamente verdade que muita gente vê a evolução tecnológica acontecendo em nosso tempo como algo “necessário” ou “inevitável”. Levantar questões sobre isso é frequentemente considerado como tolice ou negativo. Por essa razão, se alguém tenta ir além da percepção de que um determinado gênero ou projeto tecnológico vai inevitavelmente varrer a sociedade, é preciso ser muito hábil para propor outras formas de pensar, outras maneiras de falar sobre as possibilidades tecnológicas e sociais. É preciso perguntar: Uma determinada tecnologia é realmente necessária? Quem disse? Por quê? São razões confiáveis ou não? Podemos influenciar ou mudar significativamente sua forma, o seu funcionamento, os seus efeitos a longo prazo?
No caso das novas tecnologias, há também a idéia de que as inovações técnicas devem ser celebradas. Como o Sr. relaciona a acomodação do público, a questão do livre arbítrio e os interesses econômicos envolvidos?
A disposição recorrente na mentalidade moderna é a de evitar perguntas como estas completamente. Criá-las significa ser rotulado como “anti-tecnologia”, o que significa simplesmente “Cale-se!”. Espera-se que simplesmente celebremos a mudança tecnológica e que a aceitemos pela fé, como se a sua chegada sempre oferecesse melhorias em nossa maneira de viver.
O que indica que quaisquer supostas “inovações” atuais são desejáveis? Essa é outra questão quase improvável para a maioria das pessoas. O termo deriva do latim “Innovare”, que significa “renovar”. Nesta perspectiva, o conceito ganha uma aura brilhante em torno dele. É talvez a principal “palavra da moda” do nosso tempo. Afinal, quem não gostaria de tomar medidas para “renovar” as condições de vida em nossa sociedade conturbada?
Mas se você olhar para o que geralmente é divulgado como “inovação”, você vê que eles envolvem principalmente a busca por uma vantagem econômica competitiva no mundo das corporações globais. Uma boa definição para “inovação” é “mudança técnica que beneficia os ricos”. Planejadores corporativos e publicitários são os responsáveis pelo clima de celebração em torno das “inovações”, não as pessoas comuns com necessidades comuns. Se você olhar para os recursos apregoadas como “inovações”, geralmente o que se vê são modificações triviais, as características do iPod mais recente, por exemplo, ou uma lata de cerveja que indica se ela está gelada ou não – em suma, mudanças que têm pouca importância para a maioria das pessoas ou para a maioria dos problemas do planeta.
É possível afirma que esta é uma reconfiguração do mito do progresso? Se a tecnologia não está fora de controle. como superar o fetiche e usá-la em benefício da humanidade? O termo “sustentabilidade” incorpora esta idéia?
Eu vejo ambos os discursos de “inovação” e de “sustentabilidade” como gêmeos: sucessores da grande narrativa do “progresso” que ganhou impulso durante a revolução científica dos séculos XVII e XVIII. É evidente que a fórmula clássica de “progresso” – mais conhecimentos científicos levam a melhores tecnologias, que levam a melhores formas de vida para toda a humanidade – já desabou. Ninguém defende isso há muito tempo. Em primeira instância, o que acabou por matar a fé no “progresso” foi a persistência da evidência da pobreza e da desigualdade na população mundial, a evidência de que mais da metade das pessoas na Terra sempre foram irremediavelmente deixadas para trás. Depois de um tempo, as desculpas padrão já não eram convincentes.
Hoje, o sonho do “progresso” também é ofuscado pela crescente evidência de que a prosperidade da civilização moderna foi (em grande medida) gerada por um presente da natureza – petróleo barato. Claro que, na sua maior parte, esta herança inesperada foi explorada de formas que serviram aos interesses de uma minoria relativamente pequena dentro da comunidade humana. O termo “peak oil” (pico de produção petrolífera) sinaliza o crescente reconhecimento da crise vindoura como a celebrada criatividade da moderna civilização tecnológica batendo a cabeça contra a parede de tijolo da escassez de petróleo.
Outra sombra é o reconhecimento do aquecimento global e suas desastrosas conseqüências atuais e nas próximas décadas. Ao invés de falar sobre “progresso” e as suas esperanças de melhoria universal, as pessoas agora adoram falar sobre “inovação”. Mas como eu já mencionei, os tipos de melhoria aqui são definidos dentro de um quadro muito pequeno de significância. O outro tema sucessor, a “sustentabilidade” levanta uma questão verdadeiramente embaraçosa: “Pode a civilização moderna e suas principais práticas serem sustentadas como um todo?”. A resposta implícita é “talvez não”. No meu modo de pensar, estes dois temas – “inovação” e “sustentabilidade” – são indicadores para o que agora parece ser um vigoroso deslocamento intelectual e espiritual do “progresso”, a fé que inspira há muito tempo as políticas básicas e os projetos da civilização ocidental. Atualmente, parece haver pouca discussão honesta sobre o que a humanidade enfrenta além destes temas esgotados.
No Brasil, assim como em países como a França, surgiram recentemente iniciativas no âmbito legislativo no sentido de restringir a liberdade na internet exigindo, por exemplo, que os provedores de acesso denunciem práticas como os “downloads ilegais”. Qual cenário o Sr. prevê para a liberdade de expressão na Internet? Como interpreta a idéia de uma internet regulada?
As perguntas básicas são bastante simples. Quem seremos nós enquanto usuários de internet nos próximos anos? Como consideraremos a nós mesmos? Quais serão as qualidades que irão caracterizar a atividade das pessoas? E como as instituições detentoras do poder e da autoridade vão entender quem somos e o que estamos fazendo?
Uma visão promissora é que nos tornaremos cidadãos democráticos, com sensibilidade melhorada e capacidades expandidas para a ação na vida pública. Teremos acesso a uma gama mais ampla de recursos informativos do que anteriormente e usaremos isso para cultivar oportunidades tanto para pessoal quanto para o coletivo. Desta forma, poderiam surgir variedades mais profundas de cidadania do que qualquer outra em qualquer período da história.
Há, infelizmente, outras concepções do que somos na Internet que têm uma aparência totalmente diferente. Uma idéia comum e em expansão atualmente é a de considerar as pessoas como “suspeitas”, pessoas que cometeram crimes ou que se acredita que possam fazê-lo. Esta atitude move silenciosamente as políticas de governo para a Internet em diferentes direções daqueles de uma cidadania alargada e melhorada. Assim, há uma tendência para a criminalização e possibilidades de controle para que muitas pessoas comuns encontrem na esfera digital um ambiente mais agradável.
O Sr. acredita que o Estado tem um papel na formulação de políticas públicas para a rede?
Sim, existem variedades significativas de crimes que a sociedade deve ter em conta, mas também é verdade que nós vemos uma rápida expansão de conceitos, regras e mecanismos de execução que fazem diariamente o uso e o compartilhamento de recursos digitais parecerem mais e mais como uma cena de crime. O estado é apenas um de uma vasta gama de instituições que precisam ser envolvidos na negociação do caráter das práticas encontradas na rede. As famílias, escolas, universidades, sindicatos, ONGs, e uma ampla gama de grupos da sociedade civil também precisam ter uma voz proeminente. Neste momento, algumas noções tradicionais de propriedade e de comportamento socialmente adequado absorvem muita atenção e ameaçam limitar o alcance de novas liberdades emergentes – a liberdade de informar, de criticar e de criar. Formas férteis de cidadania surgirão se a sociedade puder superar medos sem sentido e resistir à tendência a permitir que as corporações definam tudo.
Senado aprova cadastro obrigatório em lan house. O que você achou disso?
21 de Outubro de 2009, 0:00 - 2 comentáriosSemana passada, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado passou o novo projeto do senador Eduardo Azeredo (PSDB- MG), que obriga as lan houses e cyber-cafés a cadastrar todos os seus usuários de internet com nome, número de identidade e identificação do computador com horário e data do uso. Segundo Azeredo, o objetivo da medida é combater os crimes na rede. No entanto, ela já está causando polêmica pela interferência causada na liberdade individual dos cidadãos, para não citar os problemas econômicos e sociais envolvidos…
Na tentativa de levantar a discussão, conversei rapidamente com o pesquisador Luiz Moncau, do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV Direito Rio. Para ele, a lei tem como problema inicial criar mais restrições e mais obrigações para as LAN-Houses, “setor que hoje é o principal responsável pela inclusão digital no Brasil e que sobrevive, em larga medida, na informalidade, graças à legislações muito rígidas quanto ao seu funcionamento”, comenta.
A legislação também impõe penas muito duras para seu descumprimento. O projeto de lei estabelece multas em valores que vão de R$ 10 mil a R$ 100 mil, havendo até a possibilidade de cassação do alvará de funcionamento em casos de reincidência. Será que os donos de LAN-Houses teriam condições de sobreviver a uma punição desse tipo? Dê a sua opinião no grupo de discussão Direito Informático, criado por um usuário do Fórum da Cultura Digital Brasileira.
Arte e tecnologia: acompanhe a transmissão ao vivo de simpósio internacional
20 de Outubro de 2009, 0:00 - sem comentários aindaO Colóquio Nomadismos Tecnológicos, que termina hoje em Bueno Aires, será transmtido ao vivo pelo endereço: http://bambuser.com/channel/ism a partir das 17h45. Na programação, o artista multimídia, documentarista e curador Lucas Bambozzi, o pesquisador na área de mídias digitais e professor da FAAP Marcus Bastos, o professor da PUC-SP Nelson Brissac Peixoto, entre outros importantes nomes da arte digital.
Além das palestras, será realizada, no final do dia, uma jornada de trabalho com apresentações públicas de 30 minutos e mesa redonda de conclusões. A ação dará origem, em 2010, a uma publicação em espanhol, português e inglês, com os textos originais dos participantes. Quem quiser acompanhar a cobertura do evento pelo Twitter, basta seguir as tags #nomadismos e #buenosaires. Veja a programação completa do simpósio.
Discuta nomadismo tecnológico, mobilidade, produção artística no grupo de discussão de arte e tecnologia do Fórum da Cultura Digital Brasileira.
Leia também:
- Debate sobre arte e tecnologia acontece dia 23/10 em São Paulo
- Resultado do debate anterior sobre arte e tecnologia
- Walkingtools: arte digital no celular
- Reflexão sobre criação em meios digitais
Migre o seu blog Wordpress para cá
20 de Outubro de 2009, 0:00 - sem comentários aindaVocê pode migrar o seu site WordPress inteiro para a plataforma do Fórum da Cultura Digital Brasileira. Isso é possível graças a um mecanismo de exportação e importação do backup disponível no WP. Veja passo a passo como fazer:
1. Faça login no blog que será migrado
2. Vá para “Ferramentas > Exportar” e clique em “Baixe o arquivo de exportação”
3. Faça login no blog que receberá o conteúdo
4. Vá para “Ferramentas > Importar” e clique em “WordPress”
5. Faça o upload do arquivo de exportação
6. Marque a opção “Baixe e importe os arquivos em anexo”
7. Opcionamente você pode mapear os usuários do blog antigo para outro do novo blog.
Atenção: dependendo da versão do WordPress, o caminho dos endereços pode mudar.